Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

A LOLITA DO JAZZ

17 junho 2004

Tecladista, compositor e arranjador, o canadense David Foster transformou-se num dos mais bem sucedidos produtores da indústria fonográfica mundial. Seu faro comercial é reconhecido por todos. Em 2002, acertou na mosca ao promover o jovem cantor – e conterrâneo – Michael Bublé, hoje sucesso esmagador. Agora, em 2004, Foster ousa mais. Recruta uma atriz texana de apenas 14 anos - do seriado da CBS, “Still Standing” – para um CD com músicos e repertório insuspeitos. Seu nome, (Rebecca) Reneé Olstead.
Alan Broadbent, Oscar Castro Neves, Jeremy Lubbock, Carol Welsman, Chris Botti, Peter Cincotti, Brian Bromberg (baixo), Jeff Hamilton & Vinnie Colaiuta (bateria), John Clayton (baixo), Billy Childs Trio, entre outros menos cotados. Este é o cast irretocável do CD. O repertório navega entre clássicos como “Summetime” e “Someone To Watch Over Me” (Gershwin), passa por um antigo top ten de Neil Sedaka (“Breaking Up Is Hard To Do”), em duo com o também "lolito" Peter Cincotti, revisita o bolero “What A Difference A Day Makes” e desagua em outros standards como “Sentimental Journey” e “On A Slow Boat To China” – aqui com a participação de Carol Welsman.
Se o apelo é comercial – Foster não joga barato – há uma nítida e honesta intenção de jazz. Não só pelos músicos – quase todos jazzistas – mas pelo refinamento dos arranjos. Olstead, apesar da idade, não se limita a repetir as versões consagradas de outras cantoras. Consegue, a seu modo, um tempero no mínimo simpático às suas interpretações. Outro apelo também importante: talvez se Stanley Kubrick, em 62, pudesse hoje escolher entre Sue Lyon e Reneé Olstead para compor a sua “Lolita”, o também saudoso James Mason – interessado direto – poderia tender para o lado dessa jovem e atraente texana de Houston.
Em tempo: lançado nos EUA pela Warner - 25 de maio - recebeu 3 estrelas (AMG). Aliás, nossa Lolita completará 15 anos amanhã (18 de junho). Cheers!!

Nenhum comentário: