Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

DUAS PÉROLAS DE BUD SHANK

02 junho 2009

Talvez eu seja suspeito para comentar Bud Shank pois desde que ouvi um de seus discos (meados da década de 50), fiquei impressionado com a sua versatilidade. Como sidemen sempre aproveitou os espaços que lhe forneciam para criar pequenas obras de arte. Seus discos de quarteto com os magníficos Claude Williamson, Don Prell e Chuck Flores podem ser considerados fundamentais dentro do estilo West Coast. Sua versatilidade no trato dos instrumentos que tocava, flauta, sax alto, tenor e barítono, era realmente de impressionar. Seu álbum “Flauta/Oboé” ao lado de Bob Cooper integrando os famosos “Lighthouse All-Stars” mostrou uma notável e inusitada experiência instrumental. Enquanto gravou para a Pacific Jazz e a Contemporary consegui muitos de seus discos.
Fantástica a sua ligação com Laurindo Almeida, iniciada no álbum “Brazilience” retomada anos depois no “Los Angeles Four”. Os dois foram responsáveis pela divulgação de nossa música, gravando Pixinguinha, Radamés, Ary Barroso, Humberto Teixeira etc. Depois fiquei praticamente sem notícias de sua carreira. Era um ou outro disco com Shorty Rogers e nada mais. Felizmente tive a oportunidade de vê-lo e ouvi-lo num dos festivais da Chivas e então, pessoalmente comprovei toda a grandeza de um músico de Jazz. Agora , via Internet ,meu amigo Cezar Vasconcellos me presenteia com duas obras primas de Shank, gravadas em 1996 e 1998 . Nelas o saxofonista homenageia dois gigantes do Jazz respectivamente Bill Evans (Plays the music of Bill Evans) e o velho companheiro Gerry Mulligan (After you, Jeru). Em ambos conta com Mike Wofford, Bob Magnusson e Joe LaBarbera na seção rítmica interpretando jóias de autoria de Bill, entre elas “Peri’scope”, “Funkallero”, “Waltz for Debby” e “Only Child”. No álbum dedicado a Mulligan , nos fornece preciosidades como “Song for Strayhorn”,“ Line for Lyons”, “Night lights” e mais “The red door” de Zoot Sims e um original de sua autoria, “After you Jeru”. Dois álbuns excelentes que mostram toda a versatilidade de um grande músico, BUD SHANK.

2 comentários:

APÓSTOLO disse...

Mestre LULA:

BUD SHANK, mais que músico, é uma instituição.
Ótimo seu texto, relembrando-nos outra instituição, o "Lighthouse All-Stars" sempre capitaneados pelo grande baixista HOWARD RUMSEY.

Nelson disse...

Um "VIVA" aos "Westcoasters"

Nelson Reis