Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

I LOVE JAZZ

26 julho 2010

divulgação

O festival I Love Jazz tem como objetivo difundir o jazz tradiciona, promover uma maior participação popular e desmitificar o estilo, popularizando uma música por muitos considerada sofisticada e hermética. Por isso, o festival inclui em seu formato apresentações gratuitas em lugares de grande circulação.
O evento também tem o intuito de estimular um maior intercâmbio entre artistas brasileiros e estrangeiros, com a realização de Jam Sessions, que são reuniões de músicos de bandas diferentes para improvisar temas de jazz. Outro objetivo é gerar uma maior participação de jovens, estudantes e interessados em arte em geral, com palestras, master classes, cursos, oficinas, pocket shows e outras intervenções.
Esse estilo tradicional do jazz, como explica o coordenador e idealizador do Festival, Marcelo Costa, parece muitas vezes ter cedido espaço nos festivais ao jazz moderno, mais complexo e cerebral. “Neste festival, as bandas produzem uma música que agrada, vai direto ao coração. Você começa a querer se mexer”, destaca Costa. Segundo ele, no geral, a instrumentação é de banda marcial, com trompete, trombone, clarinete, e tuba. “Fazer com que o público se aproxime mais deste estilo é um dos intuitos do I Love Jazz”, destaca.
A segunda edição do Festival Internacional I Love Jazz, ocorrerá entre os dias 30 de julho e 8 de agosto em quatro capitais brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Rio de Janeiro
Oi Casa Grande - Rua Afrânio de Mello Franco, 290 - Leblon
30 e 31 de julho, Pocket shows com The Florida Keys (EUA)
6 de agosto, 21h00
Claude Tissendier 6tet homenageia John Kirby (FRA)
Leroy Jones Sextet (EUA)
Master Class com The Judy Carmichael (EUA)
7 de agosto, 21h00
The Judy Carmichael Seven (EUA)
Pink Turtle (FRA)
8 de agosto, 19h00
Jazz Band (ARG)
Victor Biglione (ARG)
Elza Soares em "My Soul is Black" convida Nivaldo Ornelas (BRA)

Belo Horizonte
Praça do Papa - Mangabeiras
Pocket shows: 23, 24, 25 e 26 de julho com The Florida Keys (EUA)
30 de julho, 19h00
Claude Tissendier 6tet homenageia John Kirby (FRA)
Leroy Jones Sextet (EUA)
31 de julho, 17h00
Happy Feet (BRA)
Antigua Jazz Band (ARG)
The Judy Carmichael Seven (EUA)
Jam Session no Espaço 104 - Praça Ruy Barbosa, 104 - Centro - Belo Horizonte/ MG.
1 de agosto, 17h00
Paulistânea Jazz Band (BRA)
Victor Biglione (ARG)
Elza Soares em "My Soul is Black" convida Nivaldo Ornelas (BRA)Pink Turtle (FRA)


São Paulo
Auditório Ibirapuera - Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº - Parque do Ibirapuera
Pocket shows: 30 de julho a 2 de agosto com Dixie 5 (BRA)
3 de agosto, 20h30
Claude Tissendier 6tet homenageia John Kirby (FRA)
Leroy Jones Sextet (EUA)
4 de agosto, 20h30
Antigua Jazz Band (ARG)
The Judy Carmichael Seven (EUA)
Master Class com The Judy Carmichael (EUA)
5 de agosto, 20h30
Victor Biglione (ARG)
Elza Soares em "My Soul is Black" convida Nivaldo Ornelas (BRA)Pink Turtle (FRA)

Brasília
Teatro Oi Brasília - SHTN Trecho 1, Conj.1B, Bloco C
Pocket shows: 27, 28, 29 de julho com The Florida Keys (EUA)
3 de agosto, 20h30
Victor Biglione (ARG)
Elza Soares em "My Soul is Black" convida Nivaldo Ornelas (BRA)Pink Turtle (FRA)
4 de agosto, 20h30
Claude Tissendier 6tet homenageia John Kirby (FRA)
Leroy Jones Sextet (EUA)
5 de agosto, 20h30
Antigua Jazz Band (ARG)
The Judy Carmichael Seven (EUA)
Master Class com The Judy Carmichael (EUA)
Jam Session


Mais informações : http://www.ilovejazz.com.br/

Fwd: Alguém sabe o que é?

Acabei de ver este anuncio e pergunto se alguém tem maiores informações.
Abs

MN, pelo celular

COLUNA DO LOC

25 julho 2010

JB, Caderno B, 25 de julho
Luiz Orlando Carneiro

Um valioso registro

NA SUA SÉRIE INTERNACIONAL, a Biscoito Fino acaba de lançar o CD duplo Count Basie OrchestraMastermesse, Basel 1956, da coleção Swiss Radio days, editada pela gravadora TCB, de Montreux.

Trata-se de um valioso registro da terceira fase da big band nascida em Kansas City, em 1936, que foi o epítome do estilo swing, e na qual reinaram – além do supremo saxofonista Lester Young – os trompetistas Buck Clayton e Harry Sweets Edison, o trombonista Dickie Wells, e a clássica seção rítmica formada por Jo Jones (bateria), Walter Page (baixo) e Freddie Green (guitarra), temperada com o piano econômico do líder.

O concerto da Basileia, de setembro de 1956, divide-se em duas partes: as 12 faixas da primeira são instrumentais; seis das 11 faixas da segunda constituem uma espécie de minisset, concebido para realçar ainda mais o prestígio então crescente do vocalista Joe Williams, que interpreta – como não podia deixar de ser – o memorável Every day I have the blues. Da antiga All American section restavam Green e o próprio Basie. Mas Eddie Jones (baixo) e Sonny Payne ( bateria) mantinham aceso o forno da orquestra de 14 membros.

Das notas que o crítico Scott Yanow escreveu para o álbum, já à disposição dos jazzófilos brasileiros (R$ 35), destaco o seguinte trecho sobre a chamada new testament band: “A nova formação contava com músicos bem mais jovens, recrutados pelo saxofonista Marshall Royal; tinha como base arranjos escritos por seus integrantes e, principalmente, por Neal Hefti e Ernie Wilkins, que modernizaram, ligeiramente, o som do conjunto; e contava, já em 1954, com notáveis solistas, como os trompetistas Joe Newman e Thad Jones, e os tenoristas Frank Foster e Frank Wess. Embora mantivesse seu One o’clock jump como prefixo e alguns velhos temas no repertório (Jumpin’ at theWoodside, por exemplo), Basie olhava adiante. Muitas novas peças instrumentais foram incorporadas ao acervo da orquestra, com sucesso imediato (April in Paris, Shiny stockings, Corner pocket e Blues backstage, para citar quatro)”.

No disco 1 do CD duplo da Biscoito Fino, destaque para o infeccioso swing de You for me (3m34), de Hefti, com solo de Foster; a irresistível Shiny stockings (5m35), de Foster, com Thad Jones e Basie na linha de frente; o blues de Hefti Cherry point (5m); Eventide (3m48), com raro solo de Henry Coker (sax barítono). Nas faixas instrumentais do disco 2, Newman e Foster voltam a brilhar em Dinner with friends (8m35), que termina com show do baterista Payne. Os saxofonistas Foster e Wess duelam em Plymouth rock (6m44).

JAZZ EN FAMILIA - Swinging At The Haven / Marsalis Family

23 julho 2010

Sobrevoando o emaranhado de pedras brilhantes disponiveis no youtube, e ja antecipando o Dia dos Pais, que esta a caminho, nada melhor que trazer ELLIS MARSALIS, o pianista e patriarca da familia de musicos de New Orleans, acompanhado dos filhos Wynton (Trompete), Brandford (sax), Jason na bateria e Delfayo ao trombone.

Aproveito assim para parabenizar e homenagear meu pai, que sempre teve e ainda tem musica em casa, atraves dos discos e CDs, por onde fui descobrir a Bossa Nova, Os trios, quartetos, quintetos e sextetos instrumentais do SambaJazz e depois o Jazz.

Beto Kessel


PODCAST # 8





http://www.divshare.com/download/12067112-724

PARA BAIXAR:

UMA HOMENAGEM AO MAESTRO PAULO MOURA

22 julho 2010

O amigo Toy Lima nos manda o link para o clip de uma apresentação do falecido e genial saxofonista, durante seu set em um festival de 1997 - infelizmente descontinuado - que ele produzia, o "KAISER BOCK WINTER FESTIVAL".

O tema, de Pixinguinha, Ingênuo, dá boa mostra do total controle da emissão alcançado por Moura, mesmo usando aquele sax-soprano de plástico (cuja sonoridade estava próxima à de um clarinete, o que lhe permitia carregar apenas um instrumento na bagagem), que adotou e que acabou por virar quase que sua marca registrada.

A qualidade do som é admirável. Vale como uma justa homenagem ao Grande Maestro que nos deixou.

Obrigado ao Toy pela dica e pelo envio.

Abraços.

TEMPORADA BRASIL

21 julho 2010

A cantora Stacey Kent (45) anuncia temporada em setembro no Brasil - dia 09, Vila Funchal (SP), e dia 16, Espaço Vivo Rio (RJ). Norte-americana de New Jersey, formou-se em "Linguística" e logo se decidiu por morar em Londres, onde conheceu o saxofonista tenor Jim Tomlinson (43) e com ele se casou em 1991. A carreira, quase por acaso, começou em Londres, talvez por incentivo do próprio marido. Por isso é considerada uma cantora anglo-americana. Stacey não tem os recursos vocais de uma Sarah Vaughan. A voz pequena se escora na afinação irretocável e no bom sentido de divisão que possui. Já foi nominada ao Grammy na categoria jazz vocal. São 13 CDs lançados. O último, recentíssimo por sinal, chama-se A Fine Romance (Candid Records, 2010), recheado de baladas e sob um clima intimista, elegante. Sempre, claro, com a participação de Tomlinson no sax tenor. O "Som na Caixa" traz uma das faixas desse último CD, So Nice (Samba de Verão), dos irmãos Valle e letra de Norman Gimbel.
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A Fine Romance credits:
Stacey Kent - vocals
Jim Tomlinson - tenor sax
John Pearce - piano
David Newton - piano
Simon Thorpe - double bass
Colin Oxley - guitar
Chris Wells - percussion, drums
Jeff Hamilton - drums
David Green - bass
Andrew de Jong Cleyndert - bass
Steve Brown - drums
Guy Baker - trumpet
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TUDO É JAZZ 2010

18 julho 2010

Complementando a coluna do Luiz Orlando, vejam o anúncio que está publicado na Downbeat de Agosto de 2010.
BraGil

COLUNA DO LOC

Caderno B, JB, 18 de julho
por Luiz Orlando Carneiro

Ouro instrumental

O 9º FESTIVAL TUDO É JAZZ (de 15 a 19 de setembro, em Ouro Preto) vai reunir, mais uma vez, uma constelação de estrelas. A expressão, no caso, não é um lugar comum, tendo em vista os resultados do referendo anual dos críticos da Downbeat, publicados na edição de agosto, já disponível para os assinantes.
O grande vencedor foi Joe Lovano, tríplice coroado como artista do ano, melhor sax tenor e líder do pequeno conjunto preferido pela maioria dos 84 votantes – o US Five. Mas três outros laureados no poll da DB estarão no palco do mais importante festival de jazz do país: Regina Carter, que confirmou o seu reinado entre os violinistas; o portorriquenho Miguel Zenón, primeiro da fila dos cultores do sax alto, categoria rising star, e terceiro na disputa do álbum do ano, com o CD Esta plena (Marsalis Music), só perdendo para Historicity (Act), do trio do pianista Vijay Iyer, e Folk art (Blue Note), do quinteto de Lovano; a israelense Anat Cohen (clarinete, saxes), eleita a “artista em ascensão do ano”, e terceiro lugar entre os clarinetistas, colada nos eminentes Don Byron e Paquito D’Rivera.
Regina Carter – que mereceu a suprema honra de gravar um disco no violino de Paganini, entesourado em Gênova (Paganini: After a dream, Verve, 2002) – vem a Ouro Preto com músicas de seu mais recente CD, Reverse thread (Koch), no qual incorpora a temática e a magia rítmica africanas às suas sofisticadas tramas harmônicas.
Seus acólitos são Yacouba Sissoko (kora, um tosco misto de harpa e alaúde), Adam Rogers (guitarra), Gary Versace ou Will Holshouser (acordeão), Chris Lightcap (baixo) e Alvester Garnett (bateria, percussão).
Miguel Zenón e o também magnífico compatriota David Sánchez (sax tenor) são as “vozes” do quarteto Migration do baterista mexicano Antonio Sanchez, com Hans Glawishnig no baixo – todos eles do primeiro time do jazz novaiorquino.
Anat Cohen já pode ser considerada a musa do Festival de Ouro Preto. Ela conquistou as plateias das duas últimas edições, e retorna agora com o sexteto 3 Cohens. Os dois outros Cohens são seus irmãos Avishai (trompete) e Yuval (sax soprano). Completam o excepcional combo o pianista Aaron Goldberg, Greg Hutchinson (bateria) e Matt Penman (baixo).
Os Cohens trazem uma peça inédita para um tributo a Louis Armstrong, que vai juntar artistas e conjuntos tão diversos como o trio da baixista Linda Oh e Nnenna Freelon; John Faddis e a Treme Brass Band; Jon Henricks e o trio do pianista Eldar Djangirov (com o sax de Joshua Redman).

Mamãe eu Quero, Mamãe eu Quero Mamar

16 julho 2010

Pausa para relaxar. Duo de piano. Combinação perfeita de músicos e comediantes.

PODCAST # 7




PARA BAIXAR: http://www.divshare.com/download/12009171-806

MANU LE PRINCE E PASCOAL MEIRELLES VOLTAM AO VELHO ARMAZEM

13 julho 2010


A excelente cantora francesa Manu Le Prince e o baterista Pascoal Meirelles voltam a se apresentar no Velho Armazem de Niterói. A cantora , que tivemos o prazer de conhecer em sua primeira apresentação é excelente, interpreta com muita categoria os “standards” , mostrando um cunho pessoal e simpático aos ouvidos bem educados. Pascoal Meirelles, dando prosseguimento a sua carreira internacional,conseguiu um intervalo para voltar ao Velho Armazem, local em que gosta de se apresentar.

Aos 77, morre Paulo Moura


O músico Paulo Moura, 77, morreu no fim da noite desta segunda-feira na Clínica São Vicente, no Rio. Segundo a instituição, ele tinha linfoma (câncer do sistema linfático) e estava internado desde 4 de julho. Clarinetista e saxofonista, Moura era considerado um dos principais nomes da música instrumental no Brasil e tocou com Ary Barroso, Dalva de Oliveira e Elis Regina, entre outros. O músico nasceu em 1933, em São José do Rio Preto (interior de São Paulo) e começou a estudar música aos nove anos, incentivado pelo pai e irmãos, também músicos. Aos 11 anos, começou a tocar no conjunto de seu pai - Pedro Moura - em bailes populares. Em 1947, se mudou para o Rio de Janeiro com a família. Gravou seu primeiro CD, "Moto Perpetuo", em 1956. Moura ganhou o primeiro Grammy Latino para Música de Raiz com o trabalho "Pixinguinha: Paulo Moura e os Batutas", em 2000. E foi indicado novamente ao Grammy em 2008, na categoria Melhor CD Instrumental, como disco "Para cá e Pra Lá". Seu último trabalho foi o CD AfroBossaNova, lançado em julho do ano passado. Em 2009, ele também fez shows na Tunísia e no Equador.

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Fonte: Folha Ilustrada

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COLUNA DO LOC

12 julho 2010

JB, Caderno B, 11 de julho
por Luiz Orlando Carneiro

O piano de Moran

OS JAZZÓFILOS do eixo Rio-São Paulo ficaram deslumbrados, em 2003, no finado Chivas Festival, com o piano de Jason Moran, então com 28 anos, na proa do trio Bandwagon, interagindo vertiginosamente com os vorazes Nasheet Waits (bateria) e Tarus Mateen (baixo elétrico). Os mais entusiasmados encomendaram logo o disco-cartão de visita do trio, gravado em novembro de 2002, no Village Vanguard, pela Blue Note. E tiveram outras duas oportunidades de apreciar, ao vivo, a arte do mais bem dotado e criativo pianista da geração nascida na década de 70: no 5º Festival Tudo é Jazz (Ouro Preto), em 2006, com o mesmo trio; em maio último, no 3º Bridgestone Music Festival (São Paulo), como integrante do quarteto cooperativo Overtone, ao lado de Dave Holland (baixo), Chris Potter (sax tenor) e Eric Harland (bateria). O irrequieto Moran teve ainda participação ativa em três excepcionais álbuns gravados nesta década: Ivey-divey (Blue Note, 2004), em trio com Don Byron (clarinete, sax tenor) e Jack DeJohnette (bateria); Rabo de nube (ECM, 2007), do quarteto do saxofonista Charles Lloyd; o recém-lançado Lost in a dream(ECM, 2009), ao lado de Paul Motian (bateria) e Chris Potter.

No último referendo anual dos críticos da Downbeat (agosto de 2009), ele foi o quarto pianista mais votado, atrás de Keith Jarrett e Hank Jones, mas à frente de Herbie Hancock e Brad Mehldau.

Isto posto, recomenda-se vivamente a audição do álbum Ten(Blue Note), comemorativo dos 10 anos de nascimento do Bandwagon. São ao todo 13 faixas, quatro das quais interpretações de peças de compositores nada ortodoxos que marcaram a formação de Moran: Crepuscule with Nellie(6m), de Thelonious Monk; To Bob Vatel of Paris (6m), do seu falecido professor Jacki Byard; e duas versões bem originais do Study nº 6, do singular e pouco conhecido Conlon Nancarrow (1912-97). O pianista-líder também não esqueceu um outro mestre – o hermético Andrew Hill, com o qual compôs Play to live (4m20).

Nas suas próprias composições, Moran promove – juntamente com seus comparsas – uma aventura musical que vai dos blues e do stride do Harlem aos clusters à la Cecil Taylor, passando pela assimetria monkiana, com ecos da batida do hip hop, e até efeitos sônicos pré-gravados. Tudo isso num todo orgânico, que começa no langoroso tema gospel de Blue blocks (4m35) e no arrebatador crescendo de RFK in the land of apartheid (4m10), e termina no stride futurista de Old babies (5m43), tendo como interlúdio o solo de Pas de deux (3m30).

As faixas podem ser ouvidas, na íntegra, em First listen, no site da NPR.

HORACE SILVER EM TRIBUTO

08 julho 2010

Logo Vale

A idealização e produção do CJUB em 2006 "Dear Ella - Jane Duboc & Victor Biglione visitam Ella Fitzgerald" foi tão bem sucedida, que acabou se transformando no CD "Tributo a Ella Fitzgerald",
O disco agradou tanto, que agora concorre ao 21º Prêmio da Música Brasileira, patrocinado pela VALE (Cia. Vale do Rio Doce), na categoria FINALISTAS ESPECIAIS - DISCO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA.
Precisamos do seu VOTO para consagrarmos ainda mais um espetáculo inesquecível que realizamos no Mistura Fina.
Acesse o site: WWW.PREMIODEMUSICA.COM.BR e VOTE.

Duboc

OSCAR PETERSON GANHA ESTÁTUA

06 julho 2010

Um dos seus mais festejados artistas, Oscar Peterson, ganhou uma estátua de bronze na cidade de Ottawa, no Canadá, nesta última quarta feira.
A estátua foi visitada pela Rainha da Inglaterra e pelo Principe Phillip, durante sua viagem ao Canadá.
Bela homenagem que, certamente gostariamos de faze-la a Dick Farney.

Choque de Ordem em Nova Orleans

05 julho 2010

No Rio são os camelôs que pertubam a paz nas ruas, invadindo as calçadas. em Nova Orleans é um pouco mais complicado - quem tumultua as calçadas e jardins no "French Quarter" são os músicos, que tocam para ganhar uns trocados.
A polícia de Nova Orleans tem recebido várias denúncias e age a favor da lei da perturbação da ordem pública, tipo o que aqui chama-se de "choque de ordem", prendendo os músicos e apreendendo seus instrumentos.
Mas não é bem assim que o povo quer. Em 8 de junho de 2010, quinze mil pessoas assinaram um manifesto no Facebook, na página "Don't Stop The Music. Let New Orleans Musicians Play!". O que se comenta é que estão matando lentamente a tradição de Nova Orleans.
Para ler toda a matéria, basta clicar na coluna de Larry Blumenfeld, no blog Truthdig:


http://www.truthdig.com/arts_culture/item/joyful_noises_and_joyless_ordinances_in_new_orleans_20100702/

COLUNA DO LOC

04 julho 2010

JB, Caderno B, 4 de julho
por Luiz Orlando Carneiro

Herói do free jazz

O SAXOFONISTA TENOR Fred Anderson, 81 anos, morreu no último dia 24, no hospital de Chicago em que fora internado 15 dias antes, em consequência de complicações cardíacas. Embora não tenha sido canonizado em vida – como seus contemporâneos John Coltrane (1926-1967) e Sonny Rollins (este ainda ativo e criativo aos 79 anos) – Anderson foi um dos mais prolíficos e influentes músicos da corrente do free jazz de raízes bem bluesy, desenvolvida na Windy City sob a égide da AACM (Association for the Advancement of Creative Musicians).
A AACM foi fundada, em 1965, por ele, Muhal Richard Abrams e outros heróis do jazz
moderno de Chicago, como Lester Bowie, Roscoe Mitchell, Joseph Jarman, Malachi Favors e Famoudou DonMoye, criadores do célebre conjunto Art Ensemble of Chicago.

Em março do ano passado, o 80º aniversário de Fred Anderson foi comemorado no novo Velvet Lounge, de sua propriedade, situado na Cermak Road East, perto do endereço do antigo clube, inaugurado em 1978. Lá estavam alguns luminares habitués do clube que está para Chicago como o Village Vanguard para Nova York: os baixistas Henry Grimes, Richard Davis e Tatsu Aoki; os bateristas Kahil El’Zabar e Chad Taylor; os saxofonistas Kidd Jordan, Hamiet Bluiett, Ken Vandermark e Ari Brown; a flautista Nicole Mitchell (atual presidente da AACM) e a vocalista Dee Alexander.

Howard Reich, crítico de artes do Chicago Tribune, assim iniciou o obituário do guru do Velvet Lounge: “É quase impossível avaliar, em toda a sua extensão, o impacto do saxofonista Fred Anderson na música, em Chicago e ao redor do mundo. Como saxofonista tenor, ele inventou uma linguagem escarpada e tortuosa que influenciou gerações de improvisadores adeptos do free jazz”. E relembrou: “Sempre que subia ao palco, ele se inclinava um pouco para a frente, e desencadeava torrentes de notas, frases em cascata e solos que, às vezes, ultrapassavam a marca hercúlea de 20 minutos.
Mesmo no show dos seus 81 anos, em março último, no seu amado Velvet Lounge, o homem produziu uma avalanche de ideias em cada solilóquio”.

A quem não foi ainda apresentado à arte de Fred Anderson, recomenda-se a audição de pelo menos dois álbuns de sua produção mais recente, ambos gravados ao vivo, no seu clube, pela Delmark: Back at the Velvet Lounge, com Maurice Brown (trompete), Jeff Parker (guitarra), Chad Taylor (bateria), Harrison Bankhead ou Tatsu Aoki (baixos), de novembro de 2002; Timeless, com Hamid Draake (bateria, percussão) e Bankhead, de julho de 2005.