Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

Histórias do Jazz n° 52

04 janeiro 2008

As “Jam Sessions na rádio”


Por incrível que pareça também fui abençoado pelos Deuses do Jazz durante a existência do programa “O Assunto é Jazz” que comandei por quase 29 anos na Difusora Fluminense e mais tarde na Fluminense FM.
Começamos pela série de amigos que fizemos através a audição, gente que não perdia a oportunidade de assistir o programa e dele participar.Eram assíduos freqüentadores , Gedir Pimentel, José Maria Pacheco e Maxwell Johnstone (que Deus os tenha), Pedro Cardoso, Nilton Fantesia, Mário Jorge, Domingos Carvalho etc. Dessas amizades surgiu a A.N.D., nossa confraria que até hoje se reúne na última quinta-feira de cada mês , em vésperas de comemorar o seu vigésimo aniversário.
Quando o programa “estourou” na FM, as rádios que nunca admitiram Jazz em sua programação abriram espaço para a arte musical maior (obrigado Apóstolo) o que foi ótimo, pois cada espaço que o Jazz obtinha era mais uma trincheira para lutar contra o chamado preconceito musical .
Mas,e os músicos ? Aqueles que afinal de contas eram os responsáveis pelo miolo de uma programação ? Disseram presente e nos prepararam algumas surpresas deliciosas nas audições de aniversário do programa que geralmente duravam quatro horas.
Nessas ocasiões, os estúdios da Fluminense lotavam e muita gente ia para a técnica para ver e ouvir o que estava acontecendo . Foi em dezembro de 1984 que tivemos a primeira surpresa. Em pleno programa entram tocando no estúdio os integrantes dos “Rambler’s” (Alex Andrade (tp)-Marcio Cintra (cl)- Fritz Meyer (tb)-Sidney Muniz (bj) e Walter Nogueira (wsh) ). Foi uma ótima surpresa e famosos temas do Jazz de New Orleans foram tocados . Tive a honra de participar musicalmente, fazendo as vezes de baterista com a percussão trazida por Walter Nogueira. O programa que já tinha os galardões de ser o primeiro programa de Jazz em FM , o primeiro a ter duas horas de duração adicionava agora o primeiro a apresentar Jazz ao vivo em FM.
Em 1985 nova surpresa. Os “Ramblers” voltaram e para nossa alegria foi realizada uma “Jam Session” ecumênica com Cláudio Roditi, nosso amigo de longa data ao trumpete e Maurício Einhorn na gaita. Foi para mim um momento emocionante pois Cláudio já despontara nos Estados Unidos integrando a “tropa de elite” do instrumento e quis participar embora não tivesse trazido o instrumento. Alex Andrade que andava sempre “armado”, tirou do estojo um outro instrumento e cedeu a Cláudio para gáudio dos presentes. Maurício ,um “habitué” do programa , não se fez de rogado e participou alegremente dessa “Jam Session”.
Em 1986 poderíamos dizer que tivemos uma audição de “cool jazz” . E foi uma audição que ocupou quase todo o programa, com a música de Maurício Einhorn e Alberto Chimelli ao violão. Franco entendimento com os dois atendendo aos nossos pedidos não faltando o “The shadow of your smile”, uma das minhas preferidas .
Finalmente, em 1987 uma grande surpresa. A visita da “Rio Dixieland Jazz Band” com Sebastião Gonçalves(tp), Charles Korceginsky (cl), Roberto Marques (tb)- Paulo Cezar (TB)- Sidney Muniz(bj) e Walter Nogueira (wsh). Um programa super alegre com um Jazz de alta qualidade que alegrou a todos os presentes e aos ouvintes que se manifestaram por intermédio de cartas e telegramas cumprimentando o programa por mais um aniversário.
Esses acontecimentos marcaram muito a existência de “O Assunto é Jazz”, principalmente na fase da FM. Tenho dezenas de cartas ainda guardadas com manifestação de ouvintes assíduos, inclusive pessoas de destaque na área musical como o pianista Miguel Proença. Por sorte dois grandes amigos gravaram esses programas em fita cassete. Pedro Cardoso e Mário Jorge e nós esperamos que quando passarem para CD não se esqueçam de nós.

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