Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CJUB DESEJA UM FELIZ 2009 A TODOS

31 dezembro 2008

Fortes emoções musicais (e cada vez mais visuais), alinhadas a deliciosas polêmicas e preciosas lições que, reunidas, formam, sem longínquo rival que seja, a maior enciclopédia jazzística da internet brasileira, tudo isto - e muito, muito mais - forma o CJUB. Mas nenhum destes ingredientes, por mais que as afinidades agreguem e nos venham agregando ao longo destes já quase nove anos, nenhum deles jamais se sobrepôs à singela essência do sucesso do blog: amizades cada vez mais sólidas e sempre desinteressadas. Em resumo: simplesmente ouvir e ver jazz, indicar discos, compartilhar experiências em concertos, criticar, dissentir, contar piadas, rir e enfurecer-se do que é gosto para um e mau-gosto para outro, trocar e-mails, almoçar juntos (o que poderíamos resgatar mais), ir a shows (e até ser "expulsos" de outros), prestigiar os jazzistas que aqui vivem e aqueles que nos visitam em festivais e clubes, enfim, compartir o prazer de estar junto, com quem a gente gosta, com quem a gente se importa, e com quem gosta do que a gente gosta. Existe algo melhor ?

Claro! Só mesmo um 2009 cheio de paz, saúde, e todos os demais clichês que vocês sempre ouvem nesta época, mas tudo sem crise, e, principalmente, com o CJUB do jeitinho que ele é: sensacional e irresistível !

São estes os nossos votos aos Mestres, editores, colaboradores, comentaristas e visitantes, aqueles que tornaram e tornam absolutamente única esta modesta confraria do improvável mas maravilhosamente possível e real.

MORRE FREDDIE HUBBARD

29 dezembro 2008

Aos 70 anos, quem nos deixa é o trompetista Freddie Hubbard (1938-2008).
Faleceu em Los Angeles nesta segunda, 29, onde estava hospitalizado há 1 mês vítima de um ataque cardíaco.

Deixa uma grande discografia.
Um trompete que soou muito jazz onde nos '60 onde foi sideman de quase todos os grandes nomes como Oliver Nelson, Hancock, Shorter, Sonny Rollins, Ornette Coleman, Art Blakey, entre outros, e foi lider em muitos títulos do selo Blue Note. Nos 70 foi nome forte do selo CTI e promoveu também a fusão com outros elementos da música como soul, funk e o jazz rock.

Descanse em paz !

MUDANÇA NOS COMENTÁRIOS DO BLOG

Aos amigos e visitantes do CJUB

Nosso serviço de comentários, antes provido pelo YACCS, fechou as portas e com isso tivemos que procurar alternativas para a continuidade dos nossos debates, nossas discussões e troca de idéias entre as pessoas que aqui convivem.

Pois bem, não tivemos muita alternativa senão usar o serviço do próprio Blogger, que hospeda este site. No entanto, a triste notícia é que perdemos, aqui, todo o conteúdo que já foi postado por todos nós; mas conseguimos manter o site com o mesmo design.
Os comentários passados estão salvos e assim que encontrarmos uma outra alternativa para hospedá-los faremos com certeza, afinal a opinião de todos os que frequentam aqui sempre é muito importante e sem dúvida alguma são registros de conteúdo essencial para os amantes do jazz e da boa música.

Assim, iniciamos um novo ciclo de mensagens aqui no CJUB.
Vamos aprimorar este modelo, mas ficamos por aqui e esperamos a compreensão de todos.

Um grande abraço do CJUB e um FELIZ NATAL a todos !

MUSICAS DE NATAL

22 dezembro 2008

É difícil agradar a todos, mas me vi numa missão de programar músicas e vídeos para o Natal em casa.

Tem gente de Minas, do Paraná e de Jacarepaguá. Mas dentre algumas escolhi uma do DVD, escrita pelo Jimmy Giuffre, para compartilhar com voces e desejar a todos um Feliz Natal.

O DESAFIO DO LONGE

21 dezembro 2008

Dois artigos do JB de hoje falam da fraca localização da Cidade da Música, situada na Barra da Tijuca, primeiramente destinada a eventos de música clássica.

Ronaldo Miranda, compositor clássico e crítico musical e Miriam Dauelsberg, musicista, professora de música e dona da Dell'Arte Produções, tem consciência que o público residente na Barra da Tijuca não é de gostar de música clássica e, por isso, não irá a eventos desse tipo na Cidade da Música. Miriam já mandou inúmeras malas direta para moradores da Barra e obteve um retorno muito fraco, quando de suas produções de música clássica no Theatro Municipal e na Sala Cecilia Meireles.

Também sabemos que o lugar não se presta para o jazz, a grande maioria dos moradores da Barra da Tijuca veio dos suburbios do Rio, são chamados emergentes. Seus gostos musicais são duvidosos, ficando mais para o samba, forró, sertanejo e MPB tipo Roberto Carlos e afins.

As casas de jazz que abriram pela Barra fecharam em pouco tempo. As diversas produtoras não se arriscam mais, fazem lançamentos, shows e concertos na zona sul.

Está aberto um desafio para os produtores de música clássica e jazz, mas é certo que durante um bom tempo não iremos saber de concertos dessas modalidades, frequentados pelos apreciadores, na Cidade da Música.

MUSEU DE CERA # 50 - A WEATHER BIRD




O Museu de Cera chega a meia centena de postagens desde nosso início a 6/out/2006. Selecionamos então uma das apresentações mais fantásticas em nosso horizonte de gravações, ou seja daquelas feitas até os anos 40.
Trata-se de um magnífico duo - piano e trompete com Earl “Fatha” Hines e Louis “Satchmo” Armstrong dois dos maiores músicos que o Jazz já teve.
Hines é o pai do piano moderno, rompendo com as estruturas até ali aplicadas por Jelly Roll e ultrapassando os bons pianistas do stride e do boogie. Seu “trumpet-style” em que formava frases à semelhança dos trompetistas empregando as oitavas na mão direita sobre um forte acompanhamento sincopado na esquerda, registra sua marca. Seus solos são intrigantes, com ataques secos, interrupções abruptas do rítmo, inesperadas acentuações e breaks, sempre audaciosamente inventivo. A influência de Armstrong é evidente. A partir de 1928 com suas gravações junto a Armstrong passa a inspirar os demais pianistas como: Billy Kyle, Nat Cole, Teddy Wilson, Art Tatum, Eddie Heywood, Horace Henderson e muito outros...
Se Hines é genial Armstrong é divinal.
Falar de Armstrong se torna difícil para não ser redundante com o que todos sabem. Entretanto de suas maravilhosas qualidades de músico se destaca como inegável a maior influência de toda a história do Jazz (Ah!... e Parker? é outra coisa). Armstrong deu a conotação que o Jazz deveria possuir para ser o que se denominou por música de Jazz. Claro que a partir de outro magnífico background que foi Jelly Roll Morton.
Armstrong também suplantou as rígidas estruturas fundamentalistas de New Orleans no sentido das correntes e atitudes de cunho conservador que enfatizavam a obediência rigorosa e literal a um conjunto de princípios básicos centrados na polifonia e na improvisação coletiva.
Suponho que Armstrong tenha pensado: - vou criar, vou inventar, vou solar intensamente e todos hão de me seguir (hey folks!) – assim que se deve fazer.... Montou os Hot Fives e Hot Seven e mostrou - assim deverá ser o Jazz.
A Weather Bird é o exemplo deste arrojo todo concentrado em apenas 2 músicos. Se existem também 7 Maravilhas no Jazz esta é uma delas.
A WEATHER BIRD (Louis Armstrong) – Earl Hines ao piano e Louis Armstrong ao trompete.
Gravação original: 5/dezembro/1928 – selo Okeh 41454, Chicago
Fonte:CD NEW ORLEANS 1918-29 – Where Jazz Was Born – ediciones delPrado
A gravação acaba de completar 80 anos!!!!

Aproveito para desejar a todos boas festas, um Natal muito alegre e que 2009 seja tranqüilo, com saúde, e que nos traga muitos prazeres com nosso amado Jazz.



Subscribe Free
Add to my Page

BOLLANI NO RIO

20 dezembro 2008


Marcos Resende (pianista) me liga.
.
- Sabe quem vai tocar hoje (19/12) aqui no Rio na Sala Cecilia Meireles? Aquele pianista italiano que você gosta muito, Stefano Bollani (36, Milão). Só fiquei sabendo porque saiu no Globo. Vai ser apresentação de piano solo com alguns cantores convidados: Zé Renato, Ná Ozzetti, Marcos Sacramento e Nilze Carvalho. Eu vou.
.
Liguei pro Marcos hoje, curioso. E ele me fez uma rápida avaliação. Vou tentar repetir o que disse.
.
- Ele abriu o show sozinho em quase 1 hora. O cara tem bom-gosto, técnica, mão esquerda precisa e timing perfeito, criativo também. É simpático, engraçado, fala bastante, conta histórias e até canta, mas na base do deboche. Muito comunicativo, sabe como lidar e prender uma platéia. Não é fácil fazer show em piano solo. Já vi muito craque, como Hancock, Jarrett e Tyner em falhas de timing. E às vezes o clima fica chato.
.
Marcos, eu considero o Bollani um dos melhores pianistas de jazz da atualidade. Tô errado?
.
- Hoje é difícil para um novo pianista de jazz criar identidade própria, se afastar bastante dos grandes influenciadores. Mehldau (e aí Bene-X???) é um dos poucos. O Bollani também. Tanto que ele mostrou no show que se adapta fácil a todos os ritmos, brasileiros inclusive. Claro que aquele vigor dos pianistas negros os brancos jamais alcançam. Pena que não vi nenhum músico por lá. Aliás, já me acostumei com isso. Cansei de convidar e ninguém vai. Só aparecem (os músicos) se for prá ganhar grana. Apesar da pouquíssima divulgação, Bollani lotou a casa. Ingresso a 30 reais.
.
PS. Essa o CJUB marcou bobeira. Ninguém avisou.

CONVOCAÇÃO

19 dezembro 2008

Confrades, amigos, leitores e companhias ilimitadas:

A pedidos, estou tentando botar "na rua" o presente chamado para que nos reunamos na próxima terça-feira, dia 23, a partir das 18 horas, no Restaurante LAMAS, no Flamengo, para a já habitual confraternização de final de ano.

Estão todos convocados e não serão aceitas desculpas de qualquer natureza que tentem justificar o injustificável, ou seja, a ausência dos e das gentes que nos cercam de tão próximo durante todo o ano. Talvez os expatriados (moradores em outros países brasileiros da redondeza) venham a merecer alguma contemplação, por conta apenas da escassez de passagens nesta época do ano. E quem não for, que digne-se a pelo menos mandar um telegrama, que será lido a plenos pulmões pelo Marcelón no recinto.

Agora sério, todo mundo lá!

TRIBUTO A OLIVER NELSON

18 dezembro 2008



Bill Cunliffe (52) é um pianista no mínimo de bom-gosto e bem intencionado. Ganhou em 1989 o tal Thelonious Monk Jazz Piano Award. Como arranjador também tem méritos – basta conferir os trabalhos com a linda cantora Eden Atwood. E versatilidade não lhe falta. Gravou um álbum inteiramente dedicado à música brasileira, Bill In Brazil (1994-AMG @@@@). Reconstruiu o songbook de Paul Simon, um projeto arrojado. Agora foi a vez de homenagear o saudoso Oliver Nelson – saxofonista e arranjador desaparecido aos 43 anos, em 1975, vítima de ataque cardíaco. Mais especificamente em cima de um álbum antológico, The Blues And The Abstract Truth (Impulse, 1961 AMG @@@@@), que tinha super craques como Bill Evans, Paul Chambers, Freddie Hubbard, Roy Haynes e Eric Dolphy. Missão não muito fácil. Cunliffe sempre mostrou simpatia pelo West Coast jazz. E nesse bonito tributo isso é claro. A banda traz nomes pouco conhecidos, mas mostra eficiência para um resultado final muito agradável. Já no tema de abertura, o clássico Stolen Moments, um entrosamento perfeito. Para os admiradores de Nelson, como eu, Bill Cunliffe foi oportuno em todos os sentidos, inclusive como arranjador - foi nominado ao Grammy, categoria melhor arranjo, para Do It Again (Becker & Fagen), CD Imaginación (2005).
.......................................................
Resonance (Oct. 14, 2008)
Bill Cunliffe – piano, arranger
Jeff Clayton – alto sax
Mark Ferber – drums
Tom Warrington – bass
Brian Scanlon – alto sax
Bob Sheppard – tenor & soprano sax
Larry Lunetta – trumpet
Andy Martin – trombone
Terell Stafford – trumpet
……………………………………………………….
01. Stolen Moments (Nelson)
02. Hoe Down (Nelson)
03. Cascades (Nelson)
04. Yearnin’ (Nelson)
05. Butch and Butch (Nelson)
06. Teenies’s Blues (Nelson)
07. Port Authority (Cunliffe)
08. Mary Lou’s Blues (Cunliffe)




.....................................................................

PS I. The Blues and The Abstract Truth é um álbum que caberia fácil na lista do CJUB (ilha deserta). Ou não??
PS II. Som na Caixa - Stolen Moments

ENRICO RAVA - UMBRIA JAZZ BRASIL - @@@1/2

17 dezembro 2008


Com um Mistura Fina superlotado por muitos convidados do evento, Enrico Rava abriu a noite ? para o conjunto de Hamilton de Holanda.

Um grupo de desconhecidos para mim e a ausência do ótimo trombone Gianluca Petrella, substituido pelo clarinete e sax alto Mauro Negri. No piano o muito jovem Giovanni Guidi, no baixo Pietro Leveratto e na bateria Fabrizio Sferra.

Um set de originais de Rava de seus últimos cds, mais Confirmation (Parker) e um lindo My Funny Valentine. Poucos trumpetistas tem uma sonoridade tão límpida quanto êle que usou o flugelhorn em 3 temas.

Mauro Negri tocou em quase todo o set um clarinete meio estridente para meu gosto, com solos pouco criativos.

Baixo comum, baterista de bom nível e um pianista influenciado por Keith Jarrett ainda em formação.

Quem conhece os discos de Rava com Bollani, Petrella, Bonnacorso e Roberto Gatto ficou na saudade!


BraGil

COLUNA DO LOC

14 dezembro 2008

por Luiz Orlando Carneiro
JB, Caderno B, 14 de dezembro
luizoc@jb.com.br

­Selo de qualidade
Etiqueta Nonesuch emplacou três dos cinco álbuns indicados para o 51º Grammy

A Etiqueta NONESUCH, cultuada por jazzófilos e audiófilos pelo seu refinamento, ­ emplacou três dos cinco álbuns indicados para concorrer, em fevereiro, ao 51º Grammy, na categoria destinada às performances de solistas ou grupos de jazz pequenos e médios: History, mistery, do guitarrista Bill Frisell; Brad Mehldau Trio: Live (at the Village Vanguard); e Day trip, com o trio do guitarrista Pat Metheny. Os dois outros CDs selecionados são The new crystal silence (Concord), uma esplêndida ressurreição do duo que o pianista Chick Corea, 67 anos, e o vibrafonista Gary Burton, 65, formaram em 1972; o inesperado ­ mas bem-vindo ­ Standards (Fuzzy Music), do trio do underrated pianista Alan Pasqua, 56 anos, com Peter Erskine (bateria) e Dave Carpenter (baixo). Os dois primeiros álbuns acima citados são duplos. O de Frisell contém 30 faixas, em sua maioria gravadas ao vivo, em 2006. O trio básico (Kenny Wollensen, bateria; Tony Scherr, baixo) do guitarrista eletro-acústico ­ capaz de ser tão melódico como Jim Hall ou de gerar explosões hendrixianas ­ torna-se um octeto (com o violino de Jenny Scheinman, violoncelo, viola, o sax de Greg Tardy e a corneta de Ron Miles) para projetar mais o compositor-arranjador Bill Frisell do que o instrumentista. Como comentei neste espaço (5/10), é uma espécie de patchwork, no melhor sentido artístico da palavra, com miniaturas de menos de um minuto e faixas bem mais longas, como Waltz for Baltimore (8m47) e três reinvenções sensacionais de temas alheios: Sub-conscious Lee (Konitz), Jackie-ing (Monk) e A change is gonna come (Sam Cooke).

O duplo de Mehldau ­ que disputa com Keith Jarrett e Herbie Hancock, já há alguns anos, o título de pianista mais reverenciado da cena jazzística ­ foi gravado também em fins de 2006. São mais de duas horas de música de altíssimo nível do grupo com Larry Grenadier (baixo) e Jeff Ballard, que substituiu Jorge Rossy em 2004. O crítico Thomas Conrad, amigo recente, mas velho guru em matéria de pianismo, escreveu na Jazz Times que esse terceiro registro de Mehldau no Village Vanguard não demonstra apenas que o novo trio superou seu predecessor, mas também que atingiu um nível de criatividade "somente alcançado por trios muito especiais, como os de Bill Evans e Keith Jarrett".
Day Trip, gravado em 2005, foi lançado no início deste ano, lá fora e aqui (Warner). É prato fino para os jazzófilos que sabem distinguir o Pat Metheny dos preciosos duos com Charlie Haden (1996), Jim Hall (1988) e Brad Mehldau (2005) do guitarrista superplugado e intolerável de Zero tolerance for silence (1994), como anotei também nesta coluna (30/3). O CD é um notável registro de Metheny, que assina 10 originais, à frente de um trio com o grande Christian McBride (baixo) e Antonio Sanchez (bateria). Mas o volume 2 de The new crystal silence ­ que documenta o duo Corea-Burton na excursão européia do ano passado, comemorativa do 35º aniversário do primeiro encontro dessa dupla que se transforma em uma entidade criativa única ­ parece ser o candidato mais forte ao gramofone de ouro para os jazz combos. O pianista e o vibrafonista estão, como costumam dizer os americanos, no top of their game. Em estado de graça, em matéria de criatividade, técnica e emoção. Como estavam Bill Evans e Jim Hall, nos idos de 1962, quando gravaram o imortal Undercurrent (Blue Note).

BANDA MANTIQUEIRA LANÇA DVD

12 dezembro 2008

Simplesmente espetacular !

Era o registro que faltava dessa banda paulista criada em 1991 e liderada pelo saxofonista Nailor Proveta.
O DVD intitula-se Toca Brasil e foi gravado ao vivo no espaço Itau Cultural SP em 2006 e produzido em parceria com a gravadora Maritaca.
O repertório abrange temas dos 3 discos lançados pela banda - Bixiga (fora de catálogo), Aldeia e Terra Amantiqueira.

A banda está formada por 4 saxofones – Nailor Proveta, Vinicius Dorin, Ubaldo Versolato e Cacá Malaquias; 3 trompetes - Nahor Gomes, Walmir Gil e Odésio Jericó; 2 trombones - Jose Francisco e Valdir Ferreira; baixo elétrico - Edson Alves; guitarra - Jarbas Barbosa, bateria - Lelo Izar e 2 percussões - Fred Prince e Guello.

Um repertório contagiante onde mistura música brasileira com uma roupagem jazzistica em 70 minutos de show.
Os temas são Vovô Manoel (Proveta), Pret-a-Porter de Tafetá (João Bosco), Samba da Minha Terra/Saudades da Bahia (Dorival Caymi), Pau-de-Arara/Último Pau-de-Arara/Qui Nem Jiló (Luiz Gonzaga), Santos/Jundiaí (Edson Alves), Airegin (Sonny Rollins), Feminina (Joyce) e Linha de Passe (João Bosco).

DVD muito bem gravado e autorado com 2 trilhas de áudio - Dolby Digital 2.0 e 5.1; só senti falta do áudio PCM.

Obrigatório !

Divulgação
Para quem está em SP, segue release do festival -

No sábado dia 13 de dezembro, acontecerá em São Paulo o “Jazz nos Fundos Festival”, último grande evento musical do ano, que promete explorar diferentes estilos do jazz em seis horas ininterruptas de shows.
A festa acontece em comemoração aos dois anos de existência do Jazz nos Fundos, clube de jazz que vem se tornando conhecido por apresentar shows de qualidade em um ambiente inusitado: um galpão nos fundos de um estacionamento em Pinheiros.
Para ninguém ficar de fora, o Festival acontecerá em um espaço maior, a Aldeia Turiassú, no bairro de Perdizes, local já conhecido por abrigar os shows da Banda Glória e da Banda Black Rio.

O JazznosFundos Festival vai reunir grandes bandas que passaram pelo palco da casa durante o ano de 2008, fazendo um passeio pela história do Jazz. Abrindo a noite, a Tito Martino Jazz Band apresenta um repertório de jazz tradicional, que inclui temas clássicos do swing e ragtime - ritmos cadenciados e dançantes que foram responsáveis pelo estouro do jazz nos anos 20.
Na seqüência, The Jazz Brothers explorará o Bebop, estilo mais rápido e virtuoso do jazz, consagrado nas mãos de mestres como Miles Davis, John Coltrane e Dizzy Gillespie. A dupla formada pelos irmãos Wilson Teixeira (saxofone) e Cuca Teixeira (bateria) se apresenta aos domingos no JazznosFundos, trazendo a cada edição diferentes convidados, sempre pesos-pesados da música instrumental paulistana. Para o Festival, os irmãos contarão com o quinteto do guitarrista Alexandre Mihanovich, considerado por muitos uma das melhores formações de jazz da cidade.
O Fusion, estilo resultado da mistura do jazz com outros ritmos, como o funk, o eletrônico, o blues e tantos outros, encerrará o percurso nas mãos do BGrooves, fazendo todo mundo dançar até o amanhecer.

O JazznosFundos (http://www.jazznosfundos.net/) apresenta, sempre aos finais de semana, shows de música instrumental, em um pequeno palco rodeado de instalações, esculturas e fotografias, tudo muito bem escondido nos fundos de um estacionamento. O coletivo que produz a casa, a “ContraProduções”, promete levar ao Festival os elementos do sucesso, que vem fazendo fãs a cada semana: ambiente surpreendente, amplo cardápio de bebidas e petiscos, bom atendimento e uma curadoria musical impecável.

Quando: 13 de dezembro
Onde: Aldeia Turiassu – Rua Turiassu, 928, Perdizes
Horário: Abertura: 21h
Primeiro show: 23h00 – Tito Martino Jazz Band
Segundo show: 1h30 – The Jazz Brothers e Alexandre Mihanovich Quintet
Terceiro show: 3h00 – Bgrooves

www.jazznosfundos.net/festival

ECOS DA LAGOA - PRO ZECA

11 dezembro 2008

Por um destes problemas de conexao, nao consegui fazer o upload do video caseiro que fiz, mas agora ja esta OK...

Ai segue o solo de Helio Delmiro, no tema PRO ZECA, de autoria de Victor Assis Brasil

2008 FOI O ANO EM QUE OUVI E OU ASSISTI:

10 dezembro 2008

Podemos aproveitar que o ano de 2008 esta proximo do final e ir lembrando os sons que mais nos acompanharam, ou shows que assistimos:

Abro a serie lembrando do Show em marco na Praia de Ipanema que deu inicio a comemoracao dos 50 ANOS DA BOSSA NOVA. Pura emocao...

* Diana Krall no Vivo Rio...

* Marcos Valle (com show do Duo Gisbranco)em concerto de piano solo na Sala Cecilia
Meirelles

*Joao Donato (com abertura da revelacao no piano - jovem pianista pernambucano Vitor Araujo) em concerto de piano solo na mesma Sala Cecilia Meirelles ontem a noite

* Duo Leo Amuedo e Arismar do Espirito Santo lancando album

* Trio composto por Kiko Continentino (piano), Leo Amuedo (Guitarra) e Mauro Senise (Sax)no Centro Cultural dos Correios. Em 11.12 (quinta feira), eles lancam o album CAIXA DE MUSICA na Modern Sound, mais uma producao da DELIRA MUSICA, sempre produzindo trabalhos de qualidade

* Prosper Jam com o quarteto da casa (Marco Tommaso, Idriss, Tony Botelho e Renato Massa) trazendo como convidado Jesse Sadock

Neste ano de 2008, ouvi muito CAPE HORN com Toninho Horta e Arismar do Espirito Santo, tomei uma overdose do bem de Victor Assis Brasil, e nao tiro do som do carro O SOM DO BECO DAS GARRAFAS, onde David Feldman lidera trio de piano, baixo e bateria e nos traz a atmosfera do Beco das Garrafas...

Ja imaginaram o CJUB organizar um concerto de jazz quando o local for reaberto ? Sonhar nao faz mal a ninguem...

Abracos,

Beto Kessel

Obs. E o chopp de final de ano...me avisem que eu farei todo o possivel para encontra-los.

DE VICTOR ASSIS BRASIL PRO ZECA COM HELIO DELMIRO

Algumas palavras sobre a tarde quase noite de domingo:

Um final de tarde na Lagoa, num Espaco de nome VICTOR ASSIS BRASIL e com a presenca dos seguintes musicos:

Hamleto Stamato
Ney Conceicao
Erivelton Silva
Widor Santiago
Paulinho Trumpete

Kiko Continentino
Jefferson Lefkowich
Rafael Barata
Leo Amuedo
Marcelo Martins

Helio Delmiro
Sergio Barroso
Idriss Boudrioua
Jesse Sadock
Paulo Braga
Nivaldo ornellas

e na plateia, Ricardo Silveira, Luiz Alves, Delia Fisher (desculpem se esqueci de alguem)etc...

Nao choveu e o publico acompanhou com interesse o encontro dos musicos que reverenciaram a obra de Victor Assis Brasil...

Como disse bem o Helio Delmiro, Victor foi importantissimo e dava para sentir a emocao dos apresentadores Mauricio Figueiredo e J Carlos, do saudoso Arte Final Jazz, das noites de domingo (meados da decada de 80 na JB AM (programa este que tinha Celio Alzer e Jose Domingos Raffaelli).

Um tema emblematico foi PRO ZECA, tratado com especial atencao tanto pelo SAMBOP (Hamleto Stamato, Ney Conceicao, Erivelton Silva, Widor Santiago e Paulinho Trumpete) quanto por Helio Delmiro, que alias convidou musicos para uma Jam Session e teve acompanhamento de Sergio Barroso, Rafael Barata e Hamleto Stamato num blues de alta velocidade.

Sai pouco depois das 20:00 e ainda estava no palco o quarteto liderado pro Nivaldo Ornellas e olha que ainda tinha o grupo liderado por Idriss (com os metais de Jesse Sadock, Marcelo Martins, Aldivas, mais piano,Sergio Barroso e Rafael Barata)para tocar...Com certeza devem tocado ate tarde.

Beto Kessel

MUSEU DE CERA # 49 – JIMMY BERTRAND

09 dezembro 2008

James “Jimmy” Bertrand - percussionista e xilofonista sendo influenciado pelo seu primo baterista Andrew Hilaire. Nasceu no Mississippi a 24/fev/1900 e em 1913 foi para Chicago onde atuou na State Theatre Orchestra e depois juntou-se a Erskine Tate's Vendome Orchestra de 1918 a 28 que incluía Louis Armstrong, Buster Bailey e Freddie Keppard. Exímio baterista dedicou-se também aos instrumentos rudes como a washboard e wood blocks tendo feito várias gravações com os Jimmy Bertrand's Washboard Wizards associado ao pianista Jimmy Blythe.
Na década de 20 passou a lecionar o xilofone e percussão tendo sido seus alunos Lionel Hampton e Big Sid Catlett. Trabalhou com Doc Cooke, Tiny Parham, Dave Peyton, Roy Palmer, Lee Collins e o blues singer Blind Blake. Durante os anos de 1930 e 40 liderou sua própria banda, contudo suas gravações nessa época são como sideman da Eddie South International Orchestra e dos Chicago Rhythm Kings. Em 1944 deixou a música indo trabalhar em uma empresa de alimentos empacotados. Faleceu em Chicago em 1960.
Washboard é realmente o que significa — tábua de lavar. Foi muito empregada como instrumento de percussão nas bandas primitivas do Jazz de New Orleans. Os executantes usavam as unhas ou colocavam dedais para tirar um melhor som. Os maiores expoentes além de Jimmy Bertrand foram: William Spencer (*1909 †1944) e Jasper Taylor (*1894 †1964). Modernamente existem bandas dixieland que empregam a WASHBOARD, agora em alumínio, mais como uma curiosidade e, atualmente aqui no Brasil, a Traditional Jazz Band de São Paulo a utiliza em pelo menos uma música nas suas apresentações, tendo como executante o baterista Cidão (Alcides Lima).
Podemos ouvir no Museu uma washboard executada por Bertrand com um trio magnífico composto por Louis Armstrong, Johnny Dodds e Jimmy Blythe. Bertrand inicialmente divide a washboard com os címbalos depois empenha um tremendo suingue ao acompanhar o solo de Blythe seguindo-se o duo Amstrong / Bertrand simplesmente genial.
THE BLUES STAMPEDE (Irving Mills) – Jimmy Bertrand’s Wasboard Wizards - Jimmy Bertrand (washboard e líder), Louis Armstrong (cornet), Jimmy Blythe (piano) e Johnny Dodds (clarinete).
Gravação original: 28/maio/1927 – selo Vocalion 1100 – Chicago
Fonte: CD INTEGRALE LOUIS ARMSTRONG VOL. 4 – West End Blues 1926-1928 – selo FREMEAUX & ASSOCIES – FA1354 - 2007 - França



Subscribe Free
Add to my Page

Histórias do Jazz n° 64


Bill Horn – Ficha incompleta


Conheci Bill Horne em meados da década de cinqüenta, quando ele esporadicamente aparecia nas Lojas Murray , point dos jazzófilos do Rio e de Niterói. Conversávamos bastante sobre Jazz e ele me confessou que ficava irritado quando alguém dizia que o melofone,um dos instrumentos que tocava , não tinha som. Nessa época tinha se separado de sua primeira esposa, a modelo Bibi Vogel, e me contou alguns detalhes desse relacionamento. Ficávamos longo tempo sem nos ver e para minha surpresa ele apareceu no Palácio do Ingá, onde se realizava o curso “Introdução ao Jazz”, assistindo atentamente a todas as palestras.
A última vez que nos vimos foi num dos “Free Jazz Festival” nos tempos do Hotel Nacional. Fiquei penalizado com a sua figura. Magro, pálido e com problemas dentários, não parecia nem de longe aquele rapaz esbelto e elegante de outrora. Alguém me contou algumas coisas de seu comportamento que preferi esquecer. Interrompeu nossa conversa quando viu Nana Caymmi junto a alguns artistas da TV Globo. Pediu licença e disse que ia dar um beijo em Nana . Foi a última vez que nos vimos.
Quando soube de seu falecimento me surpreendi com a falta de notícias. Ninguém sabia como, quando e onde ocorrera o fato. Ao mencionar isso num dos posts do CJUB, recebi email de José Domingos Raffaelli informando que tudo que sabia à respeito viera por intermédio de um email que recebeu de Everardo Magalhães Castro que dizia que em 22 de outubro de 2.006 ocorreu o sepultamento de seu grande amigo Bill Horne no Cemitério de São João Batista.
Em outro email Raffaelli, após pesquisas na Internet informava que o nome de Bill Horn era William Oliver Horn. Fora casado com Regina Braga, artista plástica e roteirista que falecera em 1º de novembro de 1999. No mesmo texto sobre Regina algumas notas sobre Bill :
“Ela foi casada com Bill Horn, conhecido músico de Jazz e engenheiro de som. Pelo seu Audio Studio B, na rua Anita Garibaldi, passaram alguns dos mais importantes nomes da Bossa Nova e do Jazz brasileiro. Durante algum tempo Bill foi um dos poucos brasileiros membros da Audio Engineering Society dos EUA. Pela casa deles era comum topar-se com as figuras mais destacadas da música, artes, teatro e cinema.”
Procuramos na Internet uma foto de Bill para ilustrar esse texto mas nada encontramos. Esta que ilustra o texto foi extraida de um email. Ficha incompleta.

CHAPTER 9 by ED MOTTA

08 dezembro 2008

A Trama, produtora do Ed, está facilitando o download do novo disco entitulado CHAPTER 9.

MP3 320 Kbps, alta qualidade.

Baixa o disco todo, capa, contra capa, folder e tudo o mais em alta definição.

Se puder comprar, compre!

Ed Motta, 20 anos de carreira. Imperdível!


http://albumvirtual.trama.uol.com.br/#

COLUNA DO LOC

07 dezembro 2008

Luiz Orlando Carneiro
JB, Caderno B, 7 de dezembro de 2008

Conservador invejado

Indiferente às críticas dos medíocres e invejosos por seu "conservadorismo" – ou simplesmente por fazer propaganda dos relógios Movado ou usar ternos Armani – Wynton Marsalis, 47 anos, está sempre a provar que não é, apenas, o mais completo trompetista surgido no jazz depois de Dizzy Gillespie e Clifford Brown. Além de uma obra invejável como compositor – que o elevou às alturas de Aaron Copland, Charles Ives & Cia, com a conquista, em 1997, do Prêmio Pulitzer de música – o líder dos young lions da década de 80 é a cabeça e a alma do Jazz at Lincoln Center, a mais importante instituição de promoção e divulgação desse modo de expressão musical que é o passado e o futuro conjugados no tempo presente.

A definição acima sintetiza o pensamento do grande músico tal qual exposto em entrevista a Jennifer Odell, na edição deste mês da Downbeat. Wynton foi eleito no referendo dos leitores da revista, mais uma vez, o trompetista do ano, à frente de Dave Douglas – de sua geração – e de Roy Hargrove – 10 anos mais moço. E também, uma vez mais, aos 78 anos, Sonny Rollins superou Pat Metheny na categoria Artista do Ano, e derrotou Chris Potter na classificação dos melhores saxofonistas tenores. Metheny tem 24 anos a menos do que o maior jazzman vivo; Potter é 41 anos mais jovem.

A filosofia de Marsalis sobre a polêmica questão do que é novo ou velho, mainstream, beyond ou world music, em matéria de jazz é um dos temas de seu mais recente livro, Moving to higher ground/How jazz can change your life (Random House, 208 páginas, US$ 26), escrito em colaboração com o historiador Geoffrey C. Ward, ex-editor da revista American Heritage.

Logo no primeiro capítulo (Discovering the joy of swinging, ou seja, descobrindo a alegria de "suingar"), com as mesmas clareza, inteligência e elegância do fraseado de seu trompete, o autor serve-se do swing – tempo para começar a mostrar como o jazz pode modificar a nossa vida, conforme propõe no subtítulo da obra. Escreve ele: "A relação do músico com o tempo pode ser de inestimável valia para ajudá-lo a: 1) ajustar-se a mudanças sem perder o equilíbrio; 2) dominar momentos de crise com pensamentos claros; 3) viver o momento e aceitar a realidade, ao invés de forçar todo mundo a fazer as coisas do seu modo; 4) concentrar-se numa meta coletiva mesmo quando sua concepção do coletivo não é a dominante; 5) saber como e quando gastar sua energia individual".

Marsalis cita logo o septuagenário Sonny Rollins como exemplo maior do "savoir faire" e do "savoir vivre" indissociáveis do espírito do jazz. E também Thelonious Monk (1917-82). Ambos sempre souberam "flutuar" no e por sobre o tempo, nos dois sentidos da palavra. "Quase sempre estão a nos dizer que o tempo é nosso inimigo, algo que não podemos controlar", comenta o músico-ensaísta. "O tempo voa!. Não perca tempo!. Faça isso enquanto você é jovem!. Vivemos numa cultura orientada para o jovem, na qual tornar-se velho chega a ser quase um crime (…). Mas no jazz, o tempo é seu amigo, e quando você acha seu próprio swing, na verdade, o tempo voa, sim. Mas voa para onde você quer (...). That’s the joy of swinging".

O novo livro de Wynton Marsalis é um ótimo presente de Natal para qualquer jazzófilo, velho ou moço. Basta que tenha intimidade com o inglês e esteja de bem com a vida.

ENRICO RAVA NO BRASIL

O trompetista italiano Enrico Rava desembarca no Brasil para apresentações em SP e RJ.

SP, Bourbon Street, dia 9/12, terça-feira;
RJ, Mistura Fina, dia 13/12, sábado.

Vem acompanhado por Gianluca Petrella trombone, Giovanni Guidi piano, Pietro Leveratto contrabaixo e Fabrizio Sferra bateria.

JAZZ + DE VOLTA NAS BANCAS

04 dezembro 2008

A revista Jazz+ voltou para as bancas.
Pois é, foi uma longa ausência e o retorno é motivo de comemoração sim, afinal, é nossa única revista que promove a música instrumental, o jazz, a boa música e agora algumas páginas destinadas ao blues.

E como dito na "Carta ao Leitor", a revista conta agora com o reforço do Stenio Matos, produtor musical, a quem tive o prazer de conhecer nas duas últimas edições do Rio das Ostras Jazz & Blues pela assessoria de imprensa do festival, aliás, o maior e melhor festival ao ar livre que temos nesse país.

Torcemos para que o retorno seja definitivo e mensal, esta é a 16a. edição.
Na banca mais próxima !
PROFISSIONALISMO INSTITUCIONAL
ATENDIMENTO ACIMA DE QUALQUER EXPECTATIVA


Há cerca de 10(dez) dias Mestre LULA informou-nos por e.mail sobre a possível existência de um CD com gravações do patrono de nosso CJUB, DICK FARNEY. Dito CD seria a continuação do CD duplo lançado institucionalmente pela FIESP há poucos anos (1997) e que anteriormente havíamos conseguido para Mestre LULA na sede da citada FIESP, na Avenida Paulista; seria, portanto, o 3º CD de DICK gravado em sua residência e na intimidade de um bom gosto musical, como sempre, superior.
Enviamos e.mail para a Confederação Nacional da Indústria (Sistema CNI, SESI, SENAI, IEL) solicitando informações sobre dito CD e recebemos resposta de que não existiria tal gravação; repassamos essa resposta para Mestre LULA.
Para surpresa nossa, 02(dois) dias após recebemos ligação telefônica de Dª THAISE LEITE do SAC da CNI, informando-nos que havia rebuscado os arquivos e que realmente fora gravado/editado no final de 2000 um CD institucional com DICK FARNEY. Explicamos que essa gravação era importante para nós e Dª THAISE se prontificou a enviar-nos a mesma, sem custo e como divulgação institucional ! ! ! . . .
Hoje, 5ª feira, 04 de dezembro de 2008, recebemos por SEDEX essa gravação, constituída de 23(vinte e três) faixas com o piano e a voz de DICK FARNEY, em 05(cinco) delas acompanhado por SABÁ e TONINHO PINHEIRO.
Encarte precioso e muito informativo, assinado pelo Presidente do CNI, CARLOS EDUARDO MOREIRA FERREIRA, que assinala a “excepcional receptividade obtida pelo CD duplo original junto à crítica especializada e ao público, obrigando ao atendimento de pedidos dos mais diversos recantos do Brasil e do exterior”.
Ficamos vivamente impressionados com a capacidade de atendimento á nossa solicitação, certos de que Dª THAISE LEITE trabalha na exata função para a qual está designada, tal o interesse, a presteza e a fidalguia com que nos atendeu, regalando-nos com um inestimável documento. A ela nosso mais sincero agradecimento !
Parabéns ao bom gosto do Sistema CNI, que pelo seu Presidente sabe muito bem o que é CULTURA !

São Paulo, 04/12/2008
APÓSTOLO

HARMONIZANDO STANDARDS


Não que os brasileiros sejam nulos se o assunto é vocal harmônico. Há algumas lembranças. Os Cariocas, Tamba Trio, por exemplo. Mais tarde Momento Quatro, Quarteto 004, O Quarteto (de São Paulo), O Grupo e, mais frescos, Boca Livre e Be Happy – posso estar esquecendo outros. MPB4 e Quarteto em Cy não se enquadram, na minha opinião, nessa praia. Mas os norte-americanos têm uma impressionante tradição, a começar pelo fantástico Hi-Los até os mais recentes Singers Unlimited, Manhattan Transfer, New York Voices e, finalmente, Take 6, talvez o mais inovador e criativo entre todos. Formado no Alabama em 1980 pelos irmãos Claude & Brian McKnight, oriundos do R&B, o sexteto navegou pelas ondas do Gospel e outras estocadas mais instigantes ao lado de Quincy Jones e alguns nomes consagrados do jazz, além de Stevie Wonder, Yellowjackets e até mesmo Ray Charles. Como maior característica cantar “a capella”, o grupo vinha sendo cobrado para incluir standards no repertório. Finalmente agora, pela Heads Up, o sexteto lançou seu último CD com um título dos mais atraentes: The Standard. E chamou alguns convidados especiais, tais como Al Jarreau (vocal), George Benson (guitar, vocals), Aaron Neville (vocals), Jon Hendricks (vocals) e os trumpetistas Roy Hargrove e Till Bronner - este último, alemão, concorre na categoria melhor solo no Grammy pela sua atuação no álbum para o clássico Seven Steps To Heaven (Davis, Feldman & Hendricks). São 13 faixas, passando por Gershwin, Legrand, Mills, Gaye e até Mrs. Fitzgerald. Para quem aprecia um vocal arrojado, corajoso, com harmonias super elaboradas, The Standard é sem dúvida prato cheio e bom. (@@@@1/2)
....................................................................................
PS. Som na Caixa – Seven Steps To Heaven (Take 6, Hendricks, Jarreau & Bronner)
PS II. Mandando uma de scat singer, Jarreau é fiel ao solo de Miles.


AINDA SOBRE BILL HORNE

03 dezembro 2008

As informaçoes a que aludimos no post anterior dizem que o saudoso Bill foi sepultado no Cemitério de São João Batista em 22 de outubro de 2006. Quanto à foto, mostra Bill e Everardo Magalhães Castro.

BILL HORNE


Sobre Bill Horne:
Quando soube do falecimento de Bill Horne estranhei a absoluta falta de notícias sobre o episódio. Ninguém sabia detalhes, nem como ocorrera o óbito. Aqueles que acompanham o Jazz nessa cidade de São Sebastião, certamente saberão que Bill Horne foi um dos grandes incentivadores da arte entre nós. Tocava melofone e trompete e era figura obrigatória em todos os eventos de Jazz na cidade. Quando aludi a seu passamento na postagem sobre Dick Farney, recebi de Mestre Raffa a única informação que possivelmente exista sobre o assunto. Trata-se de um email enviado por Everardo Magalhães Castro, dando conta do ocorrido,o qual peço licença para reproduzir, em parte.
<<<>>>
Bill merecia mais do que isso. Mas, nossa imprensa é cega e muda e se faz de surda quando o assunto não dá IBOPE. Ainda bem que Everardo tinha pelo menos essa informação a qual agradecemos a Mestre Raffa a sua possível divulgação.

FALECEU JOE ROMANO

02 dezembro 2008



O saxofonista Joe Romano, falecido em 26 de novembro, era um dos integrantes da banda de Woody Herman que nos visitou em setembro de 1958. Romano, de 76 anos foi vitimado por um câncer de pulmão.

01 dezembro 2008

HOT CLUB DE PIRACICABA

No próximo sábado, dia 06 de dezembro e na “Escola de Música Ernest Mahle” em Piracicaba / SP, será feito o lançamento do CD “JAZZ a La Django” do “Hot Club de Piracicaba” em evento beneficente, com ingresso valendo 01 quilo de alimento não-perecível.
O “Hot Club” se apresentará e terá como convidados a “Traditional Jazz Band”, integrantes do grupo “Falando da Vida” e da “Banda da Guarda Mirim”, além da cantora Júlia Simões.
Serão 16 números musicais precedidos de filme sobre DJANGO REINHARDT e, ao final do espetáculo será feita a venda do CD com receita revertida para a entidade “NUPRON”.
Em São Paulo/Capital o CD "JAZZ a La Django" encontra-se a venda nas lojas da Livraria Cultura (Conjunto Nacional e Shopping Villa-Lobos).
Vale conferir esse trabalho de músicos que se dedicam ao "gipsy jazz" (o "jazz manouche" que tem em DJANGO sua maior expressão) ! ! !

APÓSTOLO