Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

PODEROSAS TROVOADAS EM BAIXAS FREQÜÊNCIAS

25 agosto 2008

Há lançamento recente nos EUA capaz de entusiasmar aos leitores mais jovens do blog, i.e., o pessoal com menos de 50 anos, que porventura tenha se aproximado do jazz pelas vias do som notadamente pop mas com evidentes raízes na arte jazzística, de grupos como o Blood, Sweat and Tears, os Doobie Brothers, o duo Steely Dan e esticando um pouco, até pelo Earth, Wind & Fire, em sua totalidade portadores, direta ou complementarmente, de brass-sections cujos arranjos tão brilhantes quanto inflamados lhes valorizavam as faixas e, ao mesmo tempo, iam acostumando a neo-ouvidos atraídos pela música dançante, aos muito bons "indícios" jazzísticos ali presentes.

Inúmeros músicos de qualidade transitaram por essa zona "cinzenta" entre o jazz (mais "acadêmico") e o pop (mais comercial), denominada fusion (e que dá discussões/confusão enormes), ainda identificável por lá como soft jazz ou ainda smooth jazz).

E é principalmente por ela que três excelentes baixistas contemporâneos decidiram caminhar e desenvolver seu récem-lançado trabalho. Trata-se do CD Thunder, editado pelo selo Heads Up (#3163), do grupo S. M. V., as iniciais de Stanley Clarke, Marcus Miller e Victor Wooten, dos mais laboriosos e qualificados baixistas do mercado musical norte-americano.

Wooten teve a idéia depois que os três se juntaram no palco do evento Bass Player Live!, em outubro de 2006, em Nova Iorque. Nessa noite, o grande premiado fora Clarke, tendo recebido um "Lifetime Achievement"- pelo conjunto da obra - como baixista. Ele vira que a integração dos sons dos três contrabaixos, que pode parecer confusa se imaginarmos três instrumentos atuando nas freqüências baixas ao mesmo tempo, dera-se como mágica e a vontade de transformar aquilo em disco ficou no ar até que, num encontro casual entre Stanley e Marcus no aeroporto no dia seguinte, este afirmou: "Precisamos fazer aquilo rápido, não?". Com a concordância de Stanley e sabendo que Victor toparia (afinal a idéia era dele), decidiram tocar o projeto que saiu às ruas no último dia 12.

Contendo composições dos três e o auxílio de músicos do quilate de Chick Corea e George Duke, além da produção cuidadosa de Marcus Miller, o que poderia parecer um grade erro musical parece vir agradando aos críticos que já resenharam Thunder. A conferir.

Disco: Thunder
Grupo: S. M. V.
Selo: Heads Up - 3163

Faixas:

1. Maestros de Las Frecuencias Bajas
2. Thunder
3. Hillbillies on a Quiet Afternoon
4. Mongoose Walk
5. Los Tres Hermanos
6. Lopsy Lu - Silly Putty (Medley)
7. Milano
8. Classical Thump (Jam)
9. Tutu
10. Lil' Victa
11. Pendulum
12. Lemme Try Your Bass? (Interlude)
13. Grits

Nenhum comentário: