Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

YES, NÓS TEMOS CANTORES

17 julho 2003

Nasceu em Rio Claro (SP). Foi aluno de Vera Brasil e a partir da década de 70 frequenta as melhores casas paulistanas, como Jogral, Igrejinha, Casa Forte e Flag, entre outras. Com um timbre de voz grave, não muito comum para a época, o já consagrado cantor Zé Luiz Mazziotti se transforma em referência de bom-gosto, uma unanimidade entre os músicos brasileiros. Surgem gravações independentes e algumas produções. Grava "Dona Benta", na primeira trilha do "Sitio do Pica-Pau Amarelo", convidado por Ivan Lins e sob o comando de Dori Caymmi. Seguindo os conselhos do Tom - "a única saída para o músico brasileiro é o Galeão" - Zé Luiz se instala em Paris, onde participa de alguns eventos de jazz, como "Printemps de Bourges" e o Festival de Jazz de Nice, dividindo o palco com Miles Davis, George Benson, Count Basie, Djavan e Gilberto Gil. Só em 94 retorna ao Brasil. Em 95 outro disco independente e o show "Feliz Bossa Nova", com Leny Andrade, Wanda Sá, Menescal e Miéle. Os anos seguintes são para novos shows , até produzir em 2001 um disco dedicado à Sueli Costa, com Lucinha Lins & Gilson Peranzetta. E, ano passado, shows com Fátima Guedes em Campos do Jordão, ao lado da Orquestra de Câmara de Tatuí. Em agosto grava, talvez, o seu mais importante disco, homenageando Chico Buarque.
Pelo convívio permanente com instrumentistas de primeiro time, Zé Luiz carrega uma concepção musical invejável - é um ótimo violonista. Gravar Chico Buarque sem nada a acrescentar não seria provável. "Zé Luiz Mazziotti Canta Chico Buarque" é um CD no mínimo emocionante e de um bom-gosto sem igual. Já se inclui com folga entre os melhores do ano, apesar de independente e sem qualquer distribuição em lojas - somente via www.zeluizmazziotti.com.br. Toda a concepção tem o dedo e o talento de Zé Luiz, com arranjos e músicos formidáveis, sob uma nítida intenção jazzística. Estão com ele o guitarrista carioca Marcos Teixeira, o baixista Paulo Paulelli - admirado por John Patitucci -, o ótimo pianista Fabio Torres e o baterista Celso de Almeida, além dos teclados de Keco Brandão.
Em "Cadê Você" (João Donato), além da participação do próprio Chico, um exercício fantástico de criatividade entre todos os que se envolveram no projeto. Outros momentos de rara inspiração estão em "Embarcação" (Hime), "Almanaque" e "Carolina", além de uma versão francesa para "Eu Te Amo" (Jobim). O CD se presta não só para os amantes da nossa melhor música, mas para qualquer músico bem intencionado e jazzófilos de primeira linha. Imperdível.
Em tempo:Zé Luiz dedica o CD a 2 cantoras, a saber: Shirley Horn e D.Krall

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