Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

"A DREAM NIGHT" NO MISTURA FINA

30 outubro 2005

Tudo deu certo e qualquer temor que alguém tivesse sobre o êxito do programa foi dissipado logo aos primeiros acordes de Stolen Moments. Também, com aquele naipe de solistas, trazendo especialistas dentro da linguagem do Jazz em cada instrumento, o resultado só poderia ser “magnífico”.

Jessé Sadoc chegou a extrapolar num quilométrico arranjo de Be Bop, exibindo uma técnica superior, aliadas as melhores escolas de Dizzy, Clifford Brown e sobretudo Lee Morgan.

Idriss, o sax-alto de sempre, extremamente ligado ao trabalho que desenvolve, com a mesma técnica, bom gosto e inventiva que caracterizaram sua carreira. Seus solos em Ornithology, no primeiro set e no bis, reafirmaram a sua condição de melhor saxofonista de Jazz que possuímos.

Daniel Garcia, um tenorista sóbrio e eficiente, mostrando muita categoria nos improvisos, notadamente em Blue in Green e Invitation.

Vittor Santos, a quem assistimos pela primeira vez, confirmou tudo oue disse dele o grande homenageado da noite, José Domingos Raffaelli: “nada fica a dever aos melhores do mundo”. Sua timidez aparente desaparece quando “põe a boca no trombone”. Aí, dentro de uma técnica irrepreensível, uma sonoridade superior e um bom gosto invejável ornando seus improvisos, tornou-se o grande solista da noite.

Seção rítmica também de nível superior, com Dario Galante se entregando ao estilo de Monk em I mean you, duelando com a bateria de Rafael Barata e apoiado pelo famoso baixo cantante de Paulo Russo, esse o grande arranjador de quase todo o repertório apresentado.

Final feliz, com músicos e público confraternizando de maneira alegre e descontraída.

Atenção, senhores “curadores” de Festivais: abram seus olhos e ouvidos para o que acontece aquí em termos de Jazz. Deixem de lado os internacionais como os McLaughlin da vida e escalem brasileiros em suas programações. Não se arrependerão.

Luiz Carlos Antunes - Llulla

Para quem quiser ouvir uma amostra da sonoridade da noite, aqui estão pequenos trechos: Blue in Green; Blue in Green 2; Vittor solo; Barata solo.

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