Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

SCOTT LaFARO, NOVO REGISTRO

28 dezembro 2005

Scott LaFaro (1936/1961) foi uma turbulência no contrabaixo em sua época, ao lado de Charlie Haden e Charles Mingus. As performances com Bill Evans e Paul Motian durante uma semana no Village Vanguard renderam um álbum ao vivo memorável, com LaFaro inspiradíssimo e arrojado – seus solos ainda são lembrados nota por nota. Tanto Gary Peacock como Eddie Gomez, eventuais substitutos no trio de Bill Evans, são hoje os maiores seguidores da escola LaFaro. Um acidente fatal de carro, em 6 de julho, chocou o mundo do jazz. Morria o fenômeno, aos 25 anos.

LaFaro era um jazzista ávido por novidades. Após um início acadêmico, ao lado de Barney Kessel, Ira Sullivan, Cal Tjader e até Bennie Goodman e Marty Paich, juntou-se ao então moderno piano de Bill Evans. Sua busca pelo “novo” trouxe-lhe a companhia de músicos polêmicos, como Ornette Coleman e Gunther Schüller.
Nove dias após uma curta temporada com Bill Evans no mesmo Vanguard (1960), LaFaro já estava no estúdio para gravar com dois outros promissores jazzistas, experimentados por Coltrane: Steve Kuhn (piano) e Peter LaRoca (bateria). A Polystar Jazz Library, autorizada pelo próprio Kuhn – ele detém os direitos da gravação -, lançou em outubro no Japão em CD o que Kuhn, La Faro e LaRoca gravaram no dia 29 de novembro de 1960 em Nova Iorque (Peter Ind Studio).
São quase 30 minutos em cima de 4 temas. So What (Miles) recebeu duas versões. Little Old Lady (Carmichael), Bohemia After Dark (Oscar Pettiford) e What’s New (Burke/Haggart) completam o set.
Não há a espontaneidade de um LaFaro ao vivo, muito menos o arrojo. Mas o estilo, a concepção e o poder de criatividade estão expostos nitidamente, com destaque inegável ao piano instigante (para o momento) de Kuhn. Para os que, como eu, consideram as sessões do Vanguard um marco na história do jazz, esse novo registro do talento de Scott LaFaro vem em boa hora.

Em tempo: os dois maiores solos de contrabaixo que eu já ouvi são:
1. Scott LaFaro em "My Man's Gone Now" (Sunday At Village Vanguard/1961/ Bill Evans)
2. Art Davis em "Effendi" (Inception/1962/McCoy Tyner)

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