Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 59 – CANTORAS DE BLUES 7 – VICTORIA SPIVEY

10 julho 2009

Victoria Regina Spivey –"The Queen" - nascida em 1906 iniciou carreira aos 12 anos como pianista em um teatro-cinema em Houston, Texas seu berço natal. Expandiu sua carreira musical atuando em saloons e prostíbulos. Ao conhecer a cantora Ida Cox modelou sua própria carreira tendo Ida como espelho. Em 1926 trabalhou em St. Louis onde a gravadora Okeh Records estava a procura de novos talentos do Blues. Assim gravou duas canções de sua autoria Black Snake Blues e Dirty Woman Blues as quais se tornaram grande sucesso de vendas.
Nos próximos 2 anos seria considerada a grande estrela do Blues gravando bastante sendo acompanhada por músicos do quilate de Lonnie Johnson, Louis Armstrong, King Oliver, Clarence Williams, Henry "Red" Allen, Lee Collins, Luis Russell e muitos outros, incluindo sua irmã a vocalista Addie "Sweet Peas" Spivey.
Em 1929 participou em um pequeno papel do filme musical Hallelujah.
Com a diminuição do maior interesse dos Blues na segunda metade dos anos 30 Spivey conseguiu expandir suas atividades tocando e cantando em revistas musicais do teatro vaudeville, inclusive sendo aclamada como a grande artista de Hellzapoppin' Revue encenada em New York City. Também gravou e acompanhou Louis Armstrong & Orchestra em várias excursões.
Spivey pertenceu ao circuito tido como "one-night stands", ou seja uma apresentação por noite em cada cidade, nos anos 1930 e 40, mas nos anos 50 deixou o "show business", apenas cantando no coro da igreja próxima de sua casa no Brooklyn.
Victoria retornou às atividades artísticas em 1962, agora com sua própria companhia fonográfica a Spivey Records. Seu primeiro registro apresentou Bob Dylan como acompanhador na harmônica e Big Joe Williams à guitarra em It´s Dangerous. Spivey revitalizou sua carreira e continuou gravando e se apresentando em festivais folclóricos e de Blues, e ainda nos nightclubs entorno de New York. Foi a Europa com o American Folk Blues Festival no outono de 1963, atuou com a Turk Murphy Band de San Francisco e no US Blues Festivals de 1971.
Além do piano e canto Spivey tocava órgão, ukelele e compunha.
Faleceu a 3/out/1976 deixando 84 registros fonográficos, escolhemos 2 sendo o primeiro um trabalho excelente de um magnífico grupo liderado por Armstrong e outros grandes e no segundo com a guitarra de Lonnie a acompanhá-la.
Funny Feathers Blues (Victoria Spivey / R. Floyd) - Victoria Spivey (vcl) acc por Louis Armstrong (tp), Fred Robinson (tb), Jimmy Strong (st), Gene Anderson (pi), Mancy Cara (bj) e Zutty Singleton (bat).
Gravação original: New York, 10/jul/1929 – Okeh 8713 (mx 402525C)
Garter Snake Blues (Victoria Spivey) - Victoria Spivey (vcl) acc por Porter Grainger (pi) e Lonnie Johnson (gt).
Gravação original: New York, 28/out/1927 – Okeh 8517 (mx 81583-C)
Fontes: CD - Complete Recorded Works Vol. 1 (1926-27) e Vol. 2 (1927-1929) – selo Documents Records - DOCD 5316 e DOCD 5317.



Um comentário:

APÓSTOLO disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

Bela resenha, belíssimas faixas.
Armstrong em evidência na primeira e a guitarra de Lonnie Johnson na segunda.
A inconfundível voz de Victoria Spivey (canto forte e bela extensão no timbre agudo) é coisa do céu.