Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

PERCURSO SINUOSO

02 março 2007

Aos 39 anos, Kurt Elling (Chicago) vem colecionando todos os prêmios da Downbeat, tanto entre os críticos como entre os leitores. Se isso não é atestado de talento, traz prestígio. Elling não é unanimidade, talvez pela escola Mark Murphy, a mais direta influência. Ele esteve no Brasil e dividiu opiniões. Alguém no blog escreveu que a sua versão para “My Foolish Heart” foi arrasadora, tipo antológica. Seja como for, Elling terminou o seu mais recente CD, a ser lançado em 3 de abril. Um amigo canadense – nem sei como conseguiu – me mandou. Trata-se de “Nightmoves”, já com alguma seqüela da temporada brasileira. Como de costume, o álbum é irregular, alternando bons momentos e outros descartáveis. Primeiro trabalho pela Concord Jazz, Elling elaborou dessa vez um repertório menos “complicado”, a começar pela faixa de abertura, “Nightmoves”, assinada por Michael Franks. Seu velho companheiro, o pianista Laurence Hobgood, continua responsável pelos arranjos. E esse é o primeiro problema. As interpretações sempre lineares do vocalista exigem extrema criatividade do arranjador, com harmonias instigantes, ainda mais quando vários temas são verdadeiros standards. Hobgood nem sempre cumpre esse papel. “Change Partnes/ If You Never Come To Me (Inútil Paisagem)” é um exemplo, a partir de uma intervenção não muito oportuna do gaitista Gregoire Maret. Mas há um grande salto de qualidade em “Where Are You, My Love?”, aqui com um Christian McBride inspirado. O CD tem também as participações especiais de Bob Mintzer (sax) e Guilherme Monteiro (guitar). “Luiza” (Jobim) se não é um total primor, derrapa na pronúncia estranhamente lusitana de Elling. E o álbum segue até o fim com curvas perigosas e ultrapassagens, poucas, convincentes. O apelo mais popular pode, sem dúvida, ser decisivo para uma nominação ao Grammy. Geralmente essa fórmula funciona, ainda mais quando há uma estréia em nova gravadora.

1. Nightmoves
2. Tight
3. Change Partners / If You Never Come To Me
4. Undun
5. Where Are You, My Love?
6. And We Will Fly
7. Luiza
8. The Walking
9. The Sleepers
10. Leaving Again / In The Wee Small Hours
11. A New Body And Soul
12. I Like The Sunrise
13. Well, Did You Evah

Concord Jazz (2007)
Kurt Elling – vocals
Laurence Hobgood – piano, arranger
Rob Amster – bass
Willie Jones III – drums
The Escher String Quartet – performer
Bob Mintzer – sax
Christian McBride – bass
Guilherme Monteiro – guitar
Rob Mounsey – keyboards
Howard Levy – harmonica
Gregoire Maret - harmonica

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