Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO LOC

01 agosto 2010

Caderno B, JB, 1 de agosto
por Luiz Orlando Carneiro

Mingus redivivo

“CADA TEMA É UM CLÁSSICO, cada instrumentista um mestre, cada peça soa como nova. E todos os músicos mantêm vivo e swinging o espírito de Charles Mingus”. O comentário é de Michael Bourne, e refere-se à Mingus Big Band – a orquestra de 14 membros que recria o repertório do genial baixista-compositor que mudou o curso do jazz, juntamente com Ornette Coleman e John Coltrane, lá se vai meio século.

Gerenciada por Sue, a viúva de Mingus, a MBB apresenta-se às segundas-feiras, no Jazz Standard, em Manhattan, desde outubro de 2008. Sua formação é variável, mas inclui – invariavelmente – jazzmen da Primeira Liga de Nova York.

Os arranjos mantêm as cores expressionistas e o clima passional típicos da Mingusiana, com liberdade e espaço generosos para os solistas. São assinados, em sua maioria, por Sy Johnson e John Stubblefield, mas também pelos principais integrantes da orquestra.

Na passagem de 2008 para 2009, a MBB celebrou o cinquentenário de peças constantes de três álbuns fundamentais da discografia de Mingus: Gunslinging bird, New now know how e Song with orange, de Mingus Dinasty (Columbia); Bird calls, Self-portrait in three colors, Open letter to Duke e Good bye Pork Pie Hat (a memorável elegia a Lester Young), de Mingus ah um (Columbia); Moanin’, Cryin’ blues, e E’s flat Ah’s flat too (também intitulada Hora decubitus), de Blues and roots (Atlantic).

A festiva noite – que teve como mestre de cerimônias o crítico-radialista acima citado – foi gravada, e está disponível no recém-lançado CD Mingus Big Band live at Jazz Standard.

A nova versão de Hora decubitus(tema também do álbum Mingus Mingus Mingus, de 1963) é sensacional, com Ku-Umba Frank Lacy botando a boca fora do trombone, em empolgante vocal, mais solos de Conrad Herwig (trombone) e do coltraneano Abraham Burton (sax tenor) .

Sy Johnson assina os arranjos de Hora decubitus, Moanin’ (Lauren Sevian, sax barítono; David Kikoski, piano), New now(Randy Brecker e Kenny Rampton, trompetes) e Pork Pie Hat(Way ne Escoffery, sax tenor; Lacy, vocal e trombone).

Steve Slagle colabora com as partituras de Guns linging (Vincent Herring, sax alto; Boris Koslov, baixo; Jeff TainWatts,bateria) e Open Letter (solo de Escoffery). Os outros arranjos são de John Stubblefield (Song with orange) e do magistral baixista russo Koslov (Cryi’n), com realce para solos de Brecker, Rampton, Kikoski, Frank Lacy e Earl Mcintyre (trombones).

Um comentário:

Roberto Murilo disse...

Alguem pode me dizer qual o motivo do Frank Lacy cantar cada vez mais e tocar de menos? Assisti a alguns vídeos da MBB, e ele não solou uma vez sequer.