Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

HEAVENLY JAM: AGORA FOI-SE O MONSTRO DUKE JORDAN

11 agosto 2006

Recebi esta manhã uma mensagem do nosso Mestre Raf e decidi transcrevê-la para todos poderem tomar conhecimento do seu teor e ensinamento. Espero que ele não fique chateado com a publicidade dada à sua aula.

Tudo bem ?

Uma perda irreparável: morreu Duke Jordan, um dos maiores e mais inventivos pianistas da história do jazz, que marcou época ao integrar o famoso quinteto de Charlie Parker, cuja obra imortal deixou para a posteridade mais de 50 obras-primas.

Pianista original do mais alto sentido melódico, toque claro e preciso, criador de introduções geniais em standards que passaram a fazer parte integrante das interpretações dessas composições, deixou uma obra maravilhosa em seu nome que só os verdadeiros conhecedores sabem apreciar.

Irving Duke Jordan (1922-2006) - ao contrário de vários pianistas badalados estereotipados que sempre estão na mídia mas não se comparam a ele nem de longe - lamentavelmente desaparece virtualmente desconhecido pelas novas gerações de fãs, que só e interessam pelo que é novo, de hoje, de agora.

Mais uma vez - como aconteceu com os 50 anos da morte de Wardell Gray (2005), 50 anos da morte de Fats Navarro (2000), 20 anos da morte de Benny Goodman (julho/2006), 40 anos da morte de Bud Powell (31/07/2006), centenário de nascimento de Johnny Hodges (Junho/2006) e, muito provavelmente, acontecerá com os 50 anos da morte de Art Tatum, e o centenário de nascimento de Tommy Dorsey - passará em branco na imprensa brasileira o falecimento de Duke Jordan. (depois da dica, talvez não, Mestre, talvez não. Vamos ficar de olho...)

Nunca esquecerei em julho de 1982, quando ouvi Duke Jordan ao vivo, no Knickerbocker, em New York, que, ao apresentar-me como brasileiro, no set seguinte dedicou-me "Garota de Ipanema", tocando a bridge inteiramente improvisada, dando outra e notável demonstração da sua imensa criatividade.

Para mim, Duke Jordan é um dos 10 maiores pianistas da história do jazz e sua obra imortal ficará na eternidade artística.

Abraços
Raf

(Se isso não é uma verdadeira aula, então eu nunca soube o que é uma...
P.S.: A festinha lá em cima deve estar animadaça.)

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