Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

JUIZO FINAL

05 novembro 2003

Nascido em Nova Iorque em 1940 ( 26/10), Edward Jackson Henderson possui no trumpete o sopro que mais faz lembrar seu ídolo, Miles Davis. Criado em São Francisco, estudou no conservatório de música local. O curioso é que também se formou em medicina, optando no final pelo jazz.

Apareceu no inicio ao lado de John Handy e Joe Henderson. Sua grande escola, no entanto, foi a fase fusion de Miles. Capa de So What, de Eddie Henderson

Tanto que no início da década de 70 passou a integrar o sexteto de Herbie Hancock, envolvendo-se de corpo e alma ao estilo híbrido do grupo. A carreira solo posterior seguiu o mesmo tempero de Hancock. Por isso, acabou criticado pelo trabalho quase que direcionado ao lado comercial. Mas - pelo estilo de sopro único - Eddie ultimamente vem resgatando com muita competência o seu lado mais honestamente jazzístico, mesmo dividindo seu tempo com a psiquiatria. O recentíssimo CD, “So What”, talvez seja o melhor de sua carreira, quase uma homenagem a Miles – o repertório induz a essa constatação.

Tanto no trumpete como (e principalmente) no flugelhorn, Eddie Henderson cria novas atmosferas para standards como “On Green Dolphin Street” (Kaper), “Footprints” (Shorter), “Someday My Prince Will Come” (Churchill/Morey) e “’Round Midnight” (Monk), além dos clássicos “So What” e “All Blues”, do próprio Miles. O quinteto, dos mais afinados, completa-se com o criativo sax de Bob Berg, o piano do ótimo Dave Kikoski – contemporâneo de Brandford Marsalis na Berkley -, o contrabaixo de Ed Howard e as baterias de Billy Hart – do antigo sexteto de Hancock – e de Victor Lewis.

O que transborda em “So What” é a concepção arrojada dos arranjos de Eddie, além da performance emocionante do grupo. Se a intenção era uma penitência pelas fases suspeitas do passado, ele já pode se considerar absolvido.

Em tempo: "So What" (Columbia) foi lançado nos EUA em 15/04/2003

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