Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CAROL WELSMAN, Mistura Fina, 04/6/2004, 1º set - @

14 junho 2004

Loura e altíssima, acompanhando-se num piano pop-jazz ( ao "estilo" Bruce Hornsby), com bom registro vocal nas regiões média e grave, mas algo patinando nos agudos, Carol Welsman mostrou no Rio a turnê de seu último disco, "The Language of Love" (Savoy Jazz, 2003), bem recebido pela crítica internacional.

Com direção musical de Oscar Castro Neves (violão e sinth-guitar), que escalou Sérgio Barroso (contrabaixo) e Téo Lima (bateria) para a curta temporada no Mistura, a cantora canadense, ao engatar Coração Leviano (P. da Viola) a, também em ritmo de samba, Just One of Those Things (Porter), gerou uma ótima "pressão" e impressão, que infelizmente dissiparam-se em seguida, em meio ao equívoco dos arranjos, pontuados pelos constrangedores - e absolutamente desnecessários - "efeitos" de pedal sinth do violonista.

A interação entre ambos, entretanto, nas passagens instrumentais, merece aplauso, já que é nada fácil o entendimento de dois instrumentos melódico-harmônicos tão completos, como o piano e o violão.

Um Every Breath You Take (Sting) arrastadíssimo - e por isso desfigurado - desprezou o bounce pelo qual, exatamente, a música tornou-se um dos hits mais atraentes desde os anos 80.

Por outro lado, o fato de Welsman cantar de modo quase sempre simples, direto e sem firulas - sabendo dizer a letra e expor a melodia - denota um amadurecimento incomum entre suas contemporâneas, virtude esmiuçada em Slow Boat to China (Loesser).

Após duas canções de autoria e entoadas só por Castro-Neves (Onde Está Você e A Fool I Know), Welsman retornou ao palco com Cheek to Cheek (Berlin), quando, pela primeira vez, arriscou o scat, com resultados modestos.

Não deixou de surpreender, então, a chamada do instigante tema de Chick Corea, La Fiesta, a compor tão "correto" set list, muito embora conseguissem a "proeza" de "amaciar" as intrincadas harmonias da composição, com isso tornando-a inodora e insípida.

Smile (Chaplin) e Chanson de Maxence (Legrand), este último em novo - e infeliz - arranjo "bossado", fecharam o set, levando à convocação para o bis, com Corcovado (Jobim) e Flor de Lis (Djavan), que serviram de momento karaokê para uma platéia bem mais sorridente e satisfeita, com toda a franqueza, que o cronista.

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