Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

20 dezembro 2009

RETRATOS 13 = ERROLL GARNER
Um Panorama de 88 Teclas Mágicas
(E.3) APRESENTAÇÃO COMENTADA DOS LP’s 2ª Parte

xi. Romantic & Swinging
Este álbum lançado pela “Polygram” sem muita pretensão, já que não estava incluído em suplemento especializado, permitiu ao colecionador no final de 1980 a oportunidade de ouvir duas famosas sessões de Garner, realizadas para a “Mercury” em 1954 e 1955. A segunda dessas sessões foi de piano.solo e fora anteriormente lançada (na década de 60) sob o título de “Solitaire”, e que é comentada em “xiv. Solitaire”
12” Polygram / Mercury, LP-9279113, “Romantic & Swinging
Erroll Garner / piano, Wyatt “Bull” Ruther / baixo, Fats Heard / bateria
Chicago, 27 de junho de 1954
Faixas:
Misty
Exactly Like You
You Are My Sunshine
My Heart Sings
Lady, Be Good
Erroll Garner / piano.solo
Faixas St. James Infirmary
That Old Feeling
I’ll Never Smile Again
Solitaire
Love In Bloom

xii. Erroll
As sessões de 27 de julho de 1954 e de 14 de março de 1955 já estavam representadas no catálogo doméstico por intermédio de um raríssimo álbum da “Emarcy”, editado pela “Mocambo”, dando destaque às faixas gravadas por Garner com o percussionista Candido Camero. Curiosamente um erro da “Emarcy” foi parcialmente corrigido pela “Mocambo”; trata-se da faixa “Sleep”, ausente do álbum, substituída pela faixa “Imagination” - a capa do LP nacional corrigiu o erro na parte frontal da capa, mas manteve o erro na contracapa.
12” Mocambo / Emarcy, LP-30010, “Erroll
Erroll Garner / piano, Wyatt “Bull” Ruther / baixo, Fats Heard / bateria
Chicago, 27 de julho de 1954
Faixa:
Oh, Lady Be Good
Mesmo local e data anteriores, mesma formação com mais Candido Camero / conga
Faixas:
Sweet And Lovely
Imagination
Erroll Garner / piano.solo
New York, 14 de março de 1955
Faixas:
Who
Salud Segovia
When A Gipsy Makes His Violin Cry
Yesterdays

xiii. Concert By The Sea
Se formos pesquisar sobre êxito comercial de algum disco de JAZZ, certamente estaremos buscando “agulha no palheiro”.
Quando utilizamos a expressão “êxito comercial” nos referimos a exemplares que tenham figurado nas lista de “best sellers” durante algum tempo (via-de-regra a vendagem de qualquer disco de JAZZ mede-se pela permanente reedição do mesmo, ao longo de muitos e muitos anos).
Mas, por incrível que pareça, três pianistas conseguiram isso com seus respectivos trios: (1º) André Previn com o álbum “My Fair Lady” (“Contemporary Records”), (2º) Oscar Peterson com “West Side Story” (“VERVE Records”) e (3º) Erroll Garner com o seu “Concert By The Sea”, ainda hoje, após mais de 50 anos, um dos maiores sucessos da “CBS” (atual “Sony Music”).
O “Concert By The Sea” foi lançado pela “CBS” no final da década de 50 do século passado, obtendo no início da década de 90 uma reedição, já então como integrante da série “Columbia Jazz Masterpieces”.
12” Columbia LPCB-42035, “Concert By The Sea
Erroll Garner / piano, Eddie Calhoun / baixo, Denzil Best / bateria
Carmel Auditorium, Califórnia, 19 de setembro de 1955
Faixas:
I’ll Remember April
Teach Me Tonight
Mambo Carmel
Autumn Leaves
It’s All Right With Me
Red Top
April In Paris
They Can’t Take That Away From Me
How Could You Do A Thing Like To Me
Where Or When
Erroll’s Theme

xiv. Solitaire
Em 1955 Erroll Garner teve a oportunidade de graver em solo, sem preocupação com o tempo de gravação e em completa liberdade para criar, dando asas à sua ilimitada imaginação.
Solitaire”, mais que simples álbum, é um compêndio de beleza e de criatividade, veerdadeira enciclopédia musical que só o gênio de Garner poderia escrever.
Quem ousaria, antes dele, transformar “Over The Rainbow” numa autêntica peça de concerto ? ? ? . . .
12” CDB / Mercury, LP-6023, “Solitaire
Erroll Garner / piano.solo
New York, 14 de março de 1955
Faixas:
I’ll Never Smile Again
Them You Never Been Blue
Talk Of The town
Solitaire
A Cottage For Sale
That Old Feeling
Over The Rainbow

xv. Garota dos Meus Sonhos
Em nossa opinião a melhor formação de Garner em todos os tempos foi a do trio organizado para essa gravação, com o contrabaixista Al Hall e o baterista Specs Powell, músicos com larga experiência e que logo compreenderam não ser Garner um pianista comum mas, antes de tudo, um músico com imensa criatividade, possuidor de brilhante estilo orquestral, projetando em cada número, original ou “standard”, toda a gama de seu gênio musical. A participação desses músicos no álbum “Girl Of My Dreams”, editado pela “CBS” no final dos anos cinqüenta do século passado, valorizou bastante o desempenho de Garner.
12” Columbia, LPCB-31140, “Garota dos Meus Sonhos
Erroll Garner / piano, Al Hall / baixo, Specs Powell / bateria
New York, 07 de junho de 1956
Faixas:
But Not For Me
Full Moon And Empty Arms
Time On My Hands
Girl Of My Dreams
Alexander’s Ragtime Band
O’l Man River
Mesma formação e local, em 11 de setembro de 1956
Faixas Mambo 207
The Way Back Blues
Passing Througj

xvi. Momentos Musicais = Other Voices
Após “Garota dos Meus Sonhos” o álbum seguinte realizado por Garner, ainda na “CBS”, necessita de alguma explicação pois, pela primeira vez, ele gravou com grande orquestra, fato então considerado impraticável, uma vez que Garner não lia nem escrevia música.
O “Momentos Musicais”, que mais tarde foi reeditado no Brasil som o título de “Other Voices”, teve preciosas notas de contracapa de Martha Glaser, secretária de Garner de 1950 a 1957 (mais tarde foi sua empresaria, o que é comentado na “Mini-Biografia” adiante apresentada), explicando minuciosamente todo o desenvolvimento da idéia até a sua concretização.
Utilizamo-nos desse texto para deixar o leitor, que porventura não possua o disco original, completamente inteirado do trabalho de Erroll Garner / Mitch Miller / Nat Pierce, bem como quanto ao assessoramento do “staff” da “Columbia”, dirigido por George Avakian. A seguir esse texto.
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<< Para se narrar a história deste LP inicial de Erroll Garner em gravação com orquestra completa, é preciso retroceder sete anos ou mais em sua vida musical. A gravação de “Momentos Musicais” foi completada em New York, em 31 de maio de 1957, ás cinco horas da tarde, no estúdio da Columbia na East 30th Street.
Mas as sementes desta gravação remontam a Pittsburgh, cerca de 20 anos atrás, quando um jovem pianista não conseguia emprego em nenhuma orquestra por não conhecer nem ler música. Tocando de ouvido, o jovem Erroll Garner rodou Pittsburgh em sua adolescência, tocando em “riverboats”, estações de rádio (emissora “KDKA”) e “night clubs” locais. Quando necessário, tocava como solista. E durante todo o tempo, Erroll sonhava em tocar com uma orquestra. A necessidade de tocar com uma orquestra tornou-se um impulso no desenvolvimento musical de Garner. Seus coloridos revelavam o som de todas as seções de uma orquestra.
Por volta de 1930 a fama de Garner como solista de piano havia crescido e se espalhado por Pittsburgh e, como um jovem “Johnny Applessed”, viajou e tornou-se conhecido entre músicos, afccionados e alguns críticos dos quadrantes do país - Sacramento, San Diego, Los Angeles, San Francisco e, finalmente, New York.
Por volta de 1940 estreou na famosa “Swing Street”. Em 1946 já se tornara um favorito do público. Tocava prodigamente e gravava em muitos lugares e, em diversas ocasiões, nem sabia que sua música estava sendo gravada. Tocava durante horas, quando e onde quer que fosse. Tocava sempre, quer sendo pago, que pelo simples prazer de tocar e jamais pensava no amanhã.
O sucesso de Garner crescia cada vez mais e ele ainda permanecia no campo do solo, duo ou trio. Sempre arriscava sugestões e pedidos para gravar com orquestra, e pulava de contentamento quando era convidado a pequenas aparições em grandes orquestras (e ainda o faz - suas tournées só estão completas quando Woody Herman, Les Brown, Duke Ellington ou Dizzy Gillespie o convidam para tocar em suas orquestras).
Antes de 1950 havia poucos elementos conscientemente construtivos na vida pessoal ou musical de Garner, que pudessem auxiliá-lo na maior realização de seu potencial criativo. Seu talento andou a passos largos, embora a vida profissional de Erroll fosse de natureza aventureira e impensada.
Quando o século vinte atingiu sua metade, sucederam-se vários êxitos na vida do então Garner de 27 anos de idade. Em 1950 estreou em corcerto no “Town Hall”, assinou seu primeiro contrato com a “Columbia” e começou a estabilizar seus esforços para gravações. E nesse mesmo ano, o que é importante, trabalhou na “Columbia” com Mitch Miller, que se tornou seu guia musical e grande amigo. Desde o início da sua amizade, Mitch insistentemente encorajava Erroll a estender sua musicalidade em várias direções, incluindo um trabalho com orquestra. Erroll nessa época ainda não estava preparado, mas o fato de um músico como Mitch Miller pensar assim, influiu na personalidade de Garner. De acordo com Miller, Garner estava apto a tocar com orquestra em 1951. Mas Erroll tinha que “senti-lo”, e isso levaria tempo e maturação.
No período 1950-1957 a transformação da personalidade de Garner foi-se evidenciando gradativamente. Em 1955 começou a compreender que tinha algo a dizer como compositor, assim como pianista:
- Naturalmente compus muitas coisas durante muitos anos – diz Garner – mas apenas as toquei e já as esqueci.
O tema “Play, Piano Play” ganhou o “Grand Prix du Disque” na França em 1949. “Gaslight”, “Trio” e “Misty” são algumas de suas composições mais conhecidas.
O apoio da “Columbia” crescia. George Avakian, produtor da gravadora, descobriu novos talentos em Garner e, também, empenhou-se em gravá-lo com orquestra. A expressão “façamos um algum com orquestra, Erroll”, substituiu o “alô” quando Avakian encontrava Garner.
Esse sonho tornou-se realidade quando Errol voltou a New York em setembro de 1956. Era preciso apenas mais um passo - Erroll teria que encontrar o músico com o qual deveria desenvolver suas criações, pois ele não save escrever música (ou lê-la). Erroll tinha em mente um bom pianista-arranjador, cuja concepção e habilidade seriam justamente o que necessitava para transmitir seus arranjos e idéias para o papel e para a orquestra. Esse homem era Nat Pierce (pianista-arranjador de Woody Herman durante quatro anos e atualmente dono de seu próprio conjunto). A contribuição de Nat para o album foi incalculável.
Erroll decidiu gravar um “single” com orquestra conduzida por Mitch Miller, com os temas “Dreamy” e “On The Street Where You Live”. Foi tal o sucesso do primeiro lançamento que ele foi convidado a fazer todo o album nesse estilo.
Como Nat Pierce transmitiu para o papel aquilo que Garner tentava destinar a uma orquestra ? Assim o conta Nat:
- Erroll primeiro tocava o tema, eu tomava nota; tocava depois as mudanças e sugestões de acordes para as diversas seções da orquestra; finalmente, fazia as introduções definitivas e algumas passagens, e eu tentava concatenar todos esses elementos, conservando o arranjo ondulante e cheio, sem me afastar das concepções básicas de Erroll; tocava também as partes de piano no primeiro ensaio com a orquestra, para que Erroll pudesse ouvir a produção inteira e lembrar os arranjos. Enquanto eu examinava os trechos com orquestra, Erroll discutia a concepção das frases com Mitch Miller, que regia a orquestra antes de cada número, orientando os músicos e contando como “ouvia e sentia o trecho”. Assim, com gemidos, movimentos de sobrancelhas, suor, expressões fisionômicas e sua extraordinária projeção pianística, Erroll comunicou inteiramente a Mitch e a toda a orquestra o seu fraseado, seu colorido, sua concepção. Sinto-me feliz e orgulhoso em contar a emoção dos arranjos, e Erroll tem completa liberdade; está sempre no piano, mas sempre com a orquestra. A personalidade musical de Erroll é tão forte, que ele domina completamente cada uma das situações musicais em que se encontra; essa é a sua orquestra; eles o sentem; ele tocou junto com eles. Casualmente, incluindo alguns originais de Garner, elaboramos os arranjos num total de quatro noites. Ele já tinha os temas bem definidos em sua mente durante o trabalho, e muitas outras idéias surgiram enquanto trabalhávamos -
O trabalho de Mitch, Nat e Erroll era algo a ser admirado. Mitch descreve as execuções como uma de suas mais agradáveis experiências: parecia executar passos de “ballet” enquanto regia.
Erroll observava Mitch, Nat e a orquestra, e parecia estar ouvindo de várias direções enquanto improvisava suas próprias partes (os ouvintes devem lembrar que uma sessão de gravação dura três horas). Garner nunca ficava completamente sentado (mais tarde explicou que havia esquecido seu catálogo telefônico para sentar-se em cima e o banco era muito baixo). Andava nervosamente pelo estúdio nos intervalos, para dentro e para fora da sala de controle, ouvindo, sugerindo, falando observando, gemendo. A unidade desta gravação, embora realizada em três sessões, é um tributo ao grande trabalho criador de todas sas partes componentes.
Os instrumentistas foram cuidadosamente selecionados e corresponderam perfeitamente à difícil situação de tocar partes escritas com temas improvisados ao piano. A idéia de que a bateria, os instrumentos de sopro e as partes rítmicas “enterrariam” Garner foi completamente abandonada; e o entrosamente entre violinos e Garner foi tão grande que constituiu um encantamento inesperado. A Mitch deve-se a habilidade especial de “fundir” a produção inteira.
Garner compôs cinco dos temas desse álbum: “Dreamy”, “Moment’s Delight”, “Misty”, “Solitaire” e “Other Voices”. Garner selecionou também as demais músicas, de acordo com sua sensibilidade: - Eu as sentia.
Seus arranjos, sua execução e concepção possuem tão grande variedade, que fizeram dessa gravação um disco de alta qualidade, destinado a ser ouvido inúmeras vezes. Entretanto, cada trecho destaca-se por si, segundo Garner: - Tentei obter um amálgama entre minha voz interior – o piano – e a minha exterior, ou outra voz, a orquestra.
No final da entrevista ele ainda disse: - Ainda não sei explicar como tudo isso foi feito, mas estou emocionado, agora que chegamos ao fim, pois tivemos a oportunidade de demonstrar algumas de minhas idéias.
George Avakian observou no final das gravações: - Esta é a primeira vez em que um solista de JAZZ realmente “tocou” com uma grande orquestra, em vez de acompanhá-la. Creio que o conjunto aqui se aproxima do efeito ouvido nos concertos clássicos. O esforço disciplinado e trablhoso empregado na gravação deste LP, está bem longe daquele espontâneo e acalorado Garner que nunca ensaiava para tocar sua parte. Sua técnica foi adquirida em performances. Com medo de perder sua liberdade musical, Garner aprendeu a manter sua liberdade de solista dentro de uma grande estrutura musical, de sua própria criação. Este LP é um marco na composição de um dos mais jovens gigantes musicais da América.
Embora Erroll esteja agora “escrevendo” algumas suítes de “ballet”, algumas obras maiores e ainda material para um show musical, suas próximas iniciativas neste gênero ainda são imprevisíveis. A ingenuidade e a surpresa são, porém, parte de sua permanente fascinação. Parece que Garner agora está em permanente estado de revelação de sua personalidade. A metamorfose criadora de Garner deverá ainda revelar muitas outras fases.
Martha Glaser, secretária de Erroll Garner (1950-1957)
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12” Columbia, LPCB-30017, “Momentos Musicais”
12” Columbia, LPCB-188006, “Other Voices” - reedição
Erroll Garner / piano, Al Hall / baixo, Specs Powell / bateria
Bernie Glow, Edward Reider, Ray Copeland e Burt Collins nos trumpetes
George Monte, Eddie Bert e James Dahl nos trombones
Sam Marowitz, Hal McKusick, Herbie Mann, John Hafer e Charles O’Kane nas palhetas
Julius Held, Arnold Eidus, Max Hollander, Julius Schachter, Daniel Guilet, Seymour Moroff, Sylvan Schulman, Harvey Shapiro, Eugene Orloff, Harry Glickman nos violinos
Isadora Zir e Harold Colleta nas violas
Maurice Brown e Milton Losmak nos cellos
New York, 02 de setembro de 1956
Faixas:
Misty
Dreamy
On The Street Where You Live
Erroll Garner / piano, Milt Hinton / baixo, Osie Johnson / bateria
Bernie Glow, Alvin Goldberg, Doug Mettome e Burt Collins nos trumpetes
Urbie Green, Frank Rehak e James Dahl nos trombones
Gene Allen, Aaron Sachs, John Hafer, Anthony Ortega e Dick Meldonian nas palhetas
Julius Held, Arnold Eidus, Julius Schachter, Paul Winter, Daniel Guilet, Seymour Moroff, Max Hollander, Harry Urbant, Mex Ceppos, Harry Melnitoff nos violinos
Isadora Zir e Harold Colleta nas violas
Maurice Brown e Arthur Winogred nos cellos
New York, 27 de maio de 1957
Faixas:
Solitaire
Other Voices
Moment’s Delight
In Might As Well Be Spring
Mesma formação (Al Hall substituindo Milt Hinton no baixo) e local anteriores, em 31 de maio de 1957
Faixas:
I Didn’t Know What Time It Was
The Very Though Of You
This is Always

Segue em
(E.4) APRESENTAÇÃO COMENTADA DOS LP’s - Final

2 comentários:

MARIO JORGE JACQUES disse...

Meu caro Pedro, realmente muito boa esta postagem. Errol magnífico pianista porém sem saber ler música deve ter sido bem difícil seu ingresso no showbiz jazzístico. Esta história de que jazz é música sem pauta é balela. Nos primórdios até poderia ser mas depois de certa época com as big bands ler era fundamental. Armstrong passou alguns apertos por ler muito pouco e Bix, malandro, enganava Paul Whiteman que sabia e não se importava muito nas emsembles, porque os solos de Bix eram magníficos. Continuemos apreciando o restante do Retrato de Errol. Um abraço.

Érico Cordeiro disse...

Mestre Apóstolo,
Faço minhas as palavras do Mario Jorge: soberba a pesquisa, à altura do músico retratado.
Outro grande músico que tinha dificuldade com as partituras era o Brubeck, que quase não se forma em música por conta dessa dificuldade (postei uma resenha sobre ele há pouco no jazz + bossa).
De qualquer forma, são músicos extraordinários, cuja técnica dispensa (por seu enorme talento) um aprofundamento na teoria musical.
Grande abraço e um maravilhoso Natal aos amigos do CJUB, com muita paz, saúde e jazz!