Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

NÃO DEMOROU MUITO !

30 junho 2010

O "I love Jazz", festival que começou com um alto nível de qualidade, já na segunda edição rendeu-se ao, sabe-se lá a que, ou a quem e incluiu em sua programção a cantora Elza Soares, que nada tem a ver com o idioma. Fato corriqueiro em eventos jazzísticos nacionais. Há pouco tivemos em, Ouro Preto um atentado à música em geral e ao Jazz em particular. Mart'nalia cantando ou pretendendo cantar "Body and Soul" em apresentação deprimente. É um vale-tudo que ao contrário do que pensam alguns "curadores", não acrescenta nada e ajuda a sepultar as esperanças de quem aprecia o Jazz. A continuasr o proceso teremos em breve Caetanos, Miltons e congêneres aprecendo nas páginas dos jornais como os novos astros do Jazz. Lamentável.

SALVE O NOSSO APÓSTOLO !

29 junho 2010

Atenção colegas cejubianos, ainda é tempo de cumprimentar Pedro Cardoso, o nosso apóstolo, que aniversarioiu ontem. A ele a nossa admiração e o desejo de muita saúde para qwue continue enriquecendo o nosso CJUB com suas apreciações sobre o JAZZ.
Happy Birthday.
llulla

Morreu Benny Powell

28 junho 2010


BENNY POWELL
Mestre Raffa me avisou e eu divulgo.Quem faleceu em 16 de junho foi o veterano trombonista Benny Powell, que contava 80 anos de idade. Natural de New Orleans, Benny foi um trombonista precoce pois já aos 14 anos iniciava sua carreira profissional e aos 18 já integrava o grupo de Lionel Hampton. Em 1951 deixou Hampton e ingressou na grande orquestra de Count Basie onde ficou até 1963.
Deixando Basie ele se lançou como “fre lancer” em New York, tocando no “ Mery Griffin Show” e em outros locais. Depois foi para a California e fez um extensivo trabalho como músico de estúdio, trabalhando com Thad Jones & Mel Lewis, Abdullah Ibrahim, John Carter e Randy Weston. Mais tarde ele trabalhou como educador, incluindo isso com parte do seu projeto "JAZZMOBILE" .
RIP

COLUNA DO LOC

20 junho 2010

JB, Caderno B, 20 de Junho
por Luiz Orlando Carneiro

Promessa do jazz

O pianista-compositor Vijay Iyer e o compositorchefe de orquestra Darcy James Argue foram os grandes vencedores dos prêmios anuais da Jazz Journalists Association, anunciados na última segunda-feira, em tarde festiva, no City Winery, Nova York. Da eleição, participaram 60 membros da JJA , que levaram em conta as performances e a produção (em discos) dos músicos e conjuntos no ano-base de abril de 2009 ao mesmo mês deste ano.
Vijay Iyer, 38 anos, foi eleito o Artista do Ano, certamente em função da calorosa acolhida, por parte da crítica, do CD Historicity (ACT), com o trio que lidera, integrado por Stephan Crump (baixo) e Marcus Gilmore (bateria). Acrescido de Rudresh Mahanthappa (sax alto), esse trio vira o quarteto que, em 2004, gravou o álbum Reimagining (Savoy), responsável pelo reconhecimento de Iyer como um dos mais criativos jazzmensurgidos nos últimos anos.
Sua arte é influenciada pelas especulações modais de Andrew Hill e pelos ciclos rítmico-melódicos da música clássica da Índia, onde nasceram seus pais.
Historicity foi também um dos cinco indicados ao prêmio de Disco do Ano da JJA, conquistado por Folk art (Blue Note), de Joe Lovano – que já fora o nº 1 no referendo da revista Jazz Times, publicado no início do ano.
Darcy James Argue, 35, é a mais nova estrela de primeira grandeza do jazz. Como compositor e líder da Secret Society – uma big band de 18 cadeiras (nove metais, cinco palhetas, guitarra, piano/ Rhodes, baixo e bateria) – o canadense radicado no Brooklyn apresentou suas credenciais definitivas no CD Infernal machines (New Amsterdam). Sua Secret Society foi proclamada a Large Ensemble do Ano, concorrendo com as consagradas Maria Schneider Orchestra, Mingus Big Band, Vanguard Jazz Orchestra e Jazz at Lincoln Center Orchestra. Ele levou ainda o obelisco destinado ao Artista em Ascensão (Up-and-coming artist of the year), derrotando as
baixistas Esperanza Spalding e Linda OH, Gerald Clayton (piano) e Darius Jones (sax ato).
As peças de Argue submetem a linguagem jazzística a estruturas formais bem eruditas, quase sempre altissonantes, tendo ao fundo nuvens sonoras eletrônicas (com efeitos bem dosados de reverberação e looping) e chicotadas da bateria rockish de JonWickan. Dentre os solistas da Secret Society, destacam-se Ingrid Jensen, Laurie Frinck (trompete, flugelhorn), Erika von Kleist, Mark Small (saxes), e o tecladista Mike Holober – este também líder de big band, a The Gotham Jazz Orchestra (CD Quake, Sunnyside, 2009).
Vale dizer ainda que, na premiação da JJA, Maria Schneider continuou a reinar entre os compositores e arranjadores. Mas Darcy James Argue estava (também) na lista dos cinco no minees para as duas categorias.

Nova York vai colocar 60 pianos em praças e parques

Agência AFP

NOVA YORK - A cidade de Nova York anunciou que colocará 60 pianos decorados por artistas locais em seus parques e praças para quem quiser tocar livremente.
"Toque-me, sou seu" é o nome do programa, que começará no dia 21 de junho, na mesma data de início da festa da música "Make Music New York". Os instrumentos ficarão à disposição do público por 15 dias.
"Durante duas semanas, a partir de segunda-feira, 60 pianos públicos pintados por artistas e grupos de nossas comunidades serão instalados em parques e praças da cidade para os que quiserem tocar", disse o prefeito Michael Bloomberg.
Segundo o prefeito, "não importa que seja um virtuoso de categoria mundial como Beethoven ou alguém que teve apenas um ano de aulas, como Bloomberg, simplesmente devem se sentar e deixar que seus dedos façam o resto".
"Muita gente nunca tocou um piano, e por isso estamos levando os pianos até as pessoas", disse Camille Zamora, diretora da organização "Cantar para a esperança" (Sing for Hope).

A festa da música prevista para a próxima segunda-feira é organizada pelo quarto ano consecutivo em Nova York e são previstos mil eventos em toda a cidade.

--//--

Enquanto isso, por aqui, nosso prefeitinho, que deve ser um jogador brilhante de Sim City, coloca 1 pardal em cada esquina para multar voce !
E uma vergonha !

CJUB DREAM NIGHT - ECOS DE UMA NOITE MEMORAVELoravel

19 junho 2010

Uma caminhada pelo vasto mundo da internet nos permite resgatar momentos magicos e aquela noite no Mistura Fina foi um destes momentos:

Apenas uma homenagem aos brilhantes musicos:

Dario Galante ao piano
Paulo Russo ao baixo
Rafael Barata na bateria
Jesse Sadock ao trumpete
Daniel Garcia ao sax tenor e
Idriss Boudrioua no sax alto

Nada mais a dizer...

Apenas ouvir !!!

Beto Kessel

2010 JJA Jazz Awards

15 junho 2010

Relação dos premiados com a excelência em música e documentação, nomeados pelos membros da Jazz Journalist Association:

= vencedor

1. Lifetime Achievement in Jazz

Muhal Richard Abrams
Jimmy Heath
James Moody
Paul Motian
Wayne Shorter
Randy Weston

2. Musician of the Year

Dave Douglas
Vijay Iyer
Joe Lovano
Sonny Rollins
Henry Threadgill

3. Composer of the Year

Darcy James Argue
John Hollenbeck
Vijay Iyer
Steve Lehman
Maria Schneider
Henry Threadgill

4. Up & Coming Artist of the Year

Darcy James Argue
Gerald Clayton
Darius Jones
Linda Oh
Esperanza Spalding

5. Events Producer of the Year

Todd Barkan, Dizzy's Club Coca-Cola at Jazz at Lincoln Center
Jack Kleinsinger, Highlights in Jazz
Andre Menard, Montreal Jazz Festival
Brice Rosenbloom, boomBOOM Presents: Winter Jazz Fest, Brooklyn Masonic Temple, (le) Poisson Rouge
George Wein, New Festival Productions LLC: CareFusion Jazz Festival New York, CareFusion Jazz Festival Newport, Newport Folk Festival

6. Record of the Year

(CDs issued between March 1, 2009 and February 28, 2010)
Infernal Machines, Darcy James Argue's Secret Society, New Amsterdam Records
Historicity, Vijay Iyer Trio, ACT Music
Travail, Transformation and Flow, Steve Lehman Octet, Pi Recordings
Folk Art, Joe Lovano, Blue Note Records
This Brings Us To, Vol. 1, Henry Threadgill Zooid, Pi Recordings
Esta Plena, Miguel Zenon, Marsalis Music

7. Historical Recording, Boxed Set, or Single CD Reissue of the Year

(Note: Condensed editions of previously issued boxed sets are ineligible)
The Complete Louis Armstrong Decca Sessions (1935-1946), Mosaic Records
Twelve Nights in Hollywood, Ella Fitzgerald, Verve Music Group Without a Song: Live in Europe 1969, Freddie Hubbard, Blue Note Records
Pieces of Jade, Scott LaFaro, Resonance Records
Saga of the Outlaws, Charles Tyler, Nessa Records
The Columbia Studio Trio Sessions, Denny Zeitlin, Mosaic Records

8. DVD of the Year

21st Century Chase, Fred Anderson, Delmark Records
Extraordinary Life and Music of a Jazz Legend, Svend Asmussen Shanachie
Live in Berlin & Stockholm 1968, Count Basie & His Orchestra, Impro Jazz
Thelonious Monk: American Composer, Medici Arts
Anita O' Day: The Life of a Jazz Singer, AOD Productions/Elan Entertainment
Celebrating Bird: The Triumph of Charlie Parker, Medici Arts

9. Record Label of the Year

Blue Note Records
Clean Feed Records
ECM
Pi Recordings
Sunnyside Records

10. Female Singer of the Year

Dee Dee Bridgewater
Roberta Gambarini
Sheila Jordan
Gretchen Parlato
Cassandra Wilson

11. Male Singer of the Year

Tony Bennett
Andy Bey
Freddy Cole
Kurt Elling
Giacomo Gates
Bill Henderson

12. Player of Instruments Rare in Jazz

Edmar Castaneda, harp
Bela Fleck, banjo
Gregoire Maret, harmonica
Scott Robinson, unusual reeds and brass
Daniel Smith, bassoon

13. Large Ensemble of the Year

Darcy James Argue's Secret Society
Jazz at Lincoln Center Orchestra with Wynton Marsalis
Maria Schneider Orchestra
Mingus Big Band
Vanguard Jazz Orchestra

14. Arranger of the Year

Darcy James Argue
Carla Bley
John Hollenbeck
Bill Holman
Maria Schneider

15. Small Ensemble of the Year

(less than 10 pieces)
Henry Threadgill Zooid
Joe Lovano Us Five
Mostly Other People Do The Killing
Vijay Iyer Trio
Wayne Shorter Quartet

16. Trumpeter of the Year

Terence Blanchard
Dave Douglas
Tom Harrell
Wynton Marsalis
Wadada Leo Smith

17. Trombonist of the Year

Steve Davis
Robin Eubanks
Wycliffe Gordon
Roswell Rudd
Steve Turre

18. Tenor Saxophonist of the Year

Fred Anderson
Joe Lovano
Tony Malaby
Branford Marsalis
Chris Potter
Sonny Rollins

19. Alto Saxophonist of the Year

Ornette Coleman
Lee Konitz
Steve Lehman
Rudresh Mahanthappa
Miguel Zenon

20. Flutist of the Year

Jamie Baum
Holly Hoffman
Nicole Mitchell
Lew Tabackin
Frank Wess

21. Baritone Saxophonist of the Year

Hamiet Bluiett
James Carter
Ronnie Cuber
Claire Daly
Gary Smulyan

22. Soprano Saxophonist of the Year

Jane Bunnett
Dave Liebman
Branford Marsalis
Evan Parker
Wayne Shorter

23. Clarinetist of the Year

Don Byron
Evan Christopher
Anat Cohen
Eddie Daniels
Ken Peplowski

24. Guitarist of the Year


Bill Frisell
Jim Hall
Lionel Loueke
Pat Metheny
Bucky Pizzarelli

25. Pianist of the Year

Kenny Barron
Vijay Iyer
Keith Jarrett
Jason Moran
Matthew Shipp

26. Organist of the Year

Joey DeFrancesco
Larry Goldings
Dr. Lonnie Smith
Gary Versace
Sam Yahel

27. Violinist of the Year

Regina Carter
Mark Feldman
Jenny Scheinman
Billy Bang
Mark O'Connor

28. Bassist of the Year

(includes Acoustic & Electric)
Ron Carter
Charlie Haden
Dave Holland
Christian McBride
John Patitucci

29. Mallet Instrumentalist of the Year

Jason Adasiewicz
Gary Burton
Stefon Harris
Joe Locke
Steve Nelson

30. Percussionist of the Year

Cyro Baptista
Hamid Drake
Zakir Hussain
Kahil El'Zabar
Bobby Sanabria
Daniel Sadownick

31. Drummer of the Year

Brian Blade
Jack DeJohnette
Roy Haynes
Paul Motian
Jeff “Tain" Watts
Matt Wilson

Fonte: All About Jazz

COLUNA DO LOC

14 junho 2010

Caderno B, JB, 13 de junho
por Luiz Orlando Carneiro

No início de 2007 o pianista Keith Jarrett foi convidado a atuar, como entrevistado, num documentário sobre o contrabaixista Charlie Haden intitulado Rambling boy. Os dois grandes músicos aproveitaram a oportunidade para tocar um pouco juntos, relembrando os tempos (década de 70) em que o primeiro era patrão do segundo naquele memorável American Quartet, também integrado por Dewey Redman (sax tenor) e Paul Motion (bateria). Jarrett gostou tanto do reencontro que propôs a Haden que ele fosse à sua casa para a gravação de um álbum, em duo, o que ocorreu durante quatro dias em março daquele ano.
O CD, intitulado Jasmine – só agora lançado pela ECM, por ocasião dos 65 aniversário de Jarrett – é assim apresentado pelo pianista, no livreto da edição :
“Esta gravação foi feita no meu pequeno estúdio. É, portanto, direta e sem retoques. Preferi usar o Steinway americano que, embora não esteja em condições ideais, é o instrumento com o qual tenho uma estranha conexão, e que melhor se adapta a esse tipo de musica informal, com um leve toque de funkiness. Com uma escolha tão boa de temas, era difícil que não houvesse um engajamento imediato.”
Os oito temas do disco, desenvolvidos em pouco mais de uma hora, são standards bem conhecidos, como o supremo Body & Soul, For all we know, Goodbye, Where can I go without you? (Peggy Lee/Victor Young), One Day I’ll fly away (Joe sample, que Nicole Kidman cantou no musical Moulin Rouge) e Don’t ever leave me (Jerome Kern).
“São grandes canções de amor interpretadas por músicos que tentam, acima de tudo, manter intacta a sua mensagem” - explica Jarrett, descartando qualquer expectativa de improvisações “abertas”, de textura harmônica complexa que caracterizam as “performances” do trio Standards (Gary Peacock, baixo; Jack DeJohnette, bateria), quase sempre registradas ao vivo.
Jasmine é o primeiro CD gravado em estúdio pelo pianista nos últimos 12 anos. Seu mais recente álbum (duplo) com seus deslumbrantes e virtuosísticos solo concerts (Testament, ECM) contém duas horas e 40 minutos dos recitais de novembro de 2008, em Paris (Salle Pleyel) e em Londres (Royal Festival Hall). Jasmine, muito pelo contrário, não tem nada de concertístico. São meditações musicais a partir de temática acessível, expressas nas teclas do piano e nas cordas do contrabaixo por dois magníficos jazzmen que nada mais precisam provar. A não ser que também são eloqüentes na arte do less is more.
A sublime faixa da coleção, For all we know (9m48), dá o tom contemplativo dominante. No moon at all (4m40), em tempo médio, tem uma delicada trama em contraponto. Body & Soul (11m10), também em moderatto cantábile, é o apogeu de Jasmine.

IMPRESSÕES DE UM RIO DAS OSTRAS NUBLADO

08 junho 2010

Mais uma edição do Festival de Rio das Ostras e a comprovação de que o evento é agora uma realidade reconhecida pela Riotur. Falta a sensibilidade dos governantes deste abandonado município do Rio de Janeiro para perceber que cultura é mais que uma obrigação, música é essencial, é satisfação e qualidade de vida para todos nós.

Este ano em Rio das Ostras estavam presentes representantes de outros estados e até de outros municípios daqui mesmo que foram conferir e entender que parcerias podem ser feitas para otimizar o custo do festival, distribuindo as atrações em outras localidades e assim ter a oportunidade de trazer mais atrações internacionais de peso para nossos abandonados ouvidos.
Apesar da chuva que insistiu em permanecer na região, o público manteve-se animado em todos os palcos. Desta vez não presenciei todas as apresentações mas assisti as que rolaram no palco principal.

A abertura do festival, como sempre, teve a Orquestra Kuarup liderada por Nando Carneiro e que tem a participação especial da flauta e sax de David Ganc. Uma orquestra que conta com a participação de músicos locais, a maioria jovens, alguns adolescentes, que estão ali pela paixão da música e um destaque mais que especial para a clarinetista Nana Albuquerque. Uma grande satisfação ver aqueles meninos e meninas fazendo música de verdade. Uma apresentação sem grandes virtuosismos mas extremamente competente em sua proposta musical e o repertório deste ano focado em Tom Jobim.
Segue a noite com o guitarrista Andre Cristovam, um ícone da nossa discografia blues, acompanhado por outro excelente guitarrista Edu Gomes. Fez uma apresentação muito boa focando no seu disco de estréia Mandinga, relançamento deste ano comemorando seus 20 anos. Andre fez outra apresentação no palco de Iriri no tarde do dia seguinte e nem a chuva atrapalhou a motivação do público e o quarteto fez uma apresentação muito mais incendiária. Com disse ele em um papo muito animado depois do show - “um show muito mais emocional que o da noite anterior, mais técnico” - até pela satisfação de ver um público tão satisfeito e empolgado debaixo da forte chuva que caiu naquela tarde, emendando verdadeiras jam de blues a la Freddie King.

Chega a noite e a esperada apresentação de Raul de Souza foi gratificante. Acompanhado por um quarteto espetacular formado pelo excelente baixista Glauco Soulter, o piano de Jeff Sabagg, a guitarra de Mario Conde e a bateria de Endrigo Bettega, Raul comandou uma verdadeira aula de musica instrumental brasileira swingada, cheia de ritmo e com um bis apoteótico trazendo Bananeira de Donato. Um destaque mais que especial para o baixista Glauco Soulter, uma pegada impressionante e a verdadeira alma rítmica dessa banda.

Michael Landau sobe ao palco com seu power trio formado pela baixista Andy Hess e o baterista Gary Novak. Para os amantes das guitarras, um show e tanto! Soava em certos momento como Stevie Ray, alguns como Jeff Beck, mas Michael tem sua assinatura própria e mostrou uma guitarra com uma pegada muito blues e um verdadeiro domínio das Strato. Um trio muito afinado com uma interação forte entre Andy e Novak, um baixo com uma sonoridade muito encorpada não deixando espaços vazios mesmo nos momentos onde se baixava a dinâmica para os solos de Michael. Gostei do show e foi uma oportunidade de ver um guitarrista muito técnico.

Armandinho mostrou seu virtuosismo com sua guitarra baiana, um show contagiante e uma excelente banda de apoio com espaço até para um Bolero de Ravel e até algumas citações de Hendrix. Uma apresentação curta abrindo espaço para Stanley Jordan que iniciou seu show solo desenvolvendo improvisos em temas livres seguindo acompanhado por Ivan Conti na bateria e Dudu Lima no baixo, elétrico e upright.

Noite seguinte e a ansiedade para a apresentação de Ron Carter, sem dúvida alguma ainda um ícone da música dos músicos. Ron Carter, Mulgrew Miller e Russel Malone sobem ao palco bem ao estilo, terno e gravata. Um show clássico com um repertório baseado em standards conduzido como uma jam e muito espaço para improvisos de Mulgrew e Malone que estavam bem à vontade. Malone com sua insuperável Gibson Birdland suportando na maior parte do tempo uma guitarra rítmica.
Destaque para uma Manhã de Carnaval levada quase em sua totalidade sob o improviso de Carter e My Funny Valentine; e em todos os temas várias citações fechando a apresentação com Soft Winds.
Joey Calderazzo veio colocar mais fogueira e iniciou a apresentação com muita pressão com seu quarteto – contrabaixo, bateria e percussão. Lembrou Michael Brecker com Midnight Voyage (Tales of the Hudson), exacerbou uma forte latinidade em alguns temas, fez citação a Monk e nos presenteou com um Blue in Green.
Michael Stewart virou a chave e veio com um show totalmente a la Miles elétrico. Um banda espetacular e um destaque para o guitarrista Dean Brown, inquieto no palco e com solos de bastante impacto. Somente 1 balada em toda a apresentação e pra fechar o show, não podia ficar de fora, Tutu.
A Rio Jazz Big Band sobe ao palco liderada pela cantora Taryn Spilzman. É uma boa cantora, tem personalidade e presença de palco. A Jazz Big Band veio formada por 4 sax, 3 trompetes e 2 trombones, mais guitarra, baixo elétrico e bateria e todos os arranjos feitos pelo saxofonista AC. Repertório cheio de blues, de Aretha Franklin a Ray Charles passando por Janis Joplin e as canjas do guitarrista Big Joe Manfra e do gaitista Jefferson Gonçalves. Bom show !

A noite de sábado fica resumida ao show da Victor Bailey Band. Baixista virtuoso, acompanhado da mesma cozinha de Michael Stewart e novamente o guitarrista Dean Brown em cena. Mesmo com um início de show debaixo de chuva, mostrou porque é um dos grandes instrumentistas desta nova geração do baixo elétrico. Soou em alguns momentos bem Weather Report, usou do vocalize em alguns temas e fez um show bem eletrizante.

Segue a noite com o gaitista Rod Piazza que entra em cena com um show sem comprometer, rhythm & blues à vontade mas ao estilo branquelo, destoando muito do show anterior liderado por Victor Bailey. Trouxe agito para a platéia com um quarteto sem baixo, este suportado pelo teclado da sua esposa Honey Alexander, mais guitarra e bateria.
TM Stevens é uma figura, literalmente! Irreverente em seu visual afro, assistiu a todos os shows e vibrou com as apresentações. Muito simpático, brincava com todo mundo e se fartou de caipirinhas. Fez um show festa, em sua totalidade ao estilo funkadelic, chamou todo o backstage para o palco e é claro que o público gostou. Só tenho que destacar a baterista Cindy Blackman que ainda conseguia dar um certo colorido na apresentação. Seguido pelo trombonista Glew Andrews que só fez manter o ritmo de festa, foi até para o meio da platéia para ser carregado pela mesma. Confesso, só faltou o bonde do tigrão !

É isso ! Ano que vem tem mais.

Cole Porter à vista

04 junho 2010


PODCAST # 1

PODCAST — o nome dado ao arquivo de áudio digital, geralmente em formato MP3 publicado através da INTERNET. A palavra é uma junção de "Personal On Demand" (em tradução literal, algo pessoal e sob demanda) e broadcast (transmissão de rádio ou televisão).
O termo "podcast" é creditado a um artigo do jornal britânico — The Guardian em 12 de fevereiro de 2004.
Talvez, pela carência de programas de rádio ou TV tenhamos tido a idéia de elaborar uma série de PODCASTS onde procuraremos transmitir o melhor das gravações de jazz, divulgando a arte maior entre seus cultores e apreciadores.
Utilizando modernos recursos de computação podemos montar tais programas tendo como veículo a INTERNET através deste magnífico BLOG do CJUB. Atualmente contamos com o provedor — DivShare.com que tem atendido a maioria das postagens musicais em vários blogs (até quando? não sabemos mas vamos aproveitar!)
Assim estamos criando o PODCAST CJUB é só clicar no "streaming" e ouvir.
Não deixa de ser uma experiência e novidade em termos de blog.
Se desejar baixar e guardar há também um endereço http.



Para baixar: http://www.divshare.com/download/11584878-161