Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

UM FIM DE SEMANA NO RIO DAS OSTRAS JAZZ & BLUES

11 junho 2007

Fim de semana com muita música no Rio das Ostras Jazz & Blues Festival.
Não pude acompanhar desde o início na quarta-feira, mas chegando na sexta de noite já presenciei a apresentação do vibrafonista Stefon Harris, que abriu a noite com seu trio e realmente surpreendeu. Stefon Harris é o nome da nova geração de vibrafonistas, onde Vibrafone e Marimba se misturam no palco em formato de "L" e ele manifestou pleno domínio do palco e mostrou muita vibração, com uma apresentação bastante consistente, sobrando
inspiração.
Ainda não tinha achado um lugar cativo para assistir aos shows, mas nos bastidores Stefon Harris esbanjou simpatia, conversou, distribuiu autógrafos e tirou muita foto, inclusive aproveitei e garanti a minha !

A noite seguiu com o guitarrista Roy Rogers e seu blues rural, estilão meio country, empunhando um violão folk bem eletrificado que agradou aos amantes do gênero presentes.
Fechando a noite e saindo da seara do jazz, a banda Soulive mostrou muito balanço e muita empolgação. Acid Jazz rotulado, Soul Music incorporada, e o que é bom, muito groove! Apesar da ausência do baixo, o trio, agora um quarteto com vocal , traz um destaque especial para o organista Neal Evans, cuja mão esquerda faz um baixo com muito groove de deixar muito baixista por aí com inveja.
Já no sábado, o Soulive se apresentou no final da tarde na Praia da Tartaruga onde os shows são produzidos, literalmente, em cima da pedra, na encosta, promovendo um belo visual ao entardecer. A banda parecia mais solta e fez um show bem melhor que na noite anterior. O trio é muito bom, muito improviso com o guitarrista Erik Krasno e energia de sobra com o baterista Alan Evans e agora com vocalista Toussaint, que chamava a atenção mais pelo seu visual afro.

Mas chegou a noite e os shows prometiam. Na abertura, Romero Lubambo e Luciana Souza fizeram, particularmente, uma apresentação impecável, com repertório que passeou por Jobim e Dominguinhos com roupagem muito original pelo duo e um set de 2 standards abrindo com Beautiful Love, quando Romero deixou o violão de lado e abraçou sua guitarra acústica e se deleitou em muito walking bass. Gostei muito da Luciana Souza, ainda não a tinha assistido ao vivo e gostei do timbre de sua voz, em tom médio, mas suave. No show, Luciana também desenhou a percussão em alguns momentos, ora no pandeiro ora no triangulo, e casou perfeitamente na condução de Romero Lubambo, que realmente está sobrando no violão, está tocando muito !
Gostei de ver Romero Lubambo com uma guitarra nas mãos, coisa rara, há muito tempo não assistia a isso.
No intervalo, quem fez a festa foi a paulista Dixie Square Jazz Band, que subiu ao palco para uma apresentação bem rapidinha e contagiou com arranjos bem alegres para Cantaloupe Island e, claro, When the Saints Go Marching In.

Enquanto a Dixie Square tomava a atenção do público, quem esbanjava simpatia nos bastidores e se preparava para subir ao palco era Ravi Coltrane, que se apresentou ao lado do seu quarteto abrindo o show com dois temas bem ao estilo do Coltrane pai, aquela atmosfera meio mística marcada pela percussão nos pratos e marcação constante do contrabaixo e piano enquanto Ravi desenhava formas um tanto psicodélicas. Mas o show continuou e Ravi mostrou muita originalidade, um bom pianista, Luis Perdomo, e um bom baterista, E.J.Strickland.
Fechou a show com Giant Steps, bem ao seu estilo. Gostei muito !

E a noite de sábado terminou com o blues do guitarrista Robben Ford, mas com muito tempero de rock. Técnica impecável, em formato de power trio e um pleno domínio do instrumento. Para quem não sabe, Robben Ford também é saxofonista, inclusive já gravou com o instrumento em seus primeiros discos. Confesso que esperava a interpretação de seus temas antigos, com uma pegada mais blues, mas o show foi muito bom e ele mostrou porquê é um dos grandes guitarristas no cenário atual.
Bom, é isso ! E já estavam circulando por lá Duduka da Fonseca, Sergio Barrozo e Dom Salvador que se apresentaram na quinta-feira e iam novamente se apresentar na tarde de domingo, mas voltei pra casa com uma excelente impressão do festival, muito bem organizado e um público bastante interessado.
Parabéns para toda a produção ! E ano que vem tem mais ...

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