Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

O CJUB NO JB DE HOJE

21 março 2006

[Foi publicada nesta data a matéria feita pelo jornalista Sergio Martins, depois de ter participado de uma de nossas reuniões-almoço. Com direito a foto do grupo, que não constava, infelizmente, da edição on-line, Martins fez ali um fiel apanhado dos principais pontos que norteiam nossa confraria e terminou dando aos leigos a possibilidade de trilhar o "caminho das pedras". Leiam abaixo suas considerações. M.N.]


O jazz nosso de cada dia

Clube criado por amigos incentiva os internautas a ouvir boa música

Sergio Martins

Charutos de boa marca e, de preferência, cubanos. Uísque escocês envelhecido por pelo menos 12 anos. Página na internet para trocar informações, assim como nas reuniões de todas as sextas-feiras. E, ao fundo, mas não muito, o que há de melhor do jazz no mundo, mais especificamente nos Estados Unidos. Esta a proposta dos fundadores e dos integrantes do CJUB (sigla que significa, como não poderia deixar de ser: charutos, jazz, uísque e blog), um clube de jazz fundado em 10 de maio de 2002 por incentivo e imaginação do economista Mauro Nahoum, de 51 anos, jazzista desde menino, quando ainda não sabia que aquela música era jazz.

As reuniões das sextas-feiras acontecem numa sala reservada do Restaurante Clube do Empresário, no 13º andar da Associação Comercial, no Centro do Rio, na hora do almoço. Isolados dos demais mortais, os integrantes do clube levam discos, CDs, gravador, textos impressos e, principalmente, charutos e uísque. Enquanto o almoço não vem, beliscam os petiscos de entrada, trocam informações e CDs, bebem um bom uísque - alguns preferem ficar apenas na água mineral, mas esses são minoria -, reservam os charuto e, às vezes, uma boa música ao vivo, tocada ao piano por Alberto Chimelli, para depois da refeição. O trabalho? Bem, fica para segunda-feira, que ninguém é de ferro.

O advogado David Benechis, um dos mais falantes do grupo e um dos primeiros a aderir à proposta de Nahoum, conta que o grupo é responsável, também, pela realização de um show mensal de jazz no Mistura Fina, na Lagoa:

- São espetáculos produzidos por nós especificamente para nosso deleite. O próximo será nos dias 7 e 8 de abril, com a Jane Duboc e o Victor Biglione Quarteto. É aberto ao público, mas principalmente para os amantes da boa música. O jazz foi banido das rádios brasileiras. Infelizmente elas (as rádios) estão mais preocupadas em divulgar uma música de consumo imediato e de gosto duvidoso - critica David Benechis.

Nahoum concorda com a crítica. Pega um charuto cubano e o copo de uísque com gelo e se aproxima:

- Se o Parreira (Carlos Alberto Parreira, técnico da Seleção Brasileira) tem seu quarteto mágico, nós também temos o nosso. Quatro jornalistas de primeira linha e profundos conhecedores do jazz, seus grandes nomes e sua história. José Domingos Raffaelli, Arlindo Coutinho, Luiz Carlos Antunes e Luiz Orlando Carneiro (colunista de jazz do JB e chefe da sucursal de Brasília) formam o nosso quarteto mágico - diz Nahoum.

São mais de 20 integrantes fixos no grupo. Mas não se trata de um Clube do Bolinha. Quatro mulheres dão o tom feminino - Marzia Esposito, Luciana Pedorer, Beth Martinelli e Claudia Fialho -, o que não as impede de participar também, além das trocas de informações e de discos de jazz, das doses de uísque e das baforadas dos charutos, não necessariamente nesta ordem.

O site na internet, que pode ser acessado pelo endereço www.cjub.com.br, traz o máximo possível de informações sobre jazz, inclusive textos assinados pelos integrantes do clube. Uma pessoa pouco familiarizada com este tipo de música pode se iniciar seguindo as dicas que estão na página. Há, inclusive, três listas organizadas de forma democrática, por votação livre, dos 11 jazzistas mais importantes, os 11 favoritos do grupo, e a relação dos 10 discos que um leigo poderia levar para uma ilha deserta e se tornar um amante do jazz.

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