Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

III CHIVAS LOUNGE INTERNACIONAL O SOM DO BECO DAS GARRAFAS 2 -
PRÓXIMA QUINTA, 02/02/2006, 21 Hrs, MISTURA FINA

31 janeiro 2006

Habitualmente programados para as últimas quintas-feiras de cada mês, no Mistura Fina, na Lagoa, será excepcionalmente nesta próxima quinta-feira, dia 2 de fevereiro, às 21 horas, o III Concerto Internacional Chivas Lounge, produzido pelo CJUB.

Aproveitando a estada no Rio de dois de nossos maiores músicos, há muito tempo radicados em New York, Nilson Matta (baixo) e Duduka da Fonseca (bateria), o CJUB produz agora a segunda versão de “O Som do Beco das Garrafas” realizado no ano passado, com David Feldman ao piano.

O pianista David Feldman apresentou-se no concerto de março passado impressionando vivamente os que o ouviram. Com sólidos conhecimentos musicais, técnica altamente desenvolvida e enorme facilidade de expressão, conquistou inúmeros admiradores. Com os estudos e a experiência acumulada no exterior, principalmente em New York e Israel, Feldman é um improvisador que toca com a autoridade de quem tem consciência do seu imenso potencial, desenvolvendo solos com inacreditável fluência e absoluta segurança. Devido àquela apresentação esplendorosa, além de ter atuado com Duduka da Fonseca em New York, com quem gravou um CD, seu nome foi a escolha lógica para relembrar os áureos tempos em que a música fervilhava naquele logradouro carioca, para o qual convergiam os músicos americanos de jazz e turistas ávidos em ouvir e conhecer a “nova onda musical brasileira”. Segundo Feldman, este concerto “prosseguirá homenageando a geração que virou a música de cabeça para baixo".

Nilson Matta é um dos mais completos baixistas brasileiros em atividade. Antes de ir para New York, em 1985, tocou e gravou no Brasil com Johnny Alf, Toots Thielemans, Chico Buarque, João Gilberto, Luiz Bonfá, Nana Caymmi, João Bosco e outros. Em 1983 excursionou seis meses no Japão com a cantora Lisa Ono. No ano seguinte, com Mauro Senise, Rique Pantoja, Romero Lubambo e Pascoal Meirelles organizou o Cama de Gato, um dos conjuntos instrumentais mais conhecidos em nosso país. Em New York, uniu forças com o violonista Romero Lubambo e Duduka da Fonseca para fundar o Trio da Paz, o conjunto brasileiro mais conhecido no exterior. Nilson tocou e gravou com Lee Konitz, Joe Henderson, Gato Barbieri, Kenny Barron, Mark Soskin, Paquito D’Rivera, Danilo Perez, David Murray, Slide Hampton, Cláudio Roditi, Herbie Mann, Toots Thielemans, Randy Brecker, Mark Murphy, Paul Winter, Joe Carter, Dianne Reeves, Joe Lovano, Oscar Castro Neves, Charlie Byrd, Sadao Watanabe, César Camargo Mariano e Eliane Elias.

Duduka da Fonseca é um dos bateristas mais requisitados para gravações, concertos e festivais nos Estados Unidos. Ele tocou e gravou com Lee Konitz, Gerry Mulligan, Herbie Mann, Phil Woods, Joe Lovano, Joe Henderson, Wayne Shorter, Slide Hampton, Paquito D´Rivera, Kenny Barron, Dom Salvador, Charlie Byrd, Vincent Herring, Mark Murphy, John Scofield, Tom Harrell, Eddie Gomez, Frank Rosolino, Dianne Reeves, Astrud Gilberto, Cláudio Roditi, Tom Jobim, Nancy Wilson, Toshiko Akyioshi, Renee Rosnes, JoAnne Brackeen, Emily Remler, Eliane Elias, Randy Brecker, Bob Mintzer,, Naná Vasconcelos, John Patitucci e David Sanchez, entre outros.

Os assíduos freqüentadores dos quatro clubes do lendário Beco das Garrafas que ocupavam aquele trecho próximo às ruas Duvivier e Carvalho de Mendonça, em Copacabana, quase todas as noites testemunhavam alguma novidade, fosse o aparecimento de um novo talento, uma nova composição ou a formação de um novo conjunto. Entre 1960 e 1965, inúmeros artistas começaram suas carreiras naquele minúsculo quarteirão, onde muitos desconhecidos despontaram para a fama. O que se ouvia não era somente bossa nova e jazz, também começava a tomar forma e desenvolver-se uma nova amálgama estimulante de samba temperado com jazz logo denominada samba-jazz. Foi uma era de constante, intensa e irresistível ebulição, resultando na grande renovação da nossa música que começou a tomar o mundo de assalto em 1962/63.
É extensa a relação de músicos que passaram pelo Beco deixando seus nomes gravados na memória da MBM (Música Brasileira Moderna) como inovadores e criadores de um estilo de música instrumental que ficou para a posteridade. Para rememorar o clima festivo daquele local que deixou lembranças memoráveis, o trio selecionou várias composições que eram ouvidas nos quatro clubes do imortal Beco.

Dessa forma, a apresentação do jovem e impetuoso pianista Feldman na companhia de músicos da estatura de Nilson e Duduka executando os temas que fazem parte do imaginário do público que aprecia o samba-jazz, promete sacudir os alicerces do Mistura Fina de forma a entrar para os registros históricos dessa casa e da música instrumental no Rio de Janeiro.

As aquisições antecipadas podem ser feitas pelo site da Ticketronics ou diretamente no Mistura Fina, com Adriana ou Silvia. Fone: 2537.2844

No intervalo entre os dois sets do concerto, haverá a entrega dos diplomas aos vencedores do Prêmio CJUB Melhores de 2005. Mais detalhes a respeito, no post abaixo.

OS MELHORES DE 2005 NA VISÃO DO CJUB

Mais uma vez, e após intensas consultas e conversas informais, a equipe editorial do CJUB finalizou o processo de apuração dos melhores do ano de 2005.

Aproveitando que o CJUB se encontra em momento muito especial, pois produziu na última quinta feira um Concerto memorável com o Brazilian Jazz Trio (Hélio Alves ao piano, Nilson Matta ao baixo e Duduka da Fonseca na bateria) e segue com O Som do Beco das Garrafas 2 nesta quinta feira, 02.02.2006 (David Feldman ao Piano, e os mesmos Nilson Matta e Duduka da Fonseca), divulgamos a seguir os vencedores nas 13 categorias, na opinião dos editores do CJUB:

1) MELHOR CONCERTO INTERNACIONAL: WAYNE SHORTER NO TIM FESTIVAL

2) MELHOR CONCERTO NACIONAL: CJUB DREAM NIGHT - UMA HOMENAGEM A JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI

3) MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO: ENRICO RAVA

4) MELHOR MÚSICO BRASILEIRO - PRÊMIO ARLINDO COUTINHO: IDRISS BOUDRIOUA

5) MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB: VITTOR SANTOS

6) MÚSICO REVELAÇÃO BRASILEIRO: DAVID FELDMAN

7) MÚSICO REVELAÇÃO ESTRANGEIRO: TAYLOR EIGSTI

8) MELHOR FESTIVAL DE JAZZ: FESTIVAL DE OURO PRETO

9) MELHOR CASA OU CLUBE DE JAZZ NACIONAL: MISTURA FINA

10) MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA (papel ou internet): COLUNA DE LUIZ ORLANDO CARNEIRO, JORNAL DO BRASIL

11) PRÊMIO ESPECIAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO JAZZ NO BRASIL, PRÊMIO JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI: LUIZ ORLANDO CARNEIRO

12) DISCO DO ANO (nacional ou estrangeiro): THELONIUS MONK QUARTET & JOHN COLTRANE AT THE CARNEGIE HALL

13) MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (nacional ou estrangeiro): WYNTON MARSALIS

O CJUB espera contar com a presença dos admiradores da boa música no seu próximo evento, nesta próxima quinta feira, no Mistura Fina, quando será realizada a entrega dos diplomas aos ganhadores brasileiros, no intervalo do III Chivas Lounge Internacional .

HISTÓRICO DOS PREMIOS CJUB - MELHORES DO ANO

27 janeiro 2006

Desde 2004, o CJUB instituiu uma votação entre seus membros para premiar expoentes do panorama jazzístico no ano findo. No desenvolvimento da idéia, às categorias iniciais foram acrescidas outras e atribuídos patronos a duas dentre elas, o Prêmio José Domingos Raffaelli, pela Contribuição para o Desenvolvimento do Jazz no Brasil; e o Prêmio Arlindo Coutinho, para o Melhor Músico Brasileiro.

Abaixo estão listados os anos da premiação, as categorias (às suas épocas) e os respectivos vencedores:


Ano de 2003:

MELHOR SHOW INTERNACIONAL: McCOY TYNER (TIM FESTIVAL)
MELHOR SHOW NACIONAL: CONCERTO CHIVAS JAZZ LOUNGE 7 - "JAZZ PANORAMA"
MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO: CEDAR WALTON
MELHOR MÚSICO BRASILEIRO: DARIO GALANTE
MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB: IDRISS BOUDRIOUA
MÚSICO REVELAÇÃO: FELIPE POLI
MELHOR FESTIVAL DE JAZZ: CHIVAS JAZZ FESTIVAL
MELHOR CASA DE JAZZ: MISTURA FINA, RIO DE JANEIRO
MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA: REVISTA JAZZ+
PRÊMIO ESPECIAL: JORGE GUINLE


Ano de 2004:

MELHOR SHOW INTERNACIONAL: LOUIS HAYES QUINTET - CHIVAS JAZZ FESTIVAL
MELHOR SHOW NACIONAL: BRAZILIAN JAZZ TRIO (HELIO ALVES, NILSON MATTA E DUDUKA DA FONSECA) - MISTURA FINA
MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO: KEITH JARRET
MELHOR MÚSICO BRASILEIRO: HÉLIO ALVES
MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB: VICTOR BIGLIONE
MÚSICO REVELAÇÃO NACIONAL: RAFAEL BARATA
MÚSICO REVELAÇÃO INTERNACIONAL: FRANCESCO CAFISO
MELHOR FESTIVAL DE JAZZ: CHIVAS JAZZ FESTIVAL
MELHOR CASA DE JAZZ: MISTURA FINA,RJ
MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA: COLUNA DO LUIZ ORLANDO CARNEIRO - JORNAL DO BRASIL
PRÊMIO ESPECIAL: LUIZ CARLOS ANTUNES (LULA)
MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (ATÉ 3 NOMES): DAVE BRUBECK, WYNTON MARSALIS E SONNY ROLLINS
MELHOR DISCO DO ANO: THE OUT OF TOWNERS - KEITH JARRET


Ano de 2005:

MELHOR CONCERTO INTERNACIONAL: WAYNE SHORTER NO TIM FESTIVAL
MELHOR CONCERTO NACIONAL: CJUB DREAM NIGHT - UMA HOMENAGEM A JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI
MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO: ENRICO RAVA
MELHOR MÚSICO BRASILEIRO - PRÊMIO ARLINDO COUTINHO: IDRISS BOUDRIOUA
MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB: VITTOR SANTOS
MÚSICO REVELAÇÃO NACIONAL: DAVID FELDMAN
MÚSICO REVELAÇÃO INTERNACIONAL: TAYLOR EIGSTI
MELHOR FESTIVAL DE JAZZ: FESTIVAL TUDO É JAZZ - OURO PRETO, MG
MELHOR CASA OU CLUBE DE JAZZ NACIONAL: MISTURA FINA, RJ
MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA (papel ou internet): COLUNA DE LUIZ ORLANDO CARNEIRO, JORNAL DO BRASIL
PRÊMIO ESPECIAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO JAZZ NO BRASIL, PRÊMIO JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI: LUIZ ORLANDO CARNEIRO
MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (nacional ou estrangeiro): WYNTON MARSALIS
MELHOR DISCO DO ANO (nacional ou estrangeiro): THELONIUS MONK QUARTET & JOHN COLTRANE AT THE CARNEGIE HALL

DE QUEM É A LETRA ?


MAIS UM LANÇAMENTO DELIRA MÚSICA

Olá amigos,
Dando continuidade à boa safra de lançamentos, acaba de sair o primeiro CD do NOSSO TRIO. Para quem ainda não sabe, o trio é formado por Nelson Faria (guitarra), Ney Conceição (baixo) e Kiko Freitas (bateria). Os músicos acompanham João Bosco e acabaram se juntando para tocar jazz e música brasileira em shows paralelos durante as turnês do João. A química deu tão certo que resolveram gravar o disco. Com esta formação já se apresentaram no Conservatório de Amsterdam e em turnê pela Suécia, tocando no Fashing Club em Estocolmo e no Neffertiti em Goteborg. Virtuoses em seus instrumentos, Nelson, Ney e Kiko dialogam de forma fluente, improvisando sobre temas próprios e clássicos como ‘O Barquinho’ e ‘Vento Bravo’.

Repertório:
O Barquinho (Roberto Menescal / Ronaldo Bôscoli)
Partindo pro Alto (Nelson Faria)
Baião por Acaso (Nelson Faria / Hamleto Stamato / Rodolfo Cardoso)
Balada p’a Nadia (Victor Assis Brasil)
Vento Bravo (Edu Lobo / Paulo César Pinheiro)
Resposta (Ney Conceição)
Fala Negão (Ney Conceição)
Lagoa Santa (Nelson Faria / Ney Conceição / Kiko Freitas)

Vale conferir. Abraços,
PegLu

FESTIVAL DE JAZZ DE LAPATAIA - 11a. EDIÇÃO - 3a. parte

26 janeiro 2006

A noite de sábado, 7 de janeiro, prenunciava-se forte, já que recheada de músicos extraordinários, segundo meu ranking pessoal. Começaria pelo brilhante Jessé Sadoc, grande trompete carioca, a acompanhar Guinga na abertura e terminaria na cozinha do prestidigitador e baterista Lewis Nash , passando por um bom número de cats.

Por puro descuido, perdemos o primeiro set. O transcorrer do dia foi glorioso, o sol estival nos empurrou para a longínqüa praia de José Ignacio, a aproximadamente 45 km de Lapataia. Tudo lá estava tão perfeito, da água do mar às caipirinhas - sim, lá as há e muito bem feitas - que fomos ficando e ficando e quando nos demos conta, a hora já ia avançada e não deu tempo de chegar para a apresentação de "Noturno Copacabana", nome escolhido por Guinga para se apresentar acompanhado pelo Jessé mais o Paulo Sérgio Santos na clarineta e no sax e o Lula Galvão na guitarra. Fica, por este motivo sem cotação a apresentação deles. Que, só depois eu soube, pelo Pedro, ter sido muito aplaudida pela argentinada presente.

Chegamos no entanto a tempo de presenciar (o gentilíssimo Pedro já havia "reservado", com seus objetos pessoais, duas cadeiras para nós) o início do set do pianista francês Manuel Rocheman, cujas menções a ele feitas pelo Mestre Raf e um CD que eu já tinha, fizeram-me nutrir por seu lúdico piano uma grande expectativa. Rocheman apresentou uma entourage de alta estirpe, ao trazer ao palco consigo as figuras estreladas de George Mraz, um dos mais completos contrabaixistas da atualidade e um verdadeiro mago da bateria, Al Foster.

Seu set iniciou-se com So Tender, de Keith Jarret, onde Rocheman, ao interromper as sequências de notas bruscamente, em meio às idéias que tecia no solo, criava um timing ao mesmo tempo exótico e estimulante. Seguiu-se sua original Beatriz, em clima lânguido, com destaques para um Foster brilhante em suas intervenções e um Mraz ao mesmo tempo preciso e doce.

Um parenteses se faz necessário aqui, para comentar especialmente a apresentação de Foster. Calmo, jovial, e muito bem-humorado - mesmo quando precisou esgrimar, com as baquetas, contra inúmeros insetos atraídos pelos holofotes e que teimavam em voar próximos à sua cabeça, em meio às execuções - ele é um velho feiticeiro, profundo conhecedor dos macetes de cada item de sua cozinha, capaz de sacar o melhor som de cada. Variando o andamento e a pressão aplicados nos utensílios, deu uma aula singular de bateria a cada tema, culminando com uma magnífica - a um só tempo estilística e técnica - "estapeada", em justa seqüência, nos seus quatro pratos, como término de sua participação. Coisa que eu nunca tinha visto executada com tanta precisão e arte, sacando quase como que um acorde. Para mim, que nunca o tinha visto, um verdadeiro "coup-de-foudre".

Para finalizar uma noite tão bela, só com a entrada triunfal de um monstro como Cedar Walton no palco, o aplaudidíssimo gigante em todas as acepções da palavra. Mas, como se veria adiante, um gentle giant. Trouxe com ele à arena nada menos do que Vincent Herring no sax alto, David Williams no contrabaixo e Lewis Nash na bateria.

Passada a excitação inicial com tão importante presença na fazendola, a largada deu-se com Newest Blues, onde o excepcional compositor e pianista texano, depois de expor seu tema com classe, abriu o gol para que os brilhantes Herring e Williams, em tabelinha com o assombroso Nash arrancassem aplausos da plateia já em meio à bela trama que resultou na abertura do placar: Bom Jazz 1 x 0 Enganação.

Seguiu-se uma demonstração da "simplicidade eficiente" de Walton como compositor, revelada a pleno na interpretação despojada e ao mesmo tempo cativante da sua clássica Dear Ruth, tema que se aninha no nosso córtex e ali fica residindo mesmo acabada a execução, quiçá todo o set. Destaque para Herring e o comboio formado por Williams e Nash, comedidos e eficientes na escolta ao líder, deixando a este todo o brilho.

Poderia já então voltar para casa apaziguado quando CW cometeu, talvez interessado em carrear novos fiéis para seu último lançamento - Midnight Waltz - uma interpretação deslocada de Another Star, de Stevie Wonder, sem nenhuma atratividade que não o trabalho de Nash.
No entanto esse pequeno deslize foi recuperado através do belo tema a seguir, que me pareceu chamar-se algo como Martin's Prize, desenvolvido por Cedar com técnica exuberante e um desconcertante uso dos intervalos e onde Herring pode fazer um belo e suingado solo, remetendo-nos a gravações de Blakey e suas turmas.

In the Kitchen, como o título antecipa, foi uma festa balançante, preparada por Walton para a platéia que vibrou e uivou como louca com a habilidade de Williams, que fez de tudo - e todas as citações que se lembrou - em um marcado e gostoso solo, na companhia de um Nash econômico mas nem por isso menos criativo. Uma bela experiência rítmica, que alegrou sobremaneira aos presentes. Como anticlímax, Cedar enveredou por uma versão sambadronizada do onipresente Body and Soul, com entrosamento. Outro show de Nash no ritmo "abrasileirado", demonstrando toda a sua versatilidade. Williams foi apenas correto, e Herring solou sem maior virtuosismo. Confesso que esse tipo de levada não me pega pelos ouvidos e menos ainda o faz pelo coração. Talvez a platéia tenha até gostado. Eu me desinteressei no terceiro acorde. Sinto.

O final do set de Cedar Walton e seu grupo fabuloso foi com uma estimulante Ground Work, da lavra do líder, em uptempo, em longa e destacada apresentação de Lewis Nash, um gigante na bateria, onde chegou a sustentar frases integrais nos pratos, com refinamento rítmico digno dos grandes do instrumento.

MATÉRIA DO MESTRE LOC NO JB DESTA DATA

25 janeiro 2006

[Outra de nossas referências históricas, o ora residente Mestre Luiz Orlando Carneiro, LOC aqui no nosso grupo, dá sua opinião sobre o que deveremos - aqui vou roubar uma expressão que tenho ouvido ultimamente por conta dos estudos em Psicologia da minha mulher - experenciar (bonito, não?) na noite de amanhã no Mistura Fina. A qualidade intrínseca dos três monstros que lá estarão faz com que a expectativa e os minutos se agigantem. Leiam a transcrição do artigo do LOC hoje, no JB, e digam se estou exagerando.]

Jazz brazuca tipo exportação

Radicado nos EUA, Brazilian Jazz Trio toca amanhã no Rio

Luiz Orlando Carneiro

O pianista Hélio Alves, o baterista Duduka da Fonseca e o baixista Nilson Matta - há muitos anos radicados nos Estados Unidos - são dos poucos músicos brasileiros integrantes da ''primeira liga'' do jazz em Nova York, ao lado de compatriotas aqui mais afamados, como a pianista-vocalista Eliane Elias e Claudio Roditi (décimo lugar, entre os trompetistas, na eleição dos melhores músicos de 2005 feita pelos leitores da conceituada revista Down Beat).
Reunidos no Brazilian Jazz Trio, Hélio, Duduka e Nilson voltam a se apresentar no Rio, depois de dois anos, amanhã, às 21h, no palco do Mistura Fina, dando seqüência ao projeto Chivas Lounge, produzido mensalmente pelo CJUB (Charuto Uísque Jazz Blog) - a mais ativa, exigente e influente confraria de jazz do Rio (www.cjub. com.br). O ingresso custa R$ 20.
Embora não tenha ainda freqüentado listas dos dez mais das revistas e sites especializados em jazz, o paulista Hélio Alves, 39 anos, gravou como líder os álbuns Trios (1998) e Portrait in black and white (2003), muito bem recebidos pelos críticos. No primeiro CD (gravadora Reservoir 156), o mais técnico, o consistente e inventivo pianista de jazz brasileiro (só o carioca David Feldman ameaça sua hegemonia) gravou algumas faixas com Duduka e Matta (Song for Claudio, Bala com bala, O grande amor), e outras com o baixista John Patitucci (atualmente no quarteto de Wayne Shorter) e o baterista Al Foster (Bolivia, My ship e There is no greater love).
Já Portrait in black and white (também lançado pela Reservoir 176), em trio com os notáveis Matt Wilson (bateria) e Santi Debriano (baixo), consolidou definitivamente o prestígio do pianista brasileiro, ex-aluno do Berklee College of Music de Boston. Ken Dryden, do conceituado site All Music Guide, recomendou ''calorosamente'' o CD; o célebre crítico Ira Gitler também foi efusivo ao avaliar que se tratava de um ''esplendoroso surgimento de um novo astro''.
Duduka da Fonseca mora há 31 anos em Nova York, onde possui uma escola de formação de bateristas. Já tocou com ''todo mundo'', seja straight, seja brazilian jazz: de Lee Konitz a Maucha Adnet (sua mulher); de Joe Lovano a Paquito D'Rivera; de Joe Henderson a Dianne Reeves; de Kenny Barron a Raul de Souza. Em 1990, Duduka criou o vitorioso Trio da Paz (com Nilson Matta e Romero Lubambo, violão), que já gravou cinco álbuns, com destaque para Partido out e Cafe (ambos da Malandro Records).
Nilon Matta é ''um dos mais completos baixistas brasileiros em atividade'', de acordo com o crítico José Domingos Raffaell, um dos mestres da confraria CJUB. Lembra Raffaelli que Nilson formou, em 1990, com o extraordinário pianista Don Pullen (1941-1995) e o saxofonista Carlos Ward, o quinteto African Brazilian Connection, que deixou três registros na Blue Note (Kele mou bana, Ode to life e Live at the Montreux Festival).

[Quem estiver no Rio e perder essa é coroinha lá em Boston!]

II CHIVAS LOUNGE INTERNACIONAL - BRAZILIAN JAZZ TRIO - PRÓXIMA QUINTA, 26/01/2006, 21 Hrs, MISTURA FINA

19 janeiro 2006

O Brazilian Jazz Trio, integrado pelo baterista Duduka da Fonseca, pianista Hélio Alves e baixista Nilson Matta, músicos brasileiros de prestígio internacional radicados em New York há muitos anos, é a grande atração do Mistura Fina, quinta-feira, dia 26 de janeiro, às 21 horas, dando seqüência ao projeto Chivas Lounge e produzido pelos integrantes deste CJUB.

O trio retorna ao Mistura Fina onde certamente reeditará sua inesquecível atuação de janeiro de 2004, um dos concertos de maior sucesso da história do CJUB.

Duduka da Fonseca está radicado em New York há 31 anos, sendo um dos bateristas mais requisitados para gravações, concertos e festivais. Com vasta experiência em jazz, bossa nova, samba, baião e música latina em geral, tocou e gravou em inúmeros contextos com uma lista impressionante de talentos: Lee Konitz, Gerry Mulligan, Herbie Mann, Phil Woods, Joe Lovano, Joe Henderson, Wayne Shorter, Slide Hampton, Maucha Adnet, Paquito D´Rivera, Kenny Barron, Dom Salvador, Charlie Byrd, Vincent Herring, Mark Murphy, John Scofield, Tom Harrell, Eddie Gomez, Frank Rosolino, Raul de Souza, Dianne Reeves, César Camargo Mariano, Astrud Gilberto, Cláudio Roditi, Tom Jobim, Nancy Wilson, Harry Allen, Toshiko Akyioshi, Renee Rosnes, JoAnne Brackeen, Emily Remler, Eliane Elias, Randy Brecker, Bob Mintzer, Hendrik Meurkens, Jorge Dalto, Naná Vasconcelos, John Patitucci, Jay Ashby, David Sanchez, Richie Perry, Mark Soskin, Billy Drews, Kenny Werner, Alfredo Cardim, Marc Copland, Dennis Irwin, Alana da Fonseca e Lisa Ono, entre outros.

Nos Estados Unidos, Duduka formou os conjuntos Brazilian Express, New York Samba Band e The Brazilian All Stars, este integrado por Eliane Elias, Randy Brecker e Bob Mintzer. Em 1990, com o baixista Nilson Matta e o violonista Romero Lubambo, fundou o Trio da Paz, o conjunto instrumental brasileiro mais conhecido em todo o mundo, tendo gravado cinco discos que receberam críticas amplamente favoráveis nos Estados Unidos, Europa, Japão e Brasil: “Brasil From the Inside” (Concord Picante), “Black Orpheus” (Kokopelli), “Partido Out” e “Café” (ambos da Malandro Records) e “Somewhere” (Blue Toucan Music).

Nilson Matta é um dos mais completos baixistas brasileiros em atividade. Antes de ir para New York, em 1985, tocou e gravou com Johnny Alf, Toots Thielemans, Chico Buarque, João Gilberto, Luiz Bonfá, Nana Caymmi, João Bosco e outros. Em 1983 excursionou seis meses no Japão com a cantora Lisa Ono. No ano seguinte, com Mauro Senise, Rique Pantoja, Romero Lubambo e Pascoal Meirelles, organizou o Cama de Gato, um dos conjuntos instrumentais mais conhecidos em nosso país.

Em New York, por sua capacidade de adaptar-se a qualquer contexto, Nilson passou a ser requisitado para concertos e gravações com Lee Konitz, Joe Henderson, Gato Barbieri, Kenny Barron, Mark Soskin, Paquito D’Rivera, Hendrik Meurkens, Danilo Perez, David Murray, Slide Hampton, Cláudio Roditi, Dori Caymmi, Maucha Adnet, Herbie Mann, Toots Thielemans, Randy Brecker, Mark Murphy, Paul Winter, Joe Carter, Dianne Reeves, Joe Lovano, Oscar Castro Neves, Charlie Byrd, Sadao Watanabe, César Camargo Mariano e Eliane Elias.

Em 1990, ele e o pianista Don Pullen formaram o quinteto African Brazilian Connection, que gravou três CDs para o selo Blue Note: “Kele Mou Bana”, “Ode Life” e “Live at the Montreux Festival”.

Nilson co-liderou o CD “Encontros” (Malandro Records) com o gaitista alemão Hendrik Meurkens. Em 2003 gravou “Obrigado Brazil” com o violoncelista Yo-Yo Ma, com quem realizou longa turnê pela Europa para divulgar o CD.

Nilson também fez parte do The Bass Collective in New York City, ao lado dos seus colegas baixistas John Patitucci, Victor Wooten e Lincoln Goines, para lecionar e fazer workshops.

Hélio Alves é um dos maiores talentos brasileiros do piano, no jazz e na música brasileira. Aprendeu a tocar ouvindo seus pais, que são pianistas amadores. Teve lições de piano clássico, tocou em bandas de rock, mas o jazz entrou na sua vida aos 12 anos ouvindo discos de McCoy Tyner e Bill Evans. Aos 18 anos estudou no Berklee College of Music, em Boston, tendo como professores Donald Brown e Charlie Banacos.

Não demorou em chamar a atenção para o seu talento, indo tentar a sorte em New York. Na grande metrópole estudou arranjo com o pianista Mike Longo e entrosou-se imediatamente no meio musical, integrando os conjuntos de Cláudio Roditi e Paquito D’Rivera. Além destes, tocou e gravou com Duduka da Fonseca, Nilson Matta, Joe Henderson, com quem excursionou pela Europa e gravou um CD de big band, John Patitucci, Al Foster, Airto Moreira, Flora Purim, Hendrik Meurkens, Paulo Braga, Raul de Souza, Rosa Passos e outros. Ele também participou de vários festivais de jazz europeus.

Seu CD “Trios”, gravado para o selo Reservoir – coadjuvado por ninguém menos que Nilson, Duduka, Paulo Braga, John Patitucci e Al Foster -, comprovou sua categoria de improvisador nato, situando-se num plateau elevado entre os pianistas brasileiros. O famoso crítico Ira Gitler saudou o CD como “o esplendoroso surgimento de um novo astro”.

O repertório do Brazilian Jazz Trio inclui composições de jazz, standards americanos e músicas brasileiras e, para o concerto do próximo dia 26, poderão figurar, entre outras, Bolivia (C. Walton), Angel Eyes (M. Dennis), Prelude to a Kiss (D. Ellington), Blue Bossa (K. Dorham), So What (M. Davis), Dolphin Dance e Mayden Voyage (H. Hancock), Inception (McCoy Tyner), All The Things You Are (J. Kern), Vera Cruz, Tarde e Cais (M. Nascimento), além de originais como Baden (Nilson Matta) e Song For Cláudio (Hélio Alves).

CJUB NUCLEAR ! DUAS PRODUÇÕES PARA BOMBAR DEFINITIVAMENTE!!!
26 DE JANEIRO E 2 DE FEVEREIRO (EXTRA)

16 janeiro 2006

SAIBAM QUANTOS ESTA VIREM QUE:

O CJUB vai se exceder, nas próximas e consecutivas quintas feiras, que já se afiguram históricas e espetaculares, pelos motivos abaixo transcritos, que já podemos confirmar:

Dia 26 de Janeiro de 2006: BRAZILIAN JAZZ TRIO, ou nada menos do que HÉLIO ALVES, no piano, NILSON MATTA, no contrabaixo e DUDUKA DA FONSECA pilotando a bateria, na reedição do primeiro e grandioso concerto internacional que o CJUB produziu em 21 de janeiro de 2004, de lembrança ainda vivíssima em nossas memórias.


Dia 2 de Fevereiro de 2006: a reedição vitaminada do concerto O SOM DO BECO DAS GARRAFAS 2, o comentadíssimo - até hoje - concerto de março de 2005, com o pianista DAVID FELDMAN e as presenças grandiosas dos mesmos NILSON MATTA e DUDUKA DA FONSECA.

Se sonhos podem se transformar em realidade, estamos próximos de ver alguns dos nossos ocorrerem, nestas duas datas consecutivas.

Preparem seus corações e mentes e joguem todos os seus outros compromissos "para o mato, que isso é jogo de campeonato!"

CLAUDIO RODITI NA MODERN SOUND

Foi uma segunda-feira, noite de calor e jazz no Rio de Janeiro.
No palco da Modern Sound, mais uma vez com casa cheia, quem sobe é o trompetista Claudio Roditi.
Acompanhado pelo luxuoso sax de Idriss Boudrioua, realizou mais de 2 horas de show para uma platéia delirante e curiosa em assistir a performance deste gigante, que foi eleito pela quarta vez consecutiva pela revista Downbeat um dos 10 melhores trompetistas da atualidade.
Completando seu quinteto com o piano de Dario Galante, o contrabaixo-bossa de Sergio Barroso e a agitada bateria de Pascoal Meireles, Roditi inicia a apresentação de forma arrebatadora com o tema Impressions (Coltrane). Bem solto, com longos improvisos e uma marcante presença de palco, Roditi contou histórias, tocou muito e contagiou a platéia, esta que brilhava com a presença de nomes importantes da nossa música como Alberto Castilho, Julio Castilho, Paulo Moura, Aurino Ferreira, nosso confrade Alberto Chimelli e, chegando diretamente de NY, Duduka da Fonseca e Nilson Matta, que estarão se apresentando nas próximas produções do CJUB no Mistura Fina nos dias 26/01 e 02/02.
Não teve canjas e o show fluiu naturalmente sobrando muito improviso para Idriss, sempre brilhante, e Dario. O repertório foi refinado com um bela versão de Naima (Coltrane), que, particularmente, acho uma das baladas mais bonitas já feitas, Giant Steps (Coltrane) em formato bossa-jazz, A Rã (Donato) e alguns temas do próprio Roditi. Já era tarde quando pensávamos que ele ia fechar o show com a anunciada Influência do Jazz (Carlos Lyra), mas Roditi emenda Body and Soul (Johnny Green) para deleite da platéia que ainda pedia mais, o que o levou para um super bis com So What (Miles), fechando a apresentação com chave de ouro.
Claudio Roditi, bem-vindo de volta à sua terra, a nossa terra, mostrando mais uma vez que o jazz também corre em sangue brasileiro.

FESTIVAL DE JAZZ DE LAPATAIA - 11a. EDIÇÃO - 2a. parte

15 janeiro 2006

Com uma duração, neste ano, de 5 dias, escolhi estar presente apenas nos 3 últimos, de sexta a domingo, quando de fato apresentaram-se as atrações internacionais e mais conhecidas. Nos dias anteriores tocaram alguns músicos latino-americanos em ascensão e grupos norte-americanos de universitários, em fase de amadurecimento profissional. Pude, no entanto, ver alguns destes nas after-hours por dois dias em que estive no restaurante (totalmente decorado com fotos de grandes nomes do jazz que por lá já haviam passado - estas invariavelmente autografadas e emolduradas -, e de outros tantos).
E os garotos, como ocorre com os estudantes de jazz nos EUA - onde o assunto é tratado de forma séria - para estarem ali com o apoio da Embaixada Americana no Uruguai, tinham de ter algum talento. E o tinham sobrando, e suas gigs, no palco existente, foram muito saborosas. E volta e meia ainda contavam com o auxílio poderoso do trompetista Brian Lynch, um músico tão formidável quanto "fominha", que não podia vê-los suingando que já se levantava, com seu inseparável chapéuzinho à moda dos anos 60, para "prestigiar os meninos". [Vejam se conseguem reconhecer, no canto esquerdo da foto, os músicos sentados à primeira mesa. E não, eles não deram canja.]

Bem, minha primeira experiência do "jazz in pasture" foi gloriosa. O tempo estava firme e a tarde especialmente colorida em tons de rosa, sendo que o crepúsculo foi em torno das 21 horas e a temperatura era perfeita para que se pudesse apreciar as atrações com o maior conforto possível.

Escalado para a abertura da sexta-feira, dia 6 de janeiro, o quarteto do bom pianista gaúcho Geraldo Flach - na foto ao lado - desempenhou seu papel com desenvoltura, e o início de seu set me fez perceber que alguma coisa ali estava fazendo bem à alma, e não eram apenas o aroma de capim misturado ao de eucaliptos e os perfumes das elegantes argentinas que povoavam, em grande maioria, o local. Era algo mais e levei alguns minutos para sintonizar. Em mais alguns instantes pude perceber que era o som. Claro, límpido, perfeitamente equalizado, coisa de - desculpem, não resisto - um Rudy Van Gelder, se despencado em espírito por aquela plaga sulina. Poucas vezes, posso afirmar sem erro, pude estar servido por uma qualidade de som tão espetacular, contadas aí todas as experiências anteriores em festivais e casas de jazz que já freqüentei na vida. Algum especialista dirá que era pelo fato de se estar ao ar livre, sem nenhum tipo de interferência ou reverberação, me parece lógico, mas o fato é que a nota para o quesito "som" do festival Lapataiano foi um sonoro e robusto DEZ! Creditado à equipe de Oscar Pessano.

Voltando ao Flach e companhia, o quarteto bastante competente abriu o set tocando um tipo de jazz moderno que não era exatamente o que eu esperava ouvir. Geraldo é um pianista sólido que optou por uma vereda de execução mezzo suingada mezzo progressiva, e permitiu que seu baixista, Ricardo Baumgarten, cuja levada segura me fez pensar logo em Stanley Clarke, abrisse a boca, à Pedro Aznar, para alguns scats, acompanhado da guitarra francamente methenyna do nem por isso menos competente Paulinho Fagundes. Fechando o grupo, um proficiente e seguro baterista, Ricardo Arenhaldt, com um tipo físico que infelizmente me trouxe à lembrança a figura nefasta de Kenny G (ahrghhh!!!), com cachos dourados descendo pelas laterais do rosto.
Numa mesma rota animada, fizeram sua leitura de Água na Boca, de Rita Lee, que me pareceu totalmente deslocada, qual um petisco propositalmente colocado ali apenas para conquistar a platéia de mamães e filhotes. Então Flach fez, em solo, uma interessante interpretação de Desafinado, o ponto alto do set. Em seguida, com o grupo, Encontros e Despedidas, de Milton Nascimento, que foi tisnada pela mesma permissão a Baumgarten - a meu ver, tão indevida quanto a anterior - de cantar.
Para finalizar, Flach comandou uma versão de Autumn Leaves que teria soado muito bem se o líder não sucumbisse à tentação de cooptar a platéia a acompanhar a banda pela via de um refrão pegajoso secundado por palmas, o que transformou uma apresentação de natureza técnicamente competente numa grande tolice de natureza "jazzística", feita para o regozijo da parte desentendida da platéia. Enfim, algumas babás adoraram. E o grupo saiu aplaudido.
De minha parte, gostaria de voltar a ver Flach e seu bom grupo, dedicados a um repertório jazzístico mais elaborado e sem tantas concessões. Em meio às diversas placas espalhadas pelo local com citações de jazzistas históricos, a de Dizzie Gillespie rezava, solene, como um aviso para quem dele precisasse: "Passei um longo tempo de minha vida aprendendo o que não tocar..."

Geraldo Flach Quartet
: Cotação - @@
...continua

FESTIVAL DE JAZZ DE LAPATAIA - 11a. EDIÇÃO - 2a. parte, cont...

A atração seguinte, o trio do pianista venezuelano Edward Simon, começou a devolver à platéia algum oxigênio. Do alto de seus 7 discos gravados e com a fluência e elegância próprias de quem tanto estudou música clássica quanto ouviu bastante aos grandes mestres do jazz, Simon, acolitado por Scott Colley no baixo e pelo mexicano Antonio Sánchez na bateria, abriu o set com um tema próprio, La Pregunta Impossible, interessante trabalho com alguma inspiração em Chick Corea. O desempenho seguro e criativo de Colley e Sánchez, este uma grata revelação, contribuiu em muito para deixar Simon bastante estimulado para mostrar o seu muito bom potencial como pianista. (clip 1) / (clip 2)
Seguiram por Infinite One, de Simon, enveredando por You Are My Everything, de Harry Warren, ambas incluídas no CD "Simplicitas", que Simon lançou em abril de 2005 (e do qual participa a premiada brasileira Luciana Souza, cantando na faixa Unknown Path (Simon), cedendo ainda ao pianista um tema de sua autoria, Not So Unique).
Convidado por Simon ao palco, o bom trompetista argentino Diego Urcola uniu-se ao trio para apresentar uma belíssima versão da clássica El Dia Que Me Quieras (Gardel/Pera), em clima totalmente blue, com refinadas intervenções de Simon. (clip 3)
Pela seriedade do trabalho, pelas belas interpretações do trio como um todo laborativo a serviço do jazz, sem perder sua boa influência latina, devida e elegantemente explorada, Edward Simon nos fez crer que nos surpreenderá ainda mais nos tempos que virão .
Edward Simon Quartet: cotação:@@@


Finalizando a noite, e trazendo imensa alegria à platéia com seu jeito muito descontraído e elegante de ser, em impecável blazer marinho sobre calça branca, o saxofonista Gary Bartz começou dizendo à audiência que não esperasse que ele fosse falar apresentando as músicas porque estava ali para tocar e que se tivesse vontade, falaria alguma coisa ao final de seu trabalho. Foi aplaudido com fervor pelo público já ávido pelo som de um saxofone, já que até ali nenhum havia soado naquela noite tão agradável.

E tendo dito isso, Bartz, que trabalhou associado a mestres como Roach, Mingus, Dolphy e McCoy, abocanhou seu alto e danou-se a produzir notas em grande profusão, encadeando ótimas idéias em belas interpretações de temas clássicos e outros de forte acento caribenho, na companhia de seus escudeiros, o vigoroso e jovem Barney McAll ao piano, o correto e competente James King no contrabaixo e o inspirado Greg Bandy na bateria. (clip 4) Este último tão virtuoso e elegante em seu desempenho na bateria quanto o líder - rivalizando com este inclusive no trajar, já que, sobre uma vistosa camisa azul ostentava um impecável blazer amarelo, que manteve até o final do set.(clip 5)

Teria sido Bandy, na opinião do nosso Condestável Claudio Roditi, o baterista que mais o impressionou em todo o Festival, segundo disse ao Pedro em longa conversa em Guarulhos, três dias depois. Essa opinião de Roditi engrandece a atuação de Bandy já que o referencial era de grande estatura pois apresentaram-se ali, além de Antonio Sánchez, já mencionado, os cobras Al Foster e Lewis Nash, nos dias que se seguiram.

Gary Bartz Quartet: cotação: @@@@

SAMBA JAZZ ETERNO

Na metade da década de 70, aos 15 anos, enquanto eu descobria a Bossa Nova e ia encontrando a linha que me levaria ao Jazz, o caminho condutor desta trajetória não poderia deixar de ser o Samba Jazz.

Ao ouvir certa vez a Leny Andrade cantando Samba do Avião acompanhada de Tenório Jr. ao piano, um contrabaixista que a memória me falha e o famoso Milton Banana na bateria, percebi que aquele era o som.

Esta breve introdução serve apenas para dizer que temos um grande album saindo agora em 2006.

Nome: SambaJazzTrio
Músicos: Kiko Continentino ao Piano, Luiz Alves ao baixo acústico e Cláuton "Neguinho" Salles na bateria e trompete.

Antes que estranhem, é isto mesmo, bateria e trompete. Vi com meus próprios olhos na última quinta feira no Mistura Fina. Som de primeira.

Quanto ao Luiz Alves, lembro de tê-lo visto tocar com o Luiz Eça. Se não me engano, utiliza o arco em algumas faixas do CD.

Quanto ao Kiko Continentino, um piano cheio de suingue, improvisação e criatividade

Como fã de Luizinho Eça, não poderia deixar de destacar Dolphin, e como brasileiro, jamais poderia esquecer o Maestro Villa Lobos, cujo Trenzinho Caipira anda pela ferrovia do Jazz.

Das 13 faixas, 7 são da lavra dos músicos.

Depois de Hamleto Stamato com SambaSpeedJazz, Haroldo Mauro Jr. com Bossa na Pressão, agora temos o Samba Jazz Trio com o trio liderado por Kiko Continentino.

Num momento em que resgates a este tipo maravilhoso de música mostram o quanto ela foi importante, fica a sugestão para que ouçam este ótimo trabalho.

Beto Kessel

O ANTOLÓGICO ALMOÇO DE 13 DE JANEIRO

14 janeiro 2006

Espremido entre dois aniversários no dia 12 (Mauro e Fraga) e um no dia 14 (Gustavo) e talvez até por isso, o almoço de ontem teve ótimo quorum e a conversa foi amplamente produtiva.

Mesmo que desprovidos da presença feminina (Claudia, Luciana e Marzia evaporaram-se de nossas vidas), a ocasião foi muito agradável e a nova mesa, ora voltada para a vista da Baía de Guanabara, estava lotada, menos um lugar (o do Sazinho, esse tão querido e barulhento confrade, que partira para Angra mais cedo) e pudemos trocar o som variado do pianista do salão grande pelo puro jazz de nossos próprios CDs, no aparelho emprestado pela organização. Notada a ausência, desejável como um prêmio, mas de difícil recebimento por todos em vista da distância geográfica, do Mestre Luiz Orlando, que forma com os lá presentes Raffaelli, Coutinho e Lula, o suporte histórico e consultivo do grupo. David, Marcelinho, Mario, Gustavo, Kessel e Chimelli fechavam o grupo. Marcelão, impossibilitado por compromisso profissional, fez-se presente via celular.

Em vista do espírito laborativo que imperava nos confrades, e graças ao diligente trabalho compilativo do Kessel, estamos prestes a finalizar a eleição dos melhores de 2005 para a entrega do Prêmio CJUB, que ocorrerá no dia 2 de fevereiro, data extra de produção do CJUB no Mistura Fina, após a regular, no dia 26 de janeiro. A propósito, vamos anunciar na próxima semana as EXPLOSIVAS produções dessas duas quintas seguidas, para que as agendas de todos não permitam encavalamentos que lhes sejam prejudiciais, já que ambas as programações são IMPERDÍVEIS. Fiquem atentos, é nitroglicerina pura!

De volta ao almoço e comemorações à parte, pudemos puxar pela vasta memória dos nossos decanos, argüindo-os sobre aspectos dos primórdios do jazz no Brasil e depois de intensos debates, sempre amistosos e pontuados pelas impagáveis - e muitas das vezes, impublicáveis, num blog familiar como este - historietas paralelas vividas ou vivenciadas por eles (com dupla e às vezes tripla confirmação dos Mestres presentes) pudemos, enfim, definir algo que nos faltava, que clareamos e sobre o qual damos conhecimento ao povo cjubiano.

Após algum tempo de debate, concluímos que Farnésio Dutra da Silva, conhecido melhor como Dick Farney, foi o "jazzista" pioneiro, o verdadeiro assentador das bases desse estilo de execução musical no país. E decidimos que doravante este CJUB o terá como patrono, em uma homenagem não apenas à sua pessoa, mas, coletivamente, a todos os grandes músicos, maestros, produtores, arranjadores e outros profissionais brasileiros que se apaixonaram pelo jazz, sofrendo, à época, todas as críticas que se possa imaginar, por terem abraçado essa "moda" estrangeira - e sobretudo - americana. Então, que possa Dick Farney simbolizar esse apego ao jazz no Brasil, desde os primórdios até quando durar este blog.

UMA FOTO HISTÓRICA E ALL THAT JAZZ

Numa quente manhã de verão em 1958, cinquenta e sete dos maiores músicos de jazz se reuniram na frente de uma casa na rua 126 no Harlem. Eles foram convidados para uma foto que ilustraria uma matéria especial sobre jazz, no magazine Esquire. O fotógrafo foi Art Kane, um desenhista que se consagrava, mas que nunca havia tirado fotos profissionalmente.

O resultado foi uma das mais famosas fotografias na história da música americana. Entitulada “A Great Day in Harlem”, incluia grandes nomes do jazz como Count Basie, Coleman Hawkins, Lester Young e Dizzy Gillespie e também promessas como Thelonious Monk, Sonny Rollins, Charles Mingus, Gerry Mulligan, Art Blakey e Horace Silver. Nunca antes uma quantidade tal de músicos talentosos havia sido reunida num mesmo lugar, numa mesma hora.

A fotografia tornou-se legendária, reproduzida incontáveis vezes e, como poster, ornamenta as paredes dos fans de jazz pelo mundo todo.

Essa foto acabou sendo assunto de um excelente documentário. “A Great Day in Harlem: The Story and Sounds Behind the Most Famous Photo in the History of Jazz”. Ele foi feito em 1994 pelo jazzófilo Jean Bach, com a assistência do co-produtor Matthew Seig e da editora Susan Peehl.

Lançado esta semana em DVD (dois discos, Home Vision/Image Entertainment), o “A Great Day in Harlem” não é somente a história da criação imortal do fotógrafo Kane, mas uma história e um tributo aos grandes músicos presentes no trabalho de Kane.

Bach e seus consortes reuniram todo o tipo de fotos e filmes que puderam encontrar daquele histórico dia. O documentário inclui mais de 100 imagens tiradas por Kane, bem como fotos tiradas pelos próprios familiares e amigos presentes. Havia também alguns filmes em 8mm gravados pelo baixista Milt Hinton e sua mulher Mona. Bach fez entrevistas com Kane, que já faleceu, Robert Benton, o editor gráfico da Esquire e posteriormente co-produtor de um filme ganhador do Oscar e muitos dos músicos que puderam ser localizados. As reminiscencias e comentários dos participantes como Gillespie (que morreu um ano depois que o filme foi lançado), Rollins, Silver, Blakey e Marian McPartland são simplesmente fantásticos, bem como as observações do pessoal fora de cena como o jornalista Nat Hentoff e o pianista Mike Lipskin.

Muitas sub-histórias emergem no documentário, como a dificuldade que o fotógrafo Kane teve para que os músicos ficassem parados para a pose da foto, pois havia uma animação geral em todos estarem presentes e se vendo naquela manhã, eles não conseguiam parar de conversar e “fofocar”; porque Count Basie está sentado no meio-fio, próximo a uma turma de garotos da vizinhança; porque Thelonious Monk decidiu vestir um casaco esporte branco para a ocasião; porque todos os bateristas resolveram se juntar num único ponto para a foto; como foi que conseguiram que todos os músicos comparecessem para a foto, às 10 da manhã, uma vez que a esta hora a maioria dorme, pois trabalham até tarde...

O filme é incrementado com a inclusão de várias cenas da performance ao vivo da maioria dos músicos que aparecem na foto, a maioria resgatada de um antigo show da CBS-TV “The Sound of Jazz”.

O DVD também inclui narrativas com músicos mais jovens como Bill Charlap e Kenny Washington, que dividem seu entusiasmo pelo fotógrafo e pelos músicos retratados. O segundo disco tem um excelente suplemento de perfís, bem traçados, de cada músico que compunha a fotografia.

Como comentava Dizzie Gillespie olhando a fotografia: “Tem um montão de gente que eu gosto”.

Obs: para apreciar todos os detalhes da famosa fotografia, clique aqui. Ou na foto no início da matéria, que permite inclusive serem acionadas algumas áreas que se abrem em detalhes, fornecendo os nomes de cada músico, quando se repousa o cursor sobre eles.

PRÊMIOS CJUB, OS MELHORES DE 2005 - VOTA MANIM

13 janeiro 2006

1) MELHOR CONCERTO INTERNACIONAL
Blas Rivera – JAZZTOR PIAZZOLLA

2) MELHOR CONCERTO NACIONAL:
CJUB Dream Night

3) MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO:
Blas Rivera

4) MELHOR MÚSICO BRASILEIRO - PRÊMIO ARLINDO COUTINHO
Gilson Peranzzetta

5) MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB
Vittor Santos

6) MÚSICO REVELAÇÃO BRASILEIRO
Marcos Nimrichter

7) MÚSICO REVELAÇÃO ESTRANGEIRO
Miguel Zenón

8) MELHOR FESTIVAL DE JAZZ
Nihil

9) MELHOR CASA OU CLUBE DE JAZZ NACIONAL
Mistura Fina

10) MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA (papel ou internet)
All About Jazz

11) PRÊMIO ESPECIAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO JAZZ NO BRASIL PRÊMIO JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI
Coluna Luiz Orlando Carneiro

12) DISCO DO ANO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado);
Dario Galante “AWÉ”, Miguel Zenon “Jibaro”, John Coltrane “One Down, One Up: Live at the Half Note”

13) MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado).
Winton Marsalis, Dave Brubeck, Keith Jarrett

Obs: O item Melhor Festival de Jazz fica pra próxima, certamente será o CJUB Jazz Festival.

12.01.2006 - DUPLO REGOZIJO !!! ANIVERSÁRIOS DE PRESIDENTE E COMENDADOR

Com um salutar e precoce brinde no matinal giro das 11 h., o aniversário de nosso Pres, MauNah, começou a ser saudado ontem, em petit comite (confraria do Atrium), devidamente escoltado pela Viúva Cliquot e alguns parentes nem tão nobres, à exceção de um puro legítimo, da mais alta estirpe.

Ter como presidente do CJUB nosso Príncipe Valente do Jazz, He-Man do Swing ou, como também é conhecido, Roberto Jazztos - dado o esmero habitual de seu hair style - é, como diria o impagável "filósofo" Athayde Patrese, um luxo, comparável somente, à reunião, no mesmo espaço - e só aqui isto se dá - do alto clero ever do jornalismo jazzístico brasileiro, com o quadrado mágico formado pelos Mestres Raf, Goltinho, Llula e LOC.

Picardias à parte, Mauro Nahoum é nosso fidalgo-mor, amigo insubstituível, brain-storm incansável - e às vezes solitário - das aspirações e projetos do CJUB.

Enfim, ele é o começo, meio e fim do CJUB, no sentido da entrega e da dedicação incomparáveis aos interesses do grupo e, não por isto, mas pelo só fato de sua amável e bondosa liderança e sempre sincera amizade, merece nossa felicitação mais ampla e o eterno agradecimento por nos ter congregado neste fórum a um só tempo sério e insano, mas que é o bálsamo pelos qual todos nós, editores e leitores do blog, por anos a fio tanto esperamos, abandonando o casulo freak a que todo jazzófilo parecia antes inexoravelmente confinado.

No mesmo diapasão, efusivos parabéns extensivos ao nosso Membro Fundador (não confundir com o conhaque homônimo) DeFrag, Fraga, Fraguinha, enfim, nosso Comendador da Ordem Suprema de Joie Vivre, gozando de merecidas férias lá para os lados das Cortes Européias, mas, ao que se sabe - e se espera - em breve retornando ao nosso delicioso convívio terceiro-mundista, principalmente dos botequins que tanto ama. Volta logo, ô Baiano !!!

Dois Vivas ao CJUB e seus aniversariantes ! A eles M.P. M.F., como diria o Couto ! YEAH !!!! (gritado e quebrando o decibelímetro ...)

VOTOS DO MARCELON E GOLTINHO - PREMIO CJUB E 10 PARA ILHA DESERTA

12 janeiro 2006

Marcelon:

1) MELHOR CONCERTO INTERNACIONAL: Taylor Eigsty/Julian Lage, Mistura Fina;

2) MELHOR CONCERTO NACIONAL: David Feldman Trio, janeiro/2005, CJUB

3) MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO: Taylor Eigsty

4) MELHOR MÚSICO BRASILEIRO - PRÊMIO ARLINDO COUTINHO: Vittor Santos

5) MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB: Vittor Santos

6) MÚSICO REVELAÇÃO BRASILEIRO: David Feldman

7) MÚSICO REVELAÇÃO ESTRANGEIRO: Taylor Eigsty

8) MELHOR FESTIVAL DE JAZZ: Ouro Preto

9) MELHOR CASA OU CLUBE DE JAZZ NACIONAL: Mistura Fina

10) MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA (papel ou internet): Coluna JB Mestre LOC

11) PRÊMIO ESPECIAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO JAZZ NO BRASIL PRÊMIO JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI: Nelson Tolipan

12) DISCO DO ANO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado): Monk/Coltrane, "Live Carnegie Hall"; Enrico Pieranunzi, "Special Encounter"

13) MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado): Dave Brubeck, Mccoy Tyner, Winton Marsalis

10 DISCOS PARA ILHA DESERTA:

1) Travels, Pat Metheny;
2) Time Out, Dave Brubeck;
3) Coltrane & Johnny Hartmann
4) Tribute to Bud Powell, Chick Corea;
5) Take the Coltrane, Maclaughlin, DeFrancesco & Elvin Jones;
6) SuperTrio, John Hicks;
7) Kind of Blue, Miles David;
8) Complete Riverside Monk Recordings;
9) West Side Story, Oscar Peterson Trio;
10) We Will Meet Again, Bill Evans.


Goltinho:

1) MELHOR CONCERTO INTERNACIONAL: Tony Bennet, ATL Hall, 24/10/2005;

2) MELHOR CONCERTO NACIONAL: CJUB DREAM NIGHT

3) MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO: Michael Carney (vibes & stell drums)

4) MELHOR MÚSICO BRASILEIRO - PRÊMIO ARLINDO COUTINHO: RAFAEL BARATA

5) MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB: ALBERTO CHIMELLI

6) MÚSICO REVELAÇÃO BRASILEIRO: David Feldman

7) MÚSICO REVELAÇÃO ESTRANGEIRO: Willie Jones, III

8) MELHOR FESTIVAL DE JAZZ: TIM

9) MELHOR CASA OU CLUBE DE JAZZ NACIONAL: Mistura Fina

10) MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA (papel ou internet): Coluna JB Mestre LOC

11) PRÊMIO ESPECIAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO JAZZ NO BRASIL PRÊMIO JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI: Nelson Tolipan

12) DISCO DO ANO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado): Monk/Coltrane, "Live Carnegie Hall"; Parker/Gillespie, "Live Town Hall"; Daniel Garcia, "Caminho".

13) MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado): Sonny Rollins, Benny Golson, Winton Marsalis.


10 DISCOS PARA ILHA DESERTA:

1) Monk/Coltrane, Live Carbegie Hall (Blue Note);
2) Parker/Gillespie, "Town Hall";
3) Dizzy Gillespie in South America (Vol. 1-3);
4) Complete Jazz at the Philarmonic (11 discos);
5) Complete Clifford Brown Recordings (Emarcy);
6) Daniel Garcia, Caminho;
7) Tony Bennet, The Art of Excellence;
8) Bud Powell/Don Byas "Tribute to Cannonball" (Columbia Legacy);
9) Art Blakey and the Lazz Messengers live at Cafe Bohemian, Vols 1-2
10) Bill Evans, Sunday at Village Vanguard (1961, Riverside)

FESTIVAL DE JAZZ DE LAPATAIA - 11a. EDIÇÃO - 1a. parte

Em novembro de 2004, quando o Sazz, o BeneX e eu estivemos no Tim Festival em Sao Paulo, encontrei com um amigo, Pedro Wahmann, amante do jazz como nós, que, num dos intervalos me perguntou: "E aí, vão a Punta del Este para o Lapataia em janeiro"? Diante da nossa negativa, ele disse: "Taí uma coisa que eu não entendo, como é que uma turma de malucos por jazz como vocês do CJUB deixam passar uma chance dessas. Não podem perder...!".

Esse comentário ficou martelando na minha cabeça até que no final de 2005, depois de acompanhar o site da fábrica de doce de leite por quase 11 meses, foi publicada finalmente a programação. Cedar Walton, Manuel Rocheman, Gary Bartz, Al Foster, George Mraz, Lewis Nash, Delfyo Marsalis e um trumpet summit, entre outras atrações, me fizeram decidir de imediato. E o Pedro, como um perfeito e competente advisor, ainda fez-me chegar às mãos - através da minha filha, com quem se encontrou num casamento, no fim de semana - a página impressa do site com o lineup completo. Uma ligação para ele na segunda feira seguinte e selamos nosso compromisso de estar juntos no Lapataia.

Assim, como ponta-de-lanca do time CJUBiano em Punta del Este, neste último fim de semana tive a oportunidade de confirmar tudo o que se diz sobre esse Festival, que, no seu 11o. ano de vida, continua recebendo jazzmen do primeiro time para atuar em seu palco, em tão inusitada quanto magnífica ambientação em meio a um pasto, com um belo bosque de eucaliptos ao fundo e um cercado bem atrás do palco onde várias vaquinhas pastam ouvindo ótima música.

O proprietário de tudo, o adorador de jazz e principal responsável pela realização dessas reuniões fantásticas que conjugam o estilo musical, a natureza, e o homem, que ali se insere para esse desfrute genial, Francisco Yobino, deu-se ao trabalho de mandar construir em seu pasto um anfiteatro com 750 "cadeiras" pré-moldadas em concreto, o que nos permite afirmar que o Festival de Lapataia está lá para ficar, por muitos anos mais. A estrutura do Tambo El Sosiego, a fazenda que contém o palco sazonal, mais um restaurante e uma lanchonete sempre abertos, além das instalações de produção, é simples e eficiente e as coisas são facilitadas ao extremo. "Zero-stress" é a tônica. As entradas são de papel, não há seguranças com rádios, os lugares NÃO são numerados e quem chega antes escolhe onde quer sentar. Com uma grande quantidade de crianças e várias pessoas idosas presentes às audições, todos convivem numa placidez que talvez possa ser atribuída ao cheiro de terra e capim. Ninguém fala alto, não há ninguém produzido para ser visto, enfim, as pessoas estão ali para ouvir jazz.

DELIRA MÚSICA RELANÇA "PIMENTA", DE CARLOS MALTA

Amigos amantes do Jazz,
Ano passado, no Festival Delira Música, fiquei chocada (no bom sentido) com o show do Carlos Malta com repertório deste CD "Pimenta" que estamos relançando. Não percam a oportunidade de vê-lo no lançamento que será na Modern Sound dia 31/01. Segue abaixo um pouco sobre o CD:
Em 1999, Carlos Malta, um dos principais nomes do sopro brasileiro em atividade, lançava de forma independente uma bela homenagem a Elis Regina. No repertório, clássicos da música popular brasileira, eternizados na voz da cantora, como “Nada será como antes”, “Águas de Março”, “O bêbado e a equilibrista”, “Chovendo na roseira”, “Ladeira da Preguiça”, “Bala com Bala”, “Cais”, entre outros. O CD intitulado “Pimenta” ficaria fora de catálogo até agora, 2006, quando é relançado pelo selo Delira Música. Compositor, instrumentista, arranjador e professor, Carlos Malta passou 12 anos acompanhando Hermeto Pascoal. Tocou também com Egberto Gismonti, Pat Metheny, Ernie Watts, Gil Evans, Marcus Miller, Charlie Haden, Wagner Tiso e Nico Assumpção. É um dos mais requisitados em gravações, tendo tocado em discos de Gilberto Gil, Lenine, Paralamas do Sucesso, Leila Pinheiro, Caetano Veloso e outros.

PRÊMIOS CJUB, MELHORES DE 2005

10 janeiro 2006

[Só para facilitar a visibilidade e permitir aos confrades que ainda não votaram que o façam, trago de volta este post de dezembro. A apuração final dos votos, da qual nosso competente BKessel se encarregará, será no próximo dia 15 de janeiro, com qualquer número de votantes.]

É chegada a hora de botarmos as mãos nas nossas "orelhudas" consciências e começar a lembrar das belas coisas que ouvimos, eventualmente presentes, neste ano que vai se escoando, célere. Claro que ainda há tempo para que algum azarão pinte nesses 15 dias que faltam para 2006, mas a gente já vai rebuscando a memória em busca dos momentos especiais.

Peço aos membros do CJUB que, à medida em que terminem suas listas, coloquem-nas nos comentários deste post.

Nossos leitores também estão convidados a fazê-lo, para sua diversão e pela divulgação de seus pontos de vista e pela troca de informações, apenas, já que seus votos não serão computados na premiação final deste ano.

Talvez em 2006 já tenhamos criado a categoria "Melhores pelo Voto dos Leitores", caso haja uma maneira de nos assegurar da validade dos votos, para que não se produzam distorções indesejáveis.

Então, CJUBianos e interessados, mãos à obra:

CATEGORIAS:

1) MELHOR CONCERTO INTERNACIONAL

2) MELHOR CONCERTO NACIONAL

3) MELHOR MÚSICO ESTRANGEIRO

4) MELHOR MÚSICO BRASILEIRO - PRÊMIO ARLINDO COUTINHO

5) MELHOR MÚSICO EM CONCERTOS PRODUZIDOS PELO CJUB

6) MÚSICO REVELAÇÃO BRASILEIRO

7) MÚSICO REVELAÇÃO ESTRANGEIRO

8) MELHOR FESTIVAL DE JAZZ

9) MELHOR CASA OU CLUBE DE JAZZ NACIONAL

10) MELHOR MÍDIA ESPECIALIZADA (papel ou internet)

11) PRÊMIO ESPECIAL: CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO JAZZ NO BRASIL PRÊMIO JOSÉ DOMINGOS RAFFAELLI

12) DISCO DO ANO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado);

13) MÚSICO DE JAZZ MAIS IMPORTANTE, VIVO (nacional ou estrangeiro, valendo três indicações, para cada jurado).

A premiação dos músicos brasileiros ocorrerá durante o primeiro Concerto de 2006.

TRÊS do Nico Assumpção relançado

08 janeiro 2006

Há 2 anos fora de catálogo, foi relançado no mercado nacional o cd TRÊS, resultado do trabalho em trio liderado por Nico Assumpção no baixo, Nelson Faria na guitarra e Lincoln Cheib na bateria.
Gravado entre os meses de abril e junho de 2000, acredito ser o último registro em disco do Nico antes da sua morte em janeiro de 2001.
Nico foi um grande músico, um gigante, de uma originalidade ímpar, e que deixou um legado a ser seguido pelas outras gerações de baixistas que se seguiram.


Destaque para a bela versão de "EU SEI QUE VOU TE AMAR" de Tom e Vinícius e regravações de temas como "Cor de Rosa" (High Life, 1985) e Vera Cruz (Milton Nascimento, 1968).

MELHORES CDs DE 2005

Após a lista do nosso mestre LOC em sua última coluna no JB de 05/01, dos 10 melhores CDs do ano que passou, onde combinamos quanto aos 2 primeiros (Thelonious w/ Coltrane at Carnegie Hall e principalmente quanto ao "Beyond The Sound Barrier" do fabuloso Wayne Shorter), venho aqui apresentar a relação dos 10 mais de 2005 pela "Downbeat", conforme publicada na edição deste mês, pela ordem de lançamento:

1) Clark Terry / Chicago Jazz Orchestra - "Porgy & Bess" (A440) - Fevereiro
2) Dinah Washington - "The Complete Roulette Sessions" (Mosaic) - Março
3) The Clash - "London Calling" (Columbia) - Março
4) Miles Davis - "A Different Kind Of Blue" (Eagle Eye/Dvd) - Abril
5) Bert Williams - "The Complete" (Archeophone) - Abril
6) Various Artists - "Treasures Of Algerian Music" (Ima) - Maio
7) Thelonious Monk Quartet w/ John Coltrane - "At Carnegie Hall" (Blue Note) - Outubro
8) John Coltrane Quartet - "Live At The Half Note" (Impulse) - Novembro
9) Dizzy Gillespie / Charlie Parker - "Town Hall - 1945" (Uptown) - Novembro
10) Pat Metheny / Ornette Coleman - "Song X - 20th Anniversary" (Nonesuch) - Novembro

E para fechar incluo ainda meus 8 mais, completando a série de 10:
Enrico Rava Quartet , "La Dolce Vita"; Eric Reed, "Blue Trane"; Mark Murphy " Once To Every Heart " / Ocassion " Harry Connick & Branford Marsalis " / Marc Johnson & Eliane Elias " Shades Of Jade" / Alan Pasqua Trio " My New Old Friend " / Dave Douglas " Keystone " / Enrico Pieranunzi " Special Encounter "

É isso aí sem choro nem vela.

Música Instrumental com o Grupo FOCO

03 janeiro 2006

O Grupo Foco, formado por André Rodrigues no contrabaixo, Marcelo Martins no sax, João Castilho na guitarra e Renato Massa na bateria, estará se apresentando nos dias 5 e 12 de janeiro no espaço multimídia Armazém Digital de Botafogo, Rio de Janeiro.
A banda tem estrada e o show vai apresentar além de repertório próprio os tradicionais standards de jazz sempre com muito swing e, principalmente, muito improviso.

O Armazém Digital fica em Botafogo, no Rio Plaza Shopping
Rua General Severiano 97 loja 108 - RJ
Os dias : 5 e 12 de janeiro
O horário : 20:00 hs

Vale conferir !

- JAZZ QUIZZ -

02 janeiro 2006

Nos anos 40, 50 e 60 era prática até certo ponto comum alguns músicos de jazz usarem pseudônimos em gravações para uma concorrente da qual tinham contrato de exclusividade.

Quais os nomes dos que gravaram com estes pseudônimos ?
• Sven Coolsen
• Ike Horowitz
• Jimmy Gloomy
• Billy Cartoon
• Buckshot La Funke
• Shorty Nadine
• Shoeless Joe Jackson
• Boots Brown
• Tiger Brown
• Bert Herbert
• Baron Fingus
• Peter Urban
• Bart Valve
• Sam Beethoven
• Prince Charming
• Earl Grey
• Art Salt
• Buddy Poor
• B. Goldstein
• Charlie Chan
e Pete Cera

(NB: Vale um picolé!)

Ano Novo começa com nova edição do Prosper JAM

01 janeiro 2006


O Ano Novo já começa com muita música de qualidade na cidade do Rio de Janeiro.
Com o sucesso da primeira edição do Prosper Jam, evento patrocinado pelo Banco Prosper, a iniciativa se repete neste mês de janeiro em todas as quartas-feiras no espaço multimídia Armazém Digital do Leblon.

A banda formada por Afonso Claudio "AC" no sax, Marco Tommaso no piano, Tony Botelho no contrabaixo e Renato Massa na bateria recebem os seguintes convidados nas datas :
04/01 - Fernando Vidal na guitarra
11/01 - Claudio Infante na bateria
18/01 - Bruce Henry no contrabaixo e voz
25/01 - Cecelo Frony na guitarra


O evento tem produção de Carolina Rosman e Afonso Claudio "AC".

Armazém Digital Leblon no Rio Design Center
Av. Ataulfo de Paiva 270 lojas 102/103,
Início dos shows às 20hs.
O telefone para reservas : (21)2239-4136

O evento também promete surpresas com canjas e presenças de outros nomes importantes da nossa música instrumental.

Vale conferir !

NEW YEAR´S EVE - O que rolou nos principais clubes

NY:

1) Blue Note:
CASSANDRA WILSON, vocais
Brandon Ross, guitarra
Reginald Veal, baixo
Gregoire Maret, harmonica
Jeffrey Haynes, percussão
Marvin Sewell, guitarra

2) Village Vanguard:
Dr. Michael White's Original Liberty Jazz Band of New Orleans

3) Birdland:
ARTURO O'FARRILL LATIN JAZZ QUINTET + Guests (28-29/12)
CHICO O'FARRILL'S JAZZ ORCHESTRA (30/12 - 1/1) + Vocalista convidada HILARY KOLE (12/31 only)

4) Iridium: GATO BARBIERI BAND

5) Smoke: CHRIS WASHBURNE & SYOTOS BAND NEW YEARS'PARTY

6) Jazz Standard: PRESERVATION HALL JAZZ BAND

7) Dizzy´s Club Coca Cola (Lincoln Center): PAQUITO D'RIVERA & PANAMERICANA, com PAQUITO (clarinete e sax alto), DAVE SAMUELS (vibrafone e marimbas), Andy Narell (steel drums), ALON YAVNAY (piano), DANA LEONG (cello e trombone), RAUL JAURENA (bandoneon), PERNELL SATURNINO (bateria e percussão), Oscar Stagnaro (baixo), MARK WALKER (bateria);

9) Zinc Bar (acreditem !!!): "Dear Friend Of The Zinc Bar, You are cordially invited to a New Year's Eve Celebration at the Zinc Bar.

It is going to be a arrasta-pé (foot-dragger), bate-chinela (flop-banger), fobó (aka forrobodó) or a Brazilian Ball! Fresh Caipirinhas & Champagne will be served and the music & dancing will melt away the winter blues. The band is Forrobodó and the music is pure Forró. Forró is a combination of northeastern styles baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado and xote. The doors open at 9pm and the music plays from 11pm to 3am. Admission to the club is only $15 ($10 after midnight)l Reserved tables are additional.
To reserve, please call the club.
No Reservations are necessary after midnight.

Thank You & Feliz Ano Novo!
"


LONDRES:

Ronnie Scott´s: GEORGE MELLY with DIGBY FAIRWEATHER’S HALF-DOZEN and THE RAY GELATO GIANTS

Enquanto isso, por aqui:

"Show da Virada" ...