Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

O XXVI CONCERTO CHIVAS LOUNGE

21 novembro 2005

A atração do XXVI Concerto Chivas Lounge, produzido pelo CJUB, nesta próxima quinta-feira, dia 24 de novembro, às 21 horas, como sempre no Mistura Fina, na Lagoa, é o guitarrista Hélio Delmiro, que retoma em grande estilo suas apresentações jazzísticas. Virtuoso da guitarra em suas mais variadas nuances, Delmiro terá como acompanhantes o pianista e arranjador Alberto Chimelli, o contrabaixista Sérgio Barrozo e o baterista Kléberson Caetano.

Convidado pelo CJUB para fazer uma apresentação em que vai retraçar um panorama da guitarra no jazz e na bossa-nova, Hélio Delmiro, iniciou-se na música aos 5 anos de idade, ao ganhar de presente de seu irmão um cavaquinho, não parou de evoluir nas cordas desde então. Aos 18 anos, já formava com Marcio Montarroyos, Luizão Maia e Cláudio Caribé em seu primeiro conjunto profissional. Sua atração pelo jazz adveio do tempo em que, desfeito esse conjunto inicial, passou a fazer o circuito de bares do Rio, tendo se desenvolvido quando conheceu Vítor Assis Brasil e por este foi convidado a gravar "Trajeto", o segundo álbum de Vítor.
Com o pianista e maestro Antonio Adolfo, Delmiro correu o Brasil. Em seguida, passou a apresentar-se acompanhando grandes cantoras brasileiras com sua guitarra suave e melódica. Tocou junto a Eliseth Cardoso, Clara Nunes e Elis Regina, tendo estado ao lado desta em suas viagens à Europa e ao Japão.
Sua ascensão como genial músico garantiu-lhe participações em diversos festivais de jazz internacionais, tendo tocado com Luizinho Eça, Larry Corryel, Philip Catherine, Paul Motian, Charlie Haden e Carla Bley, entre outros, alternadamente, em festivais como os de São Paulo-Monterey, Montreux, Madrid e Berlim. Tendo chamado a atenção dos jazzistas americanos, foi convidado por Sarah Vaughan para acompanhá-la no disco "Som Brasileiro", em 1979. Repetiu a dose com essa grande diva do jazz no ano seguinte, quando gravaram "Exclusivamente Brasil".
Sua carreira solo então alçou vôo e Delmiro gravou "Emotiva", também em 1980. E "Samambaia", de 1981, gravado com César Camargo Mariano, talvez seja a obra referencial em sua trajetória. Após os lançamentos de "Chama" em 1984 e "Romã", em 1991, foi em Los Angeles, em 1999, que Hélio gravou "Symbiosis" em parceria com o pianista e arranjador Clare Fischer. Ao disco, seguiu-se uma temporada de ambos no The Jazz Bakery, prestigioso templo de boa música na Califórnia. De volta ao Brasil, a dupla rodou as capitais apresentando seu trabalho.
Seus últimos lançamentos foram os discos "Violão Urbano" em 2002 e "Compassos", no ano de 2004, este já resenhado aqui no blog.
Delmiro, que já esteve nas páginas da Down Beat como um dos cinco melhores guitarristas do mundo, volta agora com um repertório majoritariamente jazzístico para esta apresentação muito especial para aficionados.

O pianista, tecladista e arranjador Alberto Chimelli, músico profissional desde os 17 anos, já trabalhou com uma infinidade de estrelas de primeira grandeza do panorama musical brasileiro, como Elizeth Cardoso, Leila Pinheiro, Fafá de Belém, Leny Andrade, Vítor Assis Brasil e com o próprio Hélio Delmiro. Participou do Free Jazz Festival por duas vezes, com Maurício Einhorn, Luisão Maia e Nivaldo Ornelas. Tocou em um Concerto com o saxofonista japonês Sadao Watanabe, em Niterói e com John Pizzarelli e com Fred Cole, no Mistura Fina.
Foi diretor do Projeto Brahma nos anos de 1986 e 1987, tendo produzido a grande noite em março de 1987 na qual estiveram no palco do Theatro Municipal do Rio nada menos do que 23 músicos.
Chimelli é autor de inúmeras composições em parceria com Johnny Alf, Fernando Leporace, Maurício Einhorn, entre outros. Vem acompanhando o gaitista Einhorn constantemente, com quem acaba de lançar o CD gravado ao vivo, "Conversa de Amigos". Já se apresentou para o público das produções do CJUB neste mesmo ano, no "Tributo a Michel Legrand".

Sergio Barrozo começou tocando contrabaixo profissionalmente com o conjunto de Roberto Menescal em 1962, com o qual atuou em vários pocket-shows acompanhando cantores da época como Nara Leão e Maysa. Com Menescal participou de várias gravações da etiqueta Elenco, de Aloisio de Oliveira.
Em 1965, juntou-se a Edson Machado e Dom Salvador, formando o Rio 65 Trio, que gravou dois discos. Com Salvador, gravou também um terceiro, "Salvador Trio". O Rio 65 Trio participou de vários shows na época, como o de Marcos Valle e Leny de Andrade na boite Bacará, no Beco das Garrafas. O trio também gravou com Elis Regina o disco "Samba Eu Canto Assim".
Participou de outros trios, entre eles, o 3D Trio com Antonio Adolfo e Nelson Serra. Com essa formação participaram de vários shows com o bailarino Lennie Dale, no Rio e em São Paulo. Barrozo trabalhou também em vários pocket-shows dirigidos pela dupla Miéle e Boscoli, com Silvia Telles, Maysa, Eliana Pittman e outros.
Em 66 viajou para a Europa em tourné com um grupo de musica brasileira, dentre os quais estavam Edu Lobo, Rosinha de Valença, J.T. Meirelles, Chico Batera, Dom Salvador, Marly Tavares, Jorge Arena e Rubens Basini.
Em 68, viajou para os Estados Unidos e México acompanhando a cantora Elza Soares.
Na década de 70 trabalhou com o grupo de Elis Regina e Wilson Simonal, participando de tournées por todo o Brasil e também México.
Sérgio também articipou do grupo de Elizete Cardoso, com a qual gravou discos e viajou ao Japão em 1977. Então já atuava bastante em estúdios, tocando para vários artistas como Egberto Gismonti, Dick Farney, Edu Lobo, Tom Jobim, Paulo Moura, Elis Regina, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Toninho Horta, JT Meirelles, Wanda Sá, Victor Assis Brasil, Martinho da Vila, Eumir Deodato, Durval Ferreira, Erlon Chaves, Paul Mauriat, Emilio Santiago, Francis Hime, Max de Castro, Luis Eça, Wilson Simonal e outros. Participou também da gravação do primeiro disco de Sarah Vaughan produzido no Brasil. Em shows, sua lista inclui Vinicius de Moraes, Maysa, Dori Caymmi, Elis Regina, Wilson Simonal, Elizete Cardoso e Eliana Pittman.
Já tocou e atualmente toca com vários músicos conhecidos como Osmar Milito, Edson Frederico, Mauro Senise, Nivaldo Ornelas, Pascoal Meirelles, Idriss Boudrioua, Marcos Resende, Kiko Continentino, Helio Delmiro, Raulzinho, Paulinho Trumpete, Paulo Moura, José Boto, Victor Assis Brasil, Haroldo Mauro, Victor Biglione, Marcio Montarroyos, Paulinho Braga, Luis Carlos Cunha, Hamleto Stamato, Dario Galante e é o baixista predileto de Michel Legrand em suas apresentações no Brasil. Em janeiro de 2004, formou com o pianista Helio Celso e com o baterista Alfredo Marques o grupo que tocou no "Tributo a Bill Evans" produzido pelo CJUB no mesmo Mistura Fina, tendo atuado outras duas vezes em concertos com a grife do CJUB: no "Tributo a John Coltrane", também em 2004 e neste ano, do concerto "O Tom no Jazz", com o pianista Haroldo Mauro Jr. e o baterista Rafael Barata.

Esta é a terceira vez que o baterista Kleberson Caetano se apresenta em concertos do CJUB. Kleberson é um autodidata que pesquisou o estilo e a técnica dos grandes bateristas do jazz contemporâneo como Steve Gadd e David Weckl. Essa formação jazzística o levou a tocar com Márcio Montarroyos, Ricardo Silveira e com Markos Rezende. Fez parte da Rio Jazz Orquestra, apresentando-se nos maiores palcos do Rio, São Paulo, Curitiba, e Fortaleza, além de ter-se apresentado em Toronto, no Canadá. No Brasil, Kleberson tocou com expoentes do samba como Bezerra da Silva e Wilson Simonal.

Espera-se desta quinta-feira uma noite absolutamente mágica, onde a elegância e a experiência musicais de Hélio Delmiro, secundadas pelo harmonioso trio que arregimentou, vão tocar os presentes de maneira profunda e inesquecível.

Os ingressos podem ser obtidos antecipadamente no site da Ticketronics ou diretamente no Mistura Fina, reservando-se pelo telefone 2537.2844 com Adriana ou Sílvia.

Nenhum comentário: