Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

Compay Segundo (1907-2003)

14 julho 2003

Máximo Francisco Repilado Muñoz, vulgo Compay Segundo, faleceu domingo, aos 95 anos, em Ciudad de La Habana.

Nascido em Santiago de Cuba, berço do son, inconfundível ritmo cubano, Compay Segundo aprendeu, de ouvido, a tocar violão e, mais tarde, o clarinete, além de ter criado o armónico, instrumento de 7 cordas.

Em 1942, com Lorenzo Hierrezuelo, constituiu o duo Los Compadres, onde Compay (diminutivo de compadre) tocava o armónico e fazia a segunda voz, daí seu apelido.

Tive o privilégio de conhecer Compay Segundo em março do ano passado, por ocasião do lançamento do cigarro “Romeo y Julieta”, em mega-produção que recriou um ambiente tipicamente cubano, no Copacabana Palace. Da ocasião lembro-me de uma imagem que ficará registrada em minha memória, de Compay Segundo, seu chapéu Panamá e o indefectível puro, que sempre tinha como inseparável companhia. Curiosamente, em nenhuma das vezes que fui a Cuba tive a possibilidade de estar com ele, sempre viajando pelo mundo com o “Buena Vista Social Club”.

Hoje, revendo aquele antológico documentário, lamento que a Revolução Cubana tenha abafado por décadas o poder criativo de verdadeiras usinas sonoras humanas – que, por dedicarem a vida à música, jamais se envolveram em questões políticas –, do quilate de Compay Segundo e Ruben Gonzáles. O resgate trazido em forma de película deu às novas gerações a possibilidade de constatar que a música será, sempre, o grande catalisador das relações humanas, verificação que se faz ao assistir ao show do Carnegie Hall, quando, em seu encerramento, Compay Segundo e Omara Portuondo cantam em duo a arrepiante “Chan Chan”, bandeira cubana desfraldada em pleno palco.

Hoje, triste, homenagearei a memória do Grande Compay bebendo um “ron añejo 15 años” e fumando um Cohiba Lancero, seu puro favorito.

Saravá!

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