Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 25 - Jimmie Lunceford

31 julho 2007





MUSEU DE CERA

JAMES MELVIN LUNCEFORD nasceu a 6/junho/1902 em Fulton no Missouri. Durante sua formação colegial aprendeu a tocar o saxofone, clarinete e trombone e mais tarde o piano, guitarra e flauta. Aos 16 anos montou seu primeiro grupo quando estudava na Fisk University onde obteve sua primeira educação musical com Wilberforce J. Whiteman, pai do famoso bandleader Paul Whiteman. Mais tarde iniciou a ensinar música na Memphis High School e com um grupo de 9 músicos ainda amadores organizou em 1927 o núcleo do que seria sua big-band os Chickasaw Syncopators contando com Moses Allen (baixo), Jimmy Crawford (bat), Willie Smith (alto) e Eddie Wilcox (piano). Em 1929 Lunceford monta sua orquestra já como profissionais e em 1930 grava para a Victor 2 temas — In Dat Mornin' e Sweet Rhythm.
Após tocar por vários anos nas redondezas de Cleveland e Bufalo surge sua maior oportunidade quando veio a substituir a banda de Cab Calloway no famoso Cotton Club do Harlem em 1934. Aliado às suas mais importantes aquisições como o trompetista e magnífico arranjador Sy Oliver e ainda Paul Webster (tp), Eddie Durham e Trummy Young ao trombone e o vocalista Dan Grissom a orquestra ganhou reputação nacional como uma das melhores bandas negras do swing.
Em 1935 uma série de soberbas gravações para Decca com arranjos de Sy Oliver: For Dancers Only, Margie, ‘Posin, Slumming On Park Avenue, My Blue Heaven e Organ Grinders Swing .
O estilo de Lunceford identificado com Sy Oliver sofreu um revés quando este deixou a banda indo trabalhar com Tommy Dorsey em 1939, mas Bill Moore Jr assumiu os arranjos e em 1941 com o ingresso do trompetista Snooky Young e arranjos de Gerald Wilson e depois Tadd Dameron mantiveram o pique da orquestra.
Em 1942 começaram a surgir os primeiros problemas internos devido à má situação financeira que levou Lunceford a começar a pagar menos aos integrantes da banda, principalmente em relação a outras bandas de sucesso. Em maio de 1942 alguns integrantes deixaram Lunceford como o sax-alto Willie Smith, contudo a orquestra se manteve sob os antigos louros até 1947 quando subitamente Jimmie Lunceford sofre um colapso e falece justamente após uma apresentação no Oregon quando dava alguns autógrafos e se sentiu mal. Rumores surgiram inclusive através do magazine Down Beat de que Lunceford teria sido envenenado por um dono de restaurante que tinha sérios problemas de racismo, porém nunca foi apurado. O certo é que o grupo musical ficara acéfalo de seu grande líder. O pianista e arranjador Ed Wilcox e o saxofonista Joe Thomas tentaram manter a orquestra, mas em 1949 foi dissolvida.
Anunciada como a "perfeita banda swing" se destacava como diferente das demais consagradas bandas das décadas de 30 e 40. O grupo era menos notado por seus solistas e mais pelos trabalhos em ensemble. Além do mais, a maioria das bandas desse período empregavam a rítmica de 4 beats enquanto a Lunceford Orchestra desenvolvia um swing distinto com acentuação em apenas 2 beats, nos tempos fracos freqüentemente em tempo médio e com isso "saltitava" mais que as outras possuídoras de um swing mais linear, o que chegou a ser designado como "tempo Lunceford". Apesar de multi instrumentista Lunceford raramente executava seu instrumento favorito que era o saxofone-alto, atuando mais como bandleader, tendo influenciado vários outros como Tommy Dorsey, Sonny Dunham, Glenn Miller e Sonny Burke.
Podemos ouvir um de seus maiores sucessos que ilustra bem o trabalho de Lunceford e seu grupo:
RHYTHM IS OUR BUSINESS – (Jimmie Lunceford, Sammy Cahn, Saul Chaplin) – Jimmie Lunceford (líder) – Eddie Tompkins, Sy Oliver, Tommy Stevenson (tp), Henry Wells, Russel Bowles (tb), Willie Smith (sax-alto, cl), Joe Thomas (sax-tenor, cl), Earl Carruthers (sax-barítono), Edwin Wilcox (pi), Al Norris (gt), Moses Allen (bx) e James Crawford (bat) – arranjo de Edwin Wilcox e vocal por Willie Smith.
Gravação original: Decca 369 - take 2 - 18/dez/1934 – New York
Fonte: – Jazz In The Charts (CD Series) - Vol. 20 – 1935 – Selo: Document – 223719 – USA - 2006

Nenhum comentário: