Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

THE JUBILEE SHOWS - #2

24 fevereiro 2010


JUBILEE SHOWS - série de programas de rádio produzidos pela Armed Forces Radio Service (AFRS) durante a II Guerra Mundial e distribuídos pelas inúmeras estações militares de rádio e serviços de alto-falantes em acampamentos e bases norte-americanas.

Continuamos com o programa gravado em 26 abril de 1943:

1.TEA FOR TWO (Vincent Youmans, Irving Caesar) - veículo para o clarinete de Barney Bigard "from" New Orleans, recém saído da banda de Ellington onde permaneceu por 15 anos, à época estava na Freddie Slack's Band, é acompanhado pelo piano de General Morgan com Benny Moten (bx) e Paul Barbarin (bat).
2.HIP HIP HOORAY (Frank Loesser) – uma canção que expressa entusiasmo, vitória com o grito de saudação, hip, hip, hurra! na voz da cantora Jewel Paige com acompanhamento do grupo de Red Allen.
3. RUG CUTTER SWING (Henry "Red" Allen) – com a banda: Henry Red Allen (tp e lider), J.C.Higginbotham (tb), Don Stovall (sa), General Morgan (pi), Benny Moten (bx) e Paul Barbarin (bat) e ainda o clarinetista Barney Bigard como convidado.
4. GREAT DAY (Vincent Youmans, Edward Eliscu, Billy Rose) – encerramento clássico do programa com a The Armed Forces Radio Orchestra.


Fonte: CD THE JUBILLE SHOWS Vol.7 – produção de Carl. A. Hällström – Storyville Records (501 1007) – Dinamarca - 2002

MUSEU DE CERA # 69 - SÉRIE VINIL (7)

21 fevereiro 2010


Série dedicada a LPs reeditados digitalmente em computador.
ÁLBUM: THE GRAND TERRACE BAND – RCA VICTOR – LPV-512 - VINTAGE SERIES – 1965 N.Y. - USA

Earl "Fatha" Hines foi um dos geniais inovadores do jazz, notadamente como pianista tendo influenciado inúmeros outros músicos. Em 1928 já conhecido e considerado pelos seus trabalhos com Louis Armstrong e Jimmy Noone foi convidado por Lucky Millinder para montar e dirigir uma banda para o novo clube em Chicago - THE GRAND TERRACE localizado na famosa área do South Side no Oakwood Boulevard. Estreou a 28 de dezembro e por lá permaneceu por quase 12 anos.
O estabelecimento era um típico night club da época com uma grande pista de dança circundada por mesas, um palco para a orquestra no lado oposto da entrada e além da música para dançar havia alguns shows com dançarinos profissionais e variedades.
Chicago vivia momentos turbulentos de gangsterismo e um dos frequentadores assíduos era Al Capone inclusive proprietário de ¼ do clube.
THE GRAND TERRACE era realmente um grande salão de baile que funcionava de maneira semelhante ao Cotton Club do Harlem. A banda de Earl Hines se tornou a banda residente até seu fechamento. Certamente foi o primeiro sucesso de Hines como bandleader tendo se tornado muito conhecido através dos programas de rádio dali transmitidos.
A RCA Victor em 1939 e 40 registrou vários momentos da banda dentre os quais selecionamos:
BANDA: Earl Hines piano e lider, Walter Fuller, Milton Fletcher, Edward Simms (tp), Edward Burke, John Ewing, Joe McLewis (tb), Leroy Harris (sa), Bud Johnson (st), Omer Simeon (cl e sb), George Dixon (sa e sb), Claude Roberts (gt), Quinn Wilson (bx) e Alvin Burroughs (bat). Gravações 1, 2 e 3 de 12/julho/1939 e 4 de 13/fev/1940.
1. PIANO MAN (Earl Hines) – normalmente abria o show estabelecendo logo o clima excitante da casa com o vocal da banda. Gravação: BS-038260-1
2. INDIANA (Ballard MacDonald – James F. Hanley) – com arranjo de Horace Henderson destaca-se o clarinete de Simeon. Gravação: BS-038255-1
3. GRAND TERRACE SHUFFLE - (Earl Hines) – arranjo de Bud Johnson maior destaque para o piano de Hines, John Ewing (tb) e Bud Johnson (st). Gravação: BS-038258-1
4. DEEP FOREST (Hines, Reginald Forsythe, Andy Razaf) – o tema lembra as aberturas dos programas de rádio broadcast transmitidos diretamente do Grand Terrace em cadeia nacional costa-a-costa dos EUA. Arranjo de Bob Crawder e os solistas são Crawder ao sax-tenor, o trompete de Simms e o clarinete de Simeon. Bud Johnson é substituído por James Mundy ao tenor. Burroughs exalta Hines gritando Fatha Hines! Fatha Hines! Gravação: BS-047056-1
FATHA – carinhoso apelido dado a Hines, sendo uma corruptela da palavra inglesa "father", talvez como vínculo de ser acatado o "pai do piano moderno".


A TABAJARA DE SEVERINO ARAUJO - UMA GLÓRIA NACIONAL

20 fevereiro 2010

Nas livrarias o livro de Carlos Coraúcci "Orquestra Tabajara de Severino Araujo - A Vida Musical da Eterna Big Band Brasileira".
Livro importante pelo que preserva da memória de uma "instituição" como a TABAJARA, com a qual todos os que vivemos pelo menos os anos 40, 50, 60 e 70 do século passado, tivemos o prazer de dançar, ouvir ao vivo, em programas radiofônicos, na televisão e em discos.
Particularmente mantenho o carinho de ter dançado com a TABAJARA em tantos bailes de formatura, inclusive da minha primeira.
A obra passeia pela história da banda paralelamente à da vida pessoal do Maestro, Músico, Arranjador e Líder SEVERINO ARAUJO, o que é absolutamente correto já que essas histórias se confundem.
Importante o resgate de "cenas" vividas por tantos e tantos músicos, artistas e radialistas dessa época de ouro da verdadeira música brasileira, hoje em dia tão aviltada por tanta mesmice e falta de qualidade.
O desfile de músicos que integraram a banda ao longo dos anos é precioso, relembrando-nos aqueles que foram muito mais que ótimos em seus instrumentos citando-se, sem descartar outros de igual calibre, o fenomenal ZÉ BODEGA.
Uma preciosa lembrança a do "tio" LAÉRCIO DE FREITAS assumindo o piano da banda nos anos 70.
Ao final do livro diversos apêndices historiam aspectos importantes da TABAJARA e de seu líder: relação dos músicos, dos crooners, discografia (78rpm, LPs, CDs) e arranjos de SEVERINO ARAUJO.
A obra repita-se, importante por retratar a TABAJARA e o Maestro SEVERINO ARAUJO, verdadeiros baluartes da qualidade musical, tem seu "senão" por conta do "duelo" entre a TABAJARA e a orquestra de TOMMY DORSEY no sábado 01/dezembro/1951. Nesse ponto o autor, possivelmente não tendo vivido o fato e baseado em "versões", foi incompleto quanto ao ocorrido, aos temas executados e suas sequências (sem trocadilho com o programa "Rádio Sequência G-3", que apresentou o tal "duelo" na inauguração do novo auditório da Rádio Tupí), assim como ao panorama total do ocorrido.
Basta comparar-se o texto do livro (páginas 93-95) com a "História do Jazz nº 25 = Tommy Dorsey x Severino Araujo" de mestre LULA, postada há tempos aqui no CJUB, da qual permitimo-nos transcrever o trecho a seguir.
"O espetáculo foi organizado da seguinte maneira: um personagem fantasiado de Zé Carioca e outro de Tio Sam eram os chefes das torcidas. Por trás das orquestras eram agitadas uma bandeira brasileira e outra americana.
Não me lembro a ordem exata, mas a banda de Dorsey executou, entre outros, os temas “Well Git It”, “On The Sunny Side Of The Street”, “Diane”, “Everything I Have Yours”, “You And The Night And The Music” e “Lullaby Of Broadway”, destacando a vocalista Frances Irwin.
Coube a Tabajara, entremear os temas de Dorsey com “Um Chorinho Na Aldeia”, “Guriatã de Coqueiro”, “Espinha de Bacalhau”, “Um Frevo (?)” e o número que surpreendeu a todos, e que logo seria um dos maiores sucessos da banda: “Rhapsody In Blue” em rítmo de samba, entre outros.
A platéia exultava após cada número e os “chefes de torcida” dramatizavam o espetáculo, abraçando os maestros e solicitando mais aplausos.
Eis que Carlos Frias ocupa o microfone e informa que “em nome da grande amizade que une os dois paises” as orquestras tocarão juntas “Deus Salve a América”, o que foi feito com Bob London cantando em inglês e Déo, “o ditador de sucessos”, em português.
Finalmente o resultado do “duelo” seria anunciado.
Surge o ator teatral Armando Nascimento, fantasiado de Presidente da República e imitando a voz de Getúlio Vargas (que era o seu forte nas revistas do Teatro Recreio) segura o braço de Severino e proclama: “Severino, para mim você é o maior”, fazendo em seguida o mesmo com Tommy Dorsey.
Voltou Carlos Frias dizendo que “todos eram os maiores” e que dalí por diante espetáculos daquela natureza se repetiriam com freqüência (o que nunca mais aconteceu!).
A atriz Heloisa Helena informa que o espetáculo teve o patrocínio exclusivo do “Leite de Rosas”, que Dorsey tocaria outra vez às 22 horas e deu boa tarde a todos.
Soube na hora que haveria uma “Jam Session” no dancing Avenida, reunindo músicos das duas bandas; tinha compromissos a cumprir e não pude ir.
Dias depois Jonas Silva, nas Lojas Murray me deu duas fotos do evento (uma delas ao final desta “História”). E foi só.
Eis a formação das orquestras participantes do “duelo”:
ORQUESTRA TABAJARA
Severino Araújo (clarinete), Marques, Santos, Raimundo Napoleão e Geraldo Medeiros (trumpetes), Manoel Araújo, Astor e Zé Leocádio (trombones), Jaime Araújo, Jofran, Zé Bodega, Lourival e Genaldo (saxofones), Cláudio Luna Freire (piano), “Cavalo Marinho” (baixo), Del Loro (guitarra), Plínio Araújo(bateria) e Gilberto D’Ávila (pandeiro).
ORQUESTRA DE TOMMY DORSEY
Buddy Childers, Charlie Shavers, Bobby Nichols e George Cherb (trumpetes), Tommy Dorsey (líder), Nick Di Maio e Ernie Hyster (trombones), Sam Donahue, Paul Mason, Danny Trimboli, Ted Lee e Harvey Estrin (saxofones), Fred de Land (piano), Phil Leshin (baixo) e Eddie Grady (bateria), com vocais de Bob London, Francis Irwin e as “Brown Lee Sisters”
Assim a obra é altamente recomendável, sendo certo que tanto aqueles que "conheceram" a TABAJARA, quanto os que realmente querem conhecer a cultura musical nacional, devem possuí-la e guardá-la com carinho, anotando-se o "senão" relativo ao famoso "duelo", que nunca existiu.

Histórias do Jazz n° 71 - Os "Icaraí Boys"

19 fevereiro 2010


Essa história foi extraída de uma matéria que escrevi para a revista da AABB, atendendo a pessoas que queriam saber a história de noso conjunto. Ei-la :
Atendendo a um pedido do amigo João Motta tentarei aqui relembrar alguma coisa dos “Icarai Boys”, conjunto musical integrado por jovens, que teve uma breve existência mas que divertiu quem tocava e quem ouvia. A época, meados da década de quarenta, quando ainda imperava o romantismo e a música era bela, fosse qual fosse a sua origem.
Reinaldo de Araújo Lima e Luiz Carlos Antunes eram vizinhos, gostavam de música e tocavam piano. Reinaldo estudara em conservatório,sabia música, mas Lula, embora tivesse tido aulas de piano,desistira porque não gostava de partituras e tirava tudo de ouvido. Quando conseguiu sua bateria, Lula, já atraído pelo Jazz , deixou de lado o piano. Nas conversas com outros amigos surgiu a idéia da formação de um conjunto, que contou com Tião Neto ao violão tenor e Eduardo Malheiros ao contrabaixo, O ritmo foi completado por Eduardo Castro Alves aos bongôs ,e Rafael de Araújo Lima e Urbano Antunes nos outros instrumentos de percussão. As vezes contavam com um segundo violão tocado por Moacir. Interessante notar que tudo era tocado de ouvido, não havia partituras e funcionava regularmente, somando a vontade dos músicos com a boa vontade dos ouvintes, nem sempre pacientes quando os ensaios eram na casa de Lula.
Vieram os bailes, geralmente nos colégios Anchieta e Bittencourt e no saudoso Hotel Ingá. Boleros, baiões, sambas e os antigos fox-trots compunham o repertório, executados dentro dos padrões da época que ,para os mais adiantados tinham a definição de “Quadrado”.

AS “SERESTAS”
Era hábito do grupo realizar serestas após os bailes,geralmente dedicadas as namoradas . Era interessante um coro de quatro vozes, harmonizadas por Tião Neto e acompanhadas por dois violões e o contrabaixo de três cordas de Eduardo Malheiros. Diga-se a bem da verdade que nunca houve qualquer reação contra os rapazes, como também nenhuma namorada abriu a janela para ouvir melhor.

AS “ESTICADAS”
Aconteciam após os bailes onde geralmente não se comia nem bebia. Algumas vezes iam para o Daniel (esquina de Moreira César com Miguel de Frias) comer uma deliciosa fritada de camarões acompanhada por uma cervejinha gelada ou para o Praia Bar (hoje Chalé), apreciar um sanduiche com refrigerante. Tudo dependia do dinheiro que cada um dispunha.


UM SUFOCO
Num dos bailes programados para o Hotel Ingá, Reinaldo adoecera e não poderia tocar. Tentou-se um substituto mas, todos os pianistas disponíveis estavam compromissados. Caberia a Lula “quebrar o galho”. Confesso que meu repertório não daria nem para cinco minutos de baile e após as duas primeiras musicas, já temendo um insólito desfecho, suspirei aliviado com a chegada de Tiãozinho, que era dentista e também um excelente pianista. Aliviado, assumi a bateria e Rafael voltou para as maracas, tudo terminando bem.
Com o tempo fui desistindo do grupo e o conjunto prosseguiu administrado agora por Eduardo Castro Alves. Lembro-me bem do ultimo baile que toquei. Foi no Grupo de Regatas Gragoatá, com o conjunto reforçado pelas presenças de Julinho ao clarinete e Afonso Chiozzo ao acordeon.
Dos integrantes dos “Icarai Boys”, Reinaldo continuou com o seu piano por aqui e depois Brasília, para onde se mudou definitivamente. Tião Neto seguiu carreira como musico profissional, atuando com Sérgio Mendes, o Bossatrês e finalmente com Tom Jobim, tendo falecido em 13 de junho de 2001; esse que escreve essas notas dedicou-se ao Jazz, mantendo por 29 anos um programa de rádio (O Assunto é Jazz) e escrevendo em órgãos de imprensa sobre o assunto; Eduardo Castro Alves continuou mantendo conjuntos musicais até o seu falecimento e Eduardo Malheiros,segundo soube, faleceu há algum tempo.
Não poderia omitir o prefixo do conjunto, um bolero intitulado “Estoy solo”, levado para o grupo por um rapaz chamado Laércio, que gostava de cantar com a gente nos bailes e era um sucesso.
A foto que ilustra a matéria foi tirada em 1948, durante um baile efetuado no Colégio Anchieta. Da esquerda para a direita Reinaldo de Araújo Lima,Rafael de Araújo Lima, Eduardo Castro Alves, Tião Neto, Urbano, Luiz Carlos Antunes e Moacir. Bons tempos aqueles.
Aqui fica o registro dos “Icaraí Boys”, grupo que deixou saudades,pelo menos para os seus integrantes que ,se divertiam tocando para os outros dançarem.

Histórias do Jazz n° 70 - Ainda "O Assunto é Jazz"



O tempo passa e as surpresas continuam, agradáveis por sinal. Agora recebemos email de Marcelo Santos, que nos tempos da Fluminense FM operava “O Assunto é Jazz” . Ao contrário de alguns colegas seus (Paulinho por exemplo), tinha interesse por seu trabalho, era aplicado e realmente caprichoso com o que fazia. Agora, ao descobrir nosso site, envia correspondência que realmente nos emocionou , relembrando os áureos tempos em que nosso programa chegou a “incomodar” grandes concorrentes. Marcelo guarda na lembrança os bons momentos e nos emocionou com o seu relato. Eis a mensagem :
===== ============
Nome: Marcelo Santos
E-Mail: novos_ventos@yahoo.com.br
Home Page:
Cidade: Niteroi
Estado: RJ
Pais: Brasil
IP: 200.219.172.130
Comentarios:
“Caramba... Hoje eu estava postando no Orkut algumas fotos que tirei do livro da Maldita, do Luiz Antônio Mello. Entre as fotos o Card que você tem aqui, na parte de memórias. Por falar em memórias, acho que não vai lembrar, eu trabalhei na Fluminense AM a partir de 1978 e lá fiquei até mais ou menos 1987 ou 88. Já nos 540 KHz, no estúdio que tinha uma janela para a Rodoviária de Niterói, mesa de som Gates, se ainda me lembro as paredes tinham um carpete verde e vermelho... Pois é, nessa época eu também operava o Assunto é Jazz. O programa entrava no ar, depois do Programa "Show da Noite", que era apresentado por um locutor chamado José Ricardo. Lembro-me do Edgard Mello. Do cuidado que você, Luiz, tinha com seus discos... (ai de mim se os pegasse com as mãos sujas de algum resto de comida (rs)). Bom... mas legal saber que você está bem. Como outros aqui também aprendi a gostar de Jazz, no "O Assunto é Jazz".
O site aqui está uma beleza. Muito lindo. Andei por todos os cantos e gostei muito. Para você muita paz, saúde e mais sucesso. Um cara que sempre foi, além de cuidadoso, muito austero, disciplinador, mas sobretudo de um ótimo carater, raro nos dias de hoje. Muito obrigado, tenha certeza que todas essas qualidades e o convívio com você, naqueles tempos em que eu tinha ainda meus 15 anos, contribuiram também para a minha formação como ser humano. Luiz Carlos Antunes merece de todos um carinho e reconhecimento muito grande.
Abraço, Marcelo Santos”
Pois é amigos, a cada momento temos que nos envaidecer do trabalho que fizemos sem imaginar que até os dias de hoje ainda receba manifestações de carinho de quem dele participou .
Graças a Deus.
llulla

JAZZ AO SEU ALCANCE

17 fevereiro 2010

Trata se do "Aurélio do Jazz ", podendo inclusive não agradar a todos os jazzófilos segundo o próprio autor Emerson Lopes, mas difícil não aceitar como um belo trabalho de divulgação e pesquisa, unico senão a dificuldade para encontrar o livro ( ganhei do amigo Estevão, que conseguiu com o próprio Emerson ), contendo desde portais como o CJUB, indicações de radios, lojas, gravadoras, artistas, cd's e dvd's além de entrevistas com craques do assunto, como nossos confrades Raffaelli, que conta inclusive os 6 shows do Parker que assistiu entre outros no Birdland em N.York, do Llulla sempre presente aqui no blog, do Luiz Orlando Carneiro que já escreveu em sua coluna do JB a respeito do livro e também do Major autor inclusive do importante "Glossário de Jazz", que aliás estamos lhe devendo um post a respeito e até do amigo colaborador Ivan Monteiro.
Enfim um livro para quem gosta e curte JAZZ e principalmente para aqueles que estão interessados em entrar nesse estilo musical...

SAZZ

Cláudio Roditi - "Jazz turns samba"


CLÀUDIO RODITI – “Jazz turns samba”
Esse foi um disco “pescado” na Internet por indicação de um amigo. A velha idéia de Cláudio de fazer uma chamada “fusion” do samba com o Jazz, aproveitando clássicos do idioma musical negro-americano, como nos tempos das Jam Sessions no “Little Club”. Para tanto convocou o excelente saxofonista uruguaio Andre Boiarsky, o pianista Mark Soskin, o baixista David Fink e o baterista Ignácio Berroa. Como convidados especiais estão o saxofonista David Sanchez, o guitarrista Ed Cherry e o excelente gaitista Hendricks Meurkens que dá o seu recado na faixa um, “Moody’s samba”. Temos os clássicos “Birk’s works” (Gillespie), Giants Steps (J.Coltrane), Donna Lee(Parker) e Moanin’ (Bob Timmons) executados de forma brilhante pelos musicos. De sobra, os “standards” “Speak Low” e “Without a song” recebendo honroso tratamento nos arranjos de Cláudio. Nota 10.

Morreu Jake Hanna


Mestere Raffa me comunica e eu divulgo para o CJUB. Faleceu em 12 de fevereiro o baterista Jake Hanna, com profícuo trabalho em pequenos conjuntos e big-bands, inclusive com Woody Herman, quando foi destaque em um de seus "rebanhos". Jake tinha 78 anos e morreu de complicações na corrente sanguínea. RIP

THE JUBILEE SHOWS - #1

14 fevereiro 2010

Ernie "Bubles" Whitman

JUBILEE SHOWS foi uma série de programas de rádio com objetivo de prover entretenimento para os militares dos EUA durante a II Guerra Mundial.
Jubilee era produzido no estúdio auditório da NBC em Hollywood pela Armed Forces Radio Service (AFRS) e os programas eram transcritos para discos de Vinylite de 16 polegadas com 30 minutos e distribuídos pelas inúmeras estações militares de rádio das bases, acampamentos, navios e hospitais em todo o mundo. Como se tratava de programas especiais e exclusivos nenhuma estação regular de broadcast transmitia os shows.
O primeiro Jubille Show foi gravado a 9 de outubro de 1942 e o último da série a 18 de fevereiro de 1950. Os shows eram produzidos e gravados semanalmente à noite.
O mestre de cerimônias era o comediante afro-americano Ernie "Bubles" Whitman, conhecido como o intérprete do grande bandleader Jim Reese Europe no filme Stormy Wheather de 1943, dotado de inconfundível voz gutural.
Existia uma Armed Forces Radio Orchestra que fazia as introduções e as finalizações dos programas e alguns eventuais acompanhamentos.
Inúmeros músicos, cantores de jazz e blues eram convidados a contribuir para os Jubille Show, tal projeto junto com o V-Disc era o esforço de guerra para manter o nível de moral das tropas norte-americanas através da música fabulosa de seu país, principalmente de jazz.
Aqui no blog vamos reproduzir alguns desses fantásticos programas e iniciamos com o produzido a 26 abril de 1943 tendo como atração principal a Henry Red Allen Orchestra e vocalista Jewel Paige.
1. Introdução com o tema Great Day (vicente Youmans) – The Armed Forces Radio Orchestra
2. Harlem Stomp (Irene Higginbotham) com Henry Red Allen (tp), J.C.Higginbotham (tb), Don Stovall (sa), General Morgan (pi), Benny Moten (bx) e Paul Barbarin (bat).
3. I Can´t Believe That You're In Love With Me (McHugh – Gaskill) pessoal de 2. mais o clarinetista Buster Bailey e a vocalista Jewel Paige.
4. I've Got The World on a String ( Arlen – Koehler), mesmo pessoal de 2.
Na próxima postagem continuamos com este show.

HIGHLIGHTS ( CONCLUSÃO )

10 fevereiro 2010

VILLAGE VANGUARD - O templo do jazz, comemorando 75 anos ( sem consessões ) em 2010, cuja celebração será dos dias 23 a 28 desse mês com a temporada de Joe Lovano " Us Five " com James Weidman, Esperanza Spalding, Otis Brown III e Francisco Mela; aqui um parenteses para dizer que esse é o ano de glória do Lovano, pois seu cd "Folk Art" foi considerado o melhor do ano por quase toda mídia norte americana, incluindo Downbeat e Jazz Times. Particularmente tenho minhas restrições, enfim...
Voltando ao tema, fui ao Vanguard de fato o buraco mais famoso desta musica que tanto gostamos, que segue sem servir nem ao menos amendoim é para quem gosta do assunto jazz; é som, cana e ponto final, no caso aqui o magnanimo batera Jeff "Tain" Watts ( 56 ) Quartet, que subiu ao palco pontualmente as 23:00h ( 2º set ), aliás outra coisa em comum com os demais concêrtos ( pontualidade ), apresentou seus parceiros David Kikoski ( p ), de quem esperava mais, James Genus ( b ) e uma grata surpresa para mim Jean Toussaint ( s ), que não conhecia, anunciou o repertório basicamente do último cd e mandou 75 minutos direto, sem bis do mais "hard bop" e ao final deu boa noite e mais não disse nem lhe foi perguntado.
@@@@

Para quebrar um pouco o clima e dar um tempo nas informações jazzísticas, terminei a mini temporada em outro palco sagrado o CARNEGIE HALL, em sessão "sold out" da Chicago Symphony Orchestra, dirigida soberbamente por Pierre Boulez ( 85 ), que perdi a conta de quantas vezes retornou ao palco em retribuição as palmas, uivos etc...
Simplesmente notável @@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

Cabe registrar que estão previstos apenas 3 brasileiros na temporada de 2010 no Carnegie Hall, a saber: Eliane Elias dia 17/02, com Marc Johnson ( b ) e Rafael Barata ( dr ), "The Genious Of João Gilberto" ( é assim o anuncio ) em Junho 22 e finalmente Romero Lubambo dia 13/10/10, com Kevin Breit ( g ), Michael Ward ( acc ), Tim Keiper ( dr ) e Cyro Baptista ( perc ).

Acabou infelizmnte.

Faleceu Johnny Dankworth



Mestre Raffa me comunica e eu divulgo pelo CJUB. Morreu em 5 de fevereiro uma das glórias do Jazz da Inglaterra, o saxofonista, compositor e líder, JOHHNY DANKWORTH. De vida musical intensa, Dankworth desde cedo ingressou no mundo do Jazz, tocando clarinete em uma banda tradicional. Após os estudos regulamentares liderou pequenos conjuntos até formar sua big-band que se manteve até 1971, quando ele se transformou em diretor musical de Cleo Laine, sua futura esposa. Escreveu arranjos para a banda de Ted Heath nos anos 40 e seus próprios grupos e orquestras. Em seguida se interessou por musicar filmes e escrever para TV. Compôs e aperfeiçoou alguns clássicos e continuou em “tour” com Cleo Laine. Foi instrutor e mestre de classe na Berklee College of Music, em Boston .
Enfim, vida musical intensa em constante apoio ao trabalho de sua mulher Cleo Laine. Dankworth era um ícone do Jazz britânico.
RIP

HIGHLIGHTS FROM MANHATTAN ' 2010

09 fevereiro 2010

Cejubianos (as), de volta de mais uma temporada na "big apple" sempre bombando, venho aqui dar alguns flashes e comentários do que anda rolando por lá além do frio e neve, que aliás prefiro - 16º C , do que + 50º da nossa muito calorenta cidade maravilhosa.
Primeiro dizer para aqueles que forem procurar em N.York, grandes lojas de cd's, dvd's e afins, que esqueçam pois a última da Times Square, foi fechada e agora só a J&R, perto do "ground zero", que até conta com um bom acêrvo de jazz no 2º andar, o resto só as pequenas e exclusivas lojas como a Jazz Record Center ( dos Cohen ), a Downtown Music ou a Bleecker Records, esta principalmente para os amantes do velho vinil, que posso garantir esta voltando com tudo ( comprei 3 !!! ).
Quanto aos "jazz clubs" a farra se mantem fica dificil uma programacao, tamanha a oferta e diversidade e ai vai do gosto de cada um, o meu por exemplo durante as 8 noites ( a maioria confirmada com antecedencia via internet ) foi a seguinte com as avaliacoes seguindo os nossos conhecidos criterios, a saber.

BIRDLAND - Tierney Sutton ( 46 ) cantora da California ( LA ), fazendo questao de frisar e acompanhada de seu trio, Christian Jacob ( p ), Trey Henry ( b ) e Ray Brinker ( dr ) com quem esta a 16 anos, acabando de receber o Grammy de Jazz cantado ???, grande cantora, total dominio de palco e perfeita simbiose com os musicos, principalmente com o otimo pianista, diretor e arranjador musical, registro o "bis" com uma homenagem ao Bill Evans e uma versao emocionante de "Will Meet You Again", composta para seu irmao mais velho quando de seu falecimento.
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DIZZY`S CLUB - Ainda o mais bonito e novo clube, no 5 andar do "Time Warner Center" debrucado no Central Park, som e servicos de primeira, onde aconteceu a temporada comemorativa do 88 aniversario de Frank Wess, que se apresentou com um octeto da pesada e na ultima noite 3 pianistas, Renne Rosnes, Bill Charlap e seu amigo e parceiro Hank Jones ( 92 ) dos ultimos "lions", celebrado de pe por todos os presentes, inclusive diversos musicos ( Kenny Barron na mesa ao lado da minha e atras Dianne Schurr ) uma demonstracao de respeito que nunca vi por aqui. Com relacao ao octeto no front line, Scott Robinson ( bs ), Lew Soloff ( tp ) e Louis Bonila ( tb ), alem de um absurdo McBride ( b ) e Lewis Nash ( dr ).
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IRIDIUM - Fui assistir um dos meus 5 pianistas favoritos, o nova iorquino Richie Beirach ( 62 ) trio, com Ron McClure ( b ), Jeff Williams ( dr ) e participacao especial de Dave Liebmann ( ts & ss ), pianista de formacao classica com o lirismo de seu mentor Bill Evans e da mesma escola que Steve Kuhn, que soube nao estar bem de saude.
Apresentacao impecavel e altamente profissional e destaque para todos de paleto e gravata.
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JAZZ STANDARD - Onde estive 2 vezes, a primeira para o Jeremy Pelt ( 33 ) Quintet, com JD Allen ( ts ), Danny Grissett ( p ), Dwayne Burno ( b ) e Gerald Cleaver ( dr ), trata se de um digno seguidor de Lee Morgan tambem do West Coast e com muita praia para trilhar.
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A segunda incursao por uma otima indicacao do nosso confrade Pedro, a quem agradeco a dica para assistir uma nova geracao cujos nomes sugiro anotar, trata se do "The Freedom Band", em uma "gig" unica as quartas feiras e tendo como lider o saxofonista Noah Preminger ( 26 ), alem do super talentoso pianista Dan Tepfer, que lancou um cd em duo com Lee Konitz,o otimo Joe Martin ( b ) e o velho Victor Lewis ( dr ), apresentacao do puro jazz em alta pressao.
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SMOKE - Bar clube de uns 40 lugares apenas, mas com excelente programacao sempre com 2 sets, onde fui ver o sax tenorista Eric Alexander ( 41 ) e sua formacao + groove, com Mike Le Dome ( hammond ), Paul Holenback ( g ) e Joe Farnsworth ( dr ).
Som muito bom, tambem pelo tamanho, sendo total a aproximacao musico e publico.
Alexander em grande fase e com muita vontade de voltar a tocar no Brasil, inclusive gravou Ivan Lins no seu ultimo cd.
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Continuarei amanha sem falta.

Sa

João Donato e Zeca Pagodinho

03 fevereiro 2010

Na última terça feira, 2 de fevereiro de 2010, João Donato lançou seu novo CD SAMBOLERO.

Cheguei atrasado na Modern Sound, casa lotada. Mesmo assim pude ouvir um suingue espetacular. Donato usou as mesmas e conhecidas músicas, mas mudou surpreendentemente o rítmo.

A combinação ficou perfeita e recomendo a todos a compra do seu CD.

Aqui vai, para o carnaval que se aproxima, um suingue excepcional, com o mestre Zeca Pagodinho. Isso mesmo! Quem não gosta de samba, bom sujeito não é...

Para ouvir clique em: Sambou, Sambou