Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RENDIÇÃO

17 maio 2007

O blog é de jazz mas pouco tempo atrás incluiu-se a variante “jazz & bossa”. E foi dentro desse contexto que me arrisco a fazer uma resenha sobre o último CD da ótima vocalista Jane Monheit, que, por certo, alguns cejubianos conhecem de perto e ao vivo, já que ela mandou ver no Bourbon Street, São Paulo, e Mistura Fina, Rio. Nascida em 3 de novembro de 1977 – escorpiana em grau e gênero - , Oakdale, Long Island, veio de família musical. O interessante que quando menina estudou clarinete, além de teoria musical. Como vocalista, em 1994, foi aluna de Peter Eldridge – leia-se New York Voices – na Manhattan School Of Music. Em 1998, quase profissional, foi segunda colocada no Thelonious Monk International Jazz Competition. De lá para cá gravou 6 CDs, sempre bem amparados pela crítica. Difícil não reconhecer em Monheit uma das vozes mais bonitas do cenário jazzístico atual. E desde o início de carreira confessa uma ostensiva simpatia pela música brasileira. É o caso de seu último álbum, “Surrender”, lançado agora nos Estados Unidos.
Essa simpatia pela nossa música vem agora recheada pelas presenças de Sérgio Mendes, arranjos e teclados, Ivan Lins, teclados, arranjos e vocal, e Paulinho da Costa, percussão. Outros conceituados músicos participam do projeto, como Toots Thielemans (harmônica), o argentino Jorge Calandrelli (produção e arranjos), Alphonso Johnson (contabaixo), Dave Carpenter (contrabaixo), Gary Foster( sax), Ari Ambrose (sax), Rick Montalbano (ex-marido, bateria), entre outros. O repertório é de extremo bom gosto, passando pelo clássico do próprio Sérgio Mendes (So Many Stars), A Time For Love (Johnny Mandel), If You Went Away (Preciso Aprender A Ser Só, Marcos Valle), Só Tinha De Ser Com Você e Caminhos Cruzados (Jobim), Moon River (Mancini), Like A Lover (Dori) e a lindíssima Rio De Maio (Ivan Lins & Celso Viáfora), um momento à parte no CD. Monheit ainda não domina a nossa língua com facilidade. Às vezes isso atrapalha um pouco. Mas como sempre acho que a intenção é que vale, coloco esse constrangimento em segundo plano. O CD, no mínimo, é de certa forma humilhante para nosotros tupiniquins. Difícil ver entre nós um álbum tão bem cuidado, com um varal de cordas, arranjos caprichados, tudo em prol da boa música.

Som na caixa
Jane Monheit - So Many Stars


Nenhum comentário: