Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

FALECEU GENE LEES

27 abril 2010

Além do obituário de "O GLOBO”, recebí de mestre Raffa a notícia da internet, com uma série de preciosas informações. Gene Lees era um polivalente: jornalista, compositor, escritor, produtor e por vezes cantor, ajudou em muito a divulgar a nossa música nos Estados Unidos, vertendo para o inglês composições de autores famosos.

Conhecemos Gene Lees em 1962, quando aqui esteve acompanhando o sexteto de Paul Winter. Além de lançamento do LP, a então CBS realizou um coquetel no Restaurante da Mesbla e, logo após, uma apresentação do sexteto na Escola Nacional de Música. E teve mais, no dia seguinte houve uma mesa redonda na antiga TV Continental, abordando “os problemas do Jazz no Brasil” , dela participando nós, SylvioTullio Cardoso, Leonardo Lenine de Aquino, Eduardo Silveira e “seu” Silva, representando a CBS.

Ficou marcada a presença de Lees quando, ao ouvir a resposta de Silva à pergunta: "porque não se lança discos de Jazz no Brasil"? Ao ouvir alto e bom som que era porque não vendiam, Lees com um sorriso, concluiu: “se não lançam como é que sabem que não vendem!”.

Outra faceta do personagem pude presenciar na casa de Luiz Orlando Carneiro, em um coquetel oferecido ao sexteto. Ví e ouvi Gene Lees cantar, acompanhado ao piano por Warren Bernhart.

Lees, que era canadense, natural de Toronto e exerceu durante o ano de 1960 a gerência principal da revista Down Beat, faleceu em 22 de abril aos 82 anos de idade.

RIP

No coquetel da Mesbla, da esquerda para a direita, Gene Lees, Luiz Carlos Antunes, Maestro Moacir Santos, Paulo Santos e Paulo Brandão.

2 comentários:

Mario disse...

Recentemente Gene Lees falou sobre Diana Krall, disse que foi a mais surpreendente ascenção de uma pianista e cantora de jazz, passando de um moderado reconhecimento a uma "star" num tempo mais curto do que qualquer outra.
Apesar de tudo isso, Gene Lees ainda a considerava uma pianista de jazz do segundo tier, mas afirmava que qualquer dia ela passará a fazer parte do primeiro ranking, pois vem melhorando dia a dia sua entonação, timing e se tornando mais expressiva.
Sua popularidade ainda vem muito da sua atratividade e naturalidade no palco.
Lees escreveu - como escrevia bem - para o Jazz Times em 1999, o seguinte parágrafo (no original, sem tradução):

"She has a strong face, and when the stage lights hit it, it radiated, looking like a flower above her black pantsuit. She is an outstanding pianist. (Even if she grouses about what she considers a limited technique; but compared to what, Art Tatum?) She sits slightly sideways at the keyboard, to face the audience, as Nat Cole used to do; maybe she picked it up from his movies and TV shows. Again she got a standing ovation. Whether she likes it or not, she is the glamour girl of jazz. I just hope her singing success doesn't take her away from the piano, as it did Nat Cole."

APÓSTOLO disse...

MARIO:

Considero "la KRALL" uma presença das mais importantes para o JAZZ, pelo que vem representando em termos de qualidade, de resgate do cancioneiro americano e de sempre cercar-se de melhor dos músicos.
Chegue ou não ao topo das pianistas, é música que bebeu muito bem na fonte de NAT "KING" COLE e sabe sobrepor-se à sua figura de mulher.