Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

WILLIAM OU BOZ?

13 novembro 2008


William Royce Scaggs nasceu em 1944, Ohio. Teve as primeiras aulas de guitarra aos 12 anos. Em seguida foi vocalista da banda de Steve Miller, já como Boz Scaggs. Depois de uma pequena temporada em Londres, decidiu-se finalmente por San Francisco a convite do próprio Steve Miller, com quem gravou 2 discos. E dali construiu uma carreira solo que teve o seu auge na década de 70. O mais famoso álbum, Silk Degrees (1976), ficou por várias semanas em 2º lugar na Billboard, verdadeiro best-seller, via Lowdown, seu maior sucesso. O estilo Scaggs sempre foi de extrema versatilidade. Tipo pop fusion, com temperos do rock, funk, soul e até mesmo da country music. Nada disso porém justificaria uma resenha do seu último CD aqui no CJUB. A não ser por um detalhe. Em 2003 ele lançou um disco surpreendente. Apenas como vocalista, veio acompanhado por um excelente quarteto. O CD (But Beautiful) trazia apenas standards da música norte-americana, embalados por um clima jazzístico dos mais agradáveis. Boz teria dito na época que esse projeto teria continuidade. E jamais escondeu sua paixão pelos grandes vocalistas de jazz. De fato, em 30 de setembro, um segundo álbum com as mesmas características foi lançado no mercado americano. Speak Low (Decca/2008) convoca outros standards consagrados por jazzistas, com direito até a Dindi (Jobim/Gilbert), hoje com mais de 200 gravações. Mas a diferença nítida entre os dois discos é a intenção jazzística. Speak Low escala músicos de primeira linha e um ótimo arranjador. E também Scaggs está bem mais seguro e criativo, dono, aliás, de um timbre de voz muito peculiar. A banda começa por Gil Goldstein (58), tecladista e arranjador acima de qualquer suspeita, assim com Alex Acuña (bateria e percussão), Mike Mainieri (vibes), Bob Sheppard (flauta & sax), Scott Colley (contrabaixo) e Eric Crystal (sax tenor). Há sempre uma tentativa de desconstrução de alguns clássicos da música norte-americana, não só no aspecto harmônico, mas também no rítmico, com um Acuña inspirado. O repertório inclui temas como Invitation (Kaper/Webster), Do Nothin’ Till You Hear From Me (Ellington/Russell), Skylark (Carmichael/Mercer), Speak Low (Nash/Weill), I Wish I Knew (Gordon/Warren), entre outros. O disco agrada muito do início ao fim. Boz Scaggs continua faturando alto em shows do tipo “greatest hits”. Dificilmente faria uma apresentação em cima do que foi feito em Speak Low. Esse é o problema. William ou Boz?
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Som na caixa: She Was Too Good To Me (Rodgers/Hart)



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