Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

ÓTIMO SHOW DE PASCOAL MEIRELLES

26 outubro 2009

Foi em 22 de outubro no “Velho Armazém” em Niterói, o show de Pascoal Meirelles que teve como característica um repertório eclético que abordava a música brasileira, temas de Jazz e composições do próprio Pascoal e de Márvio Ciribelli, que em companhia do excelente Marcelo Martins (st-fl)e de Rogério Fernandes(b) formaram um quarteto sólido e competente.Dois temas de Miles Davis deram início à apresentação (Nardis e Solar), onde desde logo observamos o desempenho de Marcelo Martins, um improvisador nato de qualidade superior. “Waltzing” do nosso Victor Assis Brasil, deu seqüência ao programa e a qualidade permaneceu . Aliás esse tema é freqüente em apresentações de nossos músicos. Justa homenagem a um de nossos melhores saxofonistas que abraçaram a difícil arte do Jazz. O restante do primeiro set foi preenchido com composições de Márvio (Mió di bão), de Pascoal (Tom) e ótimas versões dos clásssicos da MPB, “Apanhei-te cavaquinho “(Nazareth) e” Corta Jaca “(Chiquinha Gonzaga) e encerrado com chave de ouro com espetacular leitura do tema de Benny Golson, “Blues March”. Nesse clássico do “hard bop” Pascoal mostrou porque é um dos nossos melhores bateristas. Solos bem construídos e desenhos rítmicos de muita qualidade. E ainda nos dedicou esse número.
O segundo “set” contou com a participação do ótimo guitarrista Ricardo Silveira, que em breve estará também se apresentando no Velho Armazém. O ecletismo permaneceu, agora com o standard “Beautiful Love” na abertura. Seguiu-se ” Triste” (Tom Jobim), “Cherokee” (Ray Noble), “Well you needn’t” (Monk),”Tico Tico no Fubá” (Zequinha de Abreu” e “Pro Moura” (Pascoal Meirelles). Difícil destacar um solista. Tocaram como se o grupo estivesse formado ha muito tempo. No “Tico Tico no fubá” , por exemplo, tiveram destaque a flauta de Marcelo Martins e o piano de Ciribelli, desenvolvendo em uníssono não só o tema como improvisações oportunas. Ricardo Silveira mostrou também porque é um dos nossos melhores guitarristas. Solos muito bem elaborados e preciosas trocas de frases com Marcelo Martins.
Rogério Fernandes deu o recado no seu baixo elétrico e Pascoal Meirelles dividiu muito bem a sua liderança com os companheiros. Indiscutível a sua qualidade de acompanhamento e solista, como mostrou principalmente em seu original “Pro Moura”. Enfim, uma noite super agradável que marcou mais um encontro de velhos amigos que, como não poderia deixar de ser, relembraram as pizzas da meia-noite after “O Assunto é Jazz”. Parabéns a Márvio Ciribelli pela iniciativa, mais uma que valorizou em muito a noite de Niterói.

7 comentários:

APÓSTOLO disse...

Mestre LLULLA:

Bom saber que a música está viva.
Fiquei com a dúvida: servem "pizza after midnight" no Velho Armazém ???

LeoPontes disse...

Nestas horas sinto muitas saudades dos meus confrades fluminenses e cariocas. Tenho muita fé que ainda irei reencontra-los neste século.

Grande abraço a todos

Leo

Andre Tandeta disse...

Parabens e muito obrigado,Lula!
Voce sempre prestigiando os musicos brasileiros e a vida musical de sua cidade,Niteroi. Graças a pessoas como voce é que ainda não somos uma "especie em extinção". Pena que voce seja o unico aqui do CJUB.
Valeu!!!!
Abraço

llulla disse...

Alô Tandeta,
Continuo um trabalh0 que realizei desde os tempos do meu programa, onde recebí a nata
de nossa música instrumental. Alí os amigos divulgavam seus trabalhos, mostrando suas gravações que eu rodava no mínimo metade do LP. Achoi isso uma obrigação para quem trabalha em veículos de comunicão. Infelizmente o rádio hoje é outro. O que pode se esperar de uma lei que coloca o "funk" como veículo cultural ? Pois as Rádios MEC e Nacional já tem programas "especializados" no assunto. Espaços que sempre negaram ao Jazz e a música instrumental brasileira. Grato por suas palvras e até mais.
Abcs.
llulla

edú disse...

Tandeta,meu irmão mais velho e sábio, indiretamente, é o ombudsman do Cjub.Apenas colocaria em epigrafe q o Apóstolo esta sempre apoiando as boas iniciativas da TJB - um grupo de músicos brasileiros (alguns profissionais , outros em exercício de outras atividades) dedicadas ao principio do jazz.

Mau Nah disse...

Mestre Llulla, deve ter sido bom mesmo. Ouvi outro dia de um outro musico, que o Marcelinho Martins esta tocando MUITO, em nivel norteamericano, o que me deixou com muita vontade de ir a uma gig onde ele esteja. Gosto muito das ideias dele que, imagino, estejam ainda melhores, passados alguns anos desde que o ouvi.
E essa bandaca ajuda muito, nao?
Abracos

Beto Kessel disse...

Aproveitando a deixa do Edu, com a referencia ao Tandeta (Ombudsman), vesti meia carapuça, já que não tenho saído muito, embora há umas duas semanas tenha ido ao Santo Cenarium para assitir ao ótimo Duo de Piano e Baixo (Kiko Continentino e Paulo Russo), naquela noite um trio, já que completou o time o guitarrista Leo Amuedo...

Obs. Ja tive a satisfação de assistir Marcelo Martins tocando junto com Idriss...dois feríssimas

Beto Kessel