Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RELATOS DO PEDRO WAHMANN

01 outubro 2009

Recebi, junto com a indicação para que fôssemos ver o Leonardo Cioglia no Drink Café, um relato do Pedro - um-quase-cjubiano - com uma sua recente estada na capital mundial do jazz, que achei muito bem escrito e lotado de novidades. Estava há dias para postá-lo aqui, coisa que disponibilizo para todos agora.


... Por oportuno te conto que no feriadão fiz uma imersão no jazz novaiorquino.

Assisti dois sets do Kenny Werner Quintet no Blue Note. Já gostava muito da musica desse pianista e muito mais agora depois de vê-lo ao vivo. Faziam parte do quinteto o Randy Brecker (tp), Scott Colley (bs), o exuberante Antonio Sanchez (dr) e o excelente David Sanchez (ts), que foi o musico que mais impressionou-me entre tantos que vi. Lindo som, extremo bom gosto com fraseado de inspiração W.Shorter, usando a distância do microfone para dar uma dinâmica especial aos seus solos, foi um show.

No elegante Dizzy's Coca Cola Club com o fundo do palco envidraçado e dando vista para Columbus Circle e o Central Park vi o nosso excelente Trio da Paz com Joe Locke.

No Smoke, um pequeno e tranqüilo restaurante na Upper Broadway, à uma correta e competente apresentação (mas que não chega a empolgar) do Eric Alexander (ts) com Mike Ledonne (p), Nat Reeves (bs) e Joe Fansworth (dr).

No incrível Cornelia Street Café , um porão na rua do mesmo nome que não tem mais do que 4m de largo por uns 20 de extensão, com todos os encanamentos do prédio à mostra no teto e um palco em que não cabem mais do que três músicos, onde numa apresentação de grande lirismo e interpretações suaves, Steve Swallow (ele. bs), Adam Nussbaum (dr) e Ohad Talmor (ts) levaram a platéia às nuvens. Vale citar que além da extraordinária musica à meia noite vc. pode saborear no Cornelia um filé com molho de manteiga e ervas, com fritas, pra ninguém botar defeito.

No Small’s um simpático porão que faz juz ao nome, com sua platéia de cadeiras cada qual num feitio, vi primeiro ao vocalista Kurt Elling acompanhado por um trio comandado por seu fiel pianista Laurence Hoogwood (não sei se escrevi correto) levando a platéia ao delírio especialmente em Day Dream e, na noite seguinte, um concerto em beneficio à uma ong, Connectionwork, do Brooklyn, que dá suporte aos músicos da região e difunde o jazz na comunidade. Na banda o baterista Rob Garcia e o flautista Michel Gentile(dirigentes da ong), o veterano baixista Scott Lee e como ancora, o grande Joe Lovano, que tocou mais de duas horas exibindo com alegria e todo vigor sua técnica e som inconfundíveis, explorando todos os registros possíveis. Enfim, uma noite especial. Completando ao piano um jovem musico impressionante de talento e diferenciado: Dan Tepfer. Guarde o nome, que aliás o mestre LOC tb. havia citado em sua coluna. Intervenções sempre originais de intensa criatividade e de altíssimo bom gosto.

Impressionou-me o grande numero de jovens músicos que a toda hora aparecem na cena de NY. No ultimo numero Lovano chama ao palco três jovens músicos presentes ao Small’s. O baixo Noah Preminger substitui o veterano Lee com um som mais cheio e vigoroso, o pianista (não gravei o nome) apesar de substituir o virtuoso Tepfer não faz feio e intervem com um belo solo e o jovem tenor vive seus primeiros 10 minutos de gloria ao trocar frases e depois no ensemble final tocar junto com o mestre Lovano.

Abçs,

Pedro

E aí pessoal, deu água na boca?

2 comentários:

Bene-X disse...

Recomendo, Pres., convite imediato para que o Pedro venha a ser editor do CJUB, não só "por" e "pelo quê" tão bem escreve, mas, fundamentalmente, diante de sua já sobejamente provada sensibilidade, deveras aguçada aliás, além do indisputável conhecimento jazzístico, adquirido, imagino, pela história pessoal de acompanhamento, de perto (viagens, festivais, discos, etc.) da evolução dos cats e young lions.

Sem contar na fidalguia e serenidade, capítulos à parte.

E de minha parte, é como voto.

Abs.,

Gustavo Cunha disse...

Maravilha Pedro ! NY é tudo de bom.
Estive lã no início do ano e a programação musical sempre é imbatível. O visual do Dizzy´s Club ao entardecer com vista para o Central Park é fantástico.
Ano que vem estou lá de novo.

E tá aprovada a contratação !

Abs,