Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

“I LOVE JAZZ FESTIVAL” – ÚLTIMA NOITE

25 setembro 2009


A noite de encerramento do festival trouxe de volta a pianista Judy Carmichael, desta vez na companhia do guitarrista James Chirillo e do magnífico saxofonista Harry Allen. Muito comunicativa, Judy falou em português, repetiu antigas “gags” e tocou muito bem, arriscando a voz em dois números. Muito bom o guitarrista , quer nos solos quer no acompanhamento a la Freddie Greene e o destaque foi para Harry Allen, cujo sax-tenor empolgou a platéia que o aplaudia em meio aos solos. Escola Lester Young/Stan Getz, não deixou de mostrar que também ouviu mestres como Ben Webster e Coleman Hawkins. Foi o grande destaque da noite.
Na sequência tivemos os “New Orleans Joymakers”, chefiados pelo clarinetista Orange Kellin , que aqui já estivera integrando o “New York Jazz Trio” em apresentação única no falecido “Mistura Fina”. O grupo é fielmente ligado ao Jazz de raiz, o “New Orleans” puro , que se percebe facilmente pela marcação da bateria, sempre próxima a batida de marcha. Excelentes músicos, cada qual desempenhando o seu papel com rara eficiência. Linha de frente com Orange, Mark Brand(tp) e Fred Lonzo (Tb), esse o animador do show, fazendo do seu trombone tailgate uma das atrações do grupo. O ótimo trompetista Mark Brand mostrou categoria cantando “Kiss me sweet” quando exibiu uma bela voz. O pianista Steve Pistorius é uma raridade. Conhece tudo de Jelly Roll Morton, mostrando em seus solos pleno conhecimento do estilo. Walter Payton executa o seu contrabaixo sem nenhum esforço e quando solou mostrou competência. Já o baterista Bernard Johnson, que chamara a minha atenção desde o início, confirmou as minhas expectativas quando teve o seu número de solo. Espetacular, técnica apurada e um extraordinário bom gosto nos desenhos rítmicos. Foi uma magnífica noite de encerramento.
Para minha surpresa, fui entrevistado pelo Canal 14 de Belo Horizonte, quando a apresentadora (muito bonita por sinal) Sandra Coelho me pediu as impressões do festival e que eu falasse sobre o Jazz em geral. Contei-lhe, entre outras coisas, sobre o programa “O Assunto é Jazz” que teve 29 anos de duração e a coisa animou. Terminada a entrevista pegou minha mão e disse que ia me apresentar ao curador do festival. Nesse momento ele não estava no local e a coisa ficou para depois. Nova surpresa. Outra repórter, também muito bonita ,solicitou entrevista para um outro canal de TV de Minas. Acedí e ela ao saber da minha ligação com a arte disse para o câmera, “acertamos na mosca”. Fui em seguida apresentado ao curador do festival que ao saber das minhas impressões ficou agradecido e confortado. Na saída, mais uma vez a segunda repórter perguntou se eu podia dizer “I Love Jazz” para a câmera. Concordei e mais uma vez ela agradeceu dizendo ter “acertado na mosca”. Assim fui promovido a mosca. Esperamos que tanto o “I Love Jazz” como o “Jazz Festival Brasil” tenham vida longa, mostrando a todos a autêntica arte negroamericana.

3 comentários:

APÓSTOLO disse...

Mestre LULA:

Bom saber que ainda temos coisas de primeira.
Que venham outras noites e outros bons curadores ! ! !

Salsa disse...

Mais um para a minha agenda musical. Espero que não seja em data tão próxima de outros festivais, o que inviabilizaria minhas viagens. Não fui ao I love jazz em função de ter queimado o "fundo para o bem-viver" do mês.
Espero, ainda, que não pare na primeira versão.

edú disse...

Mestre Llulla é merecedor todas as possíveis homenagens e destaque seja na mídia da radiodifusão como na televisiva.Harry Allen tem um timbre muito bonito e profundo no tenor e manja de música brasileira da qual dedicou um disco chamado "I wont dance"(1999) equivocadamente traduzido no subtítulo "como eu não quero dancer"(sic) com arranjos de Dori Caymmi.