Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CARTA ABERTA PARA A POPULAÇÃO

27 outubro 2010

divulgação

Carta de repúdio ao uso político e oportunista da Sala Municipal Baden Powell

Ao se completar um ano das residências artísticas implantadas pela Secretaria Municipal de Cultura, uma excelente idéia, é triste constatar que a mesma Secretaria que diz querer fomentar cultura de qualidade é a primeira a desqualificar e descredibilizar seus próprios parceiros.
Após mais de 220 shows realizados na Sala Baden Powell através desse novo sistema, a própria SMC faz um escárnio dos residentes voltando a programar por si só shows de baixíssima qualidade musical às segundas feiras, bem como shows semipornográficos de travestis, estes mesmos vetados pelos programadores ao assumirem em novembro de 2009.
Sendo a Sala Municipal Baden Powell a mais importante sala de música do município, o que explica tamanho descaso cultural por parte da SMC? O próprio regulamento da Sala proíbe shows sem músicos no palco – caso dos shows de travestis, apresentados com playback e nudez parcial.
É essa a política cultural que nós, músicos e público do município do Rio de Janeiro, queremos e merecemos? Ou esse é um uso eleitoreiro e oportunista, que visa à geração de votos, de um equipamento cultural que deveria ser preservado a qualquer custo? Não vamos nos calar, pois só lutando contra tais absurdos poderemos voltar a ser o grande centro criador de cultura de qualidade que um dia fomos. Sala de música é para espetáculos de música e com músicos, simples assim.
Se você concorda, por favor assine e repasse aos seus amigos com cópia para nossa Secretária de Cultura - analuisalima@ymail.com ou analuisa@rio.rj.gov.br - para que ela fique ciente do nosso repúdio.


Obrigado.

8 comentários:

MARIO JORGE JACQUES disse...

Lamentável, mas este é o nosso Brasil, parece que não tem fim estas arbitrariedades ..... alguém deve estar levando alguma coisa nisso, podemos crer..

jorge villas disse...

eleiçoes 2012 vamos mudar isso!!

Roberto Murilo disse...

Show de travestis já ocorreram na SBP em outros governos. O que espanta é que, após o governo Conde adotar uma medida correta, em minha opinião, que foi repassar a programação para o SESC, a Sala a partir de seu sucessor, foi sendo gerida ao sabor do titular da Secretaria, deixando de cumprir continuamente com a sua principal finalidade: ser o palco de shows para os músicos cariocas e os que nos visitam, honrando o nome de seu patrono. Que essa carta aberta tenha repercussão na Prefeitura. Um choque de ordem cultural na Sala Baden Powel já!

Anônimo disse...

Senhores,

Infelizmente essa é a realidade brasileira, repetindo-se como sempre a velha história de que quem está certo é que está errado, e quem está errado é que está certo....

Por essas e outras é que a pesquisa da UNICEF realizada no final dos anos 90 em todos os países do mundo averiguando os três fatores primordais para avaliar o grau de civilidade dos povos do mundo, o Brasil foi tri-campeão mundial como:

1) O povo mais desonesto do mundo;
2) O povo mais mal educado do mundo:
3) O povo mais egoista do mundo.

Diante disso, com esse povo o que esperamos do nosso país ?

APÓSTOLO disse...

Prezado ANÔNIMO:

Faltou à UNICEF verificar que somos o "povo mais burro e idiota do mundo", já que nos tornamos "piada de brasileiro", segundo os irmãos portugueses.
Segundo eles o Brasil é o único pais do mundo em que o "Título de Eleitor" não serve para votar.
Mais um espaço que sofre o ataque da idiotice burocrática e política, poluindo a Sala Municipal Baden Powell com a ausência de músicos.
Nada contra travestís, que são preconceituosos à sua maneira (preconceituosos contra a "natureza" do próprio corpo, usando-o de forma anti-natural), mas que deveriam ter espaço próprio e anti-natural, o que não é o caso da S. M. Baden Powell.
Em nosso estúpido Brasil, nada de qualidade é preservado.

Penna Brandão disse...

Caros Apóstolo,

Que pena que o senhor veja os travestis desta forma. Cada um faz do seu corpo o que quiser. Isso é reflexo da mente humana, que é o que nos diferencia no Reino Animal.

Charlie Parker era preconceituoso com o corpo dele ao entupí-lo de drogas? Ou era preconceituoso com a sua própria mente? Ou era apenas genial?!

Enfim, música, e não travecos-sem-música, na Baden Powell.

John Lester disse...

Prezado Guzz, parabéns pela iniciativa de denunciar a situação vivida pela Sala Baden Powell.

A meu ver, trata-se de apenas mais uma e não isolada situação vivida ao longo de todo o Brasil, país que teve a estrutura pública totalmente contaminada pelo fisiolosismo e pela corrupção. São raros os organismos públicos que conseguiram manter sua liberdade administrativa e, na área cultural, com seu forte apelo publicitário, tem servido às mais sórdidas campanhas partidárias.

Como carioca, sinto-me habilitado a condenar o comportamento do governo do estado, cercado de milicianos por todos os lados, e em franca campanha petista, tão indecorosa quanto a do presidente da república que, esquecendo-se do cargo que ocupa, tem ido aos palanques com bné do MST.

Sabemos o que ocorreu com a arte nos países socialistas como URSS e Cuba: definhou até quase a morte, sob controles e censura. Fale com o saxofonista Charles Lloyd que esteve por lá e ele lhe conta o que passou.

Agora temos uma excelente oportunidade para retirarmos essa corja de Brasília, o que muito poderá auxiliar na limpeza do Rio.

Quanto aos Tiriricas e Rogérias, que procurem suas turmas e salas. Baden Powell nunca se preocupou em cortar ou não o próprio pênis: ele se preocupava com arte.

Grande abraço, JL.

APÓSTOLO disse...

Prezado PENNA BRANDÃO:
Sem querer criar polêmicas, permito-me lembrar que CHARLIE PARKER sempre (desde a pós-adolescência) se entupiu de drogas e isso ajudou a destruí-lo; claro, o que não é natural para o corpo bem não faz para o corpo ou, em muitos casos, para o espirito, para a mente.
Tem toda a razão quando afirma que cada um faz do próprio corpo o que quizer, o que não significa que esteja fazendo algo natural.
Quando escreví sobre o preconceito dos travestís, que se rebelam contra a natureza com que foram dotados, deixei claro que nada tenho contra: apenas lamento.
O que nos diferencia do reino animal é que podemos aprender a SABER PENSAR, o que é bem mais que apenas pensar, via-de-regra e lamentavelmente reservado para a imensa maioria. Até onde alcança meu parco nivel de informação, no reino animal nada é praticado contra a natureza de cada um; nisso os animais têm muito a ensinar para aqueles humanos que são contra a natureza.
Enfim......