Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

SENTIMENTAL REASONS

07 julho 2007



Ao lado de Gary Burton, Bobby Hutcherson representa uma segunda e inovadora geração no vibrafone, pós era swing de Lionel Hampton e bebop de Milt Jackson. Os críticos dizem que a concepção mais revolucionária de Hutcherson não fez dele um vibrafonista tão popular, ao contrário de “Bags” e Hampton. Mas entre os músicos sua reputação sempre se manteve intacta. Sob novo contrato com a Kind Of Blue Records, Bobby lança o primeiro CD solo em 8 anos – só na Blue Note foram 12 anos. Explorando standards, resgata vários temas clássicos que marcaram a sua juventude.
De família musical, Hutcherson (L.A., 1941) estudou piano ainda menino. Mas não conseguiu se adaptar à formalidade imposta pela professora. O pequeno Bobby já estava ligado ao jazz. Seu irmão tinha sido colega de escola (high school) de Dexter Gordon e a irmã cantava com o “namorado” Eric Dolphy. Conhecer o som de Milt Jackson foi o início de uma segunda etapa. Em 1960 foi visto ao lado de Charles Lloyd. Seu prestígio foi aumentando a ponto de tocar com grandes nomes do jazz emergente, entre os quais Hank Mobley, Herbie Hancock, Jackie McLean, Eric Dolphy, Graham Moncur III, Andrew Hill e Archie Shepp. E assim participou de alguns álbuns antológicos, como “One Step Beyond (Jackie McLean,1963) e “Out To Lunch” (Eric Dolphy, 1964), quando ganhou um prêmio da Down Beat como novo talento merecedor de reconhecimento . Já na Blue Note, como líder, lançou “Components”(1965), para muitos um álbum clássico, marcado por uma de suas composições mais executadas, Little B’s Poem. Hutcherson há muito se dedica apenas a atuações ao vivo, longe dos estúdios. Um novo contrato com a Kind Of Blue motivou Bobby a gravar novamente, sob a produção de Richard Seidel. For Sentimental Reasons foi lançado em 19 de junho último.
Com uma formação clássica de quarteto, via Renee Rosnes, não mais uma surpreendente pianista - talvez até mais ativa do que o próprio Bobby - , Al Foster (bateria) e Dwayne Burno (baixo), Hutcherson relembra temas como Embraceable You (Gershwin), Spring Is Here (Rodgers), Somewhere (Bernstein) e What Are You Doing The Rest Of Your Life (Legrand), Jitterburg Waltz (Waller), entre outros. A abordagem é típica de Hutcherson e o CD agrada com folga os jazzófilos mais exigentes - há um tempero bem claro de sofisticação e elegância.

01. (I Love You) For Sentimental Reasons 4:56
02. Ode To Angela 6:20
03. Embraceable You 5:42
04. Along Came Betty 4:38
05. Somewhere 2:49
06. Jitterburg Waltz 6:08
07. What Are You Doing The Rest Of Your Life 5:44
08. Don’t Blame Me 4:07
09. Spring Is Here 4:28
10. I Wish I Knew 6:00
11. I’ll Be Seeing You 2:37
...................................
Kind Of Blue (2007, 19 de junho)
Bobby Hutcherson – vibraphone
Renee Rosnes – piano
Dwayne Burno – bass
Al Foster - drums
...................................
PS. A saber. Renee Rosnes nasceu no Canada (Regina, 1962). Desde 1985 em Nova Iorque, ela tocou com Wayne Shorter, Joe Henderson, J.J. Johnson, John Faddis, James Moody, entre outros. Tem 10 CDs gravados. Oportunamente vou postar aqui um dos melhores, Art & Soul (AMG @@@@ 1/2).

Som na caixa !

bobby hutcherson e...

Nenhum comentário: