Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

UM FELIZ 2012 PARA TODOS

31 dezembro 2011

Prezados Confrades, leitores e amantes do jazz de modo geral, este ano nos mostrou que nosso grande patrimonio cultural - na figura dos nossos importantes Mestres e educadores jazzisticos - ficou preservado mesmo depois de alguns percalcos sofridos por alguns, devidamente superados com sua plena recuperacao, motivo de jubilo para todos.

Como nosso bem primordial eh a nossa saude, eh exatamente isso que desejo a todos em 2012! Que possamos nos esquivar das "malaises" contrapondo a elas uma vida dedicada ao bem para com nossos concidadaos, estimulada e lubrificada, sempre, pelo estilo musical que nos move e nos inspira a sermos ainda melhores, a arte maior do JAZZ.

Como bem escreveu nosso Mestre Apostolo, que em 2012 todos possamos desfrutar de "PAZ, JAZZ e (porque nao?)uns DOLAREZINHOS a mais!

FELIZ ANO NOVO!

EXCELENTE A REUNIÃO DA AND

30 dezembro 2011




Foi no dia 29 que voltei as atividades junto a AND, nossa confraria que em janeiro estará completando vinte e quatro anos de existência. Gostaria de agradecer mais uma vez aos queridos confrades, que sempre solidários mostravam sua satisfação com meu retorno. Lá estavam Luiz Carlos Nascimento Silva, Haniel Santos, Carlos Muller, Nilton Fantesia,Cezar de Vasconcellos, Gilson Magalhães, Maurício Einhorn, Dr. Aldo Salles, Arlilndo Coutinho, Renato Silva Pereira, Mariozinho de Oliveira, Estevão Herman e o nosso Sazz (Sazinho), representando o CJUB.

P O D C A S T # 8 3




MORRE SAXOFONISTA SAM RIVERS

28 dezembro 2011



Mestre Raffa me informa e eu divulgo para o CJUB. Quem faleceu em 26 de dezembro aos 88 anos em Orlando, Flórida foi o saxofonista Sam Rivers, vitimado por uma pneumonia. Rivers esteve no Brasil em maio de 1987, integrando o grupo de Dizzy Gillespie que se apresentou no Canecão. Aliás, ele e James Moody salvaram o show daquela noite pois Dizzy falou mais do que tocou e ainda colocou no palco um “bicão” brasileiro devidamente vaiado pela platéia. Rivers e Moody brilharam.



RIP

CLEM DE ROSA (* 1925 + 20-12-11)

26 dezembro 2011


Mestre Raffa me informou e eu divulgo para o CJUB.

O nome não é muito conhecido entre nós, mas Clem de Rosa construiu uma carreira espetacular, não só como baterista e líder de orquestra mas também como de “Jazz Educator”.
Aos 18 anos , durante sua carreira militar ele integrou a famosa “Glenn Miller Air Corps Orchestra”. Quando deu baixa voltou a vida profissional e gravou com gente famosa como Marian McPartland, Teo Macero, Teddy Wilson, Clark Terry, Phil Woods, Coleman Hawkins , John LaPorta , Bobby Hackett e muitos outros.
Matriculou-se na Julliard School para aprimorar seus conhecimentos nas cadeiras de arranjo e regência . Mais tarde transferiu-se ara a “Manhattan School of Music” onde recebeu o diploma de Mestre.
A educação musical foi o seu forte sendo ele um pioneiro da chamada “jazz education”. Entre as posições que ocupou no mundo musical estão : Fundador e presidente da “International Association of Jazz Educators”, professor da “Columbia University Teachers College”, doutor honoris-causa pelo “Five Towns College” e ainda nomeado para o Hall Of Fame do IAJE em 1990.
RIP

CLARK TERRY - Problema de saúde

24 dezembro 2011



A notícia foi postada por Gwen, esposa de Terry, no próprio site do músico. Internado durante alguns meses num hospital de Arkansas, Terry acabou tendo a perna direita amputada, em razão de complicações com a diabete. Após a cirurgia, Terry permanece internado numa UTI do hospital .A família espera que seus fans de St. Louis, sua terra natal,e de todo o mundo enviem mensagens e orações pedindo por sua rápida reabilitação.

19 dezembro 2011

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS - 17


MUNDELL LOWE, guitarrista norte-americano, nasceu no dia 21 de abril de 1922 na cidade de Laurel, no estado do Mississipi, no seio de família de classe média, protestante e, para felicidade de todos nós, permanece vivo com seus 87 “aninhos”.
Seu pai era pastor na igreja local, violinista amador e professor de música, com o qual MUNDELL aprendeu os fundamentos da guitarra a partir dos 06 anos de idade.
A partir dos 13 anos MUNDELL viveu entre constantes escapadas do lar e resgates pelo pai, com retorno à casa paterna.
Assim, fugiu de casa com 13 anos para tocar em New Orleans nos bares, clubes, espeluncas e casas de espetáculo, onde consolidou sua aprendizagem prática com os expoentes da época, chegando a integrar grupo “country” com ABBIE BRUNIES (cornet) e SID DAVILLA (clarinete e saxofone).
Reconduzido ao lar por seu pai, tornou a evadir-se em 1939 com 17 anos, desta feita indo até Nashville apresentando-se em programa radiofônico (“Grand Old Opry”), então abrilhantado pela banda de PEE WEE KING durante 06 meses.
Novamente resgatado pelo pai pouco tardou em casa; no ano seguinte, 1940, MUNDELL concluiu seus estudos básicos na escola e iniciou vôos mais longos, com uma série de apresentações em clubes dos estados do Mississipi, da Flórida e da Louisiana. Conheceu e tocou na “big band” de JAN SAVITT (nascido na Filadélfia e que havia iniciado sua banda em 1935, onde tocaram ao longo dos anos e entre outros CUTTY CUTSHALL, GEORGIE AULD, GENE DE PAUL, GUS BIVONA, URBIE GREEN e NICK FATOOL, utilizando arranjos próprios e de EDDIE DURHAM e capitaneando as vocalistas JANE WARD, HELEN WARREN e GLORIA DE HAVEN, além do “crooner” BON BON).
MUNDELL LOWE permaneceu com a banda de JAN SAVITT até ser convocado para o serviço militar em 1943, servindo em base próxima a New Orleans onde, por sua sorte, o oficial encarregado de proporcionar diversão à soldadesca era JOHN HENRY HAMMOND Jr. (15/dezembro/1910 a 11/julho/1987), nascido em uma das famílias mais ricas dos U.S.A., grande produtor na área do JAZZ, descobridor e incentivador de talentos (BILLIE HOLIDAY, TEDDY WILSON e BENNY GOODMAN apenas para citar os exemplos mais importantes) e que em 1945, ao desligar-se do exército, conseguiu para MUNDELL um contrato com a banda de RAY McKINLEY, na qual o guitarrista permaneceu até 1947, já então reconhecido nos meios musicais e com as portas abertas para sua carreira.
Atuou com BENNY GOODMAN, FATS NAVARRO e WARDELL GRAY e apresentou-se durante os seguintes 02 anos no “Café Society” de New York, ao lado de DAVE MARTIN, atuando também com SARAH VAUGHAN, MILDRED BAILEY e MARY LOU WILLIAMS, assim como em 1948 com ELLIS LARKINS no “Village Vanguard” e em 1949, também com ELLIS LARKINS e RED NORVO, no “Bop City”.
Entrando nos anos 50 do século passado MUNDELL LOWE trabalhou em diversos clubes da “big apple” e em gravações com os “grandes” de então, citando-se LESTER YOUNG, BILLIE HOLIDAY, BUCK CLAYTON e CHARLIE PARKER (gravação tomada ao vivo diretamente do “Rockland Palace” de New York em 26 de setembro de 1952, em que CHARLIE PARKER no sax.alto e MUNDELL LOWE na guitarra, alinharam ao lado de WALTER BISHOP Jr. no piano, TEDDY KOTICK no baixo e MAX ROACH na bateria, para um total de 31 faixas entre as quais o clássico “Everything Happens To Me”, com estupendo solo de PARKER).
Ainda assim MUNDELL LOWE chegou à Broadway, onde além de músico foi ator no longa metragem “The Bird Cage”. Trabalhou para a orquestra da rede de televisão “NBC” (permaneceu durante 15 anos, de 1950 até 1965), dirigiu o programa “Today”, tocou em clubes e gravou com ninguém menos que BEN WEBSTER, RUBY BRAFF, GEORGIE AULD (reencontro após 12 anos), integrou a “Sauter-Finegan Band” e formou um quarteto com o grande pianista e professor de música BILLY TAYLOR para atuar no rádio.
A partir do final da década de 50 (1958) MUNDELL LOWE dedicou-se ao ensino, ao arranjo e à composição, tendo se estabelecido a partir de 1965 em Los Angeles, onde compunha músicas para a televisão e o cinema, tendo como destaque o longa metragem “Billy Jack” de 1971.
Apresentou-se em clubes e em festivais: no “Monterey Jazz Festival” de 1971 atuou ao lado de ROY ELDRIDGE e DIZZY GILLESPIE, voltando anos mais tarde ao mesmo festival (1983) com o grupo “TransiWest” que formara nessa década, com músicos do nível de um SAM MOST (de Atlantic City mas á época radicado na Califórnia), MONTY BUDWIG e NICK CEROLI, passando a realizar temporadas por todo o mundo, uma delas pela Europa com a cantora BETTY BENNETT.
No retorno da Europa tocou com o grande sax.tenorista RICHIE KAMUKA.
MUNDELL LOWE é considerado um “chefe-de-escola”. Guitarrista de técnica perfeita, estilo moderno, com improvisações que revelam excepcionais “sensibilidade e inteligência” melódicas, com acentuações do “bebop” (ainda que seja um músico marcadamente “cool”), cuja estética emprega com agilidade e segurança exemplares em audaciosos contrastes rítmicos e harmônicos, plenos de “swing”. Nas baladas é um guitarrista lírico, sensível, capaz de transmitir todas as nuances da melodia. Em função de décadas e décadas de “estrada” com músicos do mais alto nível, MUNDELL LOWE adquiriu apurado senso de humor e vasto repertório, que emprega nas contínuas citações de “standards”, via “harmonia”.
Entre as muitas gravações com a participação de MUNDELL LOWE (como titular ou “sideman”), destacamos entre outros:
- Tumblebug, 1946
- Cheek To Cheek, 1955
- A Grand Night For Swing, 1957
- Porgy And Bess, 1958
- After Hours (Sarah Vaughan), 1961


Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
apostolojazz@uol.com.br

DUDUKA DA FONSECA TRIO NO STUDIO RJ

Imperdível. Lançamento do CD, dedicado ao Mestre Raffa e com agradecimentos ao CJUB, segundo me disse, por e-mail, o próprio Duduka. Todos lá !

AS MORTES DE PETE RUGOLO E BOB BROOKMEYER




A divulgação foi quase nenhuma e só pela Internet e pelo blog Renajazz tomamos conhecimento das mortes do maestro Pete Rugolo e de Bob Brookmeyer. O primeiro faleceu em 16 de outubro aos 96 anos, tendo cumprido uma carreira importante, principalmente quando foi arranjador da banda de Stan Kenton, dando à orquestra todo o seu talento como compositor e arranjador. Nos últimos anos, dedicou-se a compor para o cinema e ficou mais famoso com a trilha sonora da série “O Fugitivo” entre algumas outras que compôs.

Bob Brookmeyer era um dos principais nomes do Jazz West Coast, atuando como trombonista, pianista, compositor e arranjador. Veio a falecer em 16 de dezembro,aos 81 anos de idade. Ganhou notoriedade quando substituiu Chet Baker nos grupos de Gerry Mulligan e também cumpriu uma série de gravações como líder ou side men de importantes músicos. Como pianista, gravou em duo com Bill Evans o que causou espécie entre os aficionados. Era um grande músico.

ESTAMOS AI !

11 dezembro 2011

O ano esta errado, era 1993. Marcio Montarroyos, Raul Mascarenhas, Claudio Guimarães, Nico Assumpção e Andre Tandeta.
"Secret Love".



O SHOW NÃO PODE PARAR

05 dezembro 2011

SALA BADEN POWELL e Prefeitura do Rio de Janeiro APRESENTAM

“JAM SESSION”

O Show do ano!

Será realizado dia 08/12/2011 as 20:00h

MAURÍCIO EINHORN E CONVIDADOS

Zazá Desidério – bateria

Zé Luiz Maia – Baixo

Alberto Chimelli – piano

Idriss Boudrioua – sax

Nivaldo Ornelas – sax

Kiko Continentino – piano e teclados

e outros

Valor do ingresso R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia

Local: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360

Informações e reservas: (21) 2255-1067 / 2255-1366

O RANKING DOS LEITORES - DOWNBEAT

03 dezembro 2011

Só publico este ranking, tarefa tradicional do Sazz, porque este encontra-se em estado catatobabônico por conta do nascimento do seu primeiro neto (o Joaquim), e bem provavelmente, não está tendo olhos para outra coisa. E faço isso antes que o resultado seja divulgado por algum "jazzescutator" de pequeno calibre à procura de assunto.

Aqui estão os vencedores, seguidos dos segundo e terceiro escolhidos em cada categoria:

- Hall of Fame: Ahmad Jamal, Pat Metheny, Ron Carter;
- Jazz Artist of the Year: Esperanza Spalding, Kurt Elling, Ahmad Jamal;
- Jazz Album of the Year: Live in Marciac - Brad Mehldau, Jasmine (Keith Jarrett/Charlie Haden), Bird Songs (Joe Lovano Us Five);
- Historical Jazz Album of the Year: Bitches Brew 40th Anniversary Collector's Edition (Miles Davis); The Complete 1932-1940 Brunswick, Columbia and Master Recordings (Duke Ellington), Art Pepper Meets The Rythm Section (Art Pepper);
- Jazz Group: Keith Jarrett/Gary Peacock/Jack DeJohnette, Dave Brubeck Quartet, Joe Lovano Us Five;
- Big Band: Maria Schneider Orchestra; Darcy James Argue's Secret Society, Mingus Big Band;
- Trumpet: Wynton Marsalis, Roy Hargrove, Randy Brecker;
- Trombone: Steve Turre, Robin Eubanks, Delfeayo Marsalis;
- Soprano Sax: Wayne Shorter, Branford Marsalis, Dave Liebman;
- Alto Sax: Phil Woods, Kenny Garrett, David Sanborn;
- Tenor Sax: Joshua Redman, Sonny Rollins, Joe Lovano;
- Baritone Sax: James Carter, Gary Smulyan, Ronnie Cuber;
- Clarinet: Anat Cohen, Don Byron, Paquito D'Rivera;
- Flute: Hubert Laws, Nicole Mitchell, Charles Lloyd;
- Electronic Keyboard: Chick Corea, Herbie Hancock, George Duke;
- Organ: Joey DeFrancesco, Dr. Lonnie Smith, Larry Goldings;
- Guitar: Pat Metheny, Jim Hall, John McLaughlin;
- Bass: Christian McBride, Ron Carter, Esperanza Spalding;
- Electric Bass: Marcus Miller, Stanley Clarke, Steve Swallow;
- Violin: Regina Carter, Jean-Luc Ponty, Michael Urbaniak;
- Drums: Jack DeJohnette, Steve Gadd, Brian Blade;
- Vibes: Gary Burton, Stefon Harris, Joe Locke;
- Percussion: Airto Moreira, Pancho Sanchez, Marilyn Mazur;
- Miscellaneous Instruments: Toots Thielemans, Bela Fleck, Steve Turre;
- Male Vocalist: Kurt Elling, Tony Bennett, Bobby McFerrin;
- Female Vocalist: Diana Krall, Esperanza Spalding, Gretchen Parlato;
- Composer: Maria Schneider, Wayne Shorter, Pat Metheny;
- Arranger: Maria Schneider, Wynton Marsalis, Claus Ogerman;
- Record Label: Blue Note, ECM, Concord;
- Blues Artist or Group: B.B. King, Derek Trucks, Buddy Guy;
- Blues Album: Living Proof (Buddy Guy), In Session (Albert King & Steve Ray Vaughn), Couldn't Stand the Weather (Steve Ray Vaughn & Double Trouble).
- Beyond Artist or gRoup: Jeff Beck, Adele, Bob Dylan;
- Beyond Album: Emotion & Commotion (Jeff Beck), The Imagine Project (Herbie hancock), New Amerykah Part Two (Erykah Badu).

Usem a caixa de comentários para concordar ou repelir as escolhas, lembrando que a cabeça do norteamericano é bastante aberta para o que considera jazz, hoje algo impossível de delimitar. Bom domingo.

02 dezembro 2011

ESTOU VOLTANDO !
Alô amigos,
Depois de uma longa temporada hospitalar,estou voltando aos poucos as minhas atividades , não sem antes agradecer a todos aqueles que se manifestaram através de telefonemas , emails e até pessoalmente,preocupados com meu estado de saúde, emprestando sua valiosa solidariedade e apoio. Felizmente as notícias são boas e estou voltando inteiro , meio baleado é bem verdade, mas, sem nenhuma preocupação para o futuro. A todos o meu muito obrigado e vamos em frente.
llulla

PODCAST # 79



CLAUDIO RODITI - Blues for Ronnie

01 dezembro 2011

Ainda chateado por ter perdido duas chances de assistir Claudio Roditi, que andou por aqui e tocou no Triboz e no Vizta, aproveito de qualquer forma a mencao a este brilhante musico, para atraves de um momento especial pescado do youtube, dar as boas vindas ao ultimo mes de 2011 ao som de craques como o Roditi (ao trumpete), Dario Galante (piano), Sergio Barrozo (baixo) e Kleberson Caetano (bateria) neste Blues for Ronnie...

Puro lirismo.

Momento de ouvir e se deliciar

Abracos

Beto Kessel

O PREMIO DO THELONIOUS MONK INSTITUTE OF JAZZ 2011

Traduzo aqui de forma livre o artigo publicado na Down Beat de Dezembro, sobre a competição anual do TMIJ, que neste ano completou seu 25o. aniversário. O artigo é de John Murph e suprimi trecho em que ele versava sobre a parte em que o show comemorativo descambou para o "Bebop Meets Hip-Hop". A despeito do segundo estilo também ser uma criação americana, não acho que precise ser divulgado aqui.

Historia Virtuosa - por John Murph, na DOWNBEAT

O Thelonious Monk Institute faz 25 anos

O virtuosismo opulento teve uma perfeita exposição durante a Competição Internacional do Piano no Jazz - edição 2011 -, do Instituto Thelonious Monk, bem como na celebração de gala do seu 25º. Aniversário, em Washington, DC.

A competição, em 12 de setembro, julgada por uma banca que incluía Jason Moran, Herbie Hancock, Ellis Marsalis, Danilo Pérez e Renee Rosnes, apresentou seus estágios semifinal e final no Auditório Baird do Smithsonian Institute e no Kennedy Center, respectivamente.

A interpretação de Blue Monk harmonicamente dissonante e baseada em “strides”(*) do vencedor, Kris Bower, sublinhada pela batida roadhouse do baterista Carl Allen e do baixista Rodney Whitaker deram ao jovem de 22 anos um lugar na final, onde a balada Hope, de sua autoria e uma interpretação diabólica de Shuffle Boil, de Monk, garantiram-lhe o primeiro lugar. Bowers recebeu 25 mil dólares de prêmio e um contrato de gravação com o Concord Music Group.

Segundo Moran, foi o “polimento” de Bowers que o colocou no topo. “Muitos desses musicos chegaram com uma certa facilidade”, disse Moran. “Bowers juntou as suas facilidades de tal forma que ele seria um nome que as pessoas gostariam de ouvir.” Moran também elogiou seu senso de toque, a escolha de músicas e sua interação com a seção rítmica.

Pérez comentou a dificuldade de julgar uma competição com tantos improvisadores esplêndidos. “Ter uma competição com pianistas e jurados vindos de lugares e estéticas diferentes mostra que há espaço para todos ali,” disse. “É a competição Monk, então tem de haver um certo nível de aventura e de assunção de riscos.”

O segundo colocado, Joshua White, de 26 anos, esquentou Criss Cross de Monk com uma força rítmica bruta e o terceiro colocado, Emmet Cohen, de 21, começou a final com uma leitura reconfortante de Ugly Beauty, seguida por uma revisão trepidante de Bright Mississipi, ambas de Monk.

Moran reconheceu as extravagantes demonstrações de técnica dos concorrentes mas também mencionou as virtudes da auto-edição. “Tocar rápido não significa necessariamente que se é bom. Temos de considerar como a técnica melhora uma canção, ou, mais importante, a melodia. Ou mesmo como ela estará melhorando o clima no recinto, e não apenas o do palco.”

Em honra ao aniversário “de prata” do Instituto, a competição suscitou uma gigantesca celebração no Eisenhower Theater do Kennedy Center. O Prêmio da Fundadora Maria Fisher foi dado a Aretha Franklin, que recompensou a platéia com um discurso gracioso seguido de uma interpretação incendiária de “Moody’s Mood For Love”.

DeeDee Bridgewater, Chaka Khan, Jane Monheit, Dianne Reeves e Kurt Elling também apresentaram uma vibrante seleção de músicas, todas em homenagem a Aretha.

Reeves declarou: “A gente quer cantar cada nota que ela canta, porque sabemos que é assim que a canção deve ser. Ser capaz de cantar para ela e fazê-la saber como gostamos dela foi a melhor coisa que eles poderiam ter imaginado para este 25º. Aniversário do Thelonious Monk Institute of Jazz. É uma noite de que me lembrarei para sempre.”

Para T.S. Monk, filho do legendário Thelonious e presidente do conselho do TMIJ, o tributo foi um momento especial: “Acho que nunca fomos honrados dessa forma antes, Aretha Franklin vem sendo uma grande incentivadora do jazz e do Instituto.”

O TMIJ reuniu inúmeros dos vencedores das versões anteriores do prêmio, que incluíam Monheit, Gretchen Parlato, Joshua Redman, Jacky Terrasson, Joey DeFrancesco and Ambrose Akimunsire, que se juntaram em diferentes configurações no palco para interpretar uma mistura de temas de Monk.

[...]

Tom Carter, presidente do TMIJ, comparou a festa a uma mistura de reunião de alunos com uma festa em família. “Uma verdadeira celebração de todo o trabalho que fizemos nesse quarto de século, tantos dos premiados anteriores estavam disponíveis e tantos outros grandes jazzistas. Também importante frisar é que todos aqueles que participam de nossos programas e cursos e mais especialmente, da competição, são vencedores.”

(*) no original, stride-strutting. Quem tiver um melhor termo, por favor, colabore.


As fotos são de autoria de Brendan Hoffman/WireImage

PAUL MOTIAN, PELAS PALAVRAS DO MESTRE LOC

29 novembro 2011

Nosso querido Mestre LOC nos envia sua coluna como publicada na edicao online do JB. Pouco afeito as lides digitais, o mais que pude fazer foi copiar o PDF recebido e ir colando as partes em que o programa de captura de tela retalhou o material, juntando tudo numa foto so. Desculpem a "tosquice" mas o que importa mesmo sao as palavras do nosso confrade, escolhidas como se num passeio por um campo. Neste caso, e em tudo, santo.

Cliquem para ampliar.

CLAUDIO RODITI EM TEMPORADA CARIOCA

23 novembro 2011

A pedido do nosso RayNaldo, passo as informações sobre a apresentação do Roditi, um mestre do trompete, junto da CEJ, que vai rolar neste fim de semana no Vizta.

Claudio Roditi e a Companhia Estadual de Jazz (CEJ).

O trompetista Claudio Roditi é um dos maiores nomes da música brasileira no exterior. Muito conhecido pelo público norte-americano e europeu, já que está sempre tocando pelo mundo afora em grandes festivais de jazz. Quando viajou para os Estados Unidos, no início dos anos 70, para completar sua formação musical, acabou ficando por lá. Mas sempre que pode dá uma passada pelo Rio de Janeiro.
Já dividiu o palco e as gravações com nomes como Michael Brecker, Paquito D´Rivera e Dizzy Gillespie. Roditi foi um dos sete trompetistas que, em 1992, um ano antes da morte de Dizzy, reuniram-se no Blue Note e gravaram o CD “To Dizzy with Love”.

E na sexta, dia 25 de novembro, o Vizta recebe Claudio Roditi, como o convidado especial da Companhia Estadual de Jazz , para uma jam session onde vão rolar muitos temas que ele gosta de tocar, como Impressions de John Coltrane, Birks Works de Dizzy Gillespie, Speak Low de Kurt Weill, A Rã de João Donato e também composições do próprio Roditi, como Recife’s Blues.

Notícia de última hora: ele vai tocar também um instrumento raro no jazz : o trompete piccolo, para o qual compôs um novo tema: o "Piccolo Blues".

MORREU PAUL MOTIAN

22 novembro 2011

Faleceu nesta manhã o fabuloso baterista Paul Motian, um dos maiores de seu instrumento. Com a palavra nossos Mestres, além, claro do Tandeta, para as considerações póstumas. O mundo do jazz está de luto. RIP!

Com o auxílio do Toy Lima, uma lembrança de Motian, durante o Chivas Festival de 2003 com a Electric Bebop Band.

THE LICK

Pra cantarolar o dia todo!

19 novembro 2011

THELONIUS MONK - Lançamento em Homenagem


Pelo jornal "O Estado de São Paulo" deste sábado 19/11/11 tomamos conhecimento (chamada na 1ª página e artigo com o título "Uma Doce Tristeza" assinado por João Marcos Coelho na página 6 do "Caderno D, C2+ Música") do lançamento do CD "Melodius Monk" - Kim Pensyl / trumpete e Phil DeGreg / piano - desfilando temas monkianos clássicos como "Reflections", "Blue Monk", "Monk's Dream" e outros.

É conferir mas o importante é a chamada em 1ª página e o artigo (3/4 de folha e imensa foto de Monk) escrito por quem é do ramo.

WES MONTGOMERY - TRIBUTO HOJE A NOITE NO VIZTA - 18.11.2011

18 novembro 2011

Reproduzo abaixo o texto que consta no site clubedejazz.com.br, sobre o show desta noite no restaurante VIZTA, com o quarteto liderado pelo guitarrista da CEJ (Companhia Estadual de Jazz, ou Jazzificator System) Fernando Clark

"O guitarrista Fernando Clark faz um tributo a Wes Montgomery, o gênio que reinventou a guitarra do jazz. No repertório, Fernando vai relembrar clássicos de Wes Montgomery como "West Coast Blues", "Four on Six", "Road Song", "Unit 7", "Full House", "Boss City" e outras...

Fernando Clark (guitarra), Fernando Moraes (piano), Nema Antunes (baixo) e Cássio Cunha (bateria).

Data 18/11/2011
Local Restaurante Vizta: Av. Delfim Moreira, 630 - Leblon
Horário Sexta-feira, às 21h30.
Informações Couvert: R$ 30,00. Tel.: (21) 2172-1089.

P O D C A S T # 7 7



PRÉVIA DO FESTIVAL LAPATAIA?

17 novembro 2011

Nunca se viu platéia tão educada e respeitosa. Há notícias de que o músico da tuba não conseguiu sair da área do Festival, tal o assédio imposto pelas senhoritas presentes ao concerto.

2011 DOWNBEAT READERS POLL

15 novembro 2011

Hall Of Fame : AHMAD JAMAL
Jazz Artist Of The Year : ESPERANZA SPALDING
Jazz Album : BRAD MEHLDAU " Live In Marciac " ( Nonesuch )

Big Band : MARIA SCHNEIDER ORCHESTRA
Jazz Group : K. JARRETT, G. PEACOCK & J. DEJOHNETTE
Soprano Sax : WAYNE SHORTER
Alto Sax : PHIL WOODS
Tenor Sax : JOSHUA REDMAN
Baritone Sax : JAMES CARTER
Trumpet : WYNTON MARSALIS
Trombone : STEVE TURRE
Clarinet : ANAT COHEN
Flute : HUBERT LAWS
Drums : JACK DEJOHNETTE
Vibes : GARY BURTON
Percussion : AIRTO MOREIRA
Violin : REGINA CARTER
Acoustic Bass : CHRISTIAN MCBRIDE
Electric Bass : MARCUS MILLER
Guitar : PAT METHENY
Piano : BRAD MEHLDAU
Organ : JOEY DEFRANCESCO
Electric Keyboard : CHICK COREA
Male Vocalist : KURT ELLING
Female Vocalist : DIANA KRALL
Composer : MARIA SCHNEIDER
Arranger : MARIA SCHNEIDER
Record Label : BLUE NOTE

That's it ...

Falando em jazz vou voltar para escrever sobre um pianista considerado por muitos como o 1º musico brasileiro de "jazz", o pouco conhecido ou divulgado niteroiense Moacyr Peixoto ! ! !

14 novembro 2011

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS - 16




ALBERT ALOYSIUS CASEY, artisticamente AL CASEY (não confundir com o guitarrista de “rock” Alvin W. Casey), guitarrista norte-americano, nasceu em Louisville / Kentucky, no dia 15 de setembro de 1915 e no seio de família de classe média (Joseph e Maggie B. Johnson Casey foram seus pais), vindo a falecer no dia 11 de setembro de 2005 (isto é, 04 dias antes de completar 90 anos), no “Dewitt Rehabilitation and Nursing Center” em New York.
Iniciou-se na música com o violino, que aprendeu com sua mãe desde os 05 anos de idade; não satisfeito e aos 08 anos dedicou-se ao “uke-lelê”.
Em 1930 e com 15 anos mudou-se para New York, estudando guitarra com JAMES SMITH na “DeWitt Clinton High School” e posteriormente, levado por seus tios, na “Martin Smith Music School” por 03 anos.
Em 1933 participando de programa radiofônico como integrante do grupo familiar “The Southernaires”, dirigido por seu pai, baterista, conheceu FATS WALLER que o contratou como guitarrista para sua orquestra, onde permaneceu até 1943, ano do falecimento de FATS WALLER.
Nesse período com WALLER, autor dos hiper-clássicos “Ain’t Misbehavin’” e “Honeysuckle Rose”, chegou a realizar curtas temporadas com o notável pianista TEDDY WILSON (entre 1939 e 1940), assim como com BUSTER HARDING (BUSTER LAVERE HARDIN, pianista e arranjador nascido em Ontário / Canadá, que ocasionalmente substituia TEDDY WILSON no piano, na orquestra deste), com quem chegou a apresentar-se no “Nicky’s” de Manhattan.
Em seguida ao falecimento de seu mentor FATS WALLER e tendo optado pela guitarra elétrica, AL CASEY formou trio próprio, atuando em diversas cidades americanas, assim como trabalhou e gravou com diversos músicos de ponta: EDMOND HALL e COLEMAN HAWKINS em 1943, BENNY CARTER em 1946, LOUIS ARMSTRONG em 1947, além de com FRANKIE NEWTON, CHUCK BERRY e BILLIE HOLIDAY, por quem se dizia apaixonado.
Gravou, também, com EARL HINES, PETE BROWN, BIG SID CATLETT, JIMMY JOHNSON, UNA MAE CARLISLE, MEZZ MEZZROW, FLETCHER HENDERSON, com a “LEONARD FEATHER’s ALL STARS” e acompanhou cantoras da estirpe de ALBERTA HUNTER, MARY BRYANT e DINAH WASHINGTON.
Em 1944 tocou por algum tempo, em trio, com CLARENCE PROFIT.
Nesse mesmo ano de 1944 AL CASEY participou do “The First Esquire Concert” no Metropolitan Opera House que, por sua importância, destacamos ao final.
Em 1945 atuou na Califórnia e gravou para a Capitol.
Em 1949 AL CASEY formou trio com o pianista BILLY KYLE (aqui lembramos dos “All Stars” de LOUIS ARMSTRONG que esteve no Brasil).
A partir de 1949 AL CASEY passou a dedicar-se ao “rhythm and blues”, integrando os conjuntos de KING CURTIS e do baterista e “tap-dancer” CURLEY HAMNER.
Retornou para o reino do JAZZ e, como “freelancer”, atuou com JAY McSHANN, MILT BUCKNER e BOB WILBER, entre outros.
Em 1973 integrou o grupo “No Gap Generation Jazz Band”.
Tecnicamente, desde sua incorporação à orquestra de FATS WALLER e até a primeira metade da década de 40 do século passado, AL CASEY utilizou a guitarra acústica demonstrando ser possuidor de um “swing” admirável, seja como acompanhante para apoio rítmico, melódico e em contracantos, assim como solista em acordes de rara plenitude. Quando adotou a guitarra elétrica e conseqüente amplificação, passamos a notar sensível redução dos acordes, substituidos pelo fraseado em “single notes” (nota-a-nota), mas com invejável sentido rítmico.
Sem dúvida foi parâmetro para muitos guitarristas posteriores.
AL CASEY é considerado por muitos críticos um dos poucos guitarristas que, ao lado de DJANGO REINHARDT, de TEDDY BUNN e de CHARLIE CHRISTIAN, criou estilo próprio.
Como principais gravações de AL CASEY, em seu nome ou tendo atuação importante como “sideman”, podemos citar:
- Ain’t Misbehavin Com FATS WALLER, pelo selo RCA Victor
- Buck Jumpin’ Selo Prestige
- Slamboree Selo Black and Blue
- Jumpin’ With Al Selo Black and Blue
- Guitar Odyssey Com BILLY BUTLER, pelo selo Jazz Odyssey
Mais que principal gravação indicamos a do dia 18 de Janeiro de 1944, tomada ao vivo do concerto realizado no Metropolitan Opera House de New York, o “The First Esquire Concert”, felizmente registrado pela etiqueta “LaserLight” em CD.
Consideramos esse CD (LaserLight Digital nº 15723, de 1990) como uma jóia para todos os que gostam de JAZZ.
Recordamos que a revista “Esquire” que promoveu o concerto, à época ombreava-se nas pesquisas dos “melhores” de cada ano no segmento de JAZZ, às tradicionais “Metronome” e “Down Beat”, esta última sobrevivente até os dias atuais, ainda que “misturando” JAZZ com outros “fenômenos” musicais.
Esse concerto reuniu uma constelação de músicos acima de quaisquer comparações, a saber: ART TATUM, COLEMAN HAWKINS, LOUIS ARMSTRONG, JACK TEAGARDEN, BILLIE HOLIDAY, ROY “LITTLE JAZZ” ELDRIDGE, BARNEY BIGARD, LIONEL HAMPTON, OSCAR PETTIFORD, MILDRED BAILEY e seu marido à época, RED NORVO - impossível melhor ! ! !
Dessa constelação constava AL CASEY e podemos ouvi-lo no clássico “Buck Jumpin’” que deu título à sua gravação para o selo Prestige: solo admirável e soberbo acompanhamento de ART TATUM e OSCAR PETTIFORD em menos de 03 minutos de puro encanto.




Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
apostolojazz@uol.com.br

MAIS UM CHART DE JAZZ - REVISTA JAZZ WEEK

Agora apresentado pelo site da Jazz Week, publico mais um grafico de vendas e execuções, a "parada" jazzística da semana finda no último dia 7.

Note-se a boa presença de alguns dos old-lions bem ativos -, carregando o piano, diria - o caso de Tony Bennett, em honroso primeiro lugar com a continuação dos seus Duets (fase um tanto mais comercial, imagino que preparando sua polpuda aposentadoria, mas que nos trouxe uma Amy Winehouse monstra), o baterista Roy Haynes em quinto, seguido por Freddy Cole em sexto, Cedar Walton e Ron Carter antes do vigésimo lugar. Que vocês me alertem para outros tantos veteranos mas, numa olhada rápida até este posto, foram os que localizei (ou cujo nome e trabalho eu conheço).

George Benson também é um dos grandes mas ainda não é um so-old-lion para entrar no time.

Cliquem no gráfico para ampliá-lo.

DUO GENIAL NO ORGAO - JIMMY SMITH & JOEY DE FRANCESCO

02 novembro 2011

Nas visitas de rotina ao youtube, e sempre grande a chance de encontrar diamantes puros, e assim segue mais uma pedra preciosa achada na West Coast.

Dois dos mais geniais organistas do Jazz na minha modesta opiniao, neste encontro em Sao Francisco em 1999.



Beto Kessel

BAPTISTE TROTIGNON TRIO, NO MUNICIPAL

01 novembro 2011

Nesta sexta-feira, dia 4/11, às 20:00 hrs., vai se apresentar no Theatro Municipal do Rio, um dos mais considerados e criativos - segundo a crítica internacional - pianistas franceses da atualidade, Baptiste Trotignon, em trio jazzístico clássico (Thomas Bramerie, no baixo e Dré Pallemaerts, na bateria).

No Segundo Caderno do O Globo de hoje, o principal jornal da cidade, cuja edição das terças feiras dá destaque à musica, não há uma linha sequer a propósito do concerto. E isso, a despeito de vir a ocorrer no mais importante local para apresentações culturais da cidade!

Bem provavelmente, não deve "rolar" nenhum jabá para "instigar" o jornalismo a dar esse tipo de notícia, enquanto todos os (piores) tipos de manifestação musical em esquinas, cafofos, forrós, pagodes, oficinas e quadras de "comunidades" (que ostentam aqueles espetáculos culturais imperdíveis - os bailes funk) ganham destaque na página 2 do afamado diário.

Já me rebelei antes contra esse desprezo do O Globo, e principalmente a editoria do caderno, quanto ao jazz. Esqueci que deve remanescer na alma dos profissionais de imprensa que o tocam aquele "ódio" (implantado, claro) a tudo que possa provir dos Estados Unidos da América - mesmo se executado por franceses -, produto de anos e anos de "militância"vestida com camisetas do Che.

Em suma, uma absoluta falta de respeito com a inteligência dos leitores que se interessem pela verdadeira cultura.

P.S.: ainda há lugares, acessíveis pelo site da Ingresso.com

No mais, Ave Mestre Llulla, cuja revolta com a indigência jornalística a respeito do jazz igualmente me inspira.

O FESTIVAL DE LAPATAIA VOLTA COM TUDO

29 outubro 2011

Quem gosta de jazz e está com uns reais acumulados na poupança e não sabe muito bem o que fazer com eles, poderá investí-los em algo que lhes renderá, asseguradamente, alguns dos maiores "dividendos mentais" que a grana pode gerar. Trata-se do Festival de Jazz de Lapataia, bem aqui do lado, em Punta del Este, Uruguay, no início de janeiro.

A escalação desta 16a. Edição está à esquerda na ilustração. Clique para ampliar o vasto e interessantíssimo cardápio de expoentes que lá estarão, coordenados por Paquito D'Rivera: Harold Mabern, Eric Alexander, Renée Rosnes, Grant Stewart, Valery Ponomarev, Victor Goines, Anat Cohen, o próprio Paquito - que vai organizar um clarinet summit -, além dos estrelados brazucas Jessé Sadoc, David Feldman, Rafael Barata e Rodrigo Villa, entre tantas outras estrelas que fazem do evento uma blue-chip triplo A.

Muito melhor do que um título soberano da dívida grega, no qual se poderia estar aplicando sem saber, através daquele Fundo de Investimentos de nome pomposo, e cujo retorno da grana, apesar dos juros caprichados, poderia lhe gerar dores de cabeça para rever. Moral desta história: invistam é em vocês mesmos.

Ah, a acústica do Festival, realizado em meio ao pasto de uma fazenda, é perfeita, sem interferência de paredes ou teto (o deste local é o céu), é a melhor que eu já tive oportunidade de ouvir. E, não temam, há uma mini-arquibancada de concreto que garante o conforto, além do (já comentado aqui antes) fabuloso choripan (um cahorro-quente feito com uma linguiça sensacional), que se pode consumir nos intervalos, em joint-venture feliz com uma cerveza gelada.

Esqueçam a rentabilidade mensal em prol dessa experiência riquíssima, que vocês vão levar (y la garantia so yo) consigo pelo resto dos seus dias.

P.S.: o dulce-de-leche da Fazenda Lapataia deixa aqueles feitos na Argentina mais rebaixados do que títulos do Gabão. Quem for, traz um vidrão para mim.

P.S. 2: pós-concertos, a maioria dos músicos vai para a grande cantina da Fazenda para una sopita e, não raro, rolam umas canjas no palco ali existente "por acaso", o que torna a noite interminável. Afinal, num paraíso desses, ninguém quer ir dormir.

P.S. 3: a "redescoberta" do evento me foi passada por nosso confrade PeWham, que aliás, foi o primeiro a nos dar esse bizu.

Programaço.

MUITO SWING GENUINAMENTE BRASILEIRO

Se há uma coisa que me dá muito prazer e recupera algo do meu orgulho - seriamente abalado - de ser brasileiro, é a SPOK FREVO ORQUESTRA, a big-band pernambucana que, nesta altura do campeonato, já dispensa apresentações.

Andei pelo YouTube, na página dedicada às apresentações da bandaça no SescSP, esta grande instituição incentivadora da música instrumental no país e me deliciei por umas horas com a maestria nos arranjos e a acuidade dos metais, palhetas e sopros do conjunto, sem desmerecer em nada os demais integrantes, tudo em cima da obra de compositores brasileiros.

Isso é música de encher o coração em qualquer lugar do planeta. Mais uma vez, parabéns ao Maestro Spok e seus comandados. Apreciem!

Abs.

P O D C A S T # 7 4

28 outubro 2011







PARA BAIXAR: http://www.divshare.com/download/16046674-4d8

MESTRE LULA

27 outubro 2011

Prezados companheiros, as notícias são ótimas do Lula, após delicada cirurgia e muitos dias no CTI, está se recuperando muito bem, já há 8 dias em apartamento. Sua previsão de alta é para amanhã sexta feira.
De modo que em breve teremos suas postagens por aqui.

CINE JAZZ

26 outubro 2011

Completando a postagem abaixo:

CINE JAZZ
Filme: WEATHER REPORT - MONTREUX – 1976

Convidado: Marcelo Martins (saxofonista)
Curadoria: Paulo Renato Rocha
Sábado, 29 de outubro de 2011 às 16h

MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA –MAC – Niterói
Serão distribuídas 60 senhas, 30minutos antes do filme.

Nelson Reis

JAZZ NO MAC – Niterói

24 outubro 2011

Encontramos com nosso velho confrade, Paulo Renato Rocha, também velho amigo do Mestre Coutinho de longa data e, convidou-nos para sessão de cinema de jazz a realizar-se no Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, dia 29 próximo vindouro. Outrossim, informou que à partir de fevereiro/março do próximo ano a Prefeitura da “velha Província” poderá – por seu intermédio, entre outros – estar produzindo “jam sessions” neste mesmo espaço.
Agradecemos aqui o convite do confrade e, auguramos que o projeto de audições ao vivo venha abrilhantar a cidade e incentivar o comparecimento dos jazzófilos de plantão.

Nelson Reis

22 outubro 2011

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS - 15



HOWARD MANCEL ROBERTS, artisticamente HOWARD ROBERTS, nasceu em Fênix / Arizona, em 02/outubro/1929, vindo a falecer no dia 28/julho/1992 aos 62 anos de idade, em Seattle / Washington. Em diversas fontes consultadas a data de falecimento é dada como sendo 01/julho ou em 29/junho.
Foi criança super-dotada para a música e particularmente para a guitarra, sendo certo que com 12 anos já dominava tecnicamente o instrumento, além de possuir sólidos conhecimentos musicais, tutelado pelo “professor” HORACE HUTCHETT, que lhe incutiu o amor pelas nuances do instrumento e ministrou-lhe os conhecimentos básicos da guitarra clássica e de JAZZ.
Durante o período da Segunda Guerra Mundial, vale dizer e para os americanos do norte a partir do início dos anos 40 do século passado, HOWARD atuou em grupos sempre por perto de Fênix, ganhando experiência profissional e exposição para o público. Significativa nessa fase foi sua atuação com o conjunto do grande PETE JOLLY (PETER A. PETE CERAGIOLI, pianista, acordeonista e arranjador, 05/junho/1931 - New Haven / Connecticut a 06/novembro/2004 - Passadena / Califórnia, um dos grandes nomes do “Jazz West Coast”).
Em 1950 mudou-se para Los Angeles, atuando como músico de estúdio, participando de gravações em trilhas sonoras para dezenas de filmes - cinema e televisão - o que lhe granjeou sólida reputação, assim como requisições por gravadoras e músicos de JAZZ, já então considerado como um “top” na guitarra.
Formou seu próprio grupo a integrou diversas outras formações “West Coast”, com BUDDY DEFRANCO, SHORTY ROGERS, PETE CANDOLI, CONTE CANDOLI, LENNIE NIEHAUS (que anos mais tarde viria a ser o mentor das trilhas sonoras dos filmes dirigidos por CLINT EASTWOOD, sempre calcadas no JAZZ), BUDDY COLLETTE, BUD SHANK e tantos outros.
Gravou para os selos VERVE de NORMAN GRANZ, VSP, London, Capitol, ABC/Impulse e Concord Jazz (fundada pelo já falecido CARL JEFFERSON) e, entre suas principais gravações, destacam-se:
- The Movin' Man, VSP (VERVE SPECIAL PRODUCTS)
- Color Him Funky, Capitol
- Howard Roberts is a Dirty Guitar Player, Capitol
- Something's Cookin', Capitol
- Goodies, Capitol
- Whatever's Fair, Capitol
- All-Time Great Instrumental Hits, Capitol
- Good Picking, VERVE
- Jaunty-Jolly, Capitol
- Guilty!, Capitol
- Equinox Express Elevator, ABC/Impulse
- Out Of Sight, Capitol
- Spinning Wheel, Capitol
- The Real Howard Roberts, Concord Jazz.
Como destaque, quem não se lembra do extraordinário sucesso comercial da cantora JULIE LONDON, que em 1955 gravou, com o acompanhamento de BARNEY KESSEL na guitarra e RAY LEATHERWOOD no baixo, o álbum “JULIE IS HER NAME”?

O álbum continha a canção “Cry Me A River”, que marcou época e foi posteriormente gravada por tantas cantoras (inclusive DIANA KRALL no CD “The Look Of Love” de 2001).

Esse “LP”, campeão de vendagem e nas “paradas de sucesso” durante tanto tempo, justificou novo lançamento pelo selo LONDON, o álbum “JULIE IS HER NAME Volume 2”, com acompanhamento de HOWARD MANCEL ROBERTS à guitarra (e que também assinou os arranjos) e RED MITCHELL no baixo.
Nesse álbum podemos apreciar o toque precioso de HOWARD nos clássicos “Blue Moon”, “What is The Thing Called Love”, “How Long Has This Been Going On”, “I Got Lost In His Arms” e outros, num total de 12 faixas.
HOWARD dedicou-se à atividade de professorado no “Guitar Institute Of Technology de Hollywood” e, em parceria com JIMMY STEWART, escreveu diversas obras didáticas sobre a guitarra: “Howards Roberts Chord Melody”, “Howards Roberts Guitar Book” e “Howard Roberts Sight Reading For The Guitar”, entre outras, todas elas distribuídas pela editora “Playback Publishing Company”.
Escreveu artigos e colaborou para diversas publicações especializadas, podendo citar-se “Guitar Player” (em que chegou a manter coluna mensal) e “DownBeat”.
Participou de diversas temporadas e gravações com CHICO HAMILTON, JOHN GRAAS, PETE JOLLY, FRANK MORGAN e PETE RUGOLO.
Em particular o CD duplo da “Fresh Sound” – série “Jazz City”, “Pete Rugolo And His Orchestra, Adventures In Jazz”, de PETE RUGOLO, uma preciosidade, nos presenteia HOWARD ROBERTS na seção rítmica em nada menos que nas 20 faixas do CD1, gravadas de fevereiro até maio de 1954, e em mais 13 faixas do CD2, gravadas de julho de 1954 até fevereiro de 1955 (nas demais 09 faixas desse CD 2 HOWARD é substituido por nosso LAURINDO DE ALMEIDA e por PERRY LÓPEZ).
HOWARD é guitarrista de técnica brilhante, em estilo marcado pela ousadia nas escalas harmônicas, acordes de passagem explorados com grande sutileza e intenso contraste de altos e “calmas”. Pertence á mais pura tradição do “bebop”, mas capaz de lirismo e altas doses de sensibilidade nas baladas, como nos acompanhamentos e solos da gravação com JULIE LONDON, citada anteriormente.



Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
apostolojazz@uol.com.br

MESTRE RAF SOPRA 84 VELAS HOJE

15 outubro 2011

Depois de enfrentar algumas complicações de saúde, dentre as quais a instalação de um metrônomo interno - todas, diga-se, deixadas para trás e já esquecidas - nosso grande Mestre e educador jazzístico Raffaelli está de novo no centro das atenções daquelas pessoas a quem pôde ajudar e guiar, ao longo de sua profícua trajetória pessoal e profissional. Ao completar mais um ano, receberá um presente digno de sua importância: uma noite de tributos, desta vez em Belo Horizonte, na próxima terça-feira.

Segundo informações, já estão na fila de cumprimentos encabeçada pelo grande saxofonista Nivaldo Ornellas, mais de 50 músicos mineiros (e não-mineiros) cuja trajetória em algum momento foi tocada pelo Mestre. Entenda-se que além dos apertos de mão, a moçada vai "abraçá-lo" é tocando para ele, maneira como qualquer mortal interessado em música, e mais ainda, do calibre do Raf, poderia desejar como a melhor forma de saudação.

Seria um grande prazer também para seus amigos daqui poderem estar lá e diante da impossibilidade, gostaríamos de acionar nosso Representante Cejubiano nos Domínios Belorizontinos e Arredores, o mui-nobre cavaleiro e confrade I-Vans, para saudá-lo ao vivo e em cores com o abração dos demais. No local e no horário que lhe incumbirá descobrir pois as informações vieram fragmentadas.

Enquanto isso, em nome desta reunião de admiradores e alunos, desejo daqui ao Mestre outros tantos anos de vida, muita SAÚDE e PAZ DE ESPÍRITO, amém.

FRANK WES & A FLAUTA NO JAZZ

09 outubro 2011

Mais uma saida para pescaria e desta vez procurando a flauta no Jazz, e nao mais que de repente surge FRANK WESS...

Nada mais a falar .. apenas ouvir

Beto Kessel

TRIBUTO A JOHN COLTRANE @@@@@

08 outubro 2011

O grupo Tutti fez uma apresentação belíssima nesta sexta feira na Sala Baden Powell que vive seus últimos dias como reduto final da música instrumental de qualidade em nossa cidade.

Infelizmente tocou para 20 ou 30 felizardos que "sacrificaram-se" para receber um banho de cultura musical.

Daniel, Ana, Lipe e Tandeta deram um passeio pelo universo Coltrane visitando varias fases do fantástico músico e compositor.

Para dar água na boca daqueles que tinham outros compromissos, vejam o playlist :

Mr. Syms e Mr. Day : Coltrane Play The Blues
Syeeda's Song Flute, Naima e Spiral : Giant Steps
Wise On e Lonnie's Lament : Crescent
Moment's Notice : Blue Trane
Central Park West : Coltrane's Sound
Resolution : A Love Supreme

Não vou destacar solos ou arranjos, apenas o entusiasmo do grupo personificado em nosso Tenêncio, que bateu nos tambores como em protesto contra mais este ato de lesa cultura da prefeitura do Rio.

BraGil

QUEM VIU, VIU. QUEM NÃO VIU, VAI PODER OUVIR !

07 outubro 2011



Novidades da ECM, by the way of Mestre LOC, claro !

ECM Fall Highlights
Three star-studded live albums on ECM Records SPONSORED MESSAGE

Three new ECM albums capture the magic, electricity and power of live performance.

The first finds uniquely expressive saxophonist Charles Lloyd and his brilliant quartet joining forces with Maria Farantouri (Greece's haunting voice of resistance) for a stunning performance under the Athens night sky.

The second unites Chick Corea (his first new ECM date in more than a quarter-century!) and Stefano Bollani, both stars of their instruments for their generations. Effervescent virtuosity abounds as the two piano greats romp through their upbeat program, recorded at a spirited and playful gig at Umbria Jazz's Winter Festival.

And last but not least is a magical performance by Keith Jarrett, returning to Rio de Janeiro for the first time in decades. Jarrett's capacity for creating song forms and compositional structures in the moment is unparalleled, and on this occasion the music that emerges, entirely improvised, demonstrates the intensely lyrical core that marks some of Jarrett's best-loved albums.

Check out what's new from ECM this fall.

P O D C A S T # 7 1


BAIXADA JAZZ BIG BAND – PAT METHENY

06 outubro 2011

HAVE YOU HEARD

UMA JANELA SE ABRE

E, permite não apenas a visão privilegiada de umas das paisagens mais bonitas do mundo mas, também, um sopro de ar sobre as desbotadas perspectivas dos amantes do jazz terem onde ouvi-lo ao vivo e em ambiente adequado (ou seja, com uma acústica decente).

Reabriu nesta terça-feira o antigo, afamado e glorioso Jazzmania, agora batizado de STUDIO RJ (fica em cima do bar Astor, ex-Barril 1800), não apenas com preparo acústico esmerado mas com a promessa de se tornar o point derradeiro - junto com o Vizta, no Marina Hotel do Leblon, que nos fins de semana tem programação jazzística produzida pelo nosso confrade RayNaldo, em parceria com o guitarrista Fernando Clark -, para a audição de musica de alta qualidade na cidade.

A princípio, o STUDIO RJ está reservando apenas as terças-feiras para as audições jazzísticas. Caberá aos frequentadores, com sua presença constante, demonstrar aos empresários que o dirigem que valerá a pena estender a programação para outros dias da semana.

A inauguração, festiva por todos os motivos imagináveis, foi com a Orquestra Ouro Negro, composta por uma brilhante constelação de músicos cariocas que, "comandados" por Mario Adnet e José Nogueira, gravou o maravilhoso CD duplo "Ouro Negro", com a recuperação das obras do extraordinário maestro e compositor Moacyr Santos, cuja biografia, por si só, é algo de sensacional. As próximas terças deste mês repetirão a dose da estréia, com música de altíssimo nível sendo executada por craques do calibre de Vittor Santos, Ricardo Silveira, Marcelo Martins, Henrique Band, Jurim Moreira, Jessé Sadoc e Marçalzinho, para nomear só alguns da maravilhosa big-band.

É programaço, imperdível, sob qualquer aspecto.

Ficamos ansiosos (e curiosos) por saber se a programação que se seguirá vai manter-se nesse nível tão elevado. Melhor, vai ser complicado, exceto se com atrações internacionais. E mesmo assim...

De todo modo, longa vida ao STUDIO RJ!!!

05 outubro 2011

Mestre LULA:


Por meio de Dª Lúcia, esposa de Mestre LULA, recebemos a notícia de que ele será submetido a intervenção cirúrgica amanhã, 5ª feira, 06/10/2011.

Oramos para que os médicos e para-médicos sejam orientados pelo poder maior e que nosso Mestre maior retorne às atividades o mais breve possível.

Força LULA que aquí esperamos por sua amizade, suas postagens, suas críticas, seus ensinamentos e toda a sua permanente dedicação à "Arte Popular Maior".

TRIBUTO A CHICO HAMILTON, PELO MESTRE LOC NO JB DIGITAL

02 outubro 2011

Chico Hamilton: 90 anos de vida, sete décadas de jazz

Lenda viva do jazz, Forestorn Chico Hamilton chegou aos 90 anos no último dia 20. E está comemorando o feito extraordinário neste sábado, no clube Drom, no East Village, Nova York, com as suas baquetas e bateria, à frente do grupo com o qual gravou, em março, 28 faixas, que foram distribuídas em um CD e dois EPs que o selo Joyous Shout está lançando.

O CD, intitulado Revelation, contém 22 faixas, das quais a maioria da pena de Hamilton, e algumas homenagens a eminências da Era do Swing, como Duke Ellington (It don’t mean a thing) e Jimmy Lunceford (Stompin’ at the Savoy), incluindo vocais coletivos de gosto duvidoso.

A julgar pelos samples que ouvi, o título do disco principal deveria ser Celebration, e não Revelation. Participam da sessão festiva Nick Demopoulos (guitarra), Evan Schwam (saxes, flauta), Maya Saeki (flauta, pícolo), Paul Ramsey (baixo elétrico) e Jeremy Carlstedt (percussão).
Mais importante do que estes registros — que pelo menos um reviewer chamou de “testamento” — é o legado que Chico Hamilton já deixou. Ou seja, as marcas indeléveis de sua presença, como baterista, compositor e líder, na história do jazz moderno. Não foi por acaso que ele recebeu, em 2004, o título de mestre do jazz da National Endowment for the Arts (NEA), na honrosa companhia de Jim Hall, Herbie Hancock, Nat Hentoff (crítico e historiador) e Nancy Wilson.

O baterista começou a aparecer na California, associado ao cool jazz, em 1952, no histórico e primoroso quarteto (sem piano) Gerry Mulligan-Chet Baker — aquele de Line for Lyons, Bernie’s tune e Walkin’ shoes. Mas ficou famoso como líder de um conjunto integrado por Buddy Colette (saxes, clarinete, flauta), Jim Hall (guitarra), Fred Katz (violoncelo) e Carson Smith (baixo), que gravou, em agosto de 1955, o LP The Chico Hamilton quintet featuring Buddy Colette.
Esse quinteto aliava, em suas composições e arranjos, aspectos formais da música erudita à criatividade imprevisível do jazz (A nice day e Blue sands, de Colette; The morning after, de Hamilton; The sage, de Katz). Nat Hentoff escreveu na Downbeat, há 55 anos, quando do lançamento desse LP hoje cult: “O novo quinteto de Chico Hamilton é responsável por um dos mais estimulantes, consistentemente inventivos e únicos discos de jazz deste ou de qualquer ano recente”.
O mesmo quinteto gravou mais um LP para a Pacific Jazz, em janeiro de 1956 (The C.H. Quintet in Hi-Fi) e, em outubro do mesmo ano, o baterista-líder voltou ao estúdio, com Fred Katz e Carson Smith, mas com duas substituições: John Pisano no lugar de Jim Hall e Paul Horn no de Buddy Colette (The C.H. Quintet).
Estes três discos ficaram fora dos catálogos por muito tempo. A Mosaic chegou a editar, em 1997, um box de 6 CDs, incluindo as demais formações do conjunto básico de Hamilton, responsável pela descoberta de jovens músicos que se tornariam, na década de 60, figuras de proa do jazz contemporâneo, como os saxofonistas Eric Dolphy e Charles Lloyd. No ano passado, a gravadora inglesa Avid lançou o CD duplo Three classic albums plus, reunindo os quintetos acima citados, com 10, 11 e 13 faixas, respectivamente, mais cinco registros de 1953 em trio, com Howard Roberts (guitarra) e George Duvivier (baixo).

Os sofisticados quintetos de Chico Hamilton apareceram com destaque em dois filmes: A embriaguez do sucesso (Sweet smell of success), cult noir de Alexander Mackendrick, de 1957, com Burt Lancaster e Tony Curtis; Jazz on a Summer’s day, documentário antológico em que aparece a nata do jazz no Festival de Newport, em 1958.

Em 2001, o então octogenário baterista apresentou-se no Free Jazz Festival (Rio-São Paulo), no leme do seu quinteto Euphoria — com dois saxes (Evan Schwan e Eric Lawrence), guitarra e baixo elétricos — esbanjando vigor e sua arte de notável percussionista. Mas a “euforia” era um tanto apelativa, em termos de concessões a um certo “roquismo” e até ao clima comercial da chamada new wave.

Os jazzófilos mais recentes que procuram ter uma “discoteca” (ou que nome se dê a isso agora) representativa não podem deixar de adquirir faixas dos álbuns da Pacific Jazz/Avid. E também de The original Ellington Suite (Pacific Jazz/Blue Note), rara gravação de uma seleção encadeada de nove temas do Duke, de In a mellowtone a It don’t mean a thing, passando por Day dream e Azure. Esta sessão de agosto de 1958 foi reeditada em CD, há 11 anos, e os comandados de Chico Hamilton eram o incrível Eric Dolphy (sax alto, clarinete, flauta), Nate Gershman (violoncelo), John Pisano (guitarra) e Hal Gaylor (baixo).

Luiz Orlando Carneiro, Jornal do Brasil, 1/10/2011