Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JAZZ EM BUENOS AIRES

04 janeiro 2008

Estive de passagem pela bela capital argentina neste final de ano. Tentei, mas quando cheguei na "loja-de-discos-bar-restaurante-casa de shows" Notorious no dia 28/12, seco que estava para ouvir um pouco do jazz "porteño", dei com a cara na porta. Fui, embalado pelo artigo da revista de bordo das Aerolíneas, que comento adiante. Embora fosse apenas meia-noite, os músicos já estavam guardando seus instrumentos e as contas sendo pagas. Decepção, por conta de uma noite historicamente boêmia. O que, no entanto, não se confirmou. Vamos às novas:

Segundo o artigo "Jazz em Buenos Aires", de Tatiana Goransky, "graças a uma nova geração de intérpretes e de fãs, a oferta local vem se refinando e vindo ao encontro de um tipo de público mais extenso".

Ela dá os locais que estão em voga, no momento, para se ouvir jazz do bom e é isso o que interessa a quem for até Bs.As.: o (já referido) Notorious, o Thelonious e o Jazz Voyeur, este situado dentro do Recoleta Hotel Boutique Meliá.

Salienta que, embora tais lugares permitam adicionalmente a compra de CDs ou um bom jantar, os verdadeiros protagonistas são os talentosos jazzistas locais, incluindo aí veteranos, alguns dos quais apresentavam-se no mais famoso reduto jazzístico da capital, o Oliverio, na Rua Paraná. Como expoentes do jazz local, frutos das sementes plantadas há vinte anos, menciona Luis Salinas, Javier Malosetti, Fats Fernández, Adrián Iaies (com seu grupo, Touch) e ainda a célebre big band de Pocho Lapouble.

Bandas imperdibles

Na atualidade, informa que há algumas bandas obrigatórias para que se compreenda o atual estágio do jazz no país: Poliyazz, uma small band de nove + 1 membros (sendo seis de sopro), que tem como base do seu repertório a musica do The Police - o que talvez seja uma das chaves para o crescimento do público interessado em jazz por lá, uma porta de entrada para a compreensão pela garotada - mas que agrada também aos fanáticos, por seus arranjos impecáveis.

Outra formação de destaque é a banda do saxofonista Ricardo Cavalli, de bom reconhecimento pela crítica local e dotada de um grupo fervoroso de fãs.

Inclui na lista o sexteto Escalandrum, que tem quatro CDs gravados e que já se apresentou em diferentes lugares pelo mundo, e segundo a articulista, um dos expoentes do jazz feito atualmente no país.

Para quem aprecia o jazz cantado, destaca a cantora Déborah Dixon, que se faz acompanhar pelo pianista Patán Vidal na sua interpretação de standards dos mais clássicos e blues suingados.

Como indicação aos amantes das big bands, recomenda a audição da Mariano Otero Orquesta, composta por catorze dos melhores músicos locais e que acaba de lançar seu disco Cuatro. Dá ainda indicações para algumas bandas que misturam o jazz e outras vertentes mais modernas, como o Trés Bien Ensemble e o Cuatro Varas.

Finalmente, para os verdadeiros entusiastas do jazz, recomenda como parada final El Juan Cruz de Urquiza Cuarteto, liderado pelo famoso trompetista (desde a época do velho Oliverio), considerado hoje o melhor de sua geração, e que lançou há pouco o seu segundo CD, Vigilia. Juan acompanhou Chano Dominguez durante o ano passado em turnês pelo México, França e Espanha, e dedica-se, desde novembro, a apresentar o repertório do CD todos os sábados no Thelonious.

Para terminar, a jornalista indica o Trío Indigo, cujo pianista Pablo Raposo é destaque na programação dos melhores palcos da cidade e cujo talento não pode ser ignorado pelo visitante em busca de um som entre o latin jazz e a bossa-nova.

Esse é o panorama atual. Pena que não deu para checar pessoalmente. Mas o próximo que lá for já deterá algumas recomendações. E se puder, nos dará suas impressões. Ou quem sabe o sábio Nano Herrera, famoso como crítico e detentor de dois programas de jazz na madrugada de Bs.As. acaba nos lendo e chancela alguns desses artistas?

A ver.

Notorious: Av. Callao, 966 - tel.: 4813.6888. Abre todos os dias.

Thelonious: Salguero, 1884, 1o. piso - tel.: 4829.1562. De quarta a domingo, a partir das 21 hrs.

Jazz Voyeur Club: Meliá Recoleta Plaza Boutique Hotel, Posadas, 1557 - tel.: 5353.4000. Apenas às quintas, às 21,30 hrs.

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