Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BOLLANI, UM CRAQUE

14 dezembro 2007


A evolução do jazz italiano, com o surgimento de bons músicos – vide Stefano Di Battista e Fabrizio Bosso no Tim Festival -, já deixou de ser apenas uma tendência ou modismo. Inúmeros CDs são lançados mensalmente. Um dos mais recentes, por enquanto em edição japonesa, traz de volta o pianista Stefano Bollani, que já em 2003 foi responsável pelo belíssimo “Falando De Amor”, com temas de Jobim. “I’m In The Mood For Love” (Tokuma/2007) dessa vez explora clássicos da música norte-americana. E Bollani confirma sua posição como um dos mais criativos e versáteis pianistas italianos, ao lado de Enrico Pieranunzi e Stefano Battaglia, entre outros. Bollani, nascido em Milão,1972, esteve agora em dezembro no Rio de Janeiro, apresentando-se gratuitamente na comunidade Pereira da Silva, em Laranjeiras, ao lado de Zé Nogueira (sax), Jorge Helder (baixo), Jurim Moreira (bateria), Marco Pereira (violão) e Armando Marçal (percussão), exatamente a formação do seu também recentíssimo CD “Bollani Carioca”.
Mas em “Im’ The Mood For Love” a linguagem é a mais jazzística possível. Além de alguns standards surrados, como o tema-título acima, Bollani aborda outros hits não muito usuais entre os jazzistas mais modernos, como “Margie”(Davis/Robinson), sucesso na voz de Ray Charles, e “Puttin’ On The Ritz”(Berlin), responsável pela primeira aventura de Clark Gable como vocalista e dançarino no cinema. Seguem-se outros clássicos como “Makin’ Whoppee”, “Cheek To Cheek”, “It’s Only A Paper Moon” e até mesmo “Moonlight Serenade”. Como era de se esperar, Bollani promove verdadeiras metamorfoses musicais ao tratar cada versão com extrema originalidade e, principalmente, bom-gosto, amparado por uma invejável concepção harmônica. Com seus parceiros habituais – Ares Tavolazzi, baixo, e Walter Paoli, bateria - , Bollani mostra nesse CD a razão de ter sido eleito o melhor músico europeu de 2007 (Prêmio Hans Koeller).
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PS. "O jazzista italiano Stefano Bollani irá tocar neste sábado (1º) em uma favela carioca acompanhado de cinco músicos brasileiros.Bollani, Marco Pereira (violão), Jorge Helder (contra-baixo), Jurim Moreira (bateria), Armando Marçal (percussionista) e Zé Nogueira (sax soprano) se apresentarão na Quadra da favela Pereira da Silva, a Pereirão da zona Sul do Rio de Janeiro."Será um evento especial não só para mim, que toca pela primeira vez em um cenário insólito, mas também para os moradores da favela e os cariocas em geral", acredita Bollani, em entrevista à agência ANSA."
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PS II. O evento, rebatizado de Úmbria Jazz Brasil, faz parte de um acordo de cooperação internacional assinado em 2004 entre Brasil e as regiões italianas de Umbria, Marche, Toscana, Emilia-Romagna e Ligúria.


stefano bollani ma...

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