Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

VIVENDO NA FLAUTA

08 março 2004

Num teste rápido de memória, alguns flautistas marcam a história do jazz. A lista poderia conter – ou omitir alguns por esquecimento – nomes como Eric Dolphy, Leo Wright, Herbie Mann, Jerome Richardson, Hubert Laws, Jeremy Steig, Dave Valentin ou até mesmo o nosso bruxo Hermeto Paschoal. O instrumento, aliás, carece de novos valores. Um nome a se acrescentar hoje, por mérito, é o de Ali Ryerson, uma flautista – coisa rara – de sopro requintado e cuidadosa nos arranjos e repertório, além de sempre acompanhada por músicos de primeira, brasileiros inclusive.
Ela nasceu em Nova Iorque (1952). Pai (guitarrista) e irmãos, todos músicos, criaram um ambiente musical permanente desde criança. Muitas jam sessions rolaram, quando conheceu craques como Milt Hilton, Barry Galbraith e Lou Stein. Ela própria disse uma vez:”You’re put in the middle with another musicians and you learn to play. It’s the way you develop the true jazz feeling”.
Sua educação musical teve como base a Hartt School, Connecticut, onde se formou em 1979. Desde então, passeia entre a música clássica e o jazz, tendo como maiores influências Bill Evans e Miles Davis. E já foi vista ao lado de grandes nomes como Kenny Barron, Billy Taylor, Stephane Grapelli, Art Farmer, Roy Haynes e Joe Beck.
Seu primeiro CD, produzido pela Red Baron de Bob Thiele (“Blue Flute” - 1991) foi recebido com entusiasmo pela crítica. Pela Concord Jazz foram mais 3 CDs:” Portrait In Silver”, “In Her Own Sweet Way” e “Brasil:Quiet Devotion” – este último com as participações dos brasileiros Sergio Brandão (baixo), Romero Lubambo (guitarra), Weber Drummond (piano) e Helcio Milito (percussão).
De todos, o mais aclamado e estrelado é “In Her Own Sweet Way”, com algumas versões memoráveis para clássicos como “Blue In Green” (Davis) e Chega De Saudade (Jobim). Ali gravou também dois CDs importantes em duo com o sensacional guitarrista Joe Beck - foto -( “Alto” e “Django”).
E agora, em lançamento do selo “Stanza”, Ali apresenta uma versão criativa para “West Side Story”, ao lado de seu trio.
Para os que são simpáticos à flauta no jazz e procuram alguma opção diferente, principalmente no estilo e sopro, Ali Ryerson é um nome que se impõe. As mulheres, como se percebe, estão detonando como instrumentistas, o que, em qualquer sentido, é extremamente agradável.

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