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NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
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NOSSOS PAIS MUSICAIS - PARTE 1
13 agosto 2006
Aos 16 anos, após um princípio de adolescência naturalmente seduzido pelo pop/rock, aceitei, um tanto relutante, seu convite para atender ao recital de Heitor Alimonda no Salão Leopoldo Miguez, da Escola Nacional de Música, na Rua do Passeio. Nunca mais fui o mesmo. Desde os 13, adorava música e já me sabia um melômano, mas, daquele dia em diante, e pelos dois anos seguintes, larguei as patéticas tentativas dos "progressivos" de fazer música clássica travestida de rock, e mergulhei nos LP's dele, onde estava a fonte de tudo: the real shit, dir-se-ia na gíria jazzística.
Em compositores como Chopin, Beethoven, Bach, Scarlatti, Schubert, Schumann, Liszt, Brahms, Paganini, entre outros, e nos músicos, principalmente pianistas, de uma era romântica do século passado (Malcuzynski, Cziffra, Horowitz, Gieseking, Benda, Ricci, etc.), anteriores à febre dos anos 80, dos "instrumentos de época" e da "busca da intenção do autor", neles descobri a verdade musical maior, que faz a ligação direta entre a alma e a lágrima, e que dá sentido ao dito bíblico: Deus realmente fez o homem "à Sua imagem e semelhança".
Papai, meu primeiro pai musical, meu primeiro ídolo, é pianista clássico e seu modo de tocar, de intepretar, assim como a emblemática coleção de discos, foram, para mim, uma "caixa de Pandora" às avessas: aberta, ao invés de males e pecados, libertou os mais emocionantes segredos e poemas que os Gênios, com sua Música, resolveram, para graça dos demais mortais, dividir conosco.
Minha homenagem, hoje, é, em especial, para você, Benechis Pai e já Avô.
Mas, afortunado, ganhei, com os anos - e ainda recentemente - outros pais musicais: Luiz Paulo Horta, José Domingos Raffaelli, Arlindo Coutinho, Luiz Orlando Carneiro e Luiz Carlos Antunes, de quem falarei, um a um, nos próximos posts.
Por enquanto e desde logo, a todos vocês, obrigado e um feliz Dia dos Pais !
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