Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

UM SÁBADO PERFEITO

18 janeiro 2008


Foi no dia quatro do corrente que aconteceu a grande aventura. Estevão Herman convidou amigos para que, em sua casa em Petrópolis, comemorassem com ele o seu aniversário. A caravana partiu da Modern Sound em luxuosa van e durante todo o percurso foram exibidos DVDs. O CJUB foi devidamente representado por Mário, Coutinho, Llulla e Sazinho, esse em grande forma, capitaneando o time e dando instruções, usando para tanto os costumeiros substantivos e verbos que Coutinho classifica como “garbage”.
Primeira ordem: “Pit Stop” no Pavelka para abastecimento. Chope, Água Tônica, Mate e Coca Cola foram os líquidos consumidos, enquanto esTe escriba matou uma saudade de trinta anos degustando com sofreguidão o famoso sanduíche de lingüiça.

Chegamos na casa de Estevão que, guardadas as devidas proporções, é uma espécie de Principado, embora ele não pertença a família real. Fomos recebidos com muito carinho por ele e a sua bonita família, e após uma rápida visita a algumas dependências, nos instalamos no bar da piscina. Ali, entre bebidas e canapés, a conversa animada com a participação geral e o humor muito bem representado pelo radialista Luiz de França.

Recordamos com Estevão, Coutinho e Beltrão o tempo das Lojas Murray, seus freqüentadores, casos acontecidos etc. De repente veio a ordem para que todos fossemos examinar a “pièce de resistence” do almoço, um Vermelho já com maioridade com cerca de 15 quilos, que foi imolado em forno de lenha em homenagem aos Deuses do Jazz. Mário analisou a peça e sugeriu que a mesma, como Shadrack, Misak e Abdenago, voltasse para a fornalha, o que foi feito. Voltamos para o bar vendo o Red Label , como um beija-flor, dar voltas olímpicas, molhando os copos de Sazinho, Mário e Coutinho. Toca o sino chamando a galera para o almoço. Chegou o Vermelho devidamente guarnecido, que se submeteu a uma cirurgia executada por um dos filhos de Estevão.

Além do Vermelhão, tivemos lombo de porco, que Coutinho quis promover a javali e deliciosos feijão, arroz e farofa. Isso sem falar na “ouverture” que foi um monumental jogo de saladas.

Voltamos para a sala de música, um primor, devidamente guarnecida com piano de cauda, contrabaixo e uma bateria “Gretsch”, e um turbilhão de peças fonográficas de Lps a DVDs, sem falar em Cds, dos quais Estevão possui mais de trezentos só do trumpetista Chet Baker. Ao lado a sala de cinema, onde pudemos assistir a takes de Shirley Horn, um Piano Workshop, realizado em Berlim em 1965 e ao sensacional ”Spok Frevo”, um primor da cultura musical brasileira alicerçada no Jazz. Ou seja, todos os solistas improvisam com fraseado jazzistico e apresentando um swing contagiante.

Voltamos ao bar da piscina onde pudemos observar novos passos do “Johnny Walker” sempre em direção aos mesmos fregueses. Fomos chamados para a sala para o tradicional “parabéns pra você”, repetido algumas vezes para que duas dos onze netos de Estevão pudessem apagar as velinhas. Aí entrou o lado sério da solenidade com a palavra dada a Luiz de França. Seu “speech” foi realmente sensacional e mostrou que o mesmo possui um largo conhecimento do vernáculo. Grande França!

Volta ao bar da piscina onde as conversas continuaram e muitas fotos foram tiradas. Enquanto nossa van já estava no estacionamento aguardando a comitiva, o motorista se mostrou preocupado com o horário, já que tinha outro trabalho a cumprir. Foi difícil reunir o pessoal. Enquanto isso, fiquei recordando algumas passagens do dia. A casa de hóspedes (eu disse casa e não quarto) onde já dormiram Harry James e Dave Brubeck e onde um pequeno e valente cão quase “desarmou” Coutinho. A hospitalidade com que fomos recebidos pela bonita família de Estevão, o canto dos pássaros, a bronca que as araras deram em Mário quando esse foi fotografá-las, a conversa sempre engraçada de Luiz de França e a confraternização entre todos os convidados.

Finalmente partimos de volta ao Rio e Sázinho, ainda em grande forma, premiou a todos com seus conhecidos termos eclesiásticos. Foi um sábado feliz!


O CJUB agradece a Antonio a cessão das fotos.



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