Conhecemos Gene Lees em 1962, quando aqui esteve acompanhando o sexteto de Paul Winter. Além de lançamento do LP, a então CBS realizou um coquetel no Restaurante da Mesbla e, logo após, uma apresentação do sexteto na Escola Nacional de Música. E teve mais, no dia seguinte houve uma mesa redonda na antiga TV Continental, abordando “os problemas do Jazz no Brasil” , dela participando nós, SylvioTullio Cardoso, Leonardo Lenine de Aquino, Eduardo Silveira e “seu” Silva, representando a CBS.
Ficou marcada a presença de Lees quando, ao ouvir a resposta de Silva à pergunta: "porque não se lança discos de Jazz no Brasil"? Ao ouvir alto e bom som que era porque não vendiam, Lees com um sorriso, concluiu: “se não lançam como é que sabem que não vendem!”.
No coquetel da Mesbla, da esquerda para a direita, Gene Lees, Luiz Carlos Antunes, Maestro Moacir Santos, Paulo Santos e Paulo Brandão.
2 comentários:
Recentemente Gene Lees falou sobre Diana Krall, disse que foi a mais surpreendente ascenção de uma pianista e cantora de jazz, passando de um moderado reconhecimento a uma "star" num tempo mais curto do que qualquer outra.
Apesar de tudo isso, Gene Lees ainda a considerava uma pianista de jazz do segundo tier, mas afirmava que qualquer dia ela passará a fazer parte do primeiro ranking, pois vem melhorando dia a dia sua entonação, timing e se tornando mais expressiva.
Sua popularidade ainda vem muito da sua atratividade e naturalidade no palco.
Lees escreveu - como escrevia bem - para o Jazz Times em 1999, o seguinte parágrafo (no original, sem tradução):
"She has a strong face, and when the stage lights hit it, it radiated, looking like a flower above her black pantsuit. She is an outstanding pianist. (Even if she grouses about what she considers a limited technique; but compared to what, Art Tatum?) She sits slightly sideways at the keyboard, to face the audience, as Nat Cole used to do; maybe she picked it up from his movies and TV shows. Again she got a standing ovation. Whether she likes it or not, she is the glamour girl of jazz. I just hope her singing success doesn't take her away from the piano, as it did Nat Cole."
MARIO:
Considero "la KRALL" uma presença das mais importantes para o JAZZ, pelo que vem representando em termos de qualidade, de resgate do cancioneiro americano e de sempre cercar-se de melhor dos músicos.
Chegue ou não ao topo das pianistas, é música que bebeu muito bem na fonte de NAT "KING" COLE e sabe sobrepor-se à sua figura de mulher.
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