Foram gravadas ao todo 40 sessões antes de Hawkins, no entanto, todas foram sublimadas pela antológica interpretação do saxofonista tenor Coleman Hawkins com uma série de choruses improvisados de grande sutileza melódico-harmônica. Como líder Hawkins gravou 19 vezes, como sideman 9 e no Jazz At Philharmonic 4, sendo uma em 1945 – Los Angeles, outras duas no Carnegie Hall em 1947 e 49 e em 1966 no Royal Festival Hall em Londres. Existe a informação de que Hawkins gravou a canção despretensiosamente ao fim de uma sessão no estúdio da RCA Victor e, mais tarde, surpreso com o sucesso obtido declarou: —"não fiz nada além de uma balada e faço isto há anos centenas de vêzes!”
O disco fonográfico exerceu uma espécie de ditadura sobre o mundo do jazz. O sucesso imprevisto que uma gravação podia proporcionar tinha, às vêzes consequências inesperadas para o músico. Uma delas é que teria de repetir aquela execução infindáveis vêzes, dia após dia, show após show, e não podia variar muito, ou mesmo nada, pois o público ali estava esperando para ouvir aquele mesmo solo do disco, ao vivo. Hawkins nos primeiros anos repetia praticamente sua interpretação original nota a nota, mas depois de 20 anos já um tanto liberto executava a balada algo diferente e até mais charmosa.
Em 1958 o crítico e produtor Leonard Feather calculava que Hawkins teria executado pelo menos umas 6.600 vêzes Body and Soul nos 6.800 dias passados desde a data da gravação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário