Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 70 - SÉRIE VINIL (8)

16 março 2010


Série dedicada a LPs reeditados digitalmente em computador.

Lionel Hampton – The Last But Not The Least - volume. 6 (1937-1941)
LP – RCA VICTOR – 741077 - série Black & White: vol. 77


Lionel Hampton (*12/04/1909 †31/08/2002) enriqueceu o jazz quando introduziu o vibrafone em gravações com ― Louis Armstrong And His Sebastian New Cotton Club Orchestra, o ano foi de 1930, o local um estúdio de gravação na Califórnia em Los Angeles. Desde então, ele foi protagonista desse harmonioso instrumento de percussão.
Hampton com 17 anos de idade já tinha uma boa reputação como baterista com a banda de Les Hite quando Louis Armstrong chegou em Hollywood, sem um baterista, para gravar alguns temas. Chamou Hampton e no estúdio da NBC, o vibrafone ficava abandonado em um canto, usado apenas para reproduzir a identificação do famoso bing-bang-bong da estação da rede. Armstrong sentiu certa empatia entre Hampton e o instrumento em que logo começou a "batucar", então pediu a Hamp para adicionar alguma pontuação com o vibrafone no registro que fariam. Assim foi gravado o primeiro solo de vibrafone em jazz em Memories of You a 16/out/1930.
Hamp nunca tinha tocado o vibrafone antes, mas atuou com a banda dos Chicago Defender Newboys Band (1920), onde aprendeu harmonia tradicional e praticou no contrabaixo e nos tambores, tímpano e no xilofone este um precursor do vibrafone. Após o empurrão de Armstrong, Hampton passou a empregar o vibrafone com todas as bandas locais populares que tocou até que Benny Goodman ouviu o músico jovem, e acabou criando o fantástico quarteto com Hampton, Teddy Wilson e Gene Kruppa e a interpretação de Moonglow nunca mais foi a mesma sem o vibrafone de Hampton.
No início de 1937 formou um excepcional grupo para gravações na Victor e o Museu de Cera focaliza justamente esta época, mas antes podemos ouvir a primeira gravação de um vibrafone no jazz em:
1.MEMORIES OF YOULouis Armstrong And His Sebastian New Cotton Club Orchestra: Louis Armstrong (tp,vcl), George Orendorff, Harold Scott (tp), Luther "Sonny" Craven (tb), Les Hite (sa, sb), Marvin Johnson (sa), Charlie Jones (cl,st), Henry Prince (pi), Bill Perkins (gt), Joe Bailey (bx) e Lionel Hampton (bat,vib) - Gravação: Los Angeles, 9/out/1930 – OK 41463
Pode-se verificar que realmente Hampton toca apenas alguns acordes de pontuação, nem se pode considerar exatamente um solo, mostrando muito clara sua pouca intimidade ainda com o vibrafone.
A seguir os grupos de Lionel Hampton ao vibrafone e vocal: (vocal nunca foi o forte de Hampton, mas...)
Ziggy Elman (tp) Hymie Schertzer, George Koenig (sa) Vido Musso, Arthur Rollini (st), Jess Stacy (pi), Allen Reuss (gt), Harry Goodman (bx) e Gene Krupa (bat).
2. MY LAST AFFAIR (Haven Johnson) - Hampton já mostra toda sua integração com o instrumento. Gravação: New York, 8/fev/1937 – Vic 25527
O grupo seguinte é formado por: Ziggy Elman (tp), Vido Musso, Arthur Rollini (st), Jess Stacy (pi), Allen Reuss (gt), Johnny Miller (bx) e Cozy Cole (bat).
3. BABY, WON'T YOU PLEASE COME HOME (Clarence Williams/Charles Warfield) - Gravação: Hollywood, 5/set/1937 – Vic 25674
Encerrando o Museu temos a seguinte formação:
Benny Carter (tp), Edmund Hall (cl), Coleman Hawkins (st), Joe Sullivan (pi), Freddie Green (gt), Artie Bernstein (bx) e Zutty Singleton (bat).
4. DINAH (Lewis, Young, Akst) - Gravação: New York, 21/dez/1939 – Vic 26557. Ótimo solo de Carter ao trompete instrumento não habitual, porém de coração – (ouví isto do próprio Carter em uma apresentação no 150 Night Club do Hotel Maksoud Plaza em São Paulo em 1988).



5 comentários:

figbatera disse...

Desisto! Não virei mais aqui até "encurtarem" novamente a página do blog.

APÓSTOLO disse...

Grande MÁRIO:
Bela resenha e o saudoso Benny Carter sempre foi ótimo em qualquer instrumento, reservando para o trumpete poucos mas grandes momentos.
No sax.alto, sua mais vasta e imperdível discografia, deixou-nos legado precioso.
O solo de "Hamp" no clássico Dinah é estupendo.
Parabéns: mais um gol de placa ! ! !

Mau Nah disse...

Caro Fig,
ja fui ate onde meu parco conhecimento permitiu, mas nao consegui "refazer" ou desfazer o que vem rolando, literal ou lateralmente, com a pagina. No meu laptop nao acontece, embora nos desktops eu tb. fique irritado. Talvez nosso Guzz possa dar uma fucada (com cedilha) pra tentar entender o porque.
Eu desisti..., desculpe.
Abracao.

Mau Nah disse...

MaJor,
Hampton foi um dos artistas que me fisgou, definitivamente, para o jazz. Nao sei bem porque, se era a sonoridade de seu vibrafone (que eu chamava entao de xilofone), ou seu fraseado, mas desde que, na casa de um amigo (era o pai que ouvia jazz), pedi para que botasse na "vitrola" um LP de Hampton que estava ali por perto, fiquei maravilhado. Enquanto minha turma ouvia Beatles e Stones, eu passei a ser chamado de "Lionel" pela galera. Era um ET no meio dos outros, todos com 14, 15 anos.
Se a gozacao foi desconfortavel, o legado cultural de Hampton e dai, all that jazz, foi das melhores coisas que herdei.
Bela materia que me fez retornar a lembrancas ainda melhores.
Abs.

MARIO JORGE JACQUES disse...

Que bom Nahoum, realmente temos sempre lembranças saudosas, daquele disco, daquela música ou artista. Acho que o Museu vez por outras atinge tais lembranças. Um abraço
Mario Jorge