Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

QUEM SOMOS

15 maio 2005

A idéia inicial de fazer um blog para troca de idéias e novidades relacionadas ao jazz foi de Mauro Nahoum, economista de 51 anos dos quais 45 ouvindo jazz, mesmo que sem perceber. Lembra-se que havia, no quarto em que dividia com o irmão, uma "vitrola" Webcor-Coronet onde sucediam-se discos de Chet Baker, Dave Brubeck, Miles Davis, John Coltrane, Bud Powell, Charles Mingus, dos Heath Brothers, entre outros, e que formaram a trilha sonora de sua juventude, antes mesmo de saber o que - e que aquilo - era jazz. "Designer" frustrado, encarrega-se da aparência geral do blog, inserindo imagens e grafismos que amenizam a leitura. Reputa ser, no grupo, um dos que menos profundamente entende de jazz, considerando-se um "generalista". Foi quem, em conversa com outros membros-editores, convenceu-os a trocarem suas opiniões por escrito, dando início ao então "Charutos em Riste, Jazz ao Fundo e Uísque no Copo", nome original do blog, mudado oportunamente por questões de espaço (e de bom-gosto). Cuida, pelo lado institucional, do desenvolvimento das atividades culturais correlatas, como a vertente que mais empolga ao grupo, a produção de concertos de jazz instrumental que vem acontecendo mensalmente, desde Maio de 2003, no Rio de Janeiro. No blog, assina como "Mau Nah".

A primeira adesão ao grupo foi a de José Sá Filho, "Sazz", ex-proprietário da loja de discos (99,8% de jazz) All The Best. Irmão da cantora (e ícone da Bossa Nova) Wanda Sá, desde jovem viu-se circundado por gente de música, amigos de Wanda - que depois tornaram-se seus - que entravam e saíam de sua casa sem parar, falando de música, bossa-nova e jazz principalmente. Colecionador de preciosidades jazzísticas, é detentor de vasta coleção de raridades. Entusiasta, igualmente, da boa música popular brasileira, não perde nenhum espetáculo do primeiro time, procurando prestigiar os músicos com sua presença. Fã ardoroso de Elis Regina, foi visto em lágrimas quando da apresentação de Maria Rita Mariano no Mistura Fina em 2003, demonstrando abertamente sua sensibilidade e amor à musica. Sua empolgação com os músicos em grande forma é tanta que o grito, "Que beleza!", seguido do nome do artista, brasileiro ou não, ao final de uma música, já virou sua marca registrada. Em vista de suas relações com o meio artístico e contatos com outros aficionados, faz um trabalho incansável de divulgação das atividades do blog e seus principais eventos.

Em seguida, juntou-se ao eles o engenheiro e advogado Luiz Carlos Fraga, "DeFrag", dono de conhecimento extenso sobre charutos cubanos, literatura, música clássica e ópera, bebidas, Londres, Nova Iorque, Havana e Tiradentes, e sensível ouvinte de jazz. Atento, principalmente, às letras das embriagantes canções entoadas por Billie, Ella, Carmen, Sarah e demais divas, pode recitar trechos inteiros de memória, sem esfôrço. Um apaixonado pelo Rio de Janeiro, é como uma espécie de reserva cultural não demarcada do grupo, uma eterna fonte de consulta para todos. Partem dele os já famosos gritos de "CJUUUB", entreouvidos nos eventos de jazz que o grupo produz. É um dos mais empolgados membros do time e não há quem não se entusiasme ao ouví-lo falar do CJUB. Afastado por motivos pessoais, deixou uma enorme gama de admiradores de seu estilo peculiarmente elegante de escrever.

Outro grande aficionado pelo jazz, convidado por Mau Nah a integrar o CJUB, o também advogado David Benechis, o "Bené-X", revelou ser um perfeito "gentleman", sob qualquer angulo. Que detém a função de "ombudsman" do grupo, face à sua excepcional capacidade de observação de detalhes e seu rigor extremado. É, no grupo, dos que mais leva a música a sério, tendo aventurado-se por cerca de três anos no estudo do contrabaixo, que trocou por uma extensa coleção de CDs de baixistas famosos. Com esse arcabouço e também por ser grande colecionador e ávido consumidor de obras - entre CDs, DVDs, livros, revistas, vídeos e fotos - de jazz, suas resenhas no blog soam como as de um profissional, com texto bastante técnico e consistente. Um eterno insatisfeito com a mesmice, são dele as principais idéias para o futuro do blog e do grupo. Entusiasta de excursões ao exterior para ouvir e comprar itens relacionados ao jazz, é um dos maiores defensores do tratamento régio que recebem as "estrelas" que se apresentam nos concertos promovidos pelo CJUB.

A seguir, trazidos por David, uma dupla de Marcelos juntou-se ao grupo. A distinguí-los, inicialmente, o tamanho. Marcelo Carvalho, engenheiro-químico, por seu porte alentado e excelente humor, virou o "Marcelón". Já Marcelo de Nogueira Siqueira, professor com cara de menino, em vista de suas grandes habilidades técnicas e facilidade de fazer conexões, virou o "Marcelink". Ambos empolgados com o jazz, são aplicados estudiosos do gênero. "Marcelón", dono de idéias positivas para movimentar o blog, encarrega-se da compilação do banco de dados e da mala-direta do grupo, enquanto pesquisa com vagar sobre uísques, sobre os quais tem grande conhecimento. Já "Marcelink", como valoroso arquivista (está prestes a se formar em Arquivologia), está escalado para a guarda e manutenção dos registros documentais do CJUB, dobrando na divulgação dos eventos, de cuja filmagem se encarrega, ainda, em solo. A dupla se complementa idealmente, "Marcelón" com idéias longamente pensadas e "Marcelink", com sua mente fervilhante, trazendo uma novidade por dia. Pelo tempo da amizade de que já desfrutavam antes de entrar para o blog, tocam por música. Desnecessário dizer o estilo.

José Domingos Raffaelli, o "Raf", já dedica ao jazz algo como 65 anos. Jornalista e crítico dessa arte, produziu e apresentou programas de jazz em várias emissoras cariocas e durante cinco anos redigiu textos para programa de jazz da TV-Manchete. É o único crítico de jazz não nascido nos Estados Unidos que já recebeu o valioso troféu da International Association of Jazz Education -IAJE, a maior organização mundial de educadores de jazz, "por relevantes seviços prestados ao jazz". Seu ingresso no CJUB deu aos demais membros-editores imensa alegria. Dono de uma capacidade infinita de ser educado e gentil com todos, o "Mestre" é não apenas fornecedor de notícias atuais mas repositório enciclopédico de fatos e histórias curiosas relacionadas aos músicos, suas vidas e obras. Sempre com as formações de todas e cada uma das bandas, combos e conjuntos de jazz na ponta da língua, é capaz de citar de cabeça as faixas de um determinado disco gravado lá pelos anos 40, sem consultar nada além de sua prodigiosa memória. E, coisa para gênios e/ou conhecedores abissais de peças jazzísticas, seu divertimento é reconhecer em quais temas originais foram baseados aqueles que está escutando, e, para menos ouvidos capacitados ainda, se se constituíram, ou não, em plágios musicais. "Raf" é, sem dúvida ou favor, ao lado de seu amigo Luiz Orlando Carneiro, um dos maiores conhecedores de jazz no Brasil, senão o maior.

O jornalista e produtor musical Arlindo Coutinho, o "Goltinho", trazido ao grupo por David, é uma figura cativante. A exemplo do seu colega e velho amigo Raffaelli, detém um arsenal infindo de casos curiosos relacionados ao jazz e seus personagens, além de conhecer profundamente música clássica e popular. O jazz é sua grande paixão, depois da espôsa, da filha e do Fluminense. Ninguém consegue conversar com o "Goltinho" sem se empolgar. Em qualquer das línguas que fala, italiano, francês, espanhol, inglês, e sueco, que aprendeu quando enviado pela antiga CBD para a Copa de 1958 como cinegrafista e apaixonou-se pelo país, lá ficando por mais 2 anos após terminado o campeonato mundial de futebol vencido pelo Brasil. Grande incentivador dos músicos, Coutinho inovou em seu programa radiofônico Jazz+Jazz (cujo patrono foi seu compadre John Birks "Dizzy" Gillespie), sendo o primeiro a apresentar músicos tocando ao vivo no estúdio, durante a veiculação. Foram convidados e lá tocaram artistas do calibre de Wynton Marsalis, Arturo Sandoval, Joe Pass e Claudio Roditi, entre muitos outros brasileiros a quem prestigiou. Amigo pessoal de Tony Bennett, orgulha-se de sua coleção de aquarelas pintadas pelo cantor, as quais mantém em galeria especial em sua casa.

Marzia Esposito, a "Marzita" só para quem é do time, é advogada, especializada em direito empresarial e ambiental e se não bastasse, poliglota. Certo dia, amanheceu com idéias diferentes e disse aos sócios que ia mudar de vida. Sorte que veio em nossa direção, trazida pelas mãos de "DeFrag". Já na segunda reunião a que compareceu, estava elevada à categoria de musa inconteste dos cejubianos, o que vai bem além da enorme probabilidade de o ser também de muitos outros marmanjos espalhados pelo mundo inteiro. "Marzita" é a competência em pessoa, trabalhando em silêncio e produtivamente no auxílio às produções dos demais membros. Aficionada por jazz como todos, passou a ter aulas de piano, certamente com o objetivo de mesmerizar a turma, musicalmente, qualquer dia desses. O que será uma maneira diferente de repetir o que faz todos os dias, cada vez que abre seu sorriso e ilumina os ambientes em que se encontra. É de sua autoria o estatuto da associação que une o grupo formalmente.

José Flávio Garcia é um carioca expatriado voluntariamente em Londrina, que foi eleito Embaixador Plenipotenciário do CJUB para essa cidade e as demais plagas situadas abaixo do Trópico de Capricórnio. Chegou ao grupo via o "Sazz", o primeiro a escutar o programa sobre jazz que transmite lá, na Universidade FM. Com memória prodigiosa e uma enorme discoteca em LPs e CDs, "JoFla" é um especialista em compilações, majoritariamente de jazz, de todos os tipos e para os mais variados momentos, com as quais presenteia os amigos. Sua avidez por descobrir talentos que estão surgindo tornou-o um mestre na garimpagem de sons na internet. Seu conhecimento sobre a história e as historinhas do jazz garantem conversa por muitos anos, principalmente se os interlocutores forem os músicos que pisam no Paraná, onde costuma recebê-los, regiamente, em seus domínios. Forma com o "Zénrik" a linha de frente da gentileza cejubiana. O Itamaraty não sabe o que perdeu.

"Flavim", Flávio Raffaelli, é o herdeiro da dinastia dos Raffaelli. Filho do nosso Guru, deveria ser o mais ligado de todos em jazz, acima de todas as coisas. Mas não é necessariamente assim. Suas paixões também rondam, fortes, o terreno da informática há bastante tempo. Desenvolve e mantém inúmeros sites de bom gosto para diversos artistas brasileiros. É um dos responsáveis pela manutenção e ainda um ativo desenvolvedor do site do CJUB e tudo o que com isso se relaciona, sendo um craque no segmento onde atua com estarrecedoras calma e gentileza, características herdadas de seus antepassados. Mesmo nos momentos de crise, mantém seu tom de voz tranquilizadoramente seguro. "Flavim", além disso, é o grande fornecedor de CDs de jazz (ou não) para o grupo pois aliou seu conhecimento na matéria ao tino comercial e desenvolveu uma bela loja virtual de venda de discos, cujo sucesso vai recompensá-lo por fazer, acima de tudo, o que mais gosta.

Mário Ramos Vieira Filho é o irmão que todos gostariam de ter. Grande, forte e leal, "Manim" é a calma em pessoa, fala baixo e pausadamente e a gente nunca o vê zangado. No ponto máximo de sua inquietude, move os olhos para ambos os lados como se pudesse captar dessa forma o que lhe poderia - dificilmente, eu diria - escapar. Se seus tamanho e força impressionam, mais o fazem suas idéias e palavras. Poucas e pertinentes, como cabe às pessoas que pensam muito e só falam para acrescentar uma visão até então despercebida. Sua proximidade com a música é antiga, familiar, teve um tio que foi um dos maiores pianistas clássicos do Brasil, chamado Jacques Klein. Mário toca teclados, que aprendeu sozinho, de ouvido. Passou a apreciar o jazz "de qualidade" - gostava muito de fusion - depois que esteve na platéia dos primeiros Concertos que o CJUB promoveu e passou a conviver com o grupo. Desde então, vem se dedicando a ajudar de todas as maneiras que pode, sendo um dos maiores batalhadores para que outras pessoas conheçam o grupo e o apóiem, inclusive financeiramente. Coisa de irmão.

Um cara que adora jazz desde outro dia mesmo, quando começou a prestar atenção nessa arte, Rodrigo Mattoso, o "Rodrink" entrou para o CJUB depois de declarar-se unilateralmente parte do time, a despeito dessa falta de conhecimento específico mais profundo. Rodrigo tem papel preponderante na porção mais visível do grupo, os Concertos Chivas Jazz Lounge (os CJLs). Foi ele que, acreditando nos planos incipientes de alguns membros do CJUB e apostando no seu próprio tino comercial, comprou a idéia das realizações musicais e vendeu-a à Pernod-Ricard do Brasil, onde trabalha. "Rodrink", à parte de um possível conflito de interesses conexos, já demonstrou inúmeras vezes que entra em campo com a camisa do CJUB e que costuma suá-la na defesa imparcial dos dois lados. Começa a apreciar verdadeiramente o jazz, vindo recebendo orientação progressiva de todos os membros, que o atendem em sua busca por mais e mais informações sobre este ou aquele tema ou músico. Tem ainda uma predileção pelos "standards" mas já está comprando títulos de jazz mais elaborado para compor sua discoteca.

A primeira das três participantes admitidas de uma só vez ao CJUB em 2004 a postar no blog, Luciana Pegorer, a "PegLu", é uma grande batalhadora pela música instrumental de qualidade, sendo a "P. D. G." do selo Delira Música, focado primordialmente em música instrumental brasileira, o que não impediu que ela lançasse uma série de discos com os maiorais do jazz. Trabalhando praticamente sozinha mas com uma competência equivalente à de uns três marmanjos, parece ter o dom da ubiqüidade. Pode ser encontrada em diversos lugares num mesmo dia, contratando, contactando, divulgando, prestigiando e/ou apreciando os bons músicos e a boa música, tudo isso ao mesmo tempo em que consegue ser ainda gentil, atenciosa e elegante. "PegLu" contribui com o CJUB com suas opiniões e textos e está sempre buscando uma maneira de fazer com que nossos interesses venham a convergir.

"BetGirl" foi o apelido escolhido pela psicóloga paulistana Beth Martinelli para participar do CJUB. Adesista desde a primeira edição dos Concertos CJL, para os quais se desloca exclusivamente, Beth foi apresentada ao grupo por "DeFrag", seu "irmão" de longa data. Sempre disponível para ajudar antes, durante e depois das produções, dá ao grupo força total, aplaudindo e assobiando "con gusto" as apresentações, às quais costuma registrar em sua inseparável máquina digital. Por tudo isso e mais o seu temperamento expansivo e amistoso, foi imediatamente adotada pelos demais cejubianos, cativos admiradores de sua simpatia, sua alegria e companheirismo inigualáveis. E por sua desenvoltura e interesse nos assuntos do CJUB, foi convidada para membro do blog e para ser nossa ponta-de-lança em São Paulo, terra cujos segredos domina com folga.

Uma dama. Assim é como qualquer pessoa vê a pessoa de Claudia Fialho, "LaClaudia". Excetuando os momentos em que está febrilmente dedicada ao seu trabalho de relações-públicas, nada menos do que no Copacabana Palace Hotel, magnífico templo do bom gosto e destino preferido da nobreza, Claudia parece pontificar, com seu jeito tranqüilo, na vida dos que a cercam, sejam da família ou não. Amiga de longa data dos mestres "Raf" e "Goltinho", e com laços de amizade com nosso "JoFla" desde que moraram num mesmo prédio em Londrina, "LaClaudia" tem, como seus pares mencionados, inúmeras histórias relacionadas a jazzistas para contar, principalmente sobre os estrangeiros, desde que trabalhou em outro hotel carioca onde realizavam-se alguns concertos, até pouco tempo atrás, quando pode recepcionar condignamente a Jorginho Guinle no Copa, para o que seria sua última noite com vida. Apreciadora e entusiasta desse forma de arte musical em toda a sua extensão há tempos, costuma ir aos Concertos do CJUB levando a família toda. Convidada por "Mau Nah" para fazer parte do time, topou na hora e já está dividindo suas belas histórias com os leitores.

Depois de aparecer por acaso no mesmo restaurante do Centro do Rio em que "Mau Nah", "DeFrag" e "Goltinho" estavam discutindo, na presença de alguns bons charutos e cálices de Porto, sobre a possibilidade efetiva de se fazer jazz sob-medida para seus gostos particulares, o contrabaixista Reinaldo Figueiredo, que dispensa apresentações como humorista do grupo Casseta e Planeta, chamado à mesa para também dar sua opinião como músico, meio que testemunhou o nascimento da idéia do que viriam a se tornar os futuros Concertos CJL. Presente durante várias edições, como mero espectador atraído pela qualidade do som produzido, "RayNaldo" -apelido através do qual procura homenagear a Ray Brown, um dos ícones do baixo acústico no jazz - de uma forma ou de outra sempre esteve ligado ao CJUB, mesmo que de maneira tímida de parte à parte, pois tinhamos medo que não tivesse tempo de colaborar com o blog se o chamássemos. Depois de convidado e tendo topado, volta e meia posta suas idéias - seriamente, diga-se - sobre o jazz, que ama tanto quanto os demais cassetas detestam, e já nos premiou com algumas charges exclusivas.

Uma aquisição de peso foi conquistada quando, em março do ano de 2005, ao final do primeiro concerto em que esteve na platéia, perguntei ao Luiz Carlos Antunes, cujo "nome oficial no meio jazzístico" sempre foi Lula, se aceitaria ser mais um de nossos editores. Minha surpresa foi muito grande quande ele disse simplesmente, "sim!". Daí em diante, assinando-se como Llulla, por motivos que desconheço (mas desconfio quais sejam) passamos a contar com a sabedoria específica e excelente memória desse herói que conseguiu manter um programa matutino(!) de jazz no ar durante 29 (isso mesmo, vinte e nove) anos, sempre em rádios de Nichteroy (sequência que terminou na Rádio Fluminense FM - a maldita), onde mora.

O Gustavo Cunha, rebatizado aqui no CJUB para Guzz - que tem a ver com "buzz", o que está acontecendo no momento -, é um apaixonado por música e equipamentos de som desde criança, e está sempre atento ao que acontece no mundo musical. Tanto do pretérito, de onde gosta de garimpar finas preciosidades, com as quais presenteia os inúmeros amigos, quanto do presente e do futuro, sempre sabendo quem está tocando e quem vai tocar, quando e onde. É nossa agenda-viva.
Depois que descobriu o jazz "de verdade", não teve ouvidos para mais nada, embora seja ferrenho defensor da liberdade de audição e de expressão, e ai de quem criticá-lo por também gostar de ouvir o que se poderia rotular como "o lado mais popular" do jazz. Como apaixonado pela arte musical, estudou violão e guitarra com afinco, mas garante que só toca um pouquinho.
Formado em Informática, foi desenvolvedor de Sistemas de Informação por longos anos e hoje trabalha como Gerente de Projetos no segmento de Telecomunicações. Como poucos, o GUZZ sabe não apenas se informar mais eficientemente possível, mas fazer com que estas informações circulem imediatamente para quem lhe interessa.

Incorporado ao time no início de 2005, o economista e desde adolescente aficionado pelo jazz, Alberto (Beto) Kessel, tornou-se neste nosso muro de libações o BKessel. Tendo vasculhado e ouvido tudo de bossa-nova antes de mergulhar no oceano jazzístico, Kessel também tem memória afinada, o que lhe permitiu ganhar inúmeros prêmios participando de programas de rádio sobre jazz, não deixando mais ninguém acertar os nomes dos músicos. Leitor atento e colaborador constante, pediu para fazer parte do grupo e por seu interesse e participação foi incorporado ao nosso pequeno mas combatente exército. BKessel quase faltou às suas próprias núpcias já que na mesma noite o Stephane Grapelli apresentava-se aqui no Rio. Depois de hesitar, acabou na sinagoga. Se tivesse optado diferentemente, poderia ter sido acompanhado de seu talvez-quase-sogro, que por sua vez é violinista.

Em seguida, "implantamos" aqui, por assim dizer, e meio que por aclamação, uma figura estelar no panorama jazzístico e jazzófilo brasileiro, que dispensa qualquer apresentação. Mestre Loc, o agnome blogueiro de Luiz Orlando Carneiro, já orbitava timidamente nos almoços da confraria e nos encontros ocasionados pela freqüencia aos festivais de jazz. Foi guindado à condição de membro honorário em manhã estival, através de uma declaração nossa de que, a partir daquele momento, querendo ou não, havia sido declarado um CJUBiano e pronto. Ficou oficializado assim. Detentor de tradicional coluna no Jornal do Brasil na qual escreve - divinamente, diga-se - sobre jazz, é uma pessoa simples e tão agradável no convívio que adoraríamos poder trazê-lo de Brasília ao Rio sempre houvesse oportunidade. Forma em conjunto com os Mestres J.D.Raffaelli, Alindo Coutinho e Luiz Carlos Antunes o "quadrado mágico" sobre o qual se constrói o CJUB.

(Estes são, em 10 de junho de 2006, os editores e colaboradores deste blog.

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