Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

Uma discussão para incendiar o CJUB: Jamie Cullum

01 junho 2004

Vi anteontem, no Multishow, um programa mezzo-documentário, mezzo-show com esse jovem inglês de 24 anos que está sendo considerado mais um fenômeno do jazz, como já o foram, guardadas as proporções devidas e as rotulações nem tanto, Harry Connick, Jr. e Norah Jones.

É certo que perderemos horas e horas na discussão primária se o que Cullum toca é jazz ou não, se o que faz ao piano e ao microfone poderia ser classificado nessa categoria.

Se valer o que eu vi ali, uma série de músicas variando de standards à música pop (arrá!) interpretadas por ele com arranjos bem diferentes do que vimos ouvindo há anos, eu diria que Cullum toca jazz, à sua maneira.

Pilotando o piano com uma pegada personalíssima, Cullum se fez acompanhar de baixo e bateria, respectivamente por Geoff Gascoyne e Sebastian DeKrom, passando uma sensação de renovação que me pareceu interessante. Mais pelo lado da atração, se não para a pura ortodoxia jazzística da qual está bem distante, para temas clássicos cuja audição maciça - como se prevê, pois Cullum já vendeu um milhão de cópias de seu último disco, "Twentysomething" -pelos jovens vai gerar uma conexãozinha lá na frente, quando estiverem passando pela sala e seus pais ouvindo "jazz de verdade", e se interessarão em saber mais sobre aquilo ali, tocado de maneira diferente, provavelmente mais sofisticada do que como ouviram por Cullum. Mas importa, acho, o plantio dessa semente, pois corremos o grande risco de perder nossos filhos para Britneys e Rappas da vida.

Não me resta dúvida de que há uma jogada comercial que tenta colocar os atuais lançamentos de "cantores/as que tocam piano", mesmo que com uma tendência muito mais pop do que jazzística, dentro desta classificação, para atingir público mais extenso e maior lucro. Mas deixando estas considerações de lado, por surradas e inevitáveis, dou-lhes apenas o meu testemunho.


Ponderando tudo isso, eu gostei do que vi e ouvi. E vou procurar conhecer melhor os discos de Jamie Cullum.

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