Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 29 - TOMMY DORSEY

30 setembro 2007

Thomas Francis Dorsey, Jr. nasceu em Shenandoah, PA a 19/nov/1905, estudou trompete com seu pai e mais tarde mudou para o trombone. Em 1929 chegou a fazer algumas gravações ao cornetim com grande influência de Bix Beiderbecke e alguma coisa de Louis Armstrong. Com Bix, porém já ao trombone gravou alguns temas em 1924 e 1930.
Com seu irmão Jimmy formou o grupo Dorsey's Novelty Six e depois os Dorsey's Wild Canaries no início dos anos 1920. Mais tarde foi para New York onde trabalhou nas orquestras de Jean Goldkette e Paul Whiteman.
Em 1928 fundou com seu irmão a Dorsey Brothers Orchestra, contudo a banda só obteve realmente sucesso em 1934, tudo ía muito bem porém os gênios não se combinaram e em 1935 se separaram cada um montando sua própria orquestra. A principal razão era um contrato por 15 meses de exclusividade com a Decca Records com o qual Tommy não concordava, então organizou um grupo para dança com músicos remanecentes da antiga Joe Haymes' Orchestra e aproveitando a Era Swing que se iniciava acabou por se tornar bastante popular.
Apesar da big band Tommy gravou com inúmeros pequenos conjuntos incluindo legendários jazzmen como Louis Armstrong, Mezz Mezzrow, George Wettling, Jack Teagarden, Red Allen, Eddie Condon e Pops Foster.
O estilo se caracterizava pelos arranjos suaves com grande precisão nos tempos e excelentes solos contando com jazzístas de primeira linha como os trompetistas Bunny Berigan, Yank Lawson, Ziggy Elman, Carl "Doc" Severinsen e Charlie Shavers, com Joe Bushkin ao piano, o trompetista, compositor e grande arranjador Sy Oliver (que escreveu "Well, Git 'It" and "Opus One"), os clarinetistas Buddy DeFranco, Johnny Mince e Peanuts Hucko, os bateristas famosos como Buddy Rich, Louis Bellson, Gene Krupa e Dave Tough, do baixo de Sid Weiss, do ótimo conjunto vocal Pied Pepper, da cantora Jo Sttaford e nada menos de que Frank Sinatra, além do magnífico trombone do próprio Tommy Dorsey com um fraseado elegante, sonoridade aveludada, melodiosa e uma tonalidade pura. Apelidado de "sentimental gentleman of the swing" possuia um temperamento forte como se diz de "sangue quente" o que não o tornava sentimental nem tampouco gentleman, mas um dos melhores trombonista da "escola branca" de Chicago.
Em 1938 obteve um tremendo sucesso com Boogie Woogie em uma adaptação da peça para piano de Pine Top Smith e outros vieram como Marie e Song of India ambos com brilhantes solos de Berigan.
Após o declínio das bandas swing na década de 50 Tommy conseguiu manter seu prestígio e por vezes seu irmão Jimmy ao sax-alto e clarinete se juntava ao grupo amenizando a antiga rixa, inclusive reeditando a Dorsey Brothers Orchestra de 1953 a 56 principalmente em atuações na televisão tendo inclusive seu próprio show na rede CBS ― Stage Show, a partir de 1954 com cobertura nacional.
Tommy Dorsey falece a 26/nov/1956 dormindo em sua residência de Greenwich, Connecticut, tudo indicando devido a um choque de barbitúricos.
Jimmy assume a liderança da Tommy Dorsey Orchestra, mas falece 1 ano depois e a banda fica sob direção dos trombonistas, primeiro Warren Covington e depois com Buddy Morrow.
A gravação que escolhemos mostra a Dorsey Brothers em plena forma com solos de Klein, Jimmy ao sax alto e naturalmente do trombone de Tommy.

Dorsey Brothers Orchestra

BREAKAWAY (Archie Gottler / Sidney Mitchell / Con Conrad) – The Travelers (The Dorsey Brothers Orch) – Tommy Dorsey (trombone e líder), Leo McConville, Mannie Klein (tp), Jimmy Dorsey (sa, cl), Alfie Evans (sa), Paul Mason (st), Arthur Schutt (pi), Tony Colucci (bj), Hank Stern (tuba), Stan King (bat).
Gravação original: 19/junho/1929 – New York - selo Okeh 41260
Fonte: CD - Tommy Dorsey Centennial Collection – Columbia Legacy Records 71167 – 2005 - USA



JACQUES LOUSSIER TRIO NO TEATRO MUNICIPAL, RJ

29 setembro 2007


Data : 10 de outubro, 20:30hs
Local : Teatro Municipal, Rio de Janeiro
Ingressos : Platéia e Balcão Nobre - R$230; Balcão Simples - R$130; Galeria - R$56.

FOLHA DE SP LANÇA COLEÇÃO DE JAZZ NAS BANCAS

A partir deste domingo, 30/09, o jornal Folha de São Paulo lança nas bancas um série de 20 coletâneas de grandes nomes do jazz. Uma iniciativa bastante ousada em vista do que vemos por aí onde a música de qualidade sempre fica a parte em função da evidência da música dita "comercial" e de alguns batidões e outras coisas podres que a gente ouve por aí.

Bem encadernados em um livro-cd com 60 páginas, papel de alta qualidade e capa dura, contendo a história, biografia, e repertório de cada artista, aliás muito bem selecionado, e escritos pelo jornalista e colaborador Carlos Calado da Folha de SP.
São gravações do catálogo da Blue Note, Pacific e Capitol e o único nome que soa estranho neste contexto é o de Al di Meola, um grande guitarrista mas sempre atuou na frente mais fusion e talvez esteja aqui representando esse movimento, inciado por Miles no fim dos 60' e que se expandiu nos anos seguintes.

Enfim, nestes 20 discos saem na ordem :

Nat King Cole e Herbie Hancock, 30 de setembro;
Louis Armstrong, 07 de outubro;
Charlie Parker, 14 de outubro;
Art Blakey, 21 de outubro;
Ella Fitzgerald, 28 de outubro;
Chet Baker, 04 de novembro;
Thelonious Monk, 11 de novembro;
Benny Goodman, 18 de novembro;
Horace Silver, 25 de novembro;
Miles Davis, 02 de dezembro;
Billie Holiday, 09 de dezembro;
Duke Ellington, 16 de dezembro;
Chick Corea, 23 de dezembro;
Ornette Coleman, 30 de dezembro;
Dizzy Gillespie, 06 de janeiro;
John Coltrane, 13 de janeiro;
Al Di Meola, 20 de janeiro;
Charles Mingus, 27 de janeiro;
Lee Morgan, 03 de fevereiro.

Bem provável que nós já tenhamos a coleção em sua totalidade, através dos originais, e afinal são coletâneas, mas é uma excelente oportunidade para que as pessoas fiquem mais perto da música dos músicos.

Nas bancas aos domingos por R$11,90 e no lançamento vem os dois primeiros - Nat King Cole e Herbie Hancock.

ALEGRIA: ANIVERSÁRIO HOJE

27 setembro 2007

E várias partes do globo estão em festa: na Faixa de Gaza, Palestina, vibram tanto o Hamas como o Mossad; no Leblon, a Dias Ferreira se engalana, assim como, no Centro, a Praça XV e o Forum do Rio. Em Brasília, embandeira-se o STJ, palco recente de belas atuações. Além, claro do CJUB.

É que hoje completa seus 39 anos de bons serviços prestados aos amigos, clientes e leitores do blog, o nosso guerrilheiro de plantão, o nosso primeiro e único Bené-X (como todos já sabem, cria espiritual da Benedita e de Malcolm-X).

Seu alter ego, o educado, carinhoso e dedicado filho do Sr. Marcos e D. (sorry, mafrena, mas me escapa o nome da Sra. sua mãe), prestes a ingressar na faixa da razão - apenas um ano o separa desse marco - e pai da Giovanna e do André, festejará a data em companhia da família, reservando-se então o almoço de amanhã, sexta, para adesões em torno da sua alegria, às 13 horas, na Churrascaria Oásis (tudo a ver) da Rua Gonçalves Dias, 56, numa mesa no andar de cima (valeu, Sazz).

Daqui do CJUB, um abraço grande, em nome da turma. E o desejo de muitos anos de vida, com saúde e felicidades. And lotsa Jazz!!!

NONA EDIÇÃO DO JAZZ NO MORRO DO JOÁ

24 setembro 2007

Nosso amigo Heiner Pflug acaba de retornar de sua viagem solitária, de moto, sedento por jazz e bossa, onde percorreu em 26 mil quilômetros, a trilha de Marco Polo, indo até a Mongólia. Portanto está convidando para a Nona Edição do Jazz no Morro do Joá em sua casa, uma das mais bonitas do Rio. Além da música acontece uma festa e um happening, com gente bonita e famosa.

























Os músicos do grupo Água Viva serão:
João Bittencout (p), Marcela Velon (voz), Felipe Cota (d), Mayo Pamplona (b) e Yuri Villar (s).

Data: Quinta feira, dia 27 de setembro de 2007
Lugar: Rua Prof. Pantoja Leite 250, Joá (Casa do Heiner)
Entrada: a partir de 20.00 horas
Horário da performance: três sets, cada um diferente, a partir de 20.30 horas
Couvert artístico: R$ 12,00 por pessoa
Bebidas: cerveja, coca e água – cortesia da casa
Comida: sanduíches artesanais – cortesia da casa

Após passar pelo portão que vai para o clube Costa Brava, dobrar a direita e passar por outro portão do condomínio. Basta perguntar pela Casa do Heiner.
É um evento imperdível e o valor cobrado pela entrada é distribuido pelo Heiner entre os músicos. Tem muito espaço, lugar pra sentar e ouve-se a música de todos os lugares da casa.

Qualquer duvida eu oriento como chegar.
Me confirmem sua participação para que possamos incluí-los na lista de convidados.
Aguardo voces lá.

Manim
RETRATOS
05. STAN GETZ (G)
Discografia Reduzida - 05/Maio/1976 ao Final

ROSOLINO, BRASILEIROS, NOVAMENTE NO “REBANHO”
Cybill Shepherd (arranjos de Oscar Castro.Neves)
Frank Rosolino (trombone), Mike Altschul, Andreas Kostelas, Arthur Smith e Richard Spencer (flauta), Stan Getz (sax.tenor), Terry Trotter (piano), Oscar Castro-Neves (guitarra e teclado), Monty Budwig (baixo), Joey Baron (bateria), Paulinho Da Costa (percussão), Cybill Shepherd (vocal)
Helder Studios, Hollywood, Califórnia, 05, 06, 08 e 09/05/1976
1. I Can't Get Started
2. Pease Don't Talk About Me When I'm Gone
3. This Masquerade
4. Mad About The Boy
5. I'm Old Fashioned
6. It Never Entered My Mind
7. Speak Low
8. I'm Falling In Love Again
9. Do It Again
Album da Inner City: Cybill Shepherd - Mad About The Boy

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), JoAnne Brackeen (piano), Clint Houston (baixo), Billy Hart (bateria)
'Ljubljiana Jazz Festival', Iugoslavia, 20/06/1976
1. Blues
Album da etiqueta iugoslava Jugoton: Various Artists - Jazz: Na Koncertnom Podiju, Vol. 2

Woody Herman And His Orchestra
Stan Getz (sax.tenor), Al Cohn, Jimmy Giuffre e Zoot Sims (saxes.tenor exceto na faixa 5), Ralph Burns (piano na faixa 2), demais componentes não identificados e não há solo do líder Woody Herman
"Carnegie Hall", New York, 20/11/1976
1 Four Brothers
2. Early Autumn
3. Blue Getz Blues
4. Wrap Your Troubles In Dreams
5. Blue Serge
Album da RCA: Woody Herman - The New Thundering Herd
Concerto com os clássicos de Herman e Getz que marcaram época

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), JoAnne Brackeen (piano), Niels-Henning Orsted Pedersen (baixo), Billy Hart (bateria)
"Cafe Mountmartre", Jazzhus, Copenhaguem, Dinamarca, 28/01/1977
1. Lush Life
Album da SteepleChase: Stan Getz Quartet Live At Montmartre, Vol. 1

Stan Getz Quartet
Mesma formação e local anteriores, no dia seguinte, 29/01/1977
1. Morning Star
2. Lester Left Town
Albuns da SteepleChase: Stan Getz Quartet Live At Montmartre, Vol. 1, Stan Getz Quartet Live At Montmartre, Vol. 2

Stan Getz Quartet
Mesma formação e local anteriores, no dia seguinte, 30/01/1977
1. Eiderdown
2. Infant Eyes
3. Blues For Dorthe
4. Lady Sings The Blues
5. Canção Do Sol
6. Stan's Blues
Mesmos albuns anteriores da SteepleChase

Montreux Summit
Maynard Ferguson e Woody Shaw (trumpetes exceto nas faixas 4 e 5) Greg Bowen, Alan Downey, Stan Mark e Joe Morsello (trumpetes exceto nas faixas 5 e 6), Clifford Hardie, David Horler e Geoffrey Perkins (trombones exceto nas faixas 5 e 6), Slide Hampton (trombone na faixa 4), Thijis Van Leer (flauta nas 03 primeiras faixas), Bobbi Humphrey (flauta exceto nas faixas 5 e 6), Hubert Laws (flauta exceto na faixa 5), Stan Getz (sax.tenor), Benny Golson (sax.tenor nas 03 primeiras faixas), Dexter Gordon (sax.tenor exceto nas faixas 4 e 5), Bobby Millitello (sax.barítono exceto nas faixas 4 e 5), George Duke (teclado nas 03 primeiras faixas e piano na faixa 6), Bob James (teclado nas faixas de 1 até 4 e piano na faixa 5), Eric Galé e Steve Khan (guitarras exceto nas faixas 5 e 6), Janne Schaffer (guitarra nas faixas 2 e 3), Alphonso Johnson (baixo exceto na faixa 6), Gordon Johnson (baixo na faixa 6), Billy Cobham (bateria exceto nas faixas 5 e 6), Peter Erskine (bateria na faixa 5), Billy Brooks (bateria na faixa 6), Ralph MacDonald (percussão exceto nas faixas 5 e 6)
'Montreux Jazz Festival', "Casino De Montreux", Suiça, 24/07/1977
1. Blues March
2. Montreux Summit
3. Andromeda
4. Night Crawler
5. Infant Eyes
6. Red Top
Albuns da Colúmbia: Various Artists - Montreux Summit, Vol. 1, Various Artists - Montreux Summit, Vol. 2

Stan Getz Sextet
Bob Brookmeyer (trombone da válvulas), Stan Getz (sax.tenor), Andy LaVerne (piano), Mike Richmond (baixo), Jeff Brillinger (bateria), Efrain Toro (percussão)
'Jazz Buhne Berlin', Berlim, Alemanha, 26/03/1978
1. Jet Lag
2. Lester Left Town
3. Anna
4. Oh, Grande Amor
5. Pretty City
6. Willow Weep For Me
7. Morning Star
Albuns do selo alemão Repertoire: Stan Getz - Jazz Buhne Berlin '78, Stan Getz - Pretty City

Stan Getz - Bob Brookmeyer Sextet
Mesma formação anterior
"Congresshall", Varsóvia, Polònia, 09/04/1978
1. Academy Of Jazz
2. Par For The Course
3. Pretty City
Album do selo polonês Polish Jazz: Stan Getz/Bob Brookmeyer - Academy Of Jazz
Este selo polonês é o mesmo que gravou e editou a magnífica série “Polish Jazz” (Jazz polonês, volumes 1, 2 e 3), com as participações dos pianistas Krzystof Komeda, Wojciech Karolak e Andrzej Trzaskowski, apresentando composições e interpretações próprias quase sempre na linha “mainstrean”

Stan Getz Orchestra And The Ramones
Stan Getz (sax.tenor), Andy LaVerne (piano e teclado), Lalo Schifrin (piano), Mike Long e Clark Spangler (sintetizadores), Dennis Budimir, Paul Jackson e Tim May (guitarra), Stanley Clarke e Abe Laboriel (baixos elétricos), Victor Jones (bateria) Larry Bunker, Paulinho Da Costa, Steve Forman, Joe Porcaro e Bob Zimmitti (percussão), Marc Bell, Douglas Colvin, John Cummings, Tommy Erdelyi, Jeff Hyman, Richie Reinhardt e Christopher Joseph Ward (vocal na faixa 5)
Los Angeles, Califórnia, 20 e 21/12/1978
1. Don't Cry For Me Argentina
2. Children Of The World
3. Livin' It Up
4. Street Tattoo
5. Hopscotch
6. Rainy Afternoon
7. You, Me And The Spring
8. Summer Poem
9. The Dreamer
10. Around The Day In Eighty Worlds
Album da Colúmbia: Stan Getz - Children Of The World

FESTIVAIS EM CUBA, MONTEREY, CONCORD, AUREX. WOODY HERMAN “AGAIN”
Havana Jam
Woody Shaw (trumpete nas faixas 3 e 4), Hubert Laws (flauta nas faixas 3 e 4), Arthur Blythe (sax.alto nas faixas 3 e 4), Stan Getz e Dexter Gordon (saxes.tenor), Jimmy Heath (sax.tenor nas faixas 3 e 4), Bobby Hutcherson (vibrafone), Cedar Walton (piano), Percy Heath (baixo), Tony Williams (bateria), Willie Bobo (percussão nas faixas 3 e 4)
"Karl-Marx Theatre", Havana, Cuba, 03 a 05/03/1979
1. Polka Dots And Moonbeams
2. Tin Tin Deo
3. Sounds For Sore Ears
4. Project S.
Albuns da Colúmbia: Various Artists - Havana Jam, II, Various Artists - Havana Jam

Woody Shaw Orchestra
Dizzy Gillespie e Woody Shaw (trumpetes), Tim Burke, Bill Byrne, Jim Powell, Kitt Reid e Ron Rodriguez (trumpetes e flugehorns), Slide Hampton, Nelson Hinds e Birch Johnson (trombones), Larry Shunk (trombone barítono), Woody Herman (clarinete, sax.alto, sax.soprano), Bob Belden e Stan Getz (saxes.tenor), Dick Mitchell (sax.tenor, flauta, oboé, pícolo), Frank Tiberi (sax.tenor e flauta), Gary Smulyan (sax.barítono), Dave Lalama e Dave Larocca (pianos), Ed Soph (bateria)
'Monterey Jazz Festival', Monterey, Califórnia, 15/09/1979
1. Caravan
2. I Got It Bad And That Ain't Good
3. Countdown
4. Better Git Hit In Your Soul
5. Woody'n You
6. What Are You Doing The Rest Of Your Life?
7. Manteca
Album da Concord: Woody Shaw - Woody And Friends At Monterey Jazz Festival 1979

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Lou Levy (piano), Monty Budwig (baixo), Victor Lewis (bateria)
"Keystone Korner", San Francisco, Califórnia, 10/05/1981
1. The Dolphin
2. A Time For Love
3. Joy Spring
4. My Old Flame
5. The Night Has A Thousand Eyes
6. Close Enough For Love
Album da Concord: Stan Getz - The Dolphin
Observação: como a prática totalidade das gravações de Stan Getz para a Concord Jazz (leia-se CJ = Carl Jefferson, fundador e presidente da gravadora até seu falecimento), esse é mais um documento musical de qualidade superior

Stan Getz Quartet
Mesma formação e local anteriores, também no mês de Maio/1981
1. How About You?
2. You're Blase
3. Easy Living
4. Sweet Lorraine
5. Old Devil Moon
6. I'm Old Fashioned
7. Spring Is Here
Album da Concord: Stan Getz - Spring Is Here
Vale a mesma observação relativa ao album anterior

Woody Herman Big Band
Mark Lewis, Brian O'Flaherty, Bill Stapleton e Scott Wagstaff (trumpetes e flugehorns), George Rabbai (trumpete e vocal), John Fedchock, Larry Shunk e Gene Smith (trombones), Woody Herman (clarinete, sax.alto, vocal), Mike Brignola (clarinete baixo e sax.barítono), Al Cohn e Stan Getz (saxes.tenor), Bill Ross (sax.tenor, pícolo, flauta), Paul McGinley e Randy Russell (saxes.tenor e flautas), John Oddo (pianos acústico e elétrico), Mike Hall (baixos acústico e elétrico), Dave Ratajczak (bateria)
'Concord Jazz Festival', "Concord Pavilion", Califórnia, 15/08/1981
1. Things Ain't What They Used To Be
2. Theme In Search Of A Movie
3. Midnight Run
4. You Are So Beautiful
5. John Brown's Other Body
6. Especially For You
7. North Beach Breakdown
8. The Dolphin
9. Lemon Drop
Album da Concord: The Woody Herman Big Band Live At The Concord Jazz Festival 1981

Aurex Jazz Festival All Stars
Freddie Hubbard (trumpete), Bob Brookmeyer (trombone de válvulas), Stan Getz (sax.tenor), Gerry Mulligan (sax.barítono), Milt Jackson (vibrafone), “Sir” Roland Hanna (piano), Ray Brown (baixo), Art Blakey (bateria)
'Aurex Jazz Festival', Toquio, Japão, 02/09/1981
1. Crisis
2. What Am I Here For
3. The Girl From Ipanema
Album da East World Jazz: Various Artists - Aurex Jazz Festival '81 All Stars Jam Session
Uma formação espetacular com um “Garota de Ipanema” fora-de-série

Aurex Jazz Festival All Stars
Mesma formação anterior, mesmo local e no dia seguinte, 03/09/1981
1. Bernie's Tune
2. Medley: Take The "A" Train / Caravan
3. A Night In Tunisia
4. Bags' Groove
Mesmo album anterior. Coesão, interação que só o Jazz de qualidade permite: beleza !

Aurex Jazz Festival All Stars
Mesma formação anterior, mesmo local e em 09/09/1981
1. Song For Strayhorn
2. Time For The Dancers
Mesmo album anterior e uma homenagem tocante para Billy Strayhorn, o alter.ego de Duke Ellington e por este homenageado após seu falecimento em 31/05/1967, com o álbum “And His Mother Called Him Bill”

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Jim McNeely (piano), Marc Johnson (baixo), Victor Lewis (bateria)
Coast Recorders Studios, São Francisco, Califórnia, 29/01/1982
1. One The Up And Up
2. Blood Count
3. Spring At Bell's
4. Tempus Fugit
Album da Concord: Stan Getz - Pure Getz

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Jim McNeely (piano), Marc Johnson (baixo), Billy Hart (bateria)
Coast Recorders, São Francisco, Califórnia, 01/1982
1. Spring Is Here
2. Antigny
3. Easy Living
4. There We Go
5. Blue Skies
6. How Long Has This Been Going On?
Album da Concord: Stan Getz - Blue Skies
A lógica do improviso com técnica e sonoridade superlativas por um baladista no mais alto grau de musicalidade. Álbum indispensável para os verdadeiros apreciadores do JAZZ de 1ª categoria; valiosas notas do encarte por Phil Elwood

Stan Getz Quartet
Mesma formação anterior
Soundmixers, New York, 05/02/1982
1. Very Early
2. I Wish I Knew
3. Come Rain Or Come Shine
Album da Concord: Stan Getz - Pure Getz

CHET BAKER “AGAIN”
Stan Getz - Chet Baker Quintet
Chet Baker (trumpete exceto nas faixas 10 e 12), Stan Getz (sax.tenor), Jim McNeely (piano), George Mraz (baixo), Victor Lewis (bateria)
Baerum, Noruega, 19/02/1983
1. Intro Announcement
2. I'm Old Fashioned
3. Just Friends
4. Star Eyes
5. My Ideal
6. But Not For Me
7. Dizzy Atmosphere
8. Stablemates
9. Conception
10. We'll Be Together Again
11. I'll Remember
12. Blood Count
13. It's You Or No One
14. Airegin
15. Line For Lyons
Albuns da Concord: Stan Getz - Quintessence, Vol. 1, Stan Getz - Quintessence, Vol. 2

Diane Schuur
Stan Getz (sax.tenor), Dave Grusin (piano), Don Grusin (sintetizador), Howard Roberts (guitarra), Dan Dean (baixo), Moyres Lucas (bateria), Diane Schuur (vocal)
Seattle, verão/1984
1. New York State Of Mind
2. I'm Just Foolin' Myself
Album da GRP: Diane Schuur - Deedles

Diane Schuur
Stan Getz (sax.tenor), Dave Grusin (teclados), Larry Williams (sintetizador em “Love Dance”), Abe Laboriel (baixo em “Love Dande”), Chuck Domanico (baixo na faixa 2), Carlos Vega (bateria e percussão), Paulinho Da Costa (percussão na faixa 2), Diane Schuur (vocal)
New York, 1984
1. Love Dance
2. It Don't Mean A Thing If It Ain't Got That Swing
Album da GRP: Diane Schuur - Schuur Thing

Diane Schuur
Chuck Findley e Warren Luening (trumpetes), Stan Getz, Jack Nimitz, Bill Perkins, Bill Reichenbach e Tom Scott (saxes.alto), Dave Grusin e Mike Lang (teclados), Lee Ritenour (guitarra), Chuck Domanico (baixo), Steve Schaefer (bateria), Larry Bunker (percussão), Diane Schuur (vocal). Sessão de cordas não idenficada
New York, 1985
1. How Long Has This Been Going On?
2. Easy To Love
3. Come Rain Or Come Shine
4. How About You?
5. Do Nothin' Till You Hear From Me?
6. A Time For Love
7. I Can't Believe That You're In Love With Me
8. Please Send Me Someone To Love
9. Impossible
10. Don't Like Goodbyes
Album da Timeless: Diane Schuur - Timeless

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Kenny Barron (piano), Rufus Reid (baixo), Victor Lewis (bateria)
"Avery Fisher Hall", New York, 21/06/1987
1. El Cahon
2. I Can't Get Started
3. Voyage
4. I Thought About You
5. Wave
6. Bood Count
7. Eleanor
Albuns da EmArcy: Stan Getz - Anniversary!, Stan Getz - Serenity

Stan Getz Quartet
Mesma formação anterior
"Cafe Mountmartre", Jazzhus, Copenhaguem, Dinamarca, 06/06/1987
1. El Cahon
2. I Can't Get Started
3. Stella By Starlight
4. Eleanor (Stan's Blues)
5. I Thought About You
6. What Is This Thing Called Love?
7. Blood Count
8. On Green Dolphin Street
9. Voyage
10. Falling In Love
11. I Remember You
12. I Love You
Albuns da EmArcy: Stan Getz - Anniversary!, Stan Getz - Serenity

Stan Getz Quartet
Mesma formação anterior
'Pori Jazz Festival', Pori, Finlândia, 09/07/1987
1. Yesterdays
2. Stella By Starlight
3. I Thought About You
Albuns da EmArcy: Stan Getz - Anniversary!, Stan Getz - Serenity

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Kenny Barron (piano), Rufus Reid (baixo), Victor Lewis (bateria)
Trieste, Itália, 17/02/1988
1. On The Up And Up
2. Joy Spring
3. Warm Valley
4. I Love You
5. No More Blues
6. On Green Dolphin Street
7. Yours And Mine
8. Audrey
9. Bood Count
10. Eleanor
Albuns da EmArcy: Stan Getz - Anniversary!, Stan Getz - Serenity

NO DISCO E NO VÍDEO
Paris All Stars
Dizzy Gillespie (trumpete e vocal), Jackie McLean e Phil Woods (saxe.alto), Stan Getz (sax.tenor), Milt Jackson (vibrafone), Hank Jones, o grande e pouco lembrado pianista (piano), Percy Heath (baixo) e Max Roach (bateria)
"La Grande Halle", La Villette, Paris, França, 15/06/1989
1. Steeplechase = Birks' Works
2. Warm Valley
3. Drummers' Sweet: The Third Eye / Billy The Kid / The Drum Also Waltzes
4. Old Folks
5. Yardbird Suíte
6. Con Alma
7. A Night In Tunisia
8. Oo-Pa-Pa-Da
Album da A&M: The Paris All Stars - Homage To Charlie Parker
Sobre esta gravação, imperdível e uma belíssima homenagem a Parker, vide coomentário anterior em “C = Filmografia

Helen Merrill
Stan Getz (ts) Torrie Zito (p) Jean-Francois Jenny-Clark (b) Daniel Humair (d) Helen Merrill (vo)
Clinton Recording Studios, NYC, June 19, 1989
1. Baby Ain't I Good To You
2. It's Not Easy Being Green
* Helen Merrill - Just Friends (EmArcy 842 007-2)

Stan Getz Quartet
Stan Getz (ts) Kenny Barron (p) Yashuito Mori (b) Ben Riley (d)
Musickhusit Aarhus, Copenhagen, Denmark, July 27, 1989
1. On A Slow Boat To China
2. Warm Valley
3. Hush-A-Bye
* Stan Getz - Soul Eyes (Concord Jazz CCD 4783-2)

Abbey Lincoln
Stan Getz (sax.tenor), Maxine Roach (vla -1,8) Hank Jones (piano), Charlie Haden (baixo), Mark Johnson (bateria), Abbey Lincoln (vocal)
BMG Studios, New York, 25 e 26/02/1991
1. Bird Alone
2. I'm In Love
3. You Gotta Pay The Band
4. Brother, Can You Spare A Dime?
5. You Made Me Funny
6. And How I Hoped For Your Love
7. When I'm Called Home
8. Summer Wishes, Winter Dreams
9. Up Jumped Spring
10. A Time For Love
Album da VERVE: Abbey Lincoln - You Gotta Pay The Band

Stan Getz - Kenny Barron Duo
Stan Getz (sax.tenor) e Kenny Barron (piano)
"Cafe Mountmartre", Jazzhus, Copenhaguem, Dinamarca, 03 e 06/03/1991
1. East Of The Sun
2. Night And Day
3. I'm Okay
4. Like Someone In Love
5. Stablemates
6. I Remember Clifford
7. Gone With The Wind / First Song
8. There Is No Greater Love
9. Surrey With The Fringe On Top
10. People Time
11. Softly, As In A Morning Sunrise
12. Hush-A-Bye
13. Soul Eyes
Album da EmArcy: Stan Getz/Kenny Barron - People Time
Essa a derradeira gravação de Stan Getz, em duo com Kenny Barron seu último pianista/parceiro, desfilando uma seleção de clássicos atemporais. Kenny Barron em forma superior.
Conforme assinalado no início deste "RETRATO", publicamos apenas uma parte da discografia de STAN GETZ, a nosso juizo o mais importante sax.tenorista do JAZZ moderno.

A seguir: RETRATOS 06. LEE MORGAN = Breve História, Longa Discografia

TUDO É JAZZ - 2007 - SEGUNDO SET

22 setembro 2007




O festival não se resumiu aos shows do centro de convenções. No Largo do Rosário transcorreu o “Jazz Paralelo”, um “Tudo é Jazz” gratuito com grupos brasileiros que também foi um sucesso.
Durante o dia, workshops, palestras e debates com acesso livre, complementaram a programação.
Pessoalmente, assisti ao debate “Cds x Downloads“ com a participação de dois dos maiores críticos americanos, Gary Giddins ( JazzTimes ) e John McDonough ( DownBeat ), além do “Cjubiano” Luiz Orlando Carneiro, Zuza Homem de Mello e do curador do festival Ivan Monteiro.
Aqui, uma palavra sobre Ivan, um dos maiores responsáveis pelo brilhantismo do festival. Um jovem que não conhecia, apaixonado por jazz e em particular por Miles Davis. Êle, no espírito, já é um cjubiano! Parabéns e obrigado, Ivan. Junte-se a nós!
Outra ótima iniciativa foi a participação da Russo Jazz Band, um grupo como aqueles das ruas do French Quarter de New Orleans, que assisti animando a viagem de trenzinho entre Ouro Preto e Mariana.

Voltando a música, gostaria de complementar alguns comentários que fiz no “primeiro set”.
Não entrei em detalhes sobre o show do Wallace Roney, devido a um grande sentimento de decepção pois tenho bons discos dele e assisti a um agradável show no Mistura Fina em 2006. Saí cedo mas soube que no final não havia mais do que 20 “testemunhas” na platéia.

Quanto a Madeleine Peyroux, o maior sucesso de público do festival, também abandonei o show após a quarta música e décima desafinada. Ao vivo, nem a voz é parecida com a de Billie Holiday. A moça é um produto de marketing e dos milagres dos técnicos de gravação.

Não me estendi sobre os veneráveis João Donato e Bud Shank, porque achei o Donato muito burocrático e o Bud sem “sopro”, afinal o cara tem mais de 80 anos. Mas devo ressaltar que o Robertinho Silva foi um show à parte. Tocou tanto que valeu a entrada!

Já o Oscar Castro Neves continua sendo um violonista maravilhoso, porém o conjunto é estranho. Violão, violino, soprano, piano, baixo elétrico e bateria. Não me soou bem. E o simpatissíssimo Oscar resolveu cantar! Inclusive Águas de Março!! Aí fui dormir.

O Sambajazz Trio, como já disse, é mais SAMBA do que jazz, mas é gostoso. Só não posso aceitar, e talvez por isso meu comentário tenha parecido indiferente, é o Clauton Sales, em 3 ou 4 músicas, tocar trumpete com a mão direita e bateria com a esquerda, ao mesmo tempo! Give me a break!!

Sobre o Omer Avital, quero comparar sua atuação sóbria, concentrada e com solos de impecável execução no trio do Aaron Goldberg, com o de seu quinteto, rindo e dançando com seu baixo, tocando música de festa.
O show foi bom, mas duvido que alguém lembre de algum momento especial, um solo ou até uma música em particular.

Em contrapartida, o jovem Goldberg abriu seu set com Luíza, passou por Djavan, tocou boas composições próprias e do Avital, além de um surpreendente arranjo de Inútil Paisagem, que como escreveu o mestre LOC, teve um delicioso sabor “bluesy”. Devemos ficar de olho neste pianista.

No set de Ingrid Jensen, faltou falar da participação de Zeca Assumpção no baixo, muito aplaudido e reverenciado pela própria Ingrid.

Não falo mais de Joshua Redman. Já comprei o cd.

Sobre o espetáculo de domingo, não citei a participação correta, porém sem brilho, de Marina Machado em Concert in the Garden fazendo o vocal de Luciana Souza. Ela me pareceu, desde a passagem de som, tensa e pouco à vontade. Pena.
Gostaria ainda de ressaltar a qualidade de músicos desconhecidos para muitos de nós do Cjub. Os tenores Cleber Alves e Chico Amaral e o trumpetista Daniel Alcântara, mostraram muita qualidade e personalidade em seus solos. Imaginem a responsabilidade!
Um dos momentos mais bonitos de Concert in the Garden é a “conversa” em solo entre piano e acordeão. Pois bem, André Mehmari e Toninho Ferragutti deram um show, principalmente porque em nada lembraram Frank Kimbrough e Gary Versace, os titulares de Maria. Como exemplo, Ferragutti usou mais os registros graves enquanto Versace sola usando os agudos.
Vamos torcer que o Ivan consiga a fita da RedeMinas, pois seria uma pena que o espetáculo fique apenas na memória dos que lá estiveram.

Em relação a Maria Schneider, só posso dizer que é uma mulher notável. Bonita por dentro e por fora, simples como pessoa e genial como artista. Conversamos por 2 vezes como se fôssemos, a rainha e seu súdito, velhos amigos.

Para terminar, não posso deixar de mencionar nosso mestre Luiz Orlando, que me deu o prazer de assistir alguns shows ao seu lado, ouvindo em primeira mão seus precisos comentários. Obrigado, mestre LOC.

PS: Desculpe ao Ferragutti pelo Farraguti!

TUDO É JAZZ by LOC/JB

21 setembro 2007

































clicar na imagem para ler o texto

FESTIVAL TUDO É JAZZ - 2007

20 setembro 2007


Maria Alice Martins produz o melhor festival de jazz do Brasil. Em tudo e por tudo, ambiente, som, programação e respeito ao público e aos artistas. Generosos espaços para o bis, e 30 minutos de intervalo entre os sets. Além disso, tem um pacto com São Pedro, pois foram 4 lindos dias de sol e temperatura primaveril.


Qualquer festival tem seus bons e maus momentos, surpresas positivas e negativas, dependendo do gosto do freguês.
Não perderei tempo com o pior ( um patético grupo funk do Wallace Roney e uma medíocre Madeleine Peyroux ), nem com o Duofel que não é jazz.


João Donato e Bud Shank tocaram como se esperava, ou seja, uma reprodução do último cd que já conhecemos.


Oscar Castro Neves, muito simpático, tocou bem e cantou mal. Um show médio.


O Sambajazz Trio, é bom e gostei do piano do Kiko Continentino, mas é muito mais samba do que jazz.


O grande show brasileiro foi do Mauro Senise tocando Edu Lobo, muitíssimo bem acompanhado. Um set relax, competente, com solos inspirados, principalmente do nosso Paulo Russo.


Omer Avital é um baixista de qualidade, seu quinteto muito entrosado e a música intensa e alegre, enfim uma festa sem conseqüências, fugaz.


Aaron Goldberg foi para mim a grande surpresa positiva do festival. Pianista de técnica apurada, boas composições e solos refinados, “jogou” em várias posições.
Tocou 2 músicas convidado por Joshua Redman, completou o quarteto de Ingrid Jensen e liderou seu trio formado na última hora por Omer Avital e Willie Jones III. Seu set baseado no último cd “Worlds“, foi de ótima qualidade com uma personalíssima interpretação de Inútil Paisagem, um dos melhores momentos do festival.


Ingrid Jensen é na minha opinião o melhor flugel do jazz atual. Toca cada dia melhor e não é a toa que é a solista principal do naipe de metais de Maria Schneider. Introduzindo de maneira recatada sons eletrônicos em seus solos, deu um espetáculo de alta qualidade baseado no último cd “Nordic Connect” avidamente disputado pelos jazzistas após o show. Por sorte divina, “substituiu” Ivan Lins no concerto de La Schneider, solando o medley final de Rio de Maio e Lembra de Mim.


Espetacular, fantástica, de tirar o fôlego, foi a apresentação do Joshua Redman Trio!
Quem viu, nunca mais verá, pois foi o único show sem câmeras do festival, quem não viu, perdeu talvez a melhor exibição que um conjunto de jazz já realizou no Brasil. O set foi baseado no cd “Back East” e os músicos estavam “encapetados”. Greg Hutchinson na bateria foi um monstro e Joshua Redman em dia de gênio! Ouvimos boquiabertos a melhor interpretação de Angel Eyes de todos os tempos!! Nem ele conseguirá repetir a obra prima que perpetuou em Ouro Preto dia 13/09/07. Sem dúvida, o melhor momento do festival.


Domingo, no palco armado no Largo do Rosário, tivemos o encerramento apoteótico do Tudo é Jazz. Maria Schneider ensaiou por uma semana uma orquestra de 22 músicos brasileiros para apresentar um concerto inesquecível para o público, para os músicos e certamente para ela também.


Como cheguei bem cedo ao local, pude acompanhar a passagem do som e observar o perfeccionismo da maestra, tanto em relação a posição e volume dos microfones, quanto a intensidade do sopro do naipe de trumpetes ou o tempo de corte de uma nota.


O espetáculo começou com Allégresse e terminou em Hang Gliding, passando por composições mais antigas ( Last Season e Green Piece ), o Love Theme de Spartacus ( um presente para o tenor Cleber Alves), Concert in the Garden e Dança Ilusória. Foram mais de duas horas de puro prazer musical. No bis, a presença de Ingrid Jensen como mencionei acima.


Não vou falar de toda a orquestra mas devo mencionar os solistas privilegiados nos arranjos da maestra. Daniel Alcântara - trumpete, Cleber Alves e Chico Amaral - tenores, Vitor Santos - trombone, Magno Alexandre - guitarra. Impressionante os solos de André Mehmari - piano e Toninho Farraguti - acordeão em Concert in the Garden, e espetacular o trabalho de André Limão e Max Robson acrescentando um molho brasileiro na bateria e percussão.


Chamada ao palco depois do bis, La Schneider disse ao público não ter nada mais ensaiado, mas pediu ao Farraguti para tocar alguma coisa. Ele começou devagar e de repente atacou com um baião arretado ! A platéia incendiou e pouco a pouco os demais músicos se juntaram numa fenomenal jam session cabocla. Até o tímido Vitinho e a recatada Ingrid arrasaram no forró, para deleite da platéia incluindo Maria.

Só faltaram os sinos da Igreja do Rosário para anunciar que Ouro Preto se rendia ao talento e simpatia de Maria Schneider.

Atenção Cjubianos : o show foi gravado pela TV Rede Minas ! Quem consegue uma cópia ?
Bragil

O GAROTO DE DETROIT

18 setembro 2007

Durante as leituras de fim de semana destaquei um texto onde o saxofonista Danny Bank conta um fato interessante sobre sua carreira:

“Comprei meu primeiro sax quando estava na high school, no Brooklyn. Eu olhava as vitrines das lojas de penhor e vi algo que se parecia com um sax alto. Entrei e perguntei quanto custava, o vendedor disse que o venderia por $35. E era quanto eu tinha no bolso. Paguei e levei o metal para casa.

Mas quando levei o sax para a escola, o professor de música me disse que aquilo não era um sax alto. Era um C Melody Sax com um pescoço reto, que o fazia parecer com um alto. Levei o sax de volta para a loja de penhores mas o dono não quis devolver meu dinheiro. Então tive que aprender como tocar o C melody sax, o qual é bem diferente do alto.

Basicamente o som do C melody é um pouco mais duro do que o alto Mi-bemol, mas a maior diferença é que o instrumento é afinado em Dó Maior, o qual significava que eu podia ler a pauta da música do piano por cima do ombro do professor e tocar com ele. Com o alto em Mi-bemol a música do piano tem que ser transposta para uma 6ª. Maior, antes que você consiga tocar junto. Essa transposição não é necessária com um C melody.

Eu aprendi muito da música tocando com esse instrumento, que me facilitou tocar diversos outros instrumentos de sopro como a flauta, oboé e todos os outros de uma orquestra sinfônica.

Quando me juntei a Charlie Barnet em 1942, eu tocava vários instrumentos de palheta, então Charlie me ensinou a forma de tocar do Harry Carney, o grande saxofonista barítono da orquestra de Duke Ellington. Harry era um deus para todos os saxofonistas barítonos da época, sua tonalidade era imponente e em todas as gravações ele era ouvido.

Eu me juntei a Charlie Barnet em Minneapolis. Tive que pegar o trem de Nova York para Chicago e trocar de composição. Quando cheguei ele não me procurou durante algumas semanas e, quando finalmente se dirigiu a mim, pensei que fosse ser despedido. Ao invés disso ele disse: ‘Olha garoto, você conhece Harry Carney?’

Claro que conhecia Harry. Ele era o meu herói.

Charlie me mandou trocar de metal, usar o mesmo que Harry tocava – um Conn. Ele falou: ‘Use a mesma boquilha também e as mesmas palhetas, eu quero você tocando da mesma forma que o Harry’.

Nesse meio tempo a banda viajou de Minneapolis para Detroit. Consegui falar com um especialista em reparos de instrumentos e perguntei se ele conhecia alguém que estivesse vendendo um sax barítono Conn. Ele disse que conhecia um garoto que havia recentemente comprado um metal novo e estava vendendo seu Conn. Eu pedia a ele que o mandasse a nosso local de ensaios.

O garoto apareceu e me vendeu o Conn por uns $150. O nome dele era Pepper Adams, que veio, evidentemente, a tornar-se um excelente saxofonista barítono. Eu fazia isso o tempo todo – vendia os metais. Anos mais tarde vendi meu Selmer para Serge Chaloff.

Depois de comprar o bari de Adams, adquiri a boquilha que Carney usava – uma de grande tamanho, feita pela Woodwind & Company -- e as mesmas palhetas numa loja de instrumentos musicais.

Depois de tocar com aquele Conn, Charlie me olhou, no caminho do camarim e sinalizou com um OK, esfregando o indicador no polegar para enfatizar. Aquilo me fez sentir-se grande. Aquele sinal significava que ele me tinha feito um saxofonista barítono. Antes disso eu era um bom alto e tenor, mas depois, eu sabia que seria para sempre, um barítono. Eu me apaixonei por aquele metal”.

Veja o vídeo para ver o que aconteceu com aquele garoto que vendeu o saxofone barítono para Danny Bank. A música é Dyland’s Delight.

Essa música apareceu no “Addams Effect” (1995), com Frank Foster (st), Tommy Flanagan (p), Ron Carter (b) e Billy Hart (d). Que Som!

TUDO É JAZZ por Luiz Orlando Carneiro

17 setembro 2007

JB, Caderno B, 17 de setembro de 2007.

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Veja também um relato detalhado pelos nossos amigos do Jazzseen

MUSEU DE CERA # 28 – ELLA FITZGERALD

15 setembro 2007





Ella Fitzgerald, nasceu a 25 de abril de 1918 em Newport New (Virginia) e musicalmente a 21/nov/1934 uma quarta-feira, quando se apresentou em um concurso de amadores (Amateur Night Show) no Apollo Theatre do Harlem. Inicialmente se inscreve como bailarina, mas minutos antes da apresentação quase paralizada pelo nervosismo, resolve optar por cantar (graças ao bom Deus!). Naturalmente que foi um entusiasmo total ouvir uma jovem de 16 anos cantar com tanta naturalidade, vitalidade e com um sentido fantástico de ritmo, assim sua virtuosa atuação a levou ao primeiro prêmio.
Presente naquela noite encontrava-se o saxofonista Benny Carter que impressionado tenta convencer primeiro a Benny Goodman, depois a Fletcher Henderson, mas por fim Chick Webb a contrata como lady crooner de sua banda. Ella sendo menor de idade Webb e sua esposa tiveram que assinar um termo judiciário como guardiães para que pudesse trabalhar em night clubs e assinar contrato comercial. Esta magnífica união durou até 16 junho/1939, quando falece Webb, então Ella decide continuar à frente da big-band. Entretanto em 1942 encontrava-se em dificuldades, cansada do trabalho de dirigir uma grande banda e ao mesmo tempo cantar quase diariamente, resolve então dissolver o grupo.
Ao cruzar seu caminho com Louis Armstrong aprende a difícil arte do scat sing aplicando em temas como: Lady Be Good, How High The Moon e a primeira versão de Flying Home.
A partir de 1949, entra em contato com Norman Granz, um empresário amante do Jazz que organiza a famosa série de excursões por todo o mundo a — J.A.T.P - Jazz At The Philharmonic. Ella passa a atuar com os maiores instrumentistas do Jazz e recebe da crítica a carinhosa alcunha — First Lady Of Swing.
Firma em 1956, um contrato com o selo Verve propiciando, através de encontros com músicos de jazz, gravações memoráveis. As colaborações de Ella com as orquestras de Duke Ellington, de Count Basie, três discos com Louis Armstrong, e álbuns com os pianistas Oscar Peterson, Tommy Flanagan e Jimmy Rowles a faria ainda mais popular.
Os famosos Song Books de Ella Fitzgerald, foram gravados ao longo de 8 anos e dedicados a Cole Porter (1956); Rodgers & Hart (1956); Duke Ellington (1957); Irving Berlin (1958); George e Ira Gershwin (1959); Harold Arlen (1961); Jerome Kern (1963) e Johnny Mercer (1964), resultando em parcerias magníficas de músicos, temas e canto.
Insuperável à frente de uma big band Ella se encontrava confortável em pequenas formações principalmente com o trio piano, baixo e bateria. Momentos mágicos nos proporciona esta grande intérprete em standards do cancioneiro americano, tanto em esfuziantes arranjos quanto em baladas, como também nos blues e inclusive a bossa nova.
Todos esses momentos mágicos se constituem em um monumento artístico ao Jazz vocal como um legado de uma das maiores cantoras do mundo jazzístico. Duke Ellington, em seu majestoso Portrait of Ella Fitzgerald define perfeitamente sua arte com as palavras: — "Ella Fitzgerald está muito além de qualquer categoria".
Ella faleceu a 15 de junho de 1996 e apesar de sua morte já esperada dada uma extensa e grave enfermidade consternou o mundo do Jazz por seu desaparecimento físico e uma imensa saudade já despertava em todos, por nunca mais poder vê-la cantar com aquele swing, aquele timbre, aquela verve e aquela voz flutuando sobre os tempos da melodia de maneira inigualável.
Em junho de 1935 Ella entrava pela primeira vez em um estúdio de gravação com a banda de Chick Webb, naturalmente bastante tímida e suas interpretações estão ainda longe das radiantes de anos mais tarde. Quatro temas foram registrados: Down Home Rag; Are You Here To stay?; Love and Kisses e I'll Chase The Blues Away. Este último é o que escolhemos para ilustrar o Museu.


I'LL CHASE THE BLUES AWAY (Edgar Sampson, Ken Harrison) – Chick Webb and his Orchestra – Chick Webb (bateria e lider), Mario Bauza, Bobby Stark e Taft Jordan (tp), Sandy Williams, Claude Jones (tb), Pete Clark (sa, cl), Edgar Sampson (sa), Elmer Williams (st), Wayman Carver (st, flauta), Joe Steele ou Dan Kirkpatrick (pi), John Trueheart (gt), John Kirby (bx), Ella Fitzgerald (vocal). Arranjo de Edgar Sampson.
Gravação original: 12/junho/35 – Decca 39614A – New York
Fonte: CD - Ella Fitzgerald – Early Years Part 1- (1935-1938) - selo MCA GRP 26182 – 1992 - Germany
05. STAN GETZ (F)
Discografia Reduzida - 27/Agosto/1962 a 21/Maio/1975

COM A BANDA DE GARY McFARLAND, LUIZ BONFÁ, JOÃO GILBERTO
Stan Getz With Gary McFarland Orchestra
Bernie Glow e Doc Severinsen (trumpetes), Clark Terry (flugelhorn), Tony Studd (tuba), Bob Brookmeyer (trombone de válvulas), Ray Alonge (french horn), Ed Caine, Romeo Ponque e Jerry Sanfino (flautas), Ray Beckenstein (clarinete), Stan Getz (sax.tenor), Hank Jones (piano), Jim Hall (guitarra), Tommy Williams (baixo), Johnny Rae (bateria) Carmen Costa e Jose Paulo (percussão)
30th Street Studios, New York, 27/08/1962
1. Chega De Saudade
2. Bin Bom
3. Noite Triste = Night Sadness
4. Samba De Uma Nota So = One Note Samba
Albuns da VERVE: Stan Getz/Gary McFarland - Big Band Bossa Nova, Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years, The History Of Stan Getz

Stan Getz - Luiz Bonfá Septet
Stan Getz (sax.tenor), Antonio Carlos Jobim (piano e guitarra), Luiz Bonfa (guitarra), Tommy Williams (baixo em 1), George Duvivier (baixo exceto em 1), Paulo Ferreira (bateria), Jose Carlos (percussão), Maria Toledo (vocal)
New York, 08/02/1963
1. Sambalero
2. So Danco Samba
3. Insensatez
4. O Morro Não Tem Vez
5. Um Abraco No Getz
Albuns da VERVE: Stan Getz/Luiz Bonfa - Jazz Samba Encore!, Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years, The Best Of Stan Getz, The World Of Stan Getz, The History Of Stan Getz, Stan Getz/Luiz Bonfa - Sambalero With O Morro Nao Tem Vez

Stan Getz - Luiz Bonfá Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Luiz Bonfa (guitarra), Don Payne (baixo), Paulo Ferreira (bateria), Maria Toledo (vocal)
New York, 09/02/1963
1. Menina Flor
2. Samba De Duas Notas
3. Manina De Maria = Mania De Maria
4. Ebony Samba (alternate take)
Albuns da VERVE: Stan Getz/Luiz Bonfa - Jazz Samba Encore!, Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years

Stan Getz - João Gilberto Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Antonio Carlos Jobim (piano), Joao Gilberto (guitarra e vocal), Tommy Williams (baixo), Milton Banana (bateria), Astrud Gilberto (vocal em 2, 3, 4 e 5)
A&R Studios, New York, 18 e 18/03/1963
1. Só Danço Samba
2. The Girl From Ipanema
3. Vivo Sonhando
4. Desafinado
5. Corcovado
6. Pra Machucar Meu Coração
7. Doralice
8. O Grande Amor
Albuns da VERVE: Stan Getz/Joao Gilberto - Getz/Gilberto, Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years, The Best Of Stan Getz, The History Of Stan Getz, Various Artists - 24 Karat Gold For Groovin', Stan Getz/Astrud Gilberto - The Girl From Ipanema With Corcovado, Stan Getz/Joao Gilberto - The Girl From Ipanema With Blowin' In The Wind, Stan Getz - Desafinado With Early Autumn

LAURINDO DE ALMEIDA
Stan Getz - Laurindo Almeida Nonet
Stan Getz (sax.tenor), Steve Kuhn (piano), Laurindo Almeida (guitarra), George Duvivier (baixo), Dave Bailey (bateria), Edison Machado, Luiz Parga, Jose Paulo e Jose Soarez (percussão)
“Webster Hall”, New York, 21/03/1963
1. Once Again = Outra Vez
2. Samba De Sahra = Sahra's Samba
3. Maracatu-Too
4. Corcovado
Albuns da VERVE: Stan Getz With Laurindo Almeida, Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years, The History Of Stan Getz

Stan Getz - Laurindo Almeida Nonet
Mesma formação e local anteriores, no dia seguinte
1. Monica Moça = Young Lady
2. Winter Moon
3. Do What You Do, Do
Albuns da VERVE: Stan Getz With Laurindo Almeida, Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years, Stan Getz - Monica Moça / Young Lady With Winter Moon

Stan Getz With Claus Ogerman Orchestra
Stan Getz (sax.tenor), Kenny Burrell (guitarra), George Duvivier (baixo), percussão e cordas não identificados
New York, 28/10/1963
1. The Prize
2. Moonlight In Vermont
3. If Ever I Would Leave You
4. Blowin' In The Wind
Albuns da VERVE: Stan Getz – Reflections, The World Of Stan Getz, The Best Of Stan Getz, Various Artists - 24 Karat Gold For Groovin', Stan Getz/Joao Gilberto - The Girl From Ipanema With Blowin' In The Wind

COM BILL EVANS = JÓIAS ETERNAS
Stan Getz - Bill Evans Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Bill Evans (piano), Richard Davis (baixo), Elvin Jones (bateria)
New York, 05/05/1964
1. My Heart Stood Still (alternate take)
2. My Heart Stood Still (fragmentos)
3. My Heart Stood Still (take 2)
4. My Heart Stood Still
5. Grandfather's Waltz (alternate take)
6. Grandfather's Waltz (take 5)
7. Grandfather's Waltz (take 7)
8. Grandfather's Waltz
9. Melinda
10. Dark Eyes
Albuns da VERVE: Stan Getz And Bill Evans, Stan Getz - The Chick Corea / Bill Evans Sessions, The Complete Bill Evans On Verve

Stan Getz - Bill Evans Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Bill Evans (piano), Ron Carter (baixo), Elvin Jones (bateria)
New York, 06/05/1964
1. Funkallero (fragmentos)
2. Funkallero
3. But Beautiful
4. Night And Day (alternate take)
5. Night And Day (take 3)
6. Night And Day
7. WNEW Theme Song
8. Carpetbagger's Theme
9. Carpetbagger's Theme (take 21)
10. Carpetbagger's Theme (take 22)
11. Carpetbagger's Theme (take 23)
12. Carpetbagger's Theme (take 24)
13. Carpetbagger's Theme (take 26)
Albuns da VERVE: Stan Getz And Bill Evans, Stan Getz - The Chick Corea / Bill Evans Sessions, The Complete Bill Evans On Verve, Stan Getz And Bill Evans

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Gary Burton (vibrafone), Chuck Israels (baixo exclusive nas faixas de 2 a 6), Gene Cherico (baixo nas faixas de 2 a 6), Joe Hunt (bateria), Astrud Gilberto (vocal nas faixas 1, 2 e 6)
"Cafe Au Go Go", Greenwich Village, New York, 22/05/1964
1. One Note Samba
2. Only Trust Your Heart
3. Corcovado
4. The Singing Song
5. Six-Nix-Pix-Clix
6. Eu E Voce
7. Summertime
8. Here's That Rainy Day
Albuns da VERVE: Stan Getz - Getz Au Go Go, The History Of Stan Getz, Stan Getz - Only Trust Your Heart With The Telephone Song

Bob Brookmeyer Quintet
Bob Brookmeyer (trombone de válvulas), Stan Getz (sax.tenor), Herbie Hancock (piano), Ron Carter (baixo), Elvin Jones (bateria)
New York, 25/05/1964
1. Sometime Ago
2. Bracket
Album da Columbia: Bob Brookmeyer And Friends

Bob Brookmeyer Sextet
Bob Brookmeyer (trombone de válvulas), Stan Getz (sax.tenor), Gary Burton (vibrafone), Herbie Hancock (piano), Ron Carter (baixo), Elvin Jones (bateria)
New York, 25 e 27/05/1964
1. Jive Hoot
2. Misty
3. The Wrinkle
4. Bracket
5. Skylark
6. Sometime Ago
7. I've Grown Accustomed To Her Face
8. Who Cares?
Album da Columbia: Bob Brookmeyer And Friends

Stan Getz - Joao Gilberto Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Gary Burton (vibrafone), João Gilberto (guitarra e vocal), Gene Cherico (baixo), Joe Hunt (bateria), Astrud Gilberto (vocal)
"Carnegie Hall", New York, 09/10/1964
1. It Might As Well Be Spring
2. Only Trust Your Heart
3. Corvocado = Quiet Nights Of Quiet Stars
4. Garota De Ipanema = The Girl From Ipanema
5. Voce E Eu = You And Me
Albuns da VERVE: Stan Getz - The Girl From Ipanema: The Bossa Nova Years, Stan Getz/Joao Gilberto - Getz/Gilberto, #2

Stan Getz With Orchestra (regência de Eddie Sauter)
Clark Terry (trumpete), Stan Getz (sax.tenor), Roger Kellaway (piano), componentes da orquestra não identificados
New York, Abril a Junho/1965
1. Once Upon A Time
2. Mickey's Theme
3. On Stage Is There Any Word From The Lord
4. The Sucubba
5. Mickey Polka
6. Where I Live
7. I Put My Life In Your Hands
8. Morning Ecstasy
9. As Long As I Live
10. A Taste Of Living
11. The Polish Landlady
12. Mickey's Flight
13. The Apartment
14. So This Is The World
15. The Crushout
16. Up From Limbo
17. If You Ever Need Me
18. Sheley Neighbourhood
19. The Agent
20. The Stripper
21. A Girl Named Jonny
22. Yes
23. Guilty Of Not Being Innocent
24. Touching In Love
25. The Syndicate
26. Rudy Lapp Is Dead
27. Goint To Who Owns Me
28. The Big Flight
29. Darkness Ecstacy
30. Is There Any Word?
Album da MGM: Stan Getz - Mickey One

Stan Getz Octet With Claus Ogerman Orchestra
Stan Getz (sax.tenor), metais e palhetas não identificados, sessão de cordas não identificada, Hank Jones (piano), Jim Hall (guitarra), Ron Carter (baixo), Grady Tate (bateria) Bill Horwath, Artie Butler e Bobby Rosengarden (percussão)
Rudy Van Gelder Studio, Englewood Cliffs, New Jersey, 02/12/1966
1. Little Rio = Un Poco Rio
2. I Want To Live
3. Keep Me In Your Heart
4. Nica's Dream
5. Once
6. The Look Of Love
7. My Own True Love
8. Tara's Theme
Albuns da VERVE: Stan Getz – Voices, The History Of Stan Getz, Stan Getz - What The World Needs Now, Stan Getz - What The World Needs Now, Stan Getz - Once With Midnight Samba

EUROPA……….
Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Stanley Cowell (piano), Miroslav Vitous (baixo), Jack DeJohnette (bateria)
Paris, França, 12/02/1969
1. The Song Is You
2. O Grande Amor
3. For Jane
4. Dane's Chant
5. Major General
6. Folk Tune For Bass
7. Tonight I Shall Sleep With A Smile
8. On My Face = Desafinado
9. All The Things You Are
10. Summer Night
11. One Note Samba
Album da Laserlight: Stan Getz - The Song Is You

Stan Getz Quintet
Stan Getz e Erik Nordstrom (saxes.tenor), Bobo Stenson (piano), Gunnar Johnson (baixo), Kenneth Fogerlund (bateria)
Goteburgo, Suécia, 06/04/1970
1. 'Round About Midnight
2. A Night In Tunisia
Album da Philology: Stan Getz - Sweetie Pie

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Eddy Louiss (órgão), Rene Thomas (guitarra), Bernard Lubat (bateria)
Temporada no "Ronnie Scott's Club", Londres, Inglaterra, 11/01/1971
1. Ballad For My Dad
2. Mona
3. Song For Martine
Album da VERVE: Stan Getz - Dynasty
Getz “voando” em baladas, com uma formação não usual.

Stan Getz Quartet
Mesma formação anterior e mesmo local anteriores
15, 16 e 17/Março/1971
1. Dum! Dum!
2. Ballad Of Leo
3. Our King Of Sabi
4. Theme For Emmanuel
5. Invitation
6. I Remember Clifford
7. Dynasty
Albuns da VERVE: Stan Getz – Dynasty, Stan Getz - Return Engagement
Imperdíveis solos de Stan Getz no tema título do álbum (“Dynasty”) e na imortal composição de Benny Golson “I Remember Clifford”

Kenny Clarke - Francy Boland Big Band
Benny Bailey, Art Farmer, Rick Kiefer, Ack Van Rooyen e Manfred Schoof (trumpetes e fluglehorns), Erik Van Lier, Albert Mangelsdorff e Ake Persson (trombones), Herb Geller (sax.alto, flauta, oboé), Stan Getz e Ronnie Scott (saxes.tenor), Stan Sulzmann (sax.tenor, sax.soprano, flauta), Tony Coe (clarinete e sax.tenor), Sahib Shihab (sax.barítono, sax.soprano e flauta), Francy Boland (piano), Jean Warland (baixo), Kenny Clare e Kenny Clarke (baterias), Tony Inzalaco (percussão)
Colônia, Alemanha, 14/06/1971
1. Extravagances
2. Symptones
3. Qüiproquós
4. Escarmouches
5. Touchstone
6. Provocations
Album da VERVE: Kenny Clarke/Francy Boland - Change Of Scenes
Interessante trabalho da “big.band” de Francy Boland e de “Mr. Clock”, com arranjos do pianista para alternâncias de metais e palhetas.

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Eddie Loiss (órgão), Rene Thomas (guitarra), Bernard Lubat (bateria)
Paris, França, 07/08/1971
1. Theme For Manuel
2. Our Kind Of Saby
Album do selo LRC: Stan Getz With European Friends

NEW YORK, NOVAMENTE JATP E MAIS PÉROLAS COM BILL EVANS
Stan Getz Quintet
Stan Getz (sax.tenor), Chick Corea (pianos acústico e elétrico), Stanley Clarke (baixo), Tony Williams (bateria), Airto Moreira (percussão)
New York, 03/03/1972
1. La Fiesta
2. 500 Miles High
3. Captain Marvel
4. Time Lie
5. Lush Life
6. Day Wave
Album da VERVE e da Colúmbia: Stan Getz - Captain Marvel
Gravação clássica para colecionadores.

Jazz At The Philharmonic
Harry "Sweets" Edison e Roy Eldridge (trumpetes), Al Grey (trombone), Eddie 'Lockjaw' Davis e Stan Getz (saxes.tenor), Count Basie (piano exceto na faixa 4), Oscar Peterson (piano na faixa 4), Freddie Green (guitarra), Ray Brown (baixo), Ed Thigpen (bateria)
"Civic Auditorium", Santa Monica, Califórnia, 02/06/1972
1. In A Mellow Tone
2. Loose Walk
3. Ballad Medley: Makin' Whoopee / If I Had You / She's Funny That Way / Blue And Sentimental / I Surrender, Dear
4. 5400 North
Album da Pablo (Norman Granz): Jazz At The Philharmonic - Jazz At The Santa Monica Civic '72
Reunião ao vivo de “craques”, com um “medley” sensacional

Jazz At The Philharmonic
Paul Cohen, Sonny Cohn, Harry "Sweets" Edison, Roy Eldridge, Pete Minger e Waymon Reed (trumpetes), Al Grey, Frank Hooks e Melvin Wanzo (trombone), Bill Hughes (trombone baixo), Curtis Peagler (sax.alto), Bobby Plater (sax.alto e flauta), Stan Getz, Eddie 'Lockjaw' Davis e Jimmy Forrest (sax.tenor), Eric Dixon (sax.tenor e flauta), John C. Williams (sax.barítono), Count Basie (piano), Freddie Green (guitarra), Keter Betts (baixo), Ed Thigpen (bateria), Ella Fitzgerald (vocal)
Mesmo local e data anterior, encerramento do concerto com “all stars”
1. C Jam Blues
Mesmo album anterior

Stan Getz Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Chick Corea (pianos acústico e elétrico), Stanley Clarke (baixo), Tony Williams (bateria)
'Montreux Jazz Festival', "Casino De Montreux", Suiça, 23/07/1972
1. Times Lie
2. Lush Life
3. I Remember Clifford
4. La Fiesta
5. Captain Marvel = Sweet Rain
6. Day Waves = Wee
7. Lush Life
8. Windows = Night Time Street
9. La Fiesta
Album da Lotus: Stan Getz – Portrait. Album da Polydor: Stan Getz Quartet At Montreux - La Fiesta

Bill Evans Trio With Stan Getz
Stan Getz (sax.tenor), Bill Evans (piano), Eddie Gomez (baixo), Marty Morell (bateria)
"Singer Concertzaal", Laren, Holanda, 09/08/1974
1. Grandfather's Waltz
2. Stan's Blues
Album da Mislestone: The Bill Evans Trio Featuring Stan Getz - But Beautiful

Bill Evans Trio With Stan Getz
Mesma formação anterior
'Middelheim Jazz Festival', Antuérpia, Bélgica, 16/08/1974
1. But Beautiful
2. Emily
3. Lover Man
4. Funkallero
5. The Peacocks
6. You And The Night And The Music
Album da Milestone: The Bill Evans Trio Featuring Stan Getz - But Beautiful. Album da Nova Disc: Stan Getz With Bill Evans Trio Live In Belgium 1974

Stan Getz - Joao Gilberto (arranjos de Oscar Castro.Neves)
Stan Getz (sax.tenor), Al Dailey (piano), Joao Gilberto (guitarra, vocal e percussão), Oscar Castro-Neves (guitarra), Clint Houston e Steve Swallow (baixo), Billy Hart e Grady Tate (baterias), Ray Armando, Rubens Bassini, Sonny Carr e Airto Moreira (percussão), Heloisa Buarque DeHollanda (vocal)
New York, 21/05/1975
1. Double Rainbow
2. Agua De Marco
3. Ligia
4. Falsa Baiana
5. Retrato Em Branco E Preto
6. Izaura
7. Eu Vim De Bahia
8. Joao Marcello
9. E Preciso Perdoar
10. Just One Of Those Things
Album da Colúmbia: Stan Getz/Joao Gilberto - The Best Of Two Worlds Featuring Joao Gilberto

Jimmie Rowles Quartet
Stan Getz (sax.tenor), Jimmie Rowles (piano e, isso mesmo, vocal !), Buster Williams (baixo nas faixas de 7 até 11), Elvin Jones (bateria nas faixas de 7 até 11), grupo vocal com Beverly Getz, Jon Hendricks, Judy Hendricks e Michele Hendricks na faixa 11
New York, 10/1975
1. I'll Never Be The Same
2. What Am I Here For?
3. Serenade To Sweden
4. The Peacocks
5. The Hour Of Parting
6. Skylark
7. Lester Left Town
8. My Buddy
9. Rose Marie
10. This Is All I Ask
11. The Chess Players
Album da Colúmbia: Jimmie Rowles - The Peacocks

Continua em (G), de 05/05/1976 ao Final

UM PRESENTE DO ANIVERSARIANTE SONNY ROLLINS

11 setembro 2007

Comemorando 77 anos de idade, Sonny Rollins está dando um presente aos jazzófilos uma gravação realizada em 2 de junho de 1956 "The Max Roach Clifford Brown Quintet Live at the Cleveland Cotton Club".

Esta gravação não foi lançada, por isso é uma boa hora para capturar as músicas e fazer um álbum inédito. A cada dia você pode baixar uma delas.

Clifford Brown - trumpet
Max Roach - drums
Sonny Rollins - tenor saxophone
Richie Powell - piano
George Morrow - bass

11 de setembro - I'll Remember April
12 de setembro - Get Happy
13 de setembro - Nice Work
14 de setembro - Jordu
15 de setembro - Take The A Train
16 de setembro - Darn That Dream
17 de setembro - What's New
18 de setembro - Lover Man

Visite o site http://www.sonnyrollins.com/birthday.php e grave sua raridade.

MORRE JOE ZAWINUL

Joe Zawinul faleceu aos 75 anos vítima cancer esta manhã em Vienna, Austria.

Foi um dos pioneiros na criação do chamado jazz fusion ao lado de Miles Davis onde participou dos álbuns In A Silent Way and Bitches Brew.
Usava os teclados e sintetizadores com muita originalidade além do piano onde no meio dos 60' participou do excelente grupo de Cannonbal Adderley cujo registro pode ser ouvido em seu concerto no Japão.

Em 1970 Zawinul fundou o grupo Weather Report por onde passaram Wayne Shorter, Jaco, Peter Erskine, entre outros. Após o término do grupo em 1987 criou a Zawinul Syndicate.






DO OUTRO LADO DO JAZZ # 25 – FINAL

10 setembro 2007

Estamos terminando esta série de postagens nas quais procuramos relatar alguns aspectos estreitamente ligados de alguma forma à música de JAZZ, mas que normalmente estão em "off" ou seja, escondidos nos bastidores ou mesmo providos de caráter subjetivo, então, dissemos que faziam parte Do Outro Lado Do Jazz. Bem... outros temas poderiam ser abordados como as drogas, o racismo, as viagens das bandas tipo One Night Stand, apelidadas de um "palco por noite", o humor de alguns músicos como Fats Waller, Dizzy Gillespie, Armstrong e o mau humor de Miles Davis, enfim ainda existem outros títulos que ficam para uma próxima série.

A DURA PROFISSÃO
Acho que deva ser algo sublime entrar em um palco, tocar um instrumento e sentir o calor do público, notadamente em espetáculos de música de Jazz, uma arte extremamente criativa que quase sempre transfere uma enorme empatia entre o músico e seus ouvintes.
Contudo, ganhar a vida desta forma, ser músico profissional não foi e continua não sendo fácil......a dura profissão de músico e principalmente de JAZZ.
Se hoje existem proteções que regulam a atividade quer, através de sindicatos, de associações, enfim de legislação protetora, desde o início do jazz e, por um largo período de tempo não só o músico, mas quase todos os profissionais já que o direito trabalhista engatinhava para todos, apenas sobreviviam. Entretanto não se pode atribuir os baixos pagamentos a uma infelicidade vivida. Otto Hardwick sax alto de Ellington em um depoimento citava: - "todos os músicos tinham liberdade de expressão, os tempos eram bons, não acho que o dinheiro tivesse tão grande importância. A gente ganhava a vida, e ponto final. Mas o trabalho em sí era um prazer e a gente se sentia mais ou menos em família".
Mais tarde Charles Mingus afirmava: -"aqueles caras nunca pensavam em dinheiro, tudo o que faziam era para serem felizes".
Uma idéia do ganho de um músico segundo a época e o contexto, por exemplo: — no início do século passado (XX) em Nova Orleans o jovem Jelly Roll Morton foi contratado por uma cafetina de bordel a 1 dólar por noite e mais gorjetas. Na primeira noite ganhou vinte dólares de propina e, dado ao agrado do pianista junto ao público, a cafetina então combinou com ele que daria mais 5 dólares por noite toda vez que não recebesse os vinte dólares de gorjetas. Anteriormente trabalhava como tanoeiro consertando toneis, tinas e barrís a 15 dólares por semana.
Por volta de 1905 o proprietário de um clube pagava em média 5 dólares a um bandleader e mais 2,5 a cada músico por noite.
A grande e estrelada figura de Louis Armstrong iniciou carreira recebendo 1dólar e 25 cents para tocar das 8 da noite até a madrugada. Trabalhando para King Oliver em Chicago no início dos anos 20 recebia 52 dólares por semana e foi para o Sunset Café com 10 dólares a mais. No fim de 1930 queixava-se de ganhar apenas 75 dólares por noite. Nesta época, uma banda garantia em média 600 dólares por mês quando uma boa refeição não chegava a 1 dólar e um quarto confortável não mais que 200 dólares ao mês.
Com o advento dos sindicatos e sua firme consolidação os músicos de um modo geral foram beneficiados já que foram estabelecidos direitos como salário mínimo para as apresentações, garantindo também direitos sobre as gravações e a famosa encrenca dos anos 42/44 em que nenhum músico entrou em um estúdio para gravar, em greve deflagrada pela American Federation of Musicians devido às retransmissões radiofônicas que não pagavam os direitos.
Mais tarde deu-se a destruição das matrizes dos V-DISCS gravados durante a 2a. Guerra Mundial para as tropas americanas nos campos da Europa e Pacífico já que os músicos gravaram sem nada receber apenas como esforço de guerra. Como, em princípio, não teriam valor comercial os músicos e as gravadoras nada ganharam o que ocasionou após o fim da guerra uma forte reação do sindicato dos músicos chegando ao cúmulo de conseguirem uma ordem judicial em 1949, obrigando à destruição dos acetatos originais evitando-se as reedições. O governo norte-americano poderia ter pago os "royalties" reivindicados para a preservação das obras, mas não houve acordo.

UM PIRATA BEBOPER
Existe uma série de gravações ao vivo de Charlie Parker de qualidade bastante deficiente, afinal já eram os anos 40 e o processo se não ainda Hi-Fi, já possuia uma razoável eficiência.
Acontece que tais gravações são produto de um gravador pirata, feitas por um tal de Dean Benedetti, um amador que usava uma máquina portátil e seguia os passos de Bird gravando tudo o que podia.
Benedetti era um saxofonista de pouca expressão que desde 1944 acompanhava Charlie Parker de clube em clube, de concerto em concerto, gravando os solos de Parker e praticamente só os solos, em um aparelho amador portátil. Atuava com conhecimento e permissão do músico já que acreditava que DEAN não usaria os registros de forma comercial o que realmente cumpriu.
Vale citar uma passagem com DEAN quando certa noite já preparado com seu gravador em uma mesa em frente ao palco como habitualmente fazia esperando o início da apresentação de Parker, adentra uma turma da fiscalização de direitos autorais e o proíbe de gravar o show. DEAN desarmou tudo e saiu, mas rapidamente retorna pela porta da cozinha ao night club vai até os sanitários, suborna o encarregado que leva o microfone até próximo ao palco e o prende na cortina, então escreve um cartaz INTERDITADO e o coloca na porta de uma "casinha" onde sentado em uma privada DEAN passou o show gravando com o aparelho no colo.
As grandes marcas de discos só excepcionalmente se interessavam pela aventura de gravar ao vivo um concerto bebop. Só pequenas gravadoras assumiram o risco de gravar o "novo" Jazz. Se não fosse Benedetti grande parte do início da obra de Parker e demais correligionários teria se perdido para sempre. Mesmo assim foi por pouco porque Benedetti sumiu de repente após a morte de Parker e com ele todas as fitas só indo aparecer algumas delas pelos anos 60 sem também muita informação e nem sombra do dito pirata, quando finalmente foram editadas. A Mosaic Records, editou uma caixa MD7-129 com 7 CDs contendo as gravações de BENEDETTI.
Ouçamos então duas dessas gravações de Parker feitas no Pershing Hotel Ballroom em Chicago na noite de 25/set/1948 pelo pirata Dean Benedetti. Aqui temos I Can’t Get Started e a seguir um trecho de Groovin’ High, e podemos atestar que as gravações apesar de históricas são muito ruins.