Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

QUARTA FEIRA ALTAMENTE MUSICAL

08 abril 2004

Pensando na melhor maneira em fazer hora para ouvir ao Nelson Freire, nosso mais premiado pianista clássico, no Municipal, fui assistir ali do lado no CCJF, para aquecer, ao "duo" Carlos Malta e Philippe Baden Powell, programa que nos foi apresentado e sugerido pela Luciana Pegorer, o qual abracei de imediato mesmo sem qualquer parceiro do CJUB, que perderam um grande concerto sem dúvida e principalmente para os amantes de duetos como eu.
Quanto ao encontro propriamente dito, gostaria de enaltecer o espaço, ideal para a programação, bastante confortável e de ótima qualidade sonora, com um piano para matar o Pedro "Mistura Fina" Paulo de inveja.
A abertura do repertório se fez com uma homenagem não dita, mas bem entendida, a Baden Powell, com uma versão de quase 20 minutos de "Berimbau", que deu um susto na atenta platéia com a surpresa e o impacto provocado; a seguir dois temas Jobinianos, "Águas de Março" e "Garota de Ipanema", com o Malta desfilando seus inúmeros instrumentos de sopro, que vão do flautim, flauta baixo e sax soprano até o sax barítono, entre outros, e este afinado em MI bemol, o que lhe dá uma sonoridade ímpar, principalmente para executar uma das musicas mais interpretadas da história, dando lhe uma roupagem jazzística com espaços para improvisos dos dois musicos, bastante bem ensaiados e entrosados.
Logo após um Pixinguinha, outro grande homenageado com louvor, destacando o total conhecimento e afinidade do Malta com aquele musico e sua obra, a quem já dedicou um dos seus CDs. Terminada essa pauleira, segundo o próprio Malta, e com a platéia inteiramente entregue, uma balada para relaxar, onde "Preciso Aprender a Ser Só" fez com que viajassemos (a todos), a locais imaginarios, de acordo com a consciência musical de cada um dos presentes.
E para encerrar, um "bis" conceitual de "Upa Neguinho" com a participação da platéia convocada por Malta, sem antes enaltecer seu parceiro Philippe, já uma das gratas revelações do piano brasileiro.
Só me restou, ao final, parabenizar a nossa PegLu pela iniciativa, mostrando a sábia decisão do CJUB em tê-la como membro, além de confirmar a positiva contribuição da DELIRA MUSICA para eventos instrumentais, conquistando cada vez mais adeptos e seguidores.

E viva a PegLu.

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