Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

FALECEU HANK JONES

17 maio 2010


Mais uma vez é mestre Raffa que avisa e eu passo para conhecimento geral. Infelizmente a notícia chegou dando conta de que o último pianista da era do bebop, o grande HANK JONES, faleceu em 16 do corrente. Hank foi um dos mais finos pianistas de várias gerações. Estilo próprio, sedimentado após tocar com Charlie Parker, Hank fez uma carreira impecável como solista, side men e no acompanhamento de cantoras. Nunca saiu de minha cabeça juma frase de Hank Jones respondendo a uma entrevista numa revista especializasda(se não me engano, a francesa Jaz Magazine). Disse ele :
"Depois de tocar com Charlie Parker tive de mudar meu estilo, ou ficaria para trás."
Hank Jones faleceu aos 91 anos de idade.
RIP

7 comentários:

APÓSTOLO disse...

Mestre LULA:
Essa é uma perda astronômica, que nos enche de tristeza pelo passamento desse gigante mas, por outro lado, nos obriga com alegria a rever e re-ouvir uma obra sem manchas ou concessões.
HANK JONES foi, talvez, o menos incensados dos pianistas "bopers", talvez até por sua postura plena de classe e de discrição.
Um mestre das 88 teclas, um fidalgo no comportamento e nas apresentações.
Enfim, chegaremos lá....

Salsa disse...

Impressionante como manteve o pique até seus últimos dias. Exemplo magistral.

Nelson disse...

Diz-se em um velho ditado:
-"Os cemitérios estão cheios de pessoas isubstituíveis, mas de algumas que realmente fazem falta"
Hank Jones era uma delas.
Deixou-nos um imenso legado jazzístico. Toda a "família" dos "Jones" deixou suas "finger prints" dentro jazz, mas Hank as deixou, simplesmente indeléveis, nos teclados que tocou nas caixas acústicas de 88 notas, cordas e três pedais.
Deixa saudades entre os que o viram e ouviram. Um acompanhador como poucos e, um solista de grande esmero.
God bless you whatever you are
Obrigado a v. Lula, pelo comunicado.

Nelson Reis

Mario disse...

Irmão mais velho do trompetista-compositor Thad Jones e do baterista Elvin Jones, Hank Jones era conhecido pelo balanço, consistencia e flexiblidade.
Jones ganhou o merecido premio de pianista do ano em 2009.
Um homem simples, que queria manter a perfeição, disse com muita propriedade:
"I don't take too many excursions, I don't go too far away from the melody, I don't go out in the deep water. I want the listener to understand what I'm doing. I try to stay pretty much right down the middle and yet keep it interesting."
Hank partiu mas nos deixou um grande legado.

Nelson disse...

POST SCRIPTO

Ontem eu li esta postagem do meu fraterno Lula e, ele diz em seu texto que "achava ter sido" no "Jazz Magazine" a declaração de Hank sobre sua radical mudança de concepções depois de haver conhecido Charlie Parker.
Eu fiquei pensativo sobre isso, após ter feito meu comentário acima. Passou-se a noite e, eu vendo um filme de espionagem na televisão, num intervalo, me ocorreu:
-"PÔ !!! eu tenho aquela declaração do Hank, a que o Lula se referiu, em algum lugar mas...é "ao vivo dito pelo próprio".
Hoje, esse troço não me saiu da memória e, eu "comecei a escavucar os frangalhos".
- "Pô !!! onde é que pode estar isso aqui no meio disso tudo ?
Mexe DVD daqui, mexe em DVD acolá e, de repente "EUREKA"!!!!!!"
- "Esse troço tá em VHS"
Caça aqui, caça acolá e lá encontrei:
"TRIBUTE TO CHARLIE PARKER" - VHS de 55 minutos, Editado pela Verve em stereo, nº 081 862-3
Só "All Stars" - todos "gigantes"
Lá estão: Stan Getz, Dizzy,Percy Heath, Milt Jackson, Jackie McLean, Max Roach, Phil Woods e...o o nosso saudoso Hank Jones.
Boto a fita na máquina. O grupo começa a ensaiar os temas, informalmente junto ao piano. Tocam, param, vamos fazer assim ? Que tal ? - "sugere MacLean". Depois, MacKean fala de Parker. A cena vái para o palco. Todos tocam juntos. Acaba. Corta o senário, E AÍ VEM UM MINUTO DE ENTREVISTA COM HANK JONES.
Tudo que ele diz na entrevista é:
- "Logo quando cheguei pela primeira vez a N.York, fui ver o Charlie Parker tocar no "Spot Light" e, dali em diante, modifiquei o que sabia e todas as minhas tradições"

Vendo o Hank "eu disse baixinho":
-" É ....Hank. Não foi só a você não. O CARA MUDOU TODO O JAZZ e, musicalmente a todos os ouvintes e executantes à partir dele, que apreciam este gênero de música"

Abçs.
Nelson Reis

Anônimo disse...

Hank Jones era o penúltimo remanescente dos grandes pianistas de jazz revelados nos anos 40.

Sua vida foi um exemplo para os jovens. Além de sua imensa capacidade como improvisador inspirado, possuia um estilo do maior bom gosto a serviço das suas interpretações. Seu vasto conhecimento dos standards e dos songbooks americanos transparecia na finesse de suas interpretações.

Uma curiosidade: Hank Jones apresentou-se três vezes em Buenos Aires, Argentina, com amplo sucesso. No reverso da medalha, quando sugeri seu nome para um extinto festival de jazz realizado no Brasil, um dos seus organizadores não aprovou alegando que "ninguém o conhecia e ele era um músico ultrapassado em franca decadência"....

Quanta ignorância !!!!!

Keep swinging,
Raf

APÓSTOLO disse...

Prezado NELSON:

Muito bem lembrado, facilitando-me a escolha do que assistir à noite, já que possuo o VHS que você cita, verdadeira obra prima de suprema "congregation".
Todos em plena forma e HANK soberbo.
Grato pela lembrança.