Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

PABLO RECORDS - PURO JAZZ

02 janeiro 2009

O ano de 2009 comecou e depois de confraternizacao do CJUB no final de dezembro, Tandeta voltou a me cobrar algumas palavras sobre a PABLO.

Confesso que cada um dos CJUBianos deve ter lembrancas de albuns inesqueciveis do selo fundado por Norman Granz em 1973, e que trouxe inumeras sessoes gravadas em estudio e tambem nos inumeros Festivais de Jazz, com especial destaque para as edicoes de meados dos anos 70, realizadas na belissima cidade de Montreux.

Lembro que quando ia nas lojas de disco em SP (Breno Rossi, Bruno Blois, etc), procurava pela "area de Jazz" e me deliciava olhando e lendo as capas e as contracapas dos albuns que tinham o simbolo inesquecivel.

Ali fui conhecendo e passando a apreciar Sarah Vaughan, Ella Fiztgerald, Oscar Peterson, Joe Pass, Niels Pedersen (o NHOP), Milt Jackson e o Modern Jazz Quartet, Dizzy Gillespie, Ray Brown, Toots Thielemans, Stephanne Grappelli, John Coltrane, Benny Carter, Tommy Flanagan, Barney Kessel e tantos outros.

Alguns deles foram especiais para mim, principalmente aqueles que tinham Oscar Peterson e Joe Pass.

Tive a satisfacao de poder assistir tanto Peterson (no Anhembi em SP) quanto Pass (no finado Jazzmania).

Cito a seguir alguns dos albuns que ouvi inumeras vezes com especial atencao e satisfacao:

BENNY CARTER - THE KING
BENNY CARTER & DIZZY GILLESPIE - CARTER & GILLESPIE
JOE PASS - MONTREUX 75
OSCAR PETERSON & STEPHANNE GRAPPELI - SKOL
OSCAR PETERSON & JOE PASS - PORGY AND BESS (CLAVICORDIO E GUITARRA)
MODERN JAZZ QUARTET - REUNION AT BUDOKAN
MILT JACKSON - BAGS BAG
SARAH VAUGHAN - HOW LONG HAS THIS BEEN GOING ON
OSCAR PETERSON - LIVE AT THE NORTHSEA FESTIVAL
JOE PASS, MILT JACKSON, RAY BROWN E MICKEY ROCKER -ALL TOO SOON QUADRANT TOASTS DUKE ELLINGTON

Existem inumeros albuns e creio que este post possa gerar pesquisas e dicas sobre este grande selo, que tao importante foi para o Jazz.


Beto Kessel

15 comentários:

Anônimo disse...

Alô Beto,
Concodo contigo em gênero, número e caso. A PABLO foi uma gravadora que sempre se dedicou a mainstream do Jazz. Não fosse o seu proprietário o genial Norman Granz a quem o Jazz deveu e ainda deve tanto. Ando tentando pescar o "Skol" na Internet mas está difícil.
abcs./llulla

Tenencio disse...

Valeu ,Beto!
Achei otimo mas é só o começo.
Gostaria de ler suas impressões sobre cada disco ou pelo menos sobre alguns,os que voce mais gosta.
A Pablo foi muito importante na divulgação do jazz aqui no Brasil.Na decada de 70 creio ter sido a que teve o maior catalogo de lançamentos por aqui.
Apesar de ser dedicada a um elenco de artistas mais do Mainstream lembro de um disco fora desse estilo que gostei muito. É "Hotmosphere" do grande Dom Um Romão, samba jazz com algumas musicas com formação de big band.Voce lembra?
Abraço

Beto Kessel disse...

llulla,

Tenho o CD em maos (na capa os rostos de Oscar Peterson e Stephane Grappelli) e te empresto quando voce quiser.

Tandeta,

Adoro aqueles albuns que citei e inumeros outros tambem.

Dos 10, seguem alguns temas:

BENNY CARTER - THE KING
Um tema especial e "I still love him so"(reparem no lirismo do sax de Benny Carter, com Joe Pass, Milt Jackson, Tommy Flanagan, Jake Hanna e um baixo que nao me recordo.)


BENNY CARTER & DIZZY GILLESPIE - CARTER & GILLESPIE
Um tema e "The Coutship", tambem de Benny, com Gillespie, Tommy Flanagan, Joe Pass, Mickey Rocker e All McKibbon


JOE PASS - MONTREUX 75
Um tema belissimo e "Nuages"

OSCAR PETERSON & STEPHANNE GRAPPELI - SKOL
Um tema "Someone to watch over me" - com quinteto de altissimo nivel - Oscar Peterson, Stephane Grappelli, Joe Pass, Mickey Rocker e NHOP (o dinamarques mago do baixo Niels Henning Orsted Pedersen)

OSCAR PETERSON & JOE PASS - PORGY AND BESS (CLAVICORDIO E GUITARRA)
Apesar de standard, "Summertime" nesta versao com clavicordio e guitarra ficou bem interessante

MODERN JAZZ QUARTET - REUNION AT BUDOKAN
Trata-se do reencontro do MJQ apos 7 anos, e ocorreu no Japao. O disco e otimo...


MILT JACKSON - BAGS BAG
"Blues for Tomie Oka" - Com Milt Jackson, Ray Brow e Cedar Walton

SARAH VAUGHAN - HOW LONG HAS THIS BEEN GOING ON

O tema e "How Long has this been going on" com Sarah, Oscar Peterson, Joe Pass, Ray Brown e Louis Bellson

OSCAR PETERSON - LIVE AT THE NORTHSEA FESTIVAL
Destacaria uma bela valsa "City Lights" - Peterson, Pass, Toots e Niels Pedersen - Verdadeiro Dream Team.

JOE PASS, MILT JACKSON, RAY BROWN E MICKEY ROCKER -QUADRANT

Havia confundido com outro album que e o ALL tTO SOON.

No QUADRANT, oucam "Joe Tune"

Enfim, espero que gostem desta modesta selecao qu escolhi de alguns dos mais de 100 albuns da PABLO que deliciaram e ate hoje alegram quem gosta da boa musica.

Abracos,

Beto Kessel

Obs. Edu, demorei, mas fiz o trabalho de casa, que e uma pequena introducao que os colegas do CJUB irao complementar.

Beto Kessel disse...

Que bom poder lembrar e ouvir novamente tantos temas que me acompanharam durante momentos tao legais de minha vida.

Recomendo a quem quiser pesquisar mais sobre a PABLO o website:

http://www.jazzdisco.org/pablo-records/

Abracos,

Beto Kessel

Beto Kessel disse...

Nao posso deixar de mencionar mais dois albuns, que sao TUDO BEM, com Joe Pass tocando temas de compositores brasileiros (O Barquinho entre eles)com acompanhamento de musicos brasileiros como Claudio Slon e Paulinho da Costa (que salvo engano tocaram com Sergio Mendes no Brasil 77), e a Trilha sonora do filme "THE SILENT PARTNER" que tem Oscar Peterson,Clark Terry, Benny Carter (alto), Zoot Sims Tenor), Milt Jackson, John Heard (baixo) e Grady Tate a bateria

Temas destes dois albuns foram por mim escolhidos como trilha sonora que completa a filmagem em VHS de partes do meu casamento.

Viva o Jazz !!! Viva a Pablo !!! Viva Norman Granz !!!

Beto Kessel

Anônimo disse...

Alô Beto,
Muito agradeço o seu oferecimento do SKOl. Se vc tiver contacto coim O Mário ou o Sazinho eles poderiam copiar. Caso contrário , leve em nosso próximo encontro que eu mesmo copio. Tenho o LP mas, ainda não tenho o material necessári9 para a conversão. Grato e um grande abraço.
llulla

Anônimo disse...

Olá, Beto

Bom post !
Andei dando uma garimpada em meus arquivos procurando o que tenho da Pablo. Pra fazer companhia a esse da Sarah Vaughan, há o igualmente extraordinário "Ella & Oscar". Metade do disco tem também Ray Brown, a outra metade são só os dois.
Também tenho "Skol". Da mesma noite do festival em Copenhague em que Norman Granz extraiu "Skol", ele lançou também "Tivoli Gardens, Copenhagen, Denmark", com uma rara formação em "trio de cordas" - Grappelli, Joe Pass e NHOP. Costumo marcar a lápis algumas faixas no booklet de meus discos. Por alguma razão, nesse marquei "Time After Time"; um "Crazy Rhythm" em que, mais de 40 anos depois da histórica gravação com Coleman Hawkins e Benny Carter em que ele estava ao piano, Grappelli "arrebenta" num tempo super rápido; e "How Deep Is The Ocean", um lindo duo guitarra-
baixo (um descanso pro Grappeli).
Há uns discos do Zoot Sims ótimos, toda essa série de Montreux, etc. Duas obras-primas de Duke Ellington : "This One's For Blanton", com Ray Brown; e "The Ellington Suites", com três das suites : "The Queen's Suite" (a que tem Sunset and the Mocking Bird e The Single Petal of A Rose); "The Goutelas Suite" e "The Uwis Suite". É o Elligton "modernista" (na falta de melhor nome)e "sofisticado" (idem). Dave Douglas gravou "Loco Madi", da "Uwis Suite".
A Pablo na verdade começou a na décade de 50, já li sobre isso, não lembro bem das idas e vindas mas deve ser fácil achar a história.
Dos anos 50, dois conjuntos de gravações clássicas, sobre as quais tive pela primeira vez notícia num dos livros-chave de minha (e de muita gente)formação jazzófila, "As Obras-primas do Jazz", do Luiz Orlando. Primeiro, "Lester Young in Washington D.C", o Presidente com músicos locais. E, last but not least, a série monumental (em todos os sentidos) do Art Tatum : "Pablo Solo Masterpieces" e "Pablo Group Masterpieces". Uma vez, deparei-me com as caixas na Arlequim, fiz contas e acabei não comprando, por unha-de-fome ("é o que dá ser pobre", dir-se-ia). Depois, tive que garimpar um a um. Hoje, tenho completos os Solos, e três CDs dos Groups : o com Benny Carter e Louis Bellson, em que entre outras maravilhas Carter e Tatum dão uma aula de blues, em duas improvisações livres, "Blues in C" e "Blues In B Flat"; o com Buddy DeFranco e o com Ben Webster, ambos espetaculares também. Se Norman Granz não tivesse feito mais nada, seríamos ainda assim eternamente gratos por esse registro ímpar, extensivo e intensivo, de Art Tatum, um dos gênios inventores do piano jazzístico, pouco antes de seu falecimento.
Abraços

LA Palmeira

Beto Kessel disse...

Palmeira,

Sobre a gravacao de SKOL em Copenhagen, isto mostra como Norman Granz sempre aproveitava a presenca dos musicos para inumeras formacoes.

Em Montreux, foram inumeras situacoes parecidas com a do Tivoli.

Ella gravou varios com Joe Pass.

Se algum dia sair algum livro sobre a PABLO com relatos das sessoes de gravacao e como foram sendo montados os duos, trios, quartetos, quintetos e sextetos, sou candidato a devorar tal livro.

Abracos,

Beto Kessel

Beto Kessel disse...

Llulla,

Vou tentar contactar o Mario ou o Sazinho nesta semana para entregar o CD.

Abracos,

Beto

LeoPontes disse...

Foi ouvindo o selo "PABLO" que me apaixonei definitivamente pelo contrabaixo, graças a Mr.Ray Brown.Ainda os tenho nos originais vinis.Estão devidamente ainda encaixotados em algum espaço deste novo lugar. Assim que puder vou recoloca-los em seus devidos lugares de honra lado a lado com meus instrumentos.

Abçs/Leo

Anônimo disse...

Segundo as últimas notícias, é possivel um renascimento dos discos de vinil, que não podem ser copiados, como meio das gravadoras se defenderem da pirataria. Há também um número crescente de CDs lançados nos EUA e na Europa com capas grandes como as antigas, que valorizam o trabalho gráfico e que trazem mais informações com menor custo, se comparadas com os livretos inseridos nos CDs. Para os quais, via de regra, são necessárias uma fonte de luz poderosa e algumas lentes de aumento.
Não joguem fora, portanto, seus "turntables". Briguem com as patroas mas defendam-nos a ferro e a fogo. Quem sabe em breve teremos um florescente mercado para agulhas Shure M-55?
Recordar é viver.
Abraços.

APÓSTOLO disse...

Prezado MauNah:

Com certeza não é novidade para você, mas apenas confirmando: na livraria Cultura (Conjunto Nacional, Avenida Paulista, São Paulo) temos um desfile em quantidade e qualidade de LP's (Miles, Rollins etc etc) já há algum tempo (os preços é que são "salgados", acima dos R$ 100).
Por outro lado é certo que o mercado de LP's "clássicos" de JAZZ possui um mercado significativo de colecionadores.
Aquí em casa a "Patroa" não discute o espaço para essas preciosidades, já que fazem parte da história da família (guardei apenas 1/2 milhar).
Se você solicitar a Mestre LULA a relação dos 10.000 dele, com certeza encontrará "o acervo".
E vamos em frente...

Anônimo disse...

O selo Pablo foi formalmente iniciado em 1973 mesmo.Tenho um catalogo ilustrado com as capas e titulos de todos os discos lançados pelo selo.Quando tiver disposição vou procurar no meu "puxadinho" e coloco o total de titulos lançados.Nice job, prezado Kessel.

Beto Kessel disse...

Edu,

promessa é dívida. comecei 2009 e coloquei o post.

Beto

Anônimo disse...

Kessel,
o q curti mais foi a menção ao quadrilátero urbano da 24 de maio,D.José de Barros e arredores q era o "Xandadu" das lojas de discos paulistanas.Aos sábados de manhã gastava o q restava de minha mesada após a compra da revista Placar(pra acompanhar o Palmeiras, naturalmente) da semana na Brenno Rossi,Bruno Blois,Museu do Disco e Áudio.Eram cinco a seis lps (idos de 80/81) q regularmente fazia a delicia de um guri apaixonado por jazz q jamais gostara de ser rotulado como "jazzófilo".Novas resenhas pra breve, por gentileza.