Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MESTRE LOC

31 outubro 2009

Fez aniversario ontem, e eu nao tive tempo de fazer o devido registro aqui no blog. Problemas familiares e uma mudanca de casa estao me deixando sem tempo para almocar ou jantar, o que dira sentar no computador e fazer o minimo dever de casa. So hoje pude abrir o laptop e usando o wi-fi de um vizinho generoso (a Net ficou de vir: facam suas apostas!) consegui entrar no blog e, agora sim, saudar nosso querido Mestre de modo precario, mas de coracao, mesmo sem o concurso da pontuacao.

Que o Mestre LOC, tao informativo quanto inspirador, nas colunas (Guzz, onde andam as transcricoes que vc. publicava, homi?) e mais ainda, no trato pessoal, possa prosseguir nos dando a oportunidade de privar de sua tao amavel convivencia, recheada das suas inteligencia, delicadeza, afabilidade, educacao, simpatia e simplicidade, coisas de uma alma macerada e curtida em jazz de alta qualidade e em classicos idem.

Muito e muitos anos de vida saudavel ao lado de D. Branca e de seus CDs prediletos, sao os votos deste amigo, e em nome da Confraria.

UM GRANDE ABRACO, PARABENS E MUITAS FELICIDADES!!!

E desculpe o atraso.

NOVA EDIÇÃO DO "GLOSSÁRIO DO JAZZ"

27 outubro 2009

Mestre MaJor, tambem conhecido como Mario Jorge Jacques, presenteou-nos, muito gentilmente, com a segunda edição de seu livro-referencia com aquele titulo. Trata-se de uma obra de grande qualidade, escrita por um especialista de vasta experiencia e sobretudo, grande amor ao JAZZ, ora atualizada (ele sempre vai achar que precisa).

Trata-se de material obrigatório para todos aqueles que procuram ampliar seu conhecimento a respeito, contendo não apenas os verbetes desejáveis mas verdadeiras aulas sobre cada um, e em inúmeros casos, todo um entorno de fatos curiosos que os transformam, de simples termos de consulta, em deliciosos motivos para que o autor estenda o seu farto conhecimento sobre o tema, de maneira muito agradável ao leitor.

Como exemplo, tomamos aleatoriamente o termo chorus (plural choruses)e obtivemos não só o que representa, com as varias possibilidades em que foi e é usado, como também a sensacional história de um dos mais famosos encadeamentos deles - ali, no sentido da série de improvisos -, executados pelo saxofonista Paul Gonsalves em 1956, no Newport Jazz Festival, quando se apresentava na banda de Duke Ellington. E em como transformou, com seus 27 choruses no sax-tenor, um concerto até então morno, numa festa memorável... Mais, só lendo.

Isso tudo faz do Glossário do Jazz, ora refrescado, mais do que um livro de referência. Transforma-o numa saborosa leitura para aqueles que se interessam pelo jazz, seus personagens e inúmeros outros aspectos relacionados com música em geral. É livro de cabeceira, catecismo, bíblia, ou o que mais quiserem chamar.

Mais uma vez, Mestre, obrigado pelo presente, e parabéns pela renovação dessa tão importante fonte de referência para as comunidades de lingua portuguesa.

Grande abraço.

Em tempo: esqueci de contar que o prefácio à edição é de outro Cjubiano, nosso caro Mestre Llulla.

Em tempo 2: tendo escrito o post de cabeça, longe do livro, disse que o Newport mencionado foi o de 57. Estava errado. Foi em 1956 essa célebre performance de Gonsalves, que fez com que, lá pelo sexto chorus, uma loura platinada se "alevantasse" e começasse a dançar, inflamando toda a platéia.

Glossário do Jazz- 2a. edição
autor: Mario Jorge Jacques
editora: Biblioteca 24x7
preço: R$63,39
pedidos: biblioteca24x7 (link)

ÓTIMO SHOW DE PASCOAL MEIRELLES

26 outubro 2009

Foi em 22 de outubro no “Velho Armazém” em Niterói, o show de Pascoal Meirelles que teve como característica um repertório eclético que abordava a música brasileira, temas de Jazz e composições do próprio Pascoal e de Márvio Ciribelli, que em companhia do excelente Marcelo Martins (st-fl)e de Rogério Fernandes(b) formaram um quarteto sólido e competente.Dois temas de Miles Davis deram início à apresentação (Nardis e Solar), onde desde logo observamos o desempenho de Marcelo Martins, um improvisador nato de qualidade superior. “Waltzing” do nosso Victor Assis Brasil, deu seqüência ao programa e a qualidade permaneceu . Aliás esse tema é freqüente em apresentações de nossos músicos. Justa homenagem a um de nossos melhores saxofonistas que abraçaram a difícil arte do Jazz. O restante do primeiro set foi preenchido com composições de Márvio (Mió di bão), de Pascoal (Tom) e ótimas versões dos clásssicos da MPB, “Apanhei-te cavaquinho “(Nazareth) e” Corta Jaca “(Chiquinha Gonzaga) e encerrado com chave de ouro com espetacular leitura do tema de Benny Golson, “Blues March”. Nesse clássico do “hard bop” Pascoal mostrou porque é um dos nossos melhores bateristas. Solos bem construídos e desenhos rítmicos de muita qualidade. E ainda nos dedicou esse número.
O segundo “set” contou com a participação do ótimo guitarrista Ricardo Silveira, que em breve estará também se apresentando no Velho Armazém. O ecletismo permaneceu, agora com o standard “Beautiful Love” na abertura. Seguiu-se ” Triste” (Tom Jobim), “Cherokee” (Ray Noble), “Well you needn’t” (Monk),”Tico Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu” e “Pro Moura” (Pascoal Meirelles). Difícil destacar um solista. Tocaram como se o grupo estivesse formado ha muito tempo. No “Tico Tico no fubá” , por exemplo, tiveram destaque a flauta de Marcelo Martins e o piano de Ciribelli, desenvolvendo em uníssono não só o tema como improvisações oportunas. Ricardo Silveira mostrou também porque é um dos nossos melhores guitarristas. Solos muito bem elaborados e preciosas trocas de frases com Marcelo Martins.
Rogério Fernandes deu o recado no seu baixo elétrico e Pascoal Meirelles dividiu muito bem a sua liderança com os companheiros. Indiscutível a sua qualidade de acompanhamento e solista, como mostrou principalmente em seu original “Pro Moura”. Enfim, uma noite super agradável que marcou mais um encontro de velhos amigos que, como não poderia deixar de ser, relembraram as pizzas da meia-noite after “O Assunto é Jazz”. Parabéns a Márvio Ciribelli pela iniciativa, mais uma que valorizou em muito a noite de Niterói.

THE TOWN HALL – EDDIE CONDON'S CONCERTS – (5)

24 outubro 2009

Esta série apresenta trechos de concertos de Dixieland Jazz produzidos por Ernest Anderson e dirigidos por Eddie Condon, diretamente do Town Hall na cidade de New York em transmissões pela National Broadcasting Corporation Radio – Blue Network Broadcast Series.

Apesar dessa série de concertos de Eddie Condon ser conhecida como Town Hall Concerts algumas transmissões foram feitas do Teatro Ritz na Broadway local arrendado pela Blue Network como estúdio para muitos programas e este concerto foi o caso. Na verdade o que ocorreu por incrível e inacreditável racismo houve falta de patrocínio para alugar o Town Hall já que um músico negro iria atuar junto com os demais ― Cozy Cole e o patrocinador habitual, cigarros Chesterfield, declinou do patrocínio achando que não ficaria bem, alegando que muitas regiões no país, já que o programa era transmitido a nivel nacional, não admitiam a integração de raças e consequentemente poderiam boicotar o patrocinador, e tal...
Esta apresentação contou com a presença de novos músicos no grupo como os trompetistas Max Kaminsky e Dick Cary, o trombonista Miff Mole e o clarinete de Edmond Hall, além do baterista Cozy Cole e do baixista Jack Lesberg. Muggsy Spanier ao cornetim como convidado especial.
Após rápida abertura pelo locutor Fred Robbins - At Sundown (Walter Donaldson) é executada por todo o grupo.
Segue-se o anúncio pelo próprio Condon de Edmond Hall um dos grandes clarinetistas de New Orleans em It's Been So Long (Jerry Leiber / Mike Stoller) apenas com o trio Schroeder, Lesberg, Cole e mais Condon naturalmente.
Finalizamos com o excelente cornetista Muggsy Spanier e o grupo em Mandy, Make Up Your Mind (Grant Clarke / Arthur Johnson / George Meyer / Roy Turk).
O grupo completo que atua é formado por: Eddie Condon (gt e lider), Max Kaminsky e Dick Cary (tp), Miff Mole (tb), Ernie Caceres (sax bar), Eugene Schroeder (pi), Jack Lesberg (bx) e Cozy Cole (bat). Convidado: Muggsy Spanier (cornet).
Gravação: 7/outubro/1944 – Ritz Theatre, New York City
Fonte: CD Jazzology – JCE1011 -1992 – EUA



Tempo total: 11:12min

TRADITIONAL JAZZ BAND UNE-SE AO HCP

20 outubro 2009

45 ANOS DA TRADITIONAL JAZZ BAND
Espetáculo único em Piracicaba ! ! !
Teatro Municipal


Na 6ª feira, 13 de novembro de 2009 às 21.00 horas, no Teatro Municipal de Piracicaba, será realizado o show de lançamento do CD comemorativo dos 45 anos da “Traditional Jazz Band Brasil”.
Durante o show comemorativo serão anunciados 02 projetos:
(1º) a “Traditional Jazz Band Brasil” irá lançar pelo seu selo novas bandas de Jazz, como “porta de entrada” para músicos que cultivem JAZZ;
(2º) a criação do “Hot Club de Piracicaba”, verdadeiro “clube de jazz” destinado à execução do “Jazz Manouche” (tão pouco executado e divulgado no Brasil), do “Jazz Tradicional” e da música brasileira; os músicos da “Traditional Jazz Band Brasil” farão parte do “Hot Club de Piracicaba”.
A “Traditional Jazz Band Brasil” executará temas do novo CD, dentre eles “I´ve Found a New Baby” (Spencer Williams/Jack Palmer), “Blue Monk” (Thelonious Monk), “Darktown Strutters Ball” (Shelton Brooks), “Nostalgia In Times Square” (Charles Mingus) e “As Long As I Live” (Harold Arlen/Tad Koehler). Contará com a participação da cantora Ida Muhlmann, que também gravou no CD comemorativo.
Também participará do show do dia 13/novembro, o quinteto de músicos de Piracicaba (Ely/trompete, Eloy/trombone, Franck/tuba, Legal e Fernando Seifarth/violões ciganos), executando “Georgia On My Mind” (participação da cantora Júlia Simões), “Dark Eyes” seguida da “Habanera” da Carmen de Bizet, “Saudades da Bahia” e “Vestido de Bolero” (participação do cantor José Roberto, homenageando
o saudoso guitarrista Óscar Aleman, que gravou estes dois temas do Dorival Caymmi), “Czardas” (destaque de Luis Fernando Dutra no violino) e “There Will Never Be Another You”.
No final do espetáculo ocorrerá a apresentação de temas com todos os músicos participantes da noite.
A “Traditional Jazz Band Brasil” é um símbolo de longevidade como grupo musical, de JAZZ, acústico e permanente. Sabemos que poucas formações no Brasil ou no exterior perduraram tantos anos, com qualidade, entusiasmo, ampliação de repertório, som próprio, sucesso de crítica e de público.
A “Traditional Jazz Band Brasil” contabiliza todos essas qualidades, todavia não suficientes para sustentar o grupo por 45 anos. Há outro motivo que serve como boa indicação para entender essa permanência no tempo: a fidelidade a um objetivo, do qual e para o qual todos os seus integrantes sempre partilharam, com convicção; esse objetivo foi, é e, seguramente seguirá sendo pelos próximos anos, fazer música com satisfação, com alegria, a mesma que a banda sempre espera proporcionar ao público que assiste às suas apresentações e ouve suas gravações, interpretando o “Jazz Tradicional” com linguagem própria.
Festivais de JAZZ, teatros, cinemas, hospitais, universidades, parques, aviões, caminhões, trens, navios, entrevistas para emissoras de rádio e de televisão, novelas, missas, funerais, circos, shows, campanhas educativas direcionadas para aspectos ecológicos, sociais e de saúde, promoção de novos grupos musicais, escolas de música, Brasil, América do Sul, Estados Unidos, Europa: a “Traditional Jazz Band Brasil” percorreu todas as latitudes, longitudes, espaços nobres e alternativos, enfim, sua presença foi universal, sempre com alegria e a satisfação de fazer música que alegra e satisfaz seu público ! ! !
Quando completou 40 anos em 2005 a pergunta no encarte do CD comemorativo era: What Now? (E agora?).
Quando completa 45 anos a afirmação é: Now and Forever! (Agora e Sempre!).
O espetáculo de 6ª feira 13 de novembro de 2009 às 21.00 horas, no Teatro Municipal de Piracicaba, será único e imperdível, mostrando que Piracicaba está efetivamente inscrita no roteiro do melhor.

PASCOAL MEIRELLES NO ARMAZEM DA MÚSICA


Será na quinta feira 22, a apresentação de Paschoal Meirelles pela primeira vez no Velho Armazém de Niterói.
Mais uma iniciativa de Márvio Ciribelli, valorizando nossos músicos e trazendo a Niterói músicos importantes com carreira internacional.

MUSEU DE CERA # 64 - SÉRIE VINIL (2)

17 outubro 2009


Esta série é dedicada às matérias reeditadas digitalmente oriundas de magníficos long plays - LP.
ÁLBUM: HISTORY OF CLASSIC JAZZ – RIVERSIDE (RLP 12-1131- 1956)
É chover no molhado dizer que o Jazz se desenvolveu em New Orleans, sim... mas como era então a música ali executada à qual se denominou de Jazz? A resposta vem dessas 3 magníficas gravações no mais autêntico estilo, apesar de feitas fora de New Orleans, onde praticamente nada se gravou de importante à época já que as gravadoras se instalaram em Richmond, Chicago e New York, principalmente.
New Orleans efetivamente a primeira escola de Jazz onde, como características principais, encontra-se a improvisação coletiva sobrepondo-se a trechos em solo e as partes harmônicas e melódicas herdadas diretamente do blues são de uma simplicidade elementar. Ritmicamente a linguagem era expressa em "two beats" originada das marchas e ragtimes, porém com uma distribuição alternada de acentos entre os tempos fracos e fortes do compasso resultando em uma música saltitante a qual foi apelidada de hot.
Selecionamos do volume IV - New Orleans Style:
1. FROGGIE MOORE (Jelly Roll Morton) – KING OLIVER'S CREOLE JAZZ BAND – King Oliver cornet e líder, Louis Armstrong cornet, Honore Dutray trombone, Johnny Dodds clarinete, Lil Hardin Armstrong piano, Bill Johnson banjo e Baby Dodds. Aqui a escola de New Orleans encontrou a perpetuação, talvez como o melhor dos grupos tradicionais formado e prosperado em Chicago.
Gravação original (Gennett 5135 – mx 11390) – 06/abril/1923 – Richmond /Indiana
2. BLUE GRASS BLUES (Billy Meyers / Elmer Schoebel) – ORIGINAL MEMPHIS MELODY BOYS – Paul Mares trompete, Leon J. Roppolo clarinete e demais desconhecidos, talvez George Brunies ao trombone, uma banda de músicos brancos de New Orleans. Estes 3 músicos andavam muito juntos inclusive fazendo parte da Friars Society Orchestra e dos New Orleans Rhythm Kings.
Gravação original (Gennett 5157 – mx 11379) – 31/março/1923 – Richmond /Indiana
3. CAKE WALKING BABIES FROM HOME (Clarence Williams / Chris Smith / Henry Troy) - RED ONION JAZZ BABIES - Louis Armstrong cornet, Charlie Irvis trombone, Sidney Bechet sax soprano, Lil Hardin Armstrong piano e Buddy Christian banjo. Josephine Beatty (pseudônimo de Alberta Hunter) & Clarence Todd vocal.
Gravação original (Gennett 5627 – mx 9248) – 11/dez/1924 – New York
Os nova orleanos, Armstrong e Bechet os grandes talentos nesta gravação sugerem a transição da forma ensemble original da escola New Orleans para o emprego de solos.



Tempo total: 9:35min

SE DEUS ANIVERSARIASSE ....

15 outubro 2009

... a data seria hoje, confrades e visitantes.

Cumpre anos nesta data, para a mais absoluta ventura dos amantes do jazz - e, mais ainda, para pleno regozijo dos poucos que de sua amizade têm a honra de privar - o decano maior e soberano da crônica jazzística nacional José Domingos Raffaelli.

Já aqui outrora confessei que, pessoalmente, tenho múltipla paternidade musical, iniciada com aquele, pai biológico e querido, engenheiro e pianista clássico, com seus 83 anos de convicções em solo firme inabalavelmente fincadas.

Mas José Domingos Raffaelli é meu pai jazzístico indisputável, que o DNA de meus modestos comentários, aqui e alhures, tão explicitamente revela.

Tudo o que sei, ou aprendi, sobre jazz, dele deriva.

O estilo inconfundível e delicioso de resenhar; a generosidade e o estímulo permanente sempre com carinho dispensados ao músico brasileiro; a enciclopédica memória, que, não tenho a menor dúvida, pouquíssimos rivais, NO MUNDO, ousariam desafiar; e, acima e apesar disto tudo, a modéstia, simplicidade, afeto e lealdade de que nós, amigos, por tantos anos vimos testemunhando, destas resulta, dentre outras infinitas virtudes, motivação suficiente para que todas as homenagens ora se-lhe rendam, Mestre Raf.

Mestre, Homem e Amigo com M, H e A maiúsculos, Sumo Pontífice dos jazzófilos, seu sacerdócio, Raffaelli, tem sido fundamental - quando não, poucos sabem, por vezes hercúlea e até quixotesca - engrenagem para alavancar e divulgar, entre gerações e gerações de instrumentistas, estudiosos e ouvintes, a chamada "música dos músicos".

E essa energia persiste hoje com a mesmíssima intensidade das já várias décadas de entrega a tão sofrido ofício - o do jornalismo musical sério - como se ontem mesmo estivesse você lá na América, um jovem ítalo-brasileiro embevecido diante da Nova Yorque da Rua 52, trêmulo ao colher os autógrafos de Parker e Billie, para nunca mais parar de conviver com dezenas de legendas do gênero, de cuja pessoal amizade privou, de outros tantos com quem se correspondeu amiúde, ou daqueles a quem entrevistou e in loco testemunhou brilhar, crescer, amuderecer, ou, infelizmente, decair, porém geralmente sem perder a majestade.

Isto porque, Mestre Raffaelli, orgulho maior do CJUB, você é a testemunha - nossa testemunha - ocular mais perfeita da história do jazz.

O nome RAFFAELLI, em nosso dicionário, significa JAZZ.

Por isso, muitos e muitos anos de História para o Mestre Raf, presente de outro Mestre, aquele que tudo, todos e toda arte criou, o Artista supremo que, se navidad celebra, ela certamente com esta data coincide. Hoje é Natal para o Jazz.

ENCONTRO ÀS QUINTAS

14 outubro 2009

Modern Sound – Sala Multimídia - 20h - Ingresso R$25,00
Rua Barata Ribeiro 502 D Copacabana

22 de outubro - A DANÇA E O JAZZ
- a íntima e proveitosa relação da "música dos músicos" com o melhor da dança popular
Expositor : Mario Jorge Jacques

29 de outubro - BOOKER PITTMAN - 100 ANOS DE MÚSICA
- um músico especial meio americano e muito brasileiro, homenageado no centenário de seu nascimento
Expositor : Estevão Herrmann

5 de novembro - MICHEL LEGRAND - UM PASSEIO PELAS TELAS
- as trilhas melodiosas de um gênio da música francesa, no cinema europeu e americano
Expositor : Sergio Batista

12 de novembro - VERA CRUZ - UMA UTOPIA BRASILEIRA
- a tentativa de se criar um cinema brasileiro de primeiro mundo
Expositor : Sergio Batista

19 de novembro - ELLA FITZGERALD CANTA STANDARDS
- a grande voz do jazz interpreta os grandes clássicos da música americana
Expositor : Roberto Murilo

24 de novembro - DORIS DAY EM HOLLYWOOD
- uma recordista de bilheteria que não completou sua saga
Expositor : Sergio Batista

FLAVIO BOLTRO

13 outubro 2009

Quem não resiste a um blues ?
Bom, quando o assunto é a música dos músicos isso é assunto sagrado. Aliás, todo mundo devia ter um blues correndo no sangue.
Mesmo tendo sua forma condenada no início do século passado às profundezas do inferno, o blues é a raiz de tudo de bom que a gente ouve, do jazz ao rock.

Quantos músicos de jazz fizeram trabalhos com essa voz única – Coltrane, Coleman Hawkings, Miles, Jackie McLean, Horace Silver, entre tantos outros.

E o nome em destaque aqui é do trompetista Flavio Boltro a frente de um quinteto em uma homenagem ao selo Blue Note e uma referência ao blues, com uma abordagem moderna, é verdade, mas com a pura essência.

Flavio Boltro é daqueles trompetistas de sopro vibrante, enérgico, bem bop. Ele arregalou os olhos de Wynton Marsalis e tenho certeza que vai agradar a quem passa por aqui.
Neste CD lançado na Italia em 87' participam Michele Bozza tenor, Piero Bassini piano, Riccardo Fioravanti contrabaixo e Giampiero Prina bateria.
Esses nomes do jazz italiano, e os europeus em geral, estão mesmo aí para intimidar os americanos, sem competição, mas para mostrar que o jazz atravessa as fronteiras e não deixa espaço vazio.

Dois temas na radiola - Paulermin's Blues e Step's Blues
Som na caixa !

THE TOWN HALL – EDDIE CONDON'S CONCERTS – (4)

09 outubro 2009


Muggsy Spanier ..........................................................Gene Krupa..................................................................... Lee Wiley

Esta série apresenta trechos de concertos de Dixieland Jazz produzidos por Ernest Anderson e dirigidos por Eddie Condon, diretamente do Town Hall na cidade de New York em transmissões pela National Broadcasting Corporation Radio – Blue Network Broadcast Series.


O concerto de 13/agosto/1944 se inicia com o "lead cornet" Muggsy Spanier conduzindo a banda pela composição – Everybody Loves My Baby.
O apresentador Fred Robbins chama por Eddie Condon que assume o microfone como mestre de cerimônia e anuncia a cantora Lee Wiley em You're Lucky To Me, onde Pee Wee faz um excelente solo.
A seguir chama Gene Krupa e anuncia Limehouse Blues executado em quarteto sendo o clarinete a cargo de Ernie Caceres, piano de Schroeder e baixo por Haggart.
Como em toda audição dos Eddie Condon's Concerts é encerrada com uma ensemble, um blues improvisado tendo por base o original de W.C. Handy ― Ole Miss. O próprio Condon vai anunciando os solistas e Fred Robbins encerra.
· Everybody Loves My Baby (Jack Palmer e Spencer Williams)
· You're Lucky To Me (Eubie Black e Andy Razaf)
· Limehouse Blues (Philip Braham e Douglas Furber)
· Impromptu Ensemble Blues
O grupo que atua é formado por: Eddie Condon (gt e lider), Muggsy Spanier e Bobby Hacket (cornet), Benny Morton (tb), Ernie Caceres (sax bar e cl), Pee Wee Russel (cl), Eugene Schroeder (pi), Bob Haggart (bx) e Joe Garuso (bat). Convidados: Lee Wiley vocalista e Gene Krupa bateria.
Fonte: CD Jazzology – JCE1007 -1989 – EUA



Tempo total: 10:47min

BOLLANI NO RIO

08 outubro 2009

Nos concertos de 13 e 14 de outubro, no Teatro Sesc Ginástico, Stefano Bollani, além de se apresentar em piano solo, vai receber convidados como o Quarteto do Rio (cordas), o cantor Marcos Sacramento e o grupo Casuarina. Considerado hoje um dos maiores pianistas de jazz do mundo, o italiano Stefano Bollani foi eleito, em 2006, o jazzista do ano na Europa. No mesmo ano gravou no Rio de Janeiro o CD "Bollani Carioca" - com repertório bem brasileiro, acompanhado de um time de grandes músicos: Marco Pereira, Jorge Helder, Jurim Moreira, Armando Marçal, Zé Nogueira (que teve a ideia do projeto e convidou Bollani) e Jurim Moreira, além de seus conterrâneos Mirko Guerrini e Nico Gori. O resultado do trabalho - já lançado com sucesso na Itália ( e recém lançado no Brasil pela MP.B), mostra como Bollani, de formação clássica e notável adaptação ao jazz, também sabe interpretar, com maestria a música brasileira. Stefano vem se apresentando, com agenda cheia, por todo o mundo, com seu trabalho solo, em duo com Enrico Rava, com músicos italianos, escandinavos, e também com a Orchestra della Toscana, sob a regência de Paolo Silvestri num espetáculo/disco de nome "Concertone" - para o qual Bollani compôs a maior parte dos temas, além de tocar seu virtuoso piano. Esteve recentemente, como solista convidado, no Festival de Jazz de Montreal, Canadá e deu início a uma série de concertos que idealizou, apresentando, com Orquestra, a peça Rhapsody in blue, de George Gershwin. Em duo com o músico Chick Corea, realizou um histórico concerto a dois pianos no Umbria Jazz Festival (2009). Em seguida, excursionou pela Itália com grandes músicos brasileiros dentro de seu projeto Bollani Carioca. (Informativo - SESC Rio)

A RECONSTRUÇÃO

07 outubro 2009

Conheci Filó (Machado) faz muito tempo, em Londrina mesmo. Violonista, pianista, compositor e cantor, veio fazer temporada por aqui. Morava em São Paulo – nasceu em Ribeirão Preto. Era um músico diferente, sem dúvida talentoso, na procura de uma linguagem própria. A voz, timbre exato de Milton Nascimento, forçava uma comparação, que na verdade não era o caso. Tive até a cara de pau de tocar com ele. O tempo passou e Filó Machado fez carreira brilhante. Nominado ao Grammy, gravou com Toninho Horta, Michel Legrand, entre outros.
Numa época em que a palavra “reconstrução” ganha status de criatividade na nossa música, Filó é um músico perfeito para exemplificar a expressão. A tal da reconstrução nada mais é do que se mudar harmonicamente, com alterações rítmicas, compassos diferentes, um tema batido, surrado. A idéia, revigorar a música com outros temperos, soluções longe de uma previsibilidade. Basta ouvir o que Filó fez com Maracangalha, do velho Dorival. Uma “senhora reconstrução”, coisa de craque.
...................................................................................................

CD:Porto Seguro (Lua Discos 2001)
Voz: Filó Machado
Violão: Filó Machado
Guitarra: Filó Machado, Dinan Machado
Piano: Laércio de Freitas
Teclado: Pichú Borrelli, Keko Brandão, Filó Machado
Cordas Virtuais: Keko Brandão
Sax Alto: Naylor Proveta
Trombone: Vitor Campbell Lopes
Violoncelo: Adriana Holtz
Baixo: Myriam Bouer, Fábio Canella, Arismar do Espírito Santo
Bateria: Fábio Canella, Serginho Machado
Percussão: Robertinho Silva
Vocal: Filó Machado, Cibele Codonho
Coro: Solange Codonho, Thomas Roth, Keko Brandão

Som na caixa: Filó Machado – Maracangalha (Caymmi).


03 outubro 2009

Show de lançamento do CD Autoral do trompetista Guilherme Dias Gomes
Quando : 5 de outubro
O horário : 19 horas
Onde : Modern Sound, Copacabana, RJ




DUELA A QUIEN DUELA

A guitarra sempre é um instrumento fascinante, ainda mais quando o artista em destaque é novidade.
Desta vez a surpresa foi o espanhol Santiago De La Muela, guitarrista residente em Madri onde também lidera por lá uma big band de destaque.
No trabalho em foco aqui - Horas Privadas - me chama a atenção a formação em sexteto com a ausência do piano, a guitarra em trio com contrabaixo e bateria mais um naipe de metais.
Não me recordo deste tipo de formação quando liderado por um guitarrista, recentemente John Scofield o fez em seu trabalho This Meet That cujo show assisti quando ele esteve aqui no festival de Rio das Ostras ano passado, mas com uma sonoridade bastante diferente.

A formação do grupo neste disco, lançado em 2002 pelo selo Satchmo Jazz Records, todos desconhecidos pra mim, é Santiago De La Muela guitarra, Richie Ferrer contrabaixo, Carlos "Sir Charles" Gonzalez bateria, Iaki Askunze tenor, Mikel Andueza alto e Antonio Ximenez trompete.

Na radiola, os temas Blues Para Cifu e Amsterdam.

O tema Blues Para Cifu é provavelmente uma homenagem ao jornalista espanhol Juan Claudio Cifuentes, 'Cifu', que apresenta o programa A Todo Jazz na Radio 3 da Radio Nacional de España.
E vale uma visita ao podcast do programa com as apresentações -
http://www.rtve.es/podcast/SATODO.xml

Som na caixa !

RELATOS DO PEDRO WAHMANN

01 outubro 2009

Recebi, junto com a indicação para que fôssemos ver o Leonardo Cioglia no Drink Café, um relato do Pedro - um-quase-cjubiano - com uma sua recente estada na capital mundial do jazz, que achei muito bem escrito e lotado de novidades. Estava há dias para postá-lo aqui, coisa que disponibilizo para todos agora.


... Por oportuno te conto que no feriadão fiz uma imersão no jazz novaiorquino.

Assisti dois sets do Kenny Werner Quintet no Blue Note. Já gostava muito da musica desse pianista e muito mais agora depois de vê-lo ao vivo. Faziam parte do quinteto o Randy Brecker (tp), Scott Colley (bs), o exuberante Antonio Sanchez (dr) e o excelente David Sanchez (ts), que foi o musico que mais impressionou-me entre tantos que vi. Lindo som, extremo bom gosto com fraseado de inspiração W.Shorter, usando a distância do microfone para dar uma dinâmica especial aos seus solos, foi um show.

No elegante Dizzy's Coca Cola Club com o fundo do palco envidraçado e dando vista para Columbus Circle e o Central Park vi o nosso excelente Trio da Paz com Joe Locke.

No Smoke, um pequeno e tranqüilo restaurante na Upper Broadway, à uma correta e competente apresentação (mas que não chega a empolgar) do Eric Alexander (ts) com Mike Ledonne (p), Nat Reeves (bs) e Joe Fansworth (dr).

No incrível Cornelia Street Café , um porão na rua do mesmo nome que não tem mais do que 4m de largo por uns 20 de extensão, com todos os encanamentos do prédio à mostra no teto e um palco em que não cabem mais do que três músicos, onde numa apresentação de grande lirismo e interpretações suaves, Steve Swallow (ele. bs), Adam Nussbaum (dr) e Ohad Talmor (ts) levaram a platéia às nuvens. Vale citar que além da extraordinária musica à meia noite vc. pode saborear no Cornelia um filé com molho de manteiga e ervas, com fritas, pra ninguém botar defeito.

No Small’s um simpático porão que faz juz ao nome, com sua platéia de cadeiras cada qual num feitio, vi primeiro ao vocalista Kurt Elling acompanhado por um trio comandado por seu fiel pianista Laurence Hoogwood (não sei se escrevi correto) levando a platéia ao delírio especialmente em Day Dream e, na noite seguinte, um concerto em beneficio à uma ong, Connectionwork, do Brooklyn, que dá suporte aos músicos da região e difunde o jazz na comunidade. Na banda o baterista Rob Garcia e o flautista Michel Gentile(dirigentes da ong), o veterano baixista Scott Lee e como ancora, o grande Joe Lovano, que tocou mais de duas horas exibindo com alegria e todo vigor sua técnica e som inconfundíveis, explorando todos os registros possíveis. Enfim, uma noite especial. Completando ao piano um jovem musico impressionante de talento e diferenciado: Dan Tepfer. Guarde o nome, que aliás o mestre LOC tb. havia citado em sua coluna. Intervenções sempre originais de intensa criatividade e de altíssimo bom gosto.

Impressionou-me o grande numero de jovens músicos que a toda hora aparecem na cena de NY. No ultimo numero Lovano chama ao palco três jovens músicos presentes ao Small’s. O baixo Noah Preminger substitui o veterano Lee com um som mais cheio e vigoroso, o pianista (não gravei o nome) apesar de substituir o virtuoso Tepfer não faz feio e intervem com um belo solo e o jovem tenor vive seus primeiros 10 minutos de gloria ao trocar frases e depois no ensemble final tocar junto com o mestre Lovano.

Abçs,

Pedro

E aí pessoal, deu água na boca?

RESGATE DO GÊNIO

Raras vezes consegui a façanha de trocar discos em definitivo com amigos. O interesse mútuo é quase impossível. Seria preciso que as partes se decepcionassem ao mesmo tempo com o que foi comprado. Mas sempre há uma primeira vez. No meu caso, foi em São Paulo, quando lá estudava no Mackenzie. Minha decepção – até já comentei aqui e deu confusão – foi com um LP do Coltrane, Ballads. Já na segunda audição, percebi que tinha entrado em fria. Solos curtíssimos, como se o quarteto, com Tyner, Jones & Garrison, estivesse passando os temas antes de uma suposta gravação final, própria de um Coltrane. Só anos depois descobri que Coltrane fez aquilo por imposição da Impulse, que exigiu dele um trabalho comercial. “Ballads has even been accused of being a record that Coltrane didn’t want to make” (Jack LV Isles). Um amigo, baterista amador, tinha também detestado um disco do Bill Evans, Sunday At Village Vanguard. Para ele, Paul Motian era insuportável. Eu já era fã de carteirinha do Bill e armei a troca, prontamente aceita. Para um baterista, só a substituição de Paul Motian por Elvin Jones seria suficiente para o negócio. Saí ganhando. E muito: conheci melhor um dos maiores contrabaixistas da história do jazz, (Rocco) Scott LaFaro.
A Resonance acaba de remasterizar gravações antigas e quase esquecidas de Scott LaFaro. E ainda acrescenta takes inéditos com Bill Evans – ele também dá uma entrevista sobre LaFaro. Pieces Of Jade traz no início LaFaro com Don Friedman e Pete LaRoca, além de um tema gravado por Friedman em ’85, Memories For Scotty. My Foolish Heart, com Evans, mais de 20 minutos, sofre prejuízo pela qualidade da gravação. Mesmo assim, o registro não poderia ser mais oportuno. LaFaro passou a ser lenda do jazz. Sua morte, aos 25 anos (julho 6, '61), em acidente de automóvel quando voltava de madrugada com um amigo para Nova Iorque – o carro pegou uma árvore de frente, explodindo a seguir – interrompeu uma trajetória já na época empolgante de um músico revolucionário e genial. Seus herdeiros são incontáveis, desde Chuck Israels, Eddie Gomez, Gary Peacock até John Patitucci, Brian Bromberg. Difícil encontrar na história do jazz um músico tão influente, que tornou o contrabaixo um instrumento muito mais participativo, com solos memoráveis.
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PS. Although he performed for only six years (1955-1961), LaFaro's innovative approach to the bass redefined jazz playing bringing an "emancipation" introducing "so many diverse possibilities as would have been thought impossible for the bass only a short time before", and inspired a generation of bassists who followed him. (Wikipedia).
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Pieces Of Jade – Resonance (Sept. 8, 2009)
Scott LaFaro – bass
Don Friedman – piano
Pete LaRoca – drums
Bill Evans – piano, interview

01 I Hear A Rhapsody (Baker, Fragos, Gasparre)
02 Sacre Bléu – Take 1 (Friedman)
03 Green Dolphin Street (Kaper)
04 Sacre Bléu – Take 2 (Friedman)
05 Woodyn’ You (Gillespie)
06 My Foolish Heart – Rehearsel Tape Bill Evans & Scott LaFaro 1960(Washington, Young)
07 Interview with Bill Evans by George Klabin 1966
08 Memories For Scotty (Friedman)
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Som na caixa: I Hear A Rhapsody


O BRIDGESTONE 2009 EM VIDEOS, NA INTEGRA

A partir deste mes, informa-nos o produtor Toy Lima, estarao disponiveis no site do Festival, que se consolida definitivamente como fonte de boa musica - e agora, de boas imagens tambem - os videos das apresentacoes da edicao deste ano. Vejam o schedule abaixo, e curtam os artistas que ali se apresentaram em maio passado, na integra. Cliquem para ampliar.
E lembrem-se de ir juntando uma grana para estar presentes no ano que vem, pois o nivel, se mantida a progressao do trabalho do homem, so tende a melhorar. Abracos.



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