Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 50 - A WEATHER BIRD

21 dezembro 2008




O Museu de Cera chega a meia centena de postagens desde nosso início a 6/out/2006. Selecionamos então uma das apresentações mais fantásticas em nosso horizonte de gravações, ou seja daquelas feitas até os anos 40.
Trata-se de um magnífico duo - piano e trompete com Earl “Fatha” Hines e Louis “Satchmo” Armstrong dois dos maiores músicos que o Jazz já teve.
Hines é o pai do piano moderno, rompendo com as estruturas até ali aplicadas por Jelly Roll e ultrapassando os bons pianistas do stride e do boogie. Seu “trumpet-style” em que formava frases à semelhança dos trompetistas empregando as oitavas na mão direita sobre um forte acompanhamento sincopado na esquerda, registra sua marca. Seus solos são intrigantes, com ataques secos, interrupções abruptas do rítmo, inesperadas acentuações e breaks, sempre audaciosamente inventivo. A influência de Armstrong é evidente. A partir de 1928 com suas gravações junto a Armstrong passa a inspirar os demais pianistas como: Billy Kyle, Nat Cole, Teddy Wilson, Art Tatum, Eddie Heywood, Horace Henderson e muito outros...
Se Hines é genial Armstrong é divinal.
Falar de Armstrong se torna difícil para não ser redundante com o que todos sabem. Entretanto de suas maravilhosas qualidades de músico se destaca como inegável a maior influência de toda a história do Jazz (Ah!... e Parker? é outra coisa). Armstrong deu a conotação que o Jazz deveria possuir para ser o que se denominou por música de Jazz. Claro que a partir de outro magnífico background que foi Jelly Roll Morton.
Armstrong também suplantou as rígidas estruturas fundamentalistas de New Orleans no sentido das correntes e atitudes de cunho conservador que enfatizavam a obediência rigorosa e literal a um conjunto de princípios básicos centrados na polifonia e na improvisação coletiva.
Suponho que Armstrong tenha pensado: - vou criar, vou inventar, vou solar intensamente e todos hão de me seguir (hey folks!) – assim que se deve fazer.... Montou os Hot Fives e Hot Seven e mostrou - assim deverá ser o Jazz.
A Weather Bird é o exemplo deste arrojo todo concentrado em apenas 2 músicos. Se existem também 7 Maravilhas no Jazz esta é uma delas.
A WEATHER BIRD (Louis Armstrong) – Earl Hines ao piano e Louis Armstrong ao trompete.
Gravação original: 5/dezembro/1928 – selo Okeh 41454, Chicago
Fonte:CD NEW ORLEANS 1918-29 – Where Jazz Was Born – ediciones delPrado
A gravação acaba de completar 80 anos!!!!

Aproveito para desejar a todos boas festas, um Natal muito alegre e que 2009 seja tranqüilo, com saúde, e que nos traga muitos prazeres com nosso amado Jazz.



Subscribe Free
Add to my Page

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente e muito apropriado para comemorar a 50a edição do Museu de Cera.
Escutar Armstrong & Hines em Weather Bird não é meramente "arqueologia" de interesse histórico. É emocionante ! Uma das gravações mais belas e um marco do jazz de todos os tempos ! Aquela cascata de notas de Armstrong é absolutamente espetacular !!

Palmeira

Anônimo disse...

Sorry, aquela "cascata de notas" é em West End Blues. De qualquer forma, ambas, Wes End Blues e Weather Bird, são espetaculares.