Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

YAMANDU COSTA

01 abril 2006

Na carona do lançamento da Delira Musica, mais música instrumental brasileira em DVD, agora com sotaque gaúcho.
Assisti Yamandu Costa pela primeira vez em 2001 no festival VISA de música instrumental, cuja apresentação do tema Brejeiro foi espantosa, inovadora, já mostrando que que aquele garoto gaúcho chegava, definitivamente, como uma revelação no instrumento. Com seu violão de 7 cordas, um pouco incomum na seara dos violonistas tradicionais, uma pegada forte e de estilo tão particular, chamou atenção para o Free Jazz Festival deste mesmo ano, em apresentação solo, a qual também assisti. Ainda garoto, não tinha uma presença tão marcante de palco, mas tocava demais e com muita estrada pela frente.
Confesso que violão solo chega a ser um tanto "cansativo" para os menos entusiasmados, mas Yamandu Costa percebeu isso ao longo do tempo e encontrou parceiros que complementaram sua música de forma magistral, acrescentando novas dinâmicas, releituras de temas conhecidos e fez música de altíssima qualidade.
Pois bem, isso pode ser visto em seu primeiro DVD, lançado pelo selo Biscoito Fino e gravado ao vivo no Sesc Pompéia, SP, no ano passado. Não hesitei em adquirir este material e, para os amantes das cordas, é obrigatório.
Em apresentações solo, duo, trio e quarteto, Yamandu desenvolve sua técnica e seu entusiasmo de forma contagiante através de temas próprios e composições de Baden Powel, Geraldo Vandré e Django Reinhardt.
Muito bem gravado, também em áudio multicanal, o show abre com 2 temas solo de sua autoria. Após, sobe ao palco o baixista Tiago Espirito Santo, filho do grande instrumentista Arismar Espirito Santo, e o baterista Eduardo Ribeiro. O trio ataca com um tema de Baden Powell - Valsa n.1 - e outro tema do próprio Yamandu, sobrando muito improviso para Tiago com seus harmonicos a la Pastorius. O inusitado vem no próximo tema, em duo, um tango - Tango Amigo - onde é chamado ao palco o contrabaixista Guto Virti. Usando o contrabaixo acústico com arco, Guto se destaca na faixa. Chega a vez de Toninho Ferraguti e seu acordeom subir ao palco para mais 3 temas, em trio com Guto, em duo com Yamandu e em quarteto com o baixo elétrico de Tiago e a bateria de Eduardo Ribeiro em um tributo a Pixinguinha. Toninho Ferraguti se despede e, de volta a formação de trio, o homenageado agora é Django Reinhardt com o tema Nuages. Belissimo ! Daí em diante, fica dificil não se contagiar com a vibração dos músicos. Com seu violão cheio de vozes e improvisos, destacam-se Vou Deitar e Rolar (Baden Powell) e Disparada (Geraldo Vandré), sobrando, mais uma vez, muito improviso para o elétrico baixo de Tiago Espírito Santo e a bateria de Eduardo Ribeiro.
A festa não acaba aí, nos extras tem uma versão bem improvisada de Sampa (Caetano Veloso) e uma jam em mais um tributo a Django, além de entrevistas e temas livres improvisados durante as turnês.

Vale conferir !

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