Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

FESTIVAL TUDO É JAZZ, OURO PRETO - 2008 - 1º SET

15 setembro 2008

Como adiantei no último sábado, a noite européia do Tudo é Jazz foi "chata". Não porque cada show tenha sido "chato", mas por termos ouvido quase 4 horas de jazz "cabeça".

Yaron Herman se espelha em K eith Jarrett até na postura de tocar o piano. O trio toca bem mas é repetitivo. Bojan Z também se esgota em si mesmo, repetindo um piano percussivo sem lirismo algum, além do aborrecido Fender que insistiu em tocar sem parar. O grande Michel Portal aquietou Bojan, mas tendo começado o set depois de meia noite e apesar de ser um brilhante intérprete do interessantíssimo clarone, levou parte da platéia à exaustão intelectual.

Antes de Portal, tocou o Hadouk Trio, do grupo "NemTudoéJazz". Maravilhosa apresentação dos franceses Didier Malherbe (sopros diversos) e Loy Ehrlich (teclados e guitarras exóticas) e do americano Steve Shehan (percussão). Não dá para explicar com palavras o universo sonoro percorrido pelo trio. Soube que tocaram domingo no Mistura às 5 da tarde. Que pena. Foi o melhor "NãoJazz" que ouví nos últimos anos.

Também do grupo "NemTudoéJazz", tocou no sábado o grupo de Omar Sosa. Cuba + África = Nada!! Na mesma categoria tivemos no domingo a festa de Milton Nascimento na Praça Tiradentes, encerrando o festival.

Levar o show final para o "point" da garotada de Ouro Preto pode ter sido bom para o marketing do festival, (até políticos subiram ao palco) mas foi ruim para o público que gosta de OUVIR música. Ficar em pé por quase 4 horas, assistir o show por um telão e aguentar um vai e vem constante de jovens com celulares e bebidas nas mãos, só mesmo um dedicado membro do CJUB para testemunhar e blogar.

No entanto, louvo a participação de Wayne Shorter, que continua sendo o mestre do soprano. Tocou e solou por mais de 1 hora, como se estivesse num clube de Jazz. Nosso Ron Carter chegou em cima da hora, não pode ensaiar e só tocou 2 músicas enquanto estive presente. (Abandonei a Praça às 22:15h).

Ressalto que Milton deu o maior espaço para Shorter, inclusive decepcionando um pouco aqueles que foram apenas ouvi-lo cantar seus grandes sucessos. Lembro também da ótima participação do Kiko Continentino, dialogando com Shorter e Carter nas passagens mais jazzísticas do concerto.

Se o show de encerramento de 2009 for na praça, tô fora!
BraGil, exausto!

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